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Ação Ressarcimento de Danos Materiais e Danos Morais 31ago18

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Ação de Ressarcimento de 
Danos Materiais e Danos Morais. 
 
 
 
OPJ II 
 
 
 
Prof.(a) TAINARA GOMES PENEDO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: Marco Antonio dos Santos 
 RA: 828.748 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO 
 
 
Maria, desempregada, guiava o automóvel de sua propriedade pela Avenida Francisco 
Glicério, em Santos/SP, quando, enquanto parada no semáforo do cruzamento com a 
Avenida Conselheiro Nébias, uma viatura da Polícia Militar abalroou o seu veículo pela 
traseira. 
 
O veículo de Maria sofreu um grande estrago, tendo em vista que a viatura não conseguiu 
frear a tempo, já que estava em alta velocidade. Para que seja feito o conserto, Maria 
procurou 03 (três) oficinas mecânicas, sendo que o orçamento mais baixo alcançou o valor 
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
 
Maria ficou ferida no acidente e, por não possuir plano de saúde, foi hospitalizada em 
hospital particular pelo período de 20 (vinte) dias, gastando o total de R$ 8.000,00 (oito mil 
reais), além de necessitar de tratamento fisioterápico pelos próximos 06 (seis) meses, o que 
lhe custará R$ 400,00 (quatrocentos reais) mensais, conforme comprovantes do hospital. 
 
Sabendo-se que Maria é domiciliada em São Vicente, não possuía seguro de automóvel na 
época do acidente e que a viatura da Polícia Militar era então dirigida pelo soldado Joaquim, 
lotado no Batalhão sediado em Botucatu, acione a providência judicial cabível, objetivando 
a reparação do dano causado a Maria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 
VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SANTOS/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
portadora da cédula de identidade RG n.º..., inscrita no CPF/MF sob o 
n.º..., residente e domiciliada na Rua..., n.º..., bairro..., CEP..., na 
cidade de São Vicente, no Estado de São Paulo, por seu advogado ao 
final subscrito conforme procuração anexada (doc. n.º ...), com escritório 
profissional na Rua..., n.º..., bairro ..., CEP..., na cidade de..., no Estado 
de ..., para fins de intimações, vem perante Vossa Excelência ajuizar 
AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOS MATERIAIS E DANOS 
MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE VEÍCULO, com base nos 
artigos 186 e 927 e seguintes do Código Civil, pelo rito sumário (art. 
275, II, d, do Código de Processo Civil), em face da FAZENDA PÚBLICA 
DO ESTADO DE SÃO PAULO, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, 
representada por seu Procurador do Estado, inscrita no CNPJ sob o n.º..., 
com sede na ..., n.º ..., bairro..., CEP ..., na cidade de ..., no Estado de 
São Paulo, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 
 
 
 
DOS FATOS 
 
A autora é proprietária do veículo ..., modelo ..., 
marca ..., ano ... , cor ..., conforme cópia do Certificado de 
Propriedade em anexo (doc. n.º...). 
No dia ..., de (mês), de (ano), por volta das ... 
horas, a requerente guiava seu automóvel pela Avenida Francisco 
Glicério, na cidade de Santos/SP, e, em velocidade compatível com o 
local, parou ao sinal vermelho do semáforo existente no cruzamento com 
a Avenida Conselheiro Nébias, quando seu veículo foi violentamente 
abalroado na parte traseira por uma viatura da Polícia Militar, então 
dirigida pelo soldado Joaquim, lotado no Batalhão sediado em Botucatu. 
Tal fato está narrado em Boletim de Ocorrência 
(doc. n.º...) e poderá ser comprovado através de prova testemunhal. 
DOS DANOS MATERIAIS 
 
Da colisão resultou dano material de grande monta 
no veículo da autora, porquanto a viatura não conseguiu frear a tempo, 
já que estava em alta velocidade, não observando as regras básicas de 
trânsito. 
Para reparar tais avarias, a autora obteve três (03) 
orçamentos de diferentes oficinas mecânicas (docs. n. º ... em anexo), 
importando o menor deles em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
A requerente também sofreu ferimentos em razão 
do acidente e, por não possuir plano de saúde, teve de arcar com os 
gastos do hospital particular onde ficou hospitalizada, no montante de R$ 
8.000,00 (oito mil reais), segundo recibo e contrato em anexo (doc. n. 
º...). 
Ademais, conforme atestado médico (doc. n. º ...), 
lhe foi recomendado que realizasse tratamento fisioterápico pelos 
próximos seis (06) meses, o que lhe custará R$ 400,00 (quatrocentos 
reais) mensais, perfazendo um total de R$ 2.400,00 (dois mil e 
quatrocentos reais), conforme tabela orçamentária acostada nos autos 
(doc. n. º ... ). 
Portanto, a ré deverá restituir a autora, a título de 
danos materiais, o montante de R$ 15.400,00 (quinze mil e quatrocentos 
reais). 
 
