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Sistemas adesivos
Os procedimentos para obtenção de adesão entre os tecidos dentais e os materiais restauradores, especialmente resinas compostas e cerâmicas, fazem parte do dia a dia do cirurgião-dentista. A possibilidade de reforçar adesivamente a estrutura dental fragilizada permite a confecção de cavidades menores e mais conservadora.
Nesse caminho evolutivo dos sistemas adesivos, o de- safio seguinte foi conseguir união à dentina, que é um substrato mais complexo do que o esmalte dental, já que apresenta menor conteúdo inorgânico e maior quantidade de matéria orgânica, umidade e relaciona-se intimamente com a polpa dentária. 
A partir dos trabalhos de Fusayama, que sugeriu não só o emprego da técnica de condicionamento ácido para a dentina, mas também o preparo da mesma com monômeros hidrófilos, iniciou-se uma nova era no desenvolvimento e na utilização dos sistemas adesivos. Novamente houve uma enorme resistência no meio odontológico para a aceitação do uso da técnica de condicionamento ácido total, em esmalte e dentina simultaneamente, devido ao receio com relação à biocompatibilidade.
Assim, a disponibilidade de materiais e técnicas que propiciavam algum tipo de adesão ao esmalte e à dentina, junto com o maior conhecimento histológico desses tecidos e dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento da cárie dental, propiciaram a concepção de uma nova filosofia restauradora, mais conservadora e “biológica”, por meio de uma prática minimamente invasiva. 
Com a seqüência de investigações científicas realizadas por pesquisadores em todo o mundo e o aprimora- mento das formulações dos sistemas adesivos por parte dos fabricantes, o emprego da técnica de condicionamento ácido total é hoje uma realidade que auxiliou ainda mais o desenvolvimento de novas opções restauradoras. Em especial, na área da odontologia estética, houve um aumento das possibilidades restauradoras, como a confecção de laminados e inlays/onlays de porcelana ou resina composta, permitindo, desse modo, atender à crescente demanda da população por procedimentos restauradores menos invasivos e que melhoram sua aparência estética.
Bases fundamentais para compreender as interações adesivas:
Os procedimentos adesivos em Odontologia envolvem a união dos materiais restauradores aos tecidos dentais. Essa união é, geralmente, mediada por sistemas adesivos, que atuam como agentes intermediários entre os substratos dentais e os materiais restauradores. 
Para compreender e tirar melhor proveito das interações adesivas, é fundamental assimilar alguns conceitos básicos. Em primeiro lugar, deve-se entender que a adesão é um fenômeno diretamente relacionado à área de contato entre as partes. Assim, para que se estabeleça adesão entre duas superfícies, é necessário que elas se contatem intimamente. 
Mantendo esse conceito em mente, considere duas placas de vidro, firmemente pressionadas uma contra a outra. Embora, aparentemente, apresentem-se em íntimo contato, não há qualquer adesão entre elas, porque as superfícies das placas, mesmo que pareçam perfeitamente lisas a olho nu, são altamente irregulares quando observadas microscopicamente. 
Com isso, o contato entre elas restringe-se a inúmeros pontos isolados, insuficientes para o estabelecimento de interações adesivas. Quando o espaço entre as superfícies é preenchido por um líquido (um adesivo), aumenta-se drasticamente o contato entre as partes e consegue-se estabelecer adesão.
Atenção! Outro aspecto importante em qualquer interação adesiva é a necessidade de contar com superfícies perfeitamente limpas. A presença de contaminantes dificulta o estabelecimento de adesão, visto que eles impedem o contato direto do adesivo com o substrato. 
Dessa forma, os contaminantes prejudicam a capacidade de molhamento do adesivo sobre o substrato quanto melhor essa capacidade, maior o potencial para o estabelecimento de boas interações adesivas.
O molhamento depende, ainda, do ângulo de contato entre o sólido e o líquido (i.e., entre o substrato e o adesivo). Quanto menor o ângulo, melhor a capacidade de molhamento e, consequentemente, maior o potencial para uma boa adesão. 
Finalmente, deve-se considerar a energia de superfície dos substratos, característica diretamente relacionada à sua capacidade de reagir, ser molhada, impregnada pelos líquidos. Superfícies com alta energia superficial têm melhor molhabilidade e, consequentemente, são mais favoráveis ao estabelecimento de adesão. 
