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EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO
.
PAGAMENTO
Pagamento significa, pois, cumprimento ou adimplemento da obrigação. É à realização voluntária da prestação debitória, tanto quando procede do devedor como quando provém de terceiro, interessado ou não na extinção do vínculo obrigacional, pois “qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la” (CC, art. 304) e “igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor” (parágrafo único). (2011, p.252)
Pagamento é uma maneira de adimplemento, um modo de se extinguir um vínculo obrigacional, efetuado pelo próprio devedor ou por terceiro interessado, implicando na satisfação do débito junto ao credor e posterior liberação da obrigação por parte do devedor, o qual pode ser executado de forma direta ou indireta.
O pagamento direto é aquele em que se aplica o efetivo cumprimento da obrigação, realizando-se a satisfação do débito ao qual se submeteu o devedor, e consequente extinção da divida, aplicando-se a liberação do vínculo obrigacional.
Pagamento indireto ou especial é um meio de extinção de obrigação onde a satisfação do credor e liberação do devedor não se efetivam em decorrência da realização da prestação, mas em virtude da aplicação de determinados pressuposto legais que garantem o efeito liberatório.
PAGAMENTO
Pagamento é a execução voluntária e exata por parte do devedor da prestação devida ao credor, no tempo, forma e lugar previstos no título constitutivo. 
Regras: Quem paga (devedor ou terceiro interessado – juridicamente - ou não –moralmente interessado); 
A quem se Paga (credor ou representante; Credor Putativo); 
Onde se Paga (regra: Quérable, ou, exceção; portable); 
Quando se Paga (vencimento fixado pelas partes, se não o credor pode exigir imediatamente o adimplemento); 
o que se paga (Objeto Certo e Determinado; Necessidade de Quitação como prova do Pagamento).
3
QUERABLE / PORTABLE
O pagamento da obrigação deverá ser efetuada no domicílio do devedor, ou seja, a dívida é QUESÍVEL (ou QUÉRABLE, expressão jurídica utilizada), sendo o credor responsável por procurar o devedor para perceber o seu pagamento.
Existem obrigações consideradas de natureza portável (ou PORTABLE, expressão jurídica utilizada), quando o devedor precisará procurar o credor para se isentar da obrigação, passando a ser sua a responsabilidade de provar que ofereceu a prestação ao credor. Essa hipótese ocorrerá caso haja convenção entre as partes, em decorrência da natureza da obrigação ou se houver imposição legal. Ex: a obrigação decorrente da cobrança de despesas condominiais.
PAGAMENTO INDIRETO OU ESPECIAL
Existem diversas formas de pagamento especiais, dentre as quais cumpri-nos destacar a sub-rogação, imputação do pagamento, consignação, dação e pagamento, novação, compensação, confusão e remissão.
É importante ressaltar que no pagamento indireto nem sempre há a plena satisfação obrigação, muito embora se obtenha a liberação do devedor, o que demonstra a existência de várias particularidades presentes neste modo de extinção.
O PAGAMENTO INDIRETO constitui-se em modalidades especiais de extinção de obrigações, e apesar de todas buscarem o mesmo fim, a extinção do débito, elas percorrem caminhos diversos entre si.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
O pagamento por consignação consiste, de modo genérico, em um verdadeiro direito que assiste ao devedor em extinguir sua obrigação. Em outras palavras, compreende o ato em que o devedor quita sua dívida através de depósito judicial.
O termo consignação é proveniente do latim cum signare, e tem como significado principal marcar com um sinal, por selo em algo, tornar conhecido. Historicamente, foi instituído na Roma antiga e era possível quando o credor não demonstrava interesse no recebimento da dívida e, em face da manutenção da honra do devedor, determinava-se o depósito para que fosse satisfeito o débito, normalmente feito em algum templo ou santuário e com a indicação de quem era o autor do depósito.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Consignação em Pagamento é um meio indireto de exoneração do liame obrigacional; consiste no deposito judicial ou bancário de coisa devida, quando 
(1) o credor não puder ser identificado ou localizado, 
(2) não quiser receber o pagamento (sem justa causa), 
(3) se for incapaz, 
(4) se o devedor tiver dúvida sobre a quem se deve pagar ou 
(5) se restar litígio sobre o objeto do pagamento. 