DOS DANOS MORAIS 
Justifica-se a pretensão pelos danos morais devido 
ao sofrimento a que foi submetido a autora por ter sofrido o acidente, 
ultrapassando o patamar de mero desconforto típico da vida cotidiana. 
A lesão a bem personalíssimo, contudo, para 
caracterizar tal indenização, deve revestir-se de gravidade que, segundo 
Antunes Varela, citado por Sérgio Cavalieri Filho, “há de medir-se por um 
padrão objetivo e não à luz de fatores subjetivos”. 
Assim, para que se configure o dano 
moral indenizável, a dor, o sofrimento, a tristeza, devem ser tais que, 
fugindo à normalidade, interfiram intensamente no comportamento e no 
bem estar psíquicos do indivíduo. 
No caso sub judice, os fatos descritos ocasionaram 
à requerente sensações mais duradouras e nocivas ao psiquismo 
humano, além do aborrecimento, do transtorno, e das lesões corporais 
causadas pelo acidente, o que extrapola fatos cotidianos da vida 
moderna. 
No mais, quanto ao arbitramento dos danos morais, 
este juízo deverá levar em conta, considerando os critérios da 
proporcionalidade, a compensação do ofendido bem como a punição do 
agente do dano. 
 
DO DIREITO 
 
Evidente que os fatos narrados anteriormente estão 
em perfeita conformidade com as previsões legais que regem o instituto 
da ação de ressarcimento em questão. 
A conduta do preposto da requerida configura ato 
ilícito consoante dispõe o artigo 43 do Código Civil, porquanto aquele não 
agiu com o dever de cuidado necessário, acabando por ocasionar o 
acidente de trânsito. 
Assim, os danos causados à requerente deverão ser 
reparados pelo que dispõe o artigo 927 do mesmo estatuto. 
Ocorre que, sendo o dano causado por agente de 
pessoa jurídica de direito público interno, a responsabilidade desta é 
objetiva, ou seja, é prescindível a prova de culpa daquele para que a 
requerida seja obrigada a reparar o dano, conforme artigo 37, § 6º da 
atual Carta Magna, cumulado com o artigo 43 do Código Civil. 
Uma das teorias que procuram justificar esta 
responsabilidade objetiva é a teoria do risco administrativo, adotada pelo 
Brasil, com variantes, a qual prescreve a responsabilidade civil da 
Administração Pública pelos danos causados a terceiros. 
Segundo a teoria do risco administrativo, para que 
haja a responsabilização basta a ocorrência do dano causado por ato 
lesivo e injusto, independentemente da culpa do Estado e/ou de seus 
agentes. 
Sobre o tema, Marcio Pestana1 ensina que: 
A doutrina e a jurisprudência maciçamente entendem que a 
responsabilidade do Estado por danos causados a terceiros é do tipo 
objetivo, ou seja, decorrente da teoria do risco administrativo, que divisa 
o risco que a atividade pública gera para os administrados e na 
possibilidade de acarretar dano a certos membros da comunidade, 
impondo-lhe um ônus não suportado pelos demais. Para compensar 
dessa desigualdade individual, criada pela própria Administração, todos 
os outros componentes dacoletividade devem concorrer para a 
reparação do dano, por meio do erário, representado pela Fazenda 
Pública. 
 