Para melhor entender como os fenômenos descritos influenciam na capacidade ou incapacidade que os líquidos apresentam de molhar as superfícies sólidas, é interessante observar alguns fenômenos do cotidiano. Por exemplo, se uma gota de água for pingada sobre a superfície de uma panela recoberta por Teflon ou sobre um carro recém-encerado, ela não irá se espalhar. Graças à baixa energia dessas super- fícies, a água forma glóbulos com grande ângulo de contato e, consequentemente, pouca capacidade de molhamento. Se a mesma gota for pingada sobre uma superfície com maior energia, a água irá se espalhar, formando um baixo ângulo de contato com a superfície.
Resumindo os princípios de adesão:
Aderência, conquistada com a limpeza superficial do substrato dentário
Molhamento, ou seja, facilidade em se espalhar superficialmente
Adaptação íntima, evitando o encapsulamento de ar ou de outros materiais no seu interior
Resistência física, química e mecânica
Nível de polimerização, minimizando os processos de degradação higroscópica e hidrolítica.
Além dessas características, que são fundamentais para se obter adesão satisfatória, o tipo e a qualidade do substrato dentário influenciam significativamente a qualidade final da interface de união.
O mecanismo de adesão ao esmalte dentário é consideravelmente diferente do realizado em dentina, e isso se deve principalmente a diferenças na proporção entre as fases mineral (inorgânica) e orgânica. Enquanto o esmalte é formado quase totalmente por minerais, a dentina apresenta uma composição mais heterogênea, com maior concentração de água e componentes orgânicos, o que repercute diretamente no processo adesivo. 
Adicionalmente, a micromorfologia diferenciada entre esmalte e dentina também influencia o modo de formação da camada híbrida.
Adesão ao esmalte:
Histologicamente, o esmalte dentário é o tecido mais mineralizado e resistente do corpo humano. Ele é constituído por aproximadamente 97% de hidroxiapatita (a forma cristalizada do fosfato de cálcio), 2% de proteínas não colágenas (enamelina e amelogenina) e 1% de água.
O esmalte corresponde à estrutura mais superficial do dente, e sua unidade básica é um prisma – agrupamento de hidroxiapatita. Os prismas têm diferentes direções de acordo com a região do dente; entretanto, podem estar ausentes na porção mais superficial, região denominada de camada aprismática. 
A disposição irregular dos prismas torna o esmalte um substrato propício à adesão, pois, após aplicação de um ácido (condicionamento ácido), uma dissolução seletiva da superfície é estabelecida, tornando-o superficialmente poroso e, por consequência, favorável ao processo adesivo. Assim, microrretenções mecânicas são formadas na porção superficial de sua estrutura. 
Além de produzir microporosidades superficiais, o condicionamento ácido é responsável pelo aumento da energia superficial do esmalte, tornando-o mais receptivo ao adesivo e, assim, facilitando a difusão de monômeros para o interior desses microporos. 
A adesão ao esmalte foi efetivamente obtida em 1955, quando Buonocore propôs a técnica do condicionamento ácido, e tem demonstrado bons resultados de resistência de união a longo prazo. Contudo, o processo de adesão à dentina ainda apresenta alguns desafios, principalmente devido à maior complexidade da sua estrutura histológica. Isso torna o método adesivo em dentina mais sensível, aumentando a dificuldade da técnicaoperatória.
Adesão a dentina:
A dentina é um tecido conjuntivo avascular e mineralizado que forma a parte mais volumosa do dente. É um substrato constituído por 70% de matéria inorgânica, 20% de compostos orgânicos (17% de fibras colágenas e 3% de outros tipos de fibras) e 10% de água, embora essas proporções possam variar conforme a idade do indivíduo. 
Além do maior conteúdo orgânico, a dentina tem uma estrutura morfológica mais complexa que a do esmalte. Ela está organizada em pequenos túbulos rodeados por tecido orgânico e inorgânico, que compreendem as dentinas peritubular e intertubular. Os túbulos dentinários são originados ao contornarem os prolongamentos odontoblásticos, que se retraem em direção à polpa com o passar do tempo, liberando um espaço por onde circula o fluido dentinário. O número e o diâmetro dos túbulos variam conforme a localização na dentina e a idade do indivíduo.
Recobrindo o interior dos túbulos existe uma camada de dentina quase totalmente mineralizada, denominada dentina peritubular. Já a intertubular, porção com grande quantidade de matéria orgânica, ocupa o restante do corpo da dentina, correspondendo à maior parte do volume dentinário. 