Requisitos: Subjetivos (dirige-se contra o credor ou representante; o pagamento deve ser feito pelo devedor, seu representante ou terceiro interessado ou não); 
Objetivos (existência de credito líquido e certo; pagar no lugar convencionado). Depósito Judicial ou Bancário
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
O pagamento por consignação encontra amparo no direito brasileiro nos artigos 334 a 345 do Código Civil de 2002, os quais dispõem e estabelecem as condições necessárias para que possa haver tal tipo de extinção por meio indireto da obrigação, e nos diz o seguinte:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
SUB-ROGAÇÃO
Historicamente, o conceito de sub-rogação encontra paralelos a partir do direito romano, o qual possuía institutos que, de fato, não traduziam a substituição exatamente como nós conhecemos hoje, pois entendia como sendo de natureza estritamente pessoal a vinculação da obrigação, contudo, trazia algumas semelhanças no que tange a utilização do termo succedere.
Já a concepção abordada pelo direito canônico, é a que oportunizou o desenvolvimento e ampla irradiação da sub-rogação nos códigos civis consagrados na contemporaneidade.
Quando a sub-rogação trata de coisas ou objetos, convencionou-se chamar de sub-rogação real ou objetiva, e podemos encontrar fundamentação legal, dentre outros, no artigo 1.848 do Código Civil Brasileiro de 2002, com ênfase para o § 3º, onde lê-se o seguinte:
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
§ 1º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa.
§ 2º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros. (BRASIL, 2008, p.379)
SUB-ROGAÇÃO
O termo sub-rogação, do latim sub rogare ou sub rogatio, pode ser compreendido como ato de substituir, alterar, trocar uma coisa por outra, preservando, entretanto, os mesmos ônus e atributos da coisa trocada, ou ainda de uma pessoa por outra, quando neste caso há a substituição de indivíduos, assumindo o substituto a mesma posição e situação da pessoa substituída.
Sub-Rogação é a substituição, nos direitos creditórios daquele que solve a obrigação alheia. 
Pode ser Legal (quando imposta por lei) ou Convencional (quando decorre da vontade das partes). 
SUB-ROGAÇÃO PESSOAL
Sub-rogação pessoal, é aquela que, como sugere o próprio nome, trata de substituição de pessoas e pode ser compreendido como o cumprimento por um terceiro, de uma dada obrigação que originariamente foi assumida por uma pessoa, tendo como consequência a substituição de credores, muito embora se mantenham os direitos e obrigações previstos entre as partes. É sobre a sub-rogação pessoal que trata os artigos 346 a 351 do Código Civil Brasileiro.
A sub-rogação pessoal, em outras palavras,pode ser observada quando um certo fiador quita a divida assumida pelo devedor original junto ao credor e passa, a partir de então, a ocupar a posição de credor, sub-rogando para si os direitos deste último, podendo exigir do devedor tal pagamento.
Portanto, temos que dívida é quitada por um terceiro, o fiador, que adquire para si o crédito ao pagar o credor. Verifica-se assim que há uma substituição de pessoas, sem haver, no entanto, a extinção da dívida e nem liberação do devedor, que passa a ter o dever de pagar o fiador. É válido ressaltar que sempre deve haver um pagamento antes da substituição.
SUB-ROGAÇÃO LEGAL
sub-rogação legal
A substituição por força da lei é chamada de sub-rogação legal e está prevista no artigo 346 do CC/02 e pode ocorrer principalmente em três circunstancias:
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
Os casos em que se aplicam o Inciso I ocorrem quando, por exemplo, duas ou mais pessoas são credoras do mesmo devedor, podendo neste caso ser aplicada a sub-rogação legal se qualquer um dos credores pagar ao credor que possui prioridade no pagamento do crédito, o valor devido.
sobre o Inciso II o seguinte:
A hipoteca é um direito real de garantia incidente sobre imóveis. Em geral, quando uma pessoa pretende obter um empréstimo, o credor, antes de fornecer o numerário, costuma exigir garantias e, em especial, uma garantia real, a exemplo da hipoteca de um imóvel do devedor (uma fazenda, por exemplo). Neste caso, o proprietário terá o seu bem gravado (pela hipoteca), podendo o credor hipotecário reavê-lo em mãos de quem quer que seja, por força do chamado “direito de sequela”. Nada impede, porém, que o devedor aliene o bem hipotecado a um terceiro, ciente da hipoteca (aliás, toda hipoteca deve ser registrada no Cartório de Registro Imobiliário). Este adquirente (o comprador da fazenda), portanto, objetivando liberar o imóvel, poderá pagar a soma devida ao credor hipotecário, sub-rogando-se em seus direitos. (2011, p.200
SUB-ROGAÇÃO LEGAL
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
O caso previsto no inciso III é o mais comumente empregado, pois trata-se de situações onde um terceiro, juridicamente interessado no cumprimento da obrigação, faz a quitação do débito e sub-roga para si os direitos do credor.
