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Questões:
O que é pagamento?
O pagamento é, por conseguinte, um modo de extinguir obrigações através do cumprimento efetivo de uma prestação devida. O sujeito ativo é quem realiza o pagamento: pode ser o próprio devedor ou um terceiro (quem paga em nome e representação do devedor). O sujeito passivo, por sua vez, é quem recebe o pagamento (o credor ou o seu representante legal). O pagamento deve sempre coincidir com o conteúdo da obrigação.
Qual a natureza jurídica do pagamento?
A natureza jurídica do pagamento, a doutrina diverge, principalmente por o pagamento poder se dar de diversas formas. Para a doutrina majoritária, tendo dentre os representantes Caio Mario, o pagamento pode se dar como negócio jurídico, podendo ser bilateral ou unilateral, ou ato jurídico stricto sensu. Diante disso, é possível traçar cinco elementos principais para que o pagamento produza seus efeitos: a existência do vínculo gerado pela obrigação; a intenção de solvê-la; o cumprimento da prestação; o sujeito que efetua o pagamento (chamado de solvente); por fim, a pessoa que recebe o pagamento (acipiente).
Quais as espécies de pagamento?
O pagamento pode ser direto ou indireto. Considera-se pagamento direito aquele em que o cumprimento se dá nos exatos termos em que foi acordado. Já o pagamento indireto, consiste no cumprimento da obrigação é feita de forma diversa a acordada.
Quais os requisitos de validade do pagamento?
Os requisitos essenciais de validade, que são: a) a existência de um vínculo obrigacional; b) a intenção de solvê-lo (animus solvendi); c) o cumprimento da prestação; d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens); e) a pessoa que o recebe (accipiens).
A quem deve ser efetuado o pagamento?
A pessoa que o recebe (accipiens), ou seja, o pagamento deve ser efetuado ao credor, vindo de seu devedor ou terceiro (interessado ou não). OU a quem de direito o represente, ou seja seu representante legal art. 308.
Quem deve efetuar o pagamento?
A pessoa que efetua o pagamento (solvens) para o seu credor (accipiens), ou algum terceiro interessado ou não na quitação da divida.
Qual o objeto do pagamento?
Toda obrigação tem em mira uma prestação, seja ela de dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Tudo aquilo que foi pactuado, avençado entre o devedor e o credor é o objeto da prestação. Nada mais, nada menos. O credor não está obrigado a receber outra coisa a não ser aquilo que foi acordado, ainda que a coisa seja de maior valor. O art. 313 do CC dispõe, com muita clareza.
Como se prova o pagamento?
A prova do pagamento se faz com a quitação por escrito (por instrumento público ou particular). A prova do pagamento tem requisitos: valor, espécie da dívida, nome do devedor, assinatura do credor ou do seu representante. Se a quitação não tiver estes requisitos, poderá ser tida como válida, se o Juiz analisar a situação e assim o entender. Essa situação, de acordo com o caso concreto, poderá valer até mesmo se não houver recibo. É possível a comprovação de forma diversa. Como o caso de presunção de pagamento em três casos:
 Quitação da última parcela: quando se tratar de prestações periódicas, o pagamento da última parcela leva à presunção relativa do pagamento das anteriores. Cabe ao redor provar que não houve o pagamento das anteriores.
 Quitação do capital sem ressalva dos juros: o que rende é o capital, não os juros. Não se admite juros sobre juros (capitalização). Se não houve qualquer ressalva na quitação do capital, entende-se que os juros também foram pagos. Cabe ao credor provar que não.
 Entrega do título: algumas obrigações são representadas por títulos de créditos. A lei diz que se o devedor estiver na posse do título é porque ele pagou a dívida ali representada. É apenas uma presunção. O credor pode provar o contrário no prazo de 60 dias. Se não o fizer neste prazo, a presunção se torna definitiva. O devedor pode ter conseguido esse título por meios escusos.
Quais as condições subjetivas do pagamento?
