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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO/RJ JOAQUIM MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrito no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliado em Nova Friburgo/RJ, ANTÔNIO MARANHÃO nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrito no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliado em Nova Friburgo/RJ, MARIA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrita no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliada em Nova Friburgo/RJ, representados por sua advogada, (procuração em anexo) endereço eletrônico_, vêm, respeitosamente perante a Vossa Excelência com fundamentos nos arts. 496, 533 e 167 do Código Civil, propor a presente: AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO em face de MANUEL MARANHÃO nacionalidade, casado, profissão, portador da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrito no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliado em Nova Friburgo/RJ, FLORINDA MARANHÃO nacionalidade, casada, profissão, portadora da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrita no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliado em Nova Friburgo/RJ, RICARDO MARANHÃO nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº_, expedida pelo_, inscrito no CPF/MF sob o nº_, endereço eletrônico_, residente e domiciliado em Nova Friburgo, pelas razões fáticas e jurídicas abaixo relatadas. I – DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO Os autores não tem interesse na designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC. II - DOS FATOS 4 Os Réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam -lhe um de seus imóveis, um sitio situado na Rua Bromélia, nº138, centro Petrópolis/RJ, por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), sendo que o valor do imóvel no mercado na época da realização do negócio jurídico era de R$350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) a venda foi consagrada com um valor abaixo do mercado através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente. O negócio jurídico fora celebrado sem a expressa anuência dos demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. II - DOS FUNDAMENTOS Ora, Excelência, o direito dos autores vem amparado inicialmente no art. 496 e 533, II do CC: Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. O negócio jurídico foi celebrado com valor desigual e não teve o consentimento expresso dos descendentes para anuir a alienação feita pelo ascendentes ao neto. Ricardo Maranhão foi mais beneficiado do que os demais. Os réus simularam a realização de um negócio que, em verdade, consiste num desacordo intencional entre a vontade interna e a declarada. Cujos os efeitos foram tão somente para ocultar a verdadeira intenção, querida por eles, que foi beneciar o neto com o imóvel, lesando assim a legítima e prejudicando os demais herdeiros, in verbis, art. 167/CC: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. §1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: II – contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; § 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. O negócio jurídico celebrado foi fraudulento, pois não houve o pagamento. Foi uma declaração enganosa da vontade, pois, visava a obtenção de um resultado diverso da finalidade aparente. A alienação do imóvel está maculada de um dos vícios sociais, que é causa autônoma de nulidade, a simulação. Segundo o ilustre Sílvio Venosa, “Simular é fingir, mascarar, camuflar, esconder a realidade. Juridicamente, é a prática de ato ou negócio que esconde a real intenção. A intenção dos simuladores é encoberta mediante disfarce, parecendo externamente negócio que não é espelhado pela vontade dos contraentes”. (Direito Civil, Atlas, 2003, 3ª ed., p. 467). Assim, entabulado sob a forma de compra e venda, o negócio jurídico havia o conluio entre os contraentes, que possuíam a plena ciência que a alienação não tinha a outorga dos demais herdeiros, e que a vantagem feita para o neto, causava uma desigualdade sucessória. Diante do exposto, vimos que ocorreu uma simulação de compra e venda de imóvel com intuito de fraudar a legítima. Violando assim o direito sucessório e causando prejuízo aos demais herdeiros, pois, tal negócio a lei reputa que tem que haver expressamente o consentimento de todos os descendentes, salvo contrário o negócio jurídico é anulável. III - DO PEDIDO Diante do exposto, a autor requer a esse juízo: a) Que seja julgado procedente o pedido de anulação de compra e venda do imóvel, por simulação e falta de consentimento expresso dos demais herdeiros. b) Citação dos réus para integrar a relação processual sob pena de revelia se não o fizer. c) Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento de honorários e custas processuais. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Nestes termos, pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (Ano). __________________________________ Nome do Advogado, OAB/UF nº...
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