Entende-se que a sub-rogação não pode vir a oferecer-se como uma fonte de lucros ou de vantagens. O credor sub-rogado não pode obter vantagem na aplicação do instituto, ficando seu direito limitado ao valor que desembolsou para satisfazer a obrigação, com todos os seus acessórios.
SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL
É aquela ocorre quando a substituição é definida por escrito entre as partes nas relações contratuais, ou seja, é aquela decorrente da manifestação da própria vontade dos interessados e está prevista em duas hipóteses, como nos artigo 347 do CC/02, que a disciplina nos seguintes parâmetros:
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. 
Em qualquer modalidade em que se aplique a sub-rogação, quer seja ela legal ou convencional, o sub-rogado passa a adquirir para si o próprio crédito do sub-rogante, recebendo, juntamente com todos os seus acessórios, o crédito da obrigação.
IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO
O Código Civil Brasileiro de 2002 define, nos artigos 352 a 355, as disposições legais da imputação do pagamento, e versa da seguinte forma:
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. (BRASIL, 2008, p.185)
Para que haja a imputação do pagamento, presume-se a necessidade de alguns requisitos básicos indispensáveis tais como: 
Existência de dualidade ou pluralidade de dívidas; Identidade de credor e de devedor; Igual natureza dos débitos; Suficiência do pagamento para resgatar qualquer das dívidas.
A principal função deste instituto é a de viabilizar um meio de pagamento, adimplemento, tendo, portanto, como efeito direto e consequente a quitação da obrigação do devedor junto ao credor.
IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO
Consiste no ato de determinar, indicar ou especificar qual débito líquido e vencido, dentre várias dívidas da mesma espécie, se estaria se extinguindo ao efetuar pagamento de um determinador valor não corresponde à totalidade da obrigação adquirida
Imputação é a Operação pelo qual o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um só credor indica a qual deles esta pagando.
 Regras da Imputação: 1º o devedor escolhe qual dívida quer imputar; 
2º se não o fizer o credor escolhe; 
3º se ambos não se manifestarem a lei indica que a imputação deverá ser 
(1) Juros vencidos; 
(2) dívidas líquidas e vencidas; e por fim 
(3) a mais onerosa. Prestação2 Prestação3
DAÇÃO EM PAGAMENTO
Dação é o acordo feito entre credor e devedor em que o credor aceita receber uma coisa diversa da avençada. 
Requisitos: 
(1) Existência de um débito vencido; 
(2) Animus Solvendi (intenção de solver); 
(3) Diversidade do Objeto oferecido em relação ao devido; 
(4) Concordância do Credor na substituição. 
Prestação Diversa E Evicção: é a perda total ou parcial de uma coisa. Se houver Evicção na dação (o Devedor paga com coisa que não lhe pertence, por exemplo) a obrigação extinta ressuscita.
NOVAÇÃO
Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira. Ocorre, por exemplo, quando o pai, para ajudar o filho, procura o credor deste e lhe propõe substituir o devedor, emitindo novo título de crédito. Se o credor concordar, emitido o novo título e inutilizado o assinado pelo filho, ficará extinta a primitiva dívida, substituída pela do pai.
O que se deve salientar é que toda a novação tem natureza jurídica negocial. Ou seja, por princípio, nunca poderá ser imposta por lei, dependendo sempre de uma convenção firmada entre os sujeitos da relação obrigacional. Nesse sentido, pois, podemos afirmar não existir, em regra, “novação legal” (determinada por imperativo de lei). (2011, p.218)
Os principais efeitos surgidos em decorrência da novação é a extinção da obrigação anterior, assim como todas as ações inerentes ao débito precedente, e criação de uma nova relação obrigacional, sem ligação alguma com a obrigação extinta, é que salienta Diniz, quando fala que:
A novação produz duplo efeito, por se apresentar ora como força extintiva, porque faz desaparecer a antiga obrigação, ora como energia criadora, por criar uma nova relação obrigacional [...] A nova obrigação é um débito criado ex novo, sem qualquer vinculação com o anterior senão a de uma força extintiva.
NOVAÇÃO
Novação é o ato quecria uma nova obrigação, extinguindo a anterior, substituindo-a. 
Pode ser Subjetiva Passiva (novo devedor: delegação – quando o devedor indica um substituto na relação; ou Expromissão, quando não importa a anuência do devedor) ou 
Subjetiva Ativa (a pessoa do credor é que muda na relação). Pressupostos: 
(1) existência de obrigação anterior; 
(2) criação de uma nova obrigação; 
(3) elemento novo (ou os sujeitos mudam ou o objeto); 
(4) Animus Novandi;
(5) Capacidade e Legitimação das Partes. 
Efeitos quanto a obrigação extinta: paralisação dos juros inerentes ao débito extinto; extinção de todas as garantias e acessórios da obrigação anterior; perda dos benefícios ao devedor. 