O Art. 304 qualquer interessado na extinção da divida pode paga-la, usando, se o credor se opuser dos meios conducentes à exoneração do devedor:
Paragrafo Único: igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Quais a condições objetivas do pagamento?
As condições objetivas são o objeto do pagamento e sua prova; o lugar do pagamento e o tempo do pagamento.
Onde se deve se dar o pagamento?
Local do pagamento. Em regra, é o domicílio do devedor — dívida quesível. Caso nada se ajuste em contrário, é o credor que procura o devedor. Segundo convenção ou circunstâncias do caso, a dívida pode se tornar portável, cumprindo-se no domicílio do credor. Aí cabe ao devedor a iniciativa de procurar o credor.
Fixado o local do pagamento, é possível que se altere sem manifestação expressa? Sim — arts. 329 e 330.
Cite duas hipóteses em que se presume o pagamento.
1ª Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, este se presume pago.
2ª A entrega do titulo ao devedor firma a presunção de pagamento.
O que é pagamento em consignação?
É o depósito judicial ou extrajudicial da coisa devida, feito pelo devedor, com o objetivo de liberar-se da obrigação. Quando se fala em pagamento, tem-se a ideia de que o devedor tem a obrigação de efetuá-lo. Porém, não é somente a obrigação de efetuá-lo, mas também o direito de fazê-lo.
Na recusa injustificada, o devedor pode consignar o pagamento com o objetivo de se livrar da obrigação.
Somente podem ser objeto da consignação as prestações de dar. Estão fora as obrigações de fazer ou não fazer.
Quais os requisitos de validade da consignação de pagamento?
Os mesmos exigidos para o pagamento.
― SUBJETIVOS
As pessoas.
Tem legitimidade ativa o devedor ou o seu representante e o terceiro interessado, desde que o faça em nome do devedor.
Tem legitimidade passiva o credor ou seu representante.
― OBJETIVOS
O devedor não é obrigado a receber coisa diferente ou em partes.
A consignação tem lugar na data do vencimento. Porém, a lei admite ainda que vencida, a consignação da dívida, a não ser que o cumprimento daquela obrigação não seja mais útil ao credor. Caso tenha se tornado inútil o recebimento para o credor, não poderá o devedor consigná-la. Ex: encomenda de um bolo de casamento para as 20 h. o bolo é entregue 02 h da manhã seguinte. Sua entrega não é mais útil.
Caso o credor tenha pedido a rescisão contratual, também não poderá o devedor consignar o pagamento.
Quais os fatos que autorizam a consignação de pagamento?
FATOS QUE AUTORIZAM O DEVEDOR A SE VALER DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
― SE O CREDOR NÃO PUDER OU, SEM JUSTA CAUSA, SE RECUSA A RECEBER OU DAR QUITAÇÃO.
― SE O CREDOR NÃO FOR, NEM MANDAR RECEBER A COISA NO LUGAR, TEMPO E MODO DEVIDOS.
― SE O CREDOR FOR INCAPAZ DE RECEBER, FOR DESCONHECIDO, DECLARADO AUSENTE OU RESIDIR EM LUGAR INCERTO OU DE ACESSO PERIGOSO OU DIFÍCIL. 
― SE OCORRER DÚVIDA SOBRE QUEM DEVA LEGITIMAMENTE RECEBER.
― SE PENDER LITÍGIO SOBRE O OBJETO DO PAGAMENTO.
O que pode ser objeto da consignação em pagamento?
Pode ser objeto da consignação em pagamento:
― DINHEIRO
― COISA
Tudo o que existe na natureza, com exceção do homem. Ex: águas o oceano, luz solar, ar atmosférico, etc. Nem todas as coisas que existem na natureza interessam para o direito. Somente interessam as coisas que por serem úteis e raras, despertam a cobiça do homem.
O que é pagamento com sub-rogação 
Sub-rogação é um modo especial de extinção da obrigação. Não há propriamente extinção do vínculo obrigacional. É como se fosse uma exceção da extinção. Há a substituição apenas em relação ao primitivo credor por outra pessoa. A obrigação somente se extingue em relação ao primitivo credor.