1
 Direito Administrativo Brasileiro, 2ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 610. 
Com relação a responsabilidade civil automobilística, 
Yussef Said Cahali, citado por Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 168), 
esclarece que 
(...) informam particularmente a responsabilidade civil do Estado 
pelos danos causados aos particulares dos veículos da 
Administração Pública, fazendo gerar daí, pelo menos, uma culpa 
presumida do servidor-motorista, suficiente para determinar a 
obrigação de reparar o dano. Impõe-se, assim, u’a maior 
largueza no exame da responsabilidade do Estado pelos danos 
resultantes do risco criado com a utilização de veículos, com a 
inversão do ônus probatório da excludente de culpa na causação 
do evento. 
Desta forma, a autora está dispensada da prova de 
culpa do agente: ela é presumida. Basta a prova do dano e da relação de 
causalidade entre ele e a ação ou omissão do preposto da ré. 
O ato lesivo já restou demonstrado através de 
Boletim de Ocorrência e poderá ser confirmado através de prova 
testemunhal. O mesmo se diz em relação aos danos materiais e morais. 
Ressalta-se que, embora não necessário, é razoável 
concluir pela culpa do agente. Isso, pois, o “croqui” do Boletim de 
Ocorrência e os orçamentos dos danos materiais confirmam que a colisão 
se deu na traseira do automóvel da autora, e 
(...) de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, 'culpado, em linha de princípio, é o motorista que colide 
por trás, invertendo-se, em razão disso, o onus probandi, 
cabendo a ele a prova de desoneração de sua culpa' (REsp nº 
198.196-RJ, relator o eminente Ministro Sálvio de Figueiredo 
Teixeira, publicado no DJ de 12.04.1999)2. 
Assim, pretende-se a partir da presente ação, a 
devida indenização por danos materiais e morais, que passou a constituir 
garantia constitucional (art. 5º, V e X, CF) e tem finalidade dúplice, ou 
seja, deve ser considerado tanto o aspecto compensatório à vítima 
quanto o punitivo ao causador do dano. 
Em caso semelhante assim foi decidido pelo Colendo 
Tribunal de Justiça de São Paulo3: 
 
2
 STJ, AgRg no REsp 535.627-MG, 3ª Turma, rel. Min. Ari Pargendler, j. 27-05-2008. 
 
3
 TJSP, 12ª Câmara de Direito Público, Apelação 9200185-86.2009.8.26.0000, Relator: J. M. Ribeiro de Paula, 
julgado em 27/11/2013. 
TJSP, 3ª Câmara de Direito Público, Apelação 994.02.085900-1, Relator: Marrey Uint, julgado em 
02/02/2010. 
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. Acidente de trânsito. Viatura 
municipal que passou em cruzamento desobedecendo a sinalização de 
parada obrigatória. Dano, conduta da Administração e nexo de 
causalidade presentes. Responsabilidade objetiva. Teoria do risco 
administrativo. Culpa exclusiva da vítima ou de terceiro não 
demonstrada. Dever de indenizar. Sentença de parcial procedência 
mantida. Recurso de apelação do réu desprovido. 
Ementa: Responsabilidade Civil - Indenização - Acidente de veículo 
causado por veículo da Fazenda do Estado - Se a Administração Pública 
autorizou o uso do veículo pelo seu preposto, assume a responsabilidade 
por danos causados a terceiros. Sentença mantida. Recurso não provido. 
 
 
DOS REQUERIMENTOS E DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, a autora requer de Vossa 
Excelência: 
a) A citação, por Oficial de Justiça, da Fazenda Pública do Estado de 
São Paulo, na pessoa do seu Procurador, para comparecer à 
audiência com base no artigo 277 do Código de Processo Civil, e 
nela apresente contestação, sob pena de se tornarem 
incontroversos os fatos articulados na inicial. 
b) A procedência do pedido para o fim de condenar a requerida ao 
pagamento das seguintes quantias, a título de danos materiais, 
devidamente corrigidas e acrescidas de juros de mora devidos 
desde o evento lesivo (súmula 54/STJ): 
I. R$ 5.000,00 (cinco mil reais) referentes ao conserto do veículo; 
II. R$ 8.000,00 (oito mil reais) correspondentes às despesas 
hospitalares; 
III. R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) referentes ao 
tratamento fisioterápico. 
c) Ainda com relação à procedência do pedido, a condenação da ré ao 
pagamento de danos morais, cujo valor será fixado por 
arbitramento judicial. 
d) A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios com base nos critérios do artigo 20, § 3º 
do Código de Processo Civil. 
 
e) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente as de natureza testemunhal cujo rol segue ao final. 
 
Dar-se a causa o valor de R$ 15.400,00 (quinze mil 
e quatrocentos reais). 
 
Termos em que, pede e espera deferimento. 
 
 
Cidade, data. 
 
 
Nome e assinatura do advogado. 
n.º OAB/Conselho Seccional 
 
 
 
 
 
 
 
Rol de testemunhas: 
 
1. Nome completo, profissão e endereço. 
 
2. Nome completo, profissão e endereço.

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