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COMPENSAÇÃO
Quando duas ou mais pessoas são ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras. 
As obrigações líquidas e fungíveis entre si extinguem-se até onde se compensarem. 
Espécies: Legal (decorrente da lei, não importa que uma parte se oponha; 
Requisitos: 
(1) reciprocidade de débitos; 
(2) liquides das dívidas; 
(3) falta de estipulação entre as partes excluindo a compensação; 
(4) ausência de prejuízo a terceiros; 
(5) seguir as regras de imputação caso haja vários débitos para se compensarem.); Convencional (as partes acordam a compensação); e Judicial (decreto pelo juiz).
CONFUSÃO
Confusão é a Aglutinação em uma única pessoa e relativamente à mesma relação jurídica das qualidades de credor e devedor. Mas ninguém pode ser credor e devedor de sim mesmo. 
Requisitos: unidade da relação obrigacional; união da mesma pessoa das qualidades de credor e devedor; ausência de separação de patrimônios. 
Espécies: Total ou própria (relativa a toda a dívida); 
Parcial ou imprópria (apenas uma parte do débito). 
Se o Credor morrer, o Devedor, que é o herdeiro, no exemplo, será ao mesmo tempo Credor e Devedor. Daí há confusão. 
O mesmo se dá no casamento: marido e mulher tinham dívidas antes de casarem-se, e ao contraírem núpcias ocorre a comunhão de bens, portanto há confusão.
 TRANSAÇÃO E COMPROMISSO 
Transação: É um negocio jurídico bilateral, pelo qual as partes interessadas, fazendo concessões mútuas, previnem ou extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas. 
Compromisso: Acordo bilateral em que as partes interessadas submetem suas controvérsias jurídicas à decisão de árbitros, comprometendo-se a acatá-las, subtraindo a demanda da jurisdição da justiça comum.
REMISSÃO DE DÍVIDA
É um meio indireto de extinguir uma obrigação que se caracteriza pela renúncia, liberação da dívida, dispensação do crédito, concedida voluntaria e incondicionalmente pelo credor em benefício ao devedor. É o popularmente conhecido “perdão da dívida”. A origem do termo remonta ao latim remissio, remittere, que se traduz por perdão.
É a graciosa liberação dada ao devedor pelo credor sem acarretar, entretanto, em prejuízos a terceiros, sendo, portanto, um direito exclusivo de credores solventes, ou seja, que não apresentem debilidades ou dificuldades financeiras, casos em poderiam colocar em situação de risco seus próprios credores.
 Efeitos: Extinção da obrigação.
REMISSÃO DE DÍVIDA
O Código Civil Brasileiro de 2002 trata sobre a remissão nos artigos 385 a 388, como veremos a seguir:
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
REMISSÃO DE DÍVIDA
Quando se trata sobre espécies, no que se refere a seu objeto, a remissão de dívidas pode ser total ou parcial, a qual é resultante de declaração, por parte do credor, da extinção total da obrigação ou apenas da dedução parte dela, remindo-se apenas a parte deduzida, substituindo o valor do débito.
A remissão de dívidas ainda pode ser expressa, tácita ou presumida, onde entende-se por remissão tácita aquela que é decorrente do comportamento do credor, ao se traduzir de modo inequívoco a intenção da liberação total da dívida, e expressa quando derivar de acordo firmado em instrumento público ou particular, inter vivos ou causa mortis, proveniente de manifesta vontade do credor em perdoar a dívida.
EXTINÇÃO SEM PAGAMENTO
Prescrição: é a extinção de uma pretensão em razão da inércia de seu titular, deixando escoar o prazo legal para exigir, em juízo a prestação inadimplente. 
Caso Fortuito e Força Maior: Acontecimentos inevitáveis, humanos ou naturais, estranhos a vontade do devedor que impedem a execução da obrigação. 
Advento de Condição Resolutiva ou Termo Extintivo: Condição resolutiva é a cláusula que subordina a ineficácia da obrigação a evento futuro e incerto. 
Termo extintivo determina a data da extinção por evento futuro e certo. 
EXECUÇÃO FORÇADA
Conceito: A execução forçada é a medida aplicada pelo Estado no exercício da atividade jurisdicional, que possibilita ao credor obter adimplemento da obrigação e a conseqüente exeqüibilidade da prestação, quando o devedor não a cumprir espontaneamente, já que existe responsabilidade sua a respeito. 
Modo de Execução: Execução Específica (se o credor pretender receber exatamente a prestação prometida). 
Execução Genérica (SE o credor executar bens do devedor para obter além da prestação a indenização decorrente de mora ou inadimplemento.

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