É a substituição de uma pessoa, ou uma coisa, por outra pessoa, ou outra coisa, em uma relação jurídica.
Pode ser REAL (substitui uma coisa por outra) ou PESSOAL (substitui uma pessoa por outra pessoa). No campo das obrigações trata-se apenas da pessoal.
Ex. de sub-rogaçãoreal: o pai quer fazer uma doação a uma filha que namora um interesseiro: estabelece na doação cláusula de inalienabilidade, incomunicabilidade, impenhorabilidade. Se esta filha vir a casar e quiser vender o imóvel, precisa de autorização judicial. Se autorizada, com o valor da venda do imóvel é obrigada a comprar outro imóvel, que assume a posição do primeiro.
Ex. de sub-rogação pessoal: Antônio é credor de Benedito de R$ 100 mil. Um terceiro efetua o pagamento. O terceiro substitui subjetivamente o lugar de Benedito. Benedito fica liberado em relação a Antônio, mas não em relação ao terceiro que pagou a dívida.
Qual a natureza jurídica com pagamento com sub-rogação?
A natureza jurídica do pagamento com sub-rogação, segundo alguns autores, nada mais seria do que uma cessão de crédito. Porém, não se confunde com esta. Na cessão de crédito o cedente cede o crédito ao cessionário em troca de um benefício.
Na verdade, a natureza jurídica é um instituto autônomo e anômalo. É autônomo independente de qualquer outro instituto e anômalo, porque não extingue o vínculo obrigacional.
O legislador permite essa situação para estimular que as obrigações sejam cumpridas. Quando não se cumpre uma obrigação gera-se um equilíbrio à harmonia social.
Com a sub-rogação o terceiro assume todas as prerrogativas e benefícios que o credor primitivo tinha.
Quais as espécies de sub-rogação?
― LEGAL (Art. 346).
― SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL – ART. 347
― EFEITOS – Art. 349.
― PAGAMENTO PARCIAL – Art. 351.
Quais os efeitos da sub-rogação?
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
O que e imputação do pagamento?
Consiste na indicação da divida a ser quitada, quando uma pessoa se encontra obrigada, por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, e efetua o pagamento não suficiente para saldar todas elas.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Quais os requisitos da imputação do pagamento?
			1) Pluralidade de débitos.
Se for um único debito não há de se fazer numeração, ele somente tem que extinguir um único débito, por isso precisa ter dois ou mais débitos.
2) Identidade das partes
O devedor e um credor, se o devedor deve para vários credores, não há de se falar em imputação, ainda que haja solidariedade de devedores e credores.
3) Igual natureza das dividas
A necessidade que o objeto ao seja só fungível em si, como também entre si. EX: milho, café e dinheiro.
4) Dividas liquidas e vencidas
Obrigação liquida é certa quando a existência e determinada quanto ao objeto, é aquela que você não tem duvida do que deve e de quanto deve.
Então há necessidade que as dividas sejam liquidas e vencidas, em regra é em benéfico do devedor (prazo para efetuar o pagamento), nada o impede dele pagar antes do vencimento, e o credor não pode recusar o pagamento, inclusive se estiver juros pede para abatê-los. A não ser que o prazo tenha sido feito em favor do credor, ai ele não pode fazê-lo antes do combinado, isso é uma exceção.
5) Valor insuficiente para pagar todas
Ele tem quatro divididas, ele não tem dinheiro para pagar todas, então o credor não precisa aceitar o pagamento em partes.
Quais as espécies de imputação do pagamento?
Espécies:	 Pelo devedor
É o direito de o devedor indicar qual divida ele quer pagar, cabe a ele qual ele quer pagar. O devedor sofre uma limitação na faculdade (indicar) sofre uma limitação de qual divida ele quer pagar, se uma divida envolver o capital e juros. Ou o próprio credor pode aceitar e depois o devedor pagar os juros.
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Pelo Credor
Caso o devedor não escolha então manda ao credor escolher qual a quitação ele quer que seja paga.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
O devedor pagou uma divida aleatória porem não justificou qual foi paga, e nem o credor a fez, entra o art. 355 e a lei a estipula qual foi paga.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Pela Lei
- capital de juros
- Liquidas e Ilíquida
- Liquidas e vencidas ao mesmo tempo
- Liquidas e vencidas
O que é da acão em pagamento.
A dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonerá-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida.
Quais os requisitos dação em pagamento?
São três os requisitos quais sejam: Existência de uma divida; Concordância do credor em receber prestação diversa da estipulada entre as partes e diversidade na prestação oferecida.
Dada a ação em pagamento qual a consequência no caso de evicção?
É a evicção, onde o devedor entrega ao credor coisa que não lhe pertence, “ se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
O que é novação?
A novação é uma operação jurídica do Direito das obrigações que consiste em criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação anterior e originária.
Quais as espécies de novação?
Três são as espécies de novação: a objetiva ou real e a subjetiva ou pessoal e a novação mista.
Qual a diferença entre novação subjetiva passiva por expromissão e delegação?
A novação subjetiva passiva incide na figura do devedor, ou seja, ocorre a alteração deste havendo a intervenção de um novo devedor. Essa mudança pode-se dar por dois modos: pela delegação e pela expromissão.
Pela delegação, a substituição do devedor será feita com o consentimento do devedor originário, pois é ele quem indicará uma terceira pessoa para resgatar o seu débito, com o que concorda o credor.
Pela expromissão, um terceiro assume a dívida do devedor originário, substituindo-o sem o assentimento deste, desde que o credor concorde com tal mudança. Na expromissão temos apenas duas partes: o credor e o novo devedor, por ser dispensável o consentimento do devedor primitivo.
Quais os efeitos da novação?
A novação tem um duplo efeito: ora se apresenta como força extintiva, porque faz desaparecer a antiga obrigação, ora como energia criadora, por criar uma nova relação obrigacional. Exerce, concomitantemente, uma dupla função: pela sua força extintiva, é ela liberatória, e como força criadora, é obrigatória.
O que e compensação?
A compensação é uma forma de se extinguir uma obrigação em que os sujeitos da relação obrigacional são, ao mesmo tempo, credores e devedores.
Quais os requisitos da condensação legal?
-Legal: - reciprocidade dos créditos 	 Terceiro não interessado
 Devedor solidário
Pessoa que se obriga a por terceiro
Devedor notificado que não se opõe
-Liquides das dividas
- Exigibilidade de debito
-fungibilidade de prestações
O que confusão?
É reunião na mesma pessoa e na mesma relação jurídica das qualidades de credor e devedor, extinguindo a obrigação.
Quais os efeitos da confusão?
Extinção da obrigação
O que e remissão?
Remissão é o ato ou ação de perdoar e redimir o cumprimento da obrigação.
No Direito das obrigações, a remissão é uma forma de extinção da obrigação pela qual o credor perdoa a dívida do devedor, não pretendendo mais exigi-la. Dá-se entre dois sujeitosobrigacionais (inter partes), não sendo admitido que um terceiro seja prejudicado pela ação de remissão.
Quais os efeitos da remissão?
Essa forma especial de pagamento pode ser presumida pela devolução voluntária do título da obrigação, por escrito particular, ou então, através da restituição do objeto empenhado.
A extinção da obrigação, equivalendo ao pagamento, e à quitação do débito, por liberar o devedor e seus coobrigados;
A liberação do devedor principal extinguirá as garantias reais;
Exoneração de um dos codevedores extingue a dívida apenas na parte a ele correspondente;
A liberação do devedor, levada o efeito por um dos credores solidários, extinguirá inteiramente a dívida, e o credor que tiver remitido a dívida responderá aos outros pela parte que lhes caiba;
A indivisibilidade da obrigação impede, mesmo se um dos credores remitir o débito, a extinção da obrigação em relação aos demais;
E finalmente, a extinção da execução, se houver perdão de toda a dívida.

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