Na dentina, diferentemente do esmalte, o condicionamento ácido expõe uma rede de fibras colágenas ao desmineralizar a fase mineral do substrato. Assim, é por meio do encapsulamento resinoso dessas fibras que a união ao substrato dentinário é obtida; porém, devido às características inerentes de um conteúdo orgânico, elas necessitam de cuidados especiais durante o processo de hibridização.
As fibras colágenas mantêm-se em expansão e, por assim dizer, aptas à infiltração adesiva somente quando uma situação de umidade ocorre. Em caso de secar-se totalmente o substrato dentinário após o seu condicionamento ácido, essas fibras colabam, prejudicando a formação da camada híbrida. Por essa razão, o processo adesivo necessita de um ambiente úmido, pois só assim o adesivo é capaz de infiltrar nas fibras em expansão e nos microporos criados. 
Atenção! A inexistência de fibras colágenas no esmalte dentário possibilita que ele seja totalmente seco após a lavagem do condicionador ácido. Na verdade, o principal mecanismo de união nesse substrato é por meio da formação de retenções micromecânicas. Já a adesão à dentina ocorre tanto pela união química do adesivo com as fibras colágenas como pela retenção micromecânica na embocadura nos túbulos e microporos formados, embora esta última seja o principal mecanismo.
Esquema do mecanismo de adesão ao esmalte (A) e à dentina (B). 
No primeiro caso, após a secagem total da superfície, uma retenção micromecânica entre adesivo e esmalte é formada; no segundo caso, a secagem deve ser moderada (com papel absorvente), mantendo as fibras em expansão. Assim, as ligações químicas e retenções micromecânicas entre adesivo e dentina são estabelecidas.
Classificação dos adesivos:
Uma forma interessante de classificar os sistemas adesivos é quanto à forma de tratamento da smear layer, também chamada lama dentinária, que é uma camada de resíduos depositados na superfície dentinária durante o preparo cavitário que tem entre 0,5 a 5 micrometros de espessura, e que também penetra nos túbulos dentinários, sendo chamada por isso de smear plug. A smear layer contém, principalmente, partículas minerais de esmalte e dentina, colágeno fundido, componentes salivares e bactérias. Ela diminui a permeabilidade da dentina devido à obliteração dos túbulos dentinários e é fracamente aderida ao substrato dentinário.
A interação com a smear layer pode acontecer de duas maneiras, dependendo da sua remoção (completa ou parcial) ou da sua modificação. 
Convencional: É quando ocorre a completa remoção da smear layer. Nesses casos, se utiliza alguma substância ácida como etapa separada, com posterior lavagem da superfície. 
Autocondicionantes: São as técnicas que removem parcialmente ou modificam a smear layer, visto que a etapa de condicionamento ocorre simultaneamente à de infiltração do adesivo. 
Assim, um sistema adesivo pode ser conceituado como conjunto de substâncias que serão aplicadas durante todo o procedimento adesivo. Seus componentes, com suas respectivas funções e seus substratos de atuação.
Condicionamento ácido:
O primeiro componente de um sistema adesivo é o condicionador ácido, cuja função é tornar a superfície dentária receptiva à infiltração adesiva. Nos sistemas convencionais, o material geralmente utilizado nessa etapa é o gel de ácido fosfórico, com concentração que pode variar de 30 a 40%, embora existam outros tipos de substâncias para a mesma finalidade.
O mecanismo pelo qual um condicionador ácido atua aumentando a receptividade do substrato dentário ao adesivo se deve principalmente a dois fatores: primeiramente, essa substância limpa a superfície do dente, removendo impurezas (smear layer). Desse modo, ocorre o aumento da aderência do substrato, uma das características fundamentais em um agente de união; finalmente, a aplicação dessa substância sobre uma estrutura altamente mineralizada cria microporosidades na superfície, o que favorece a formação de retenções micromecânicas que contribuem para aumentar a resistência mecânica de união do adesivo ao dente.
Cuidados:
Não passar do tempo em dentina
Lavar abundantemente
Não secar com jato de ar (aspirar, papel absorvente ou algodão)
Primer:
O segundo componente de um sistema adesivo é o primer, uma solução constituída basicamente de monômeros hidrófilos e solventes, cuja função é favorecer a penetração do adesivo, além de manter as fibras colágenas em expansão. Após o condicionamento ácido, a dentina necessita de um ambiente úmido (hidrófilo) para ser hibridizada pelo adesivo. Em razão de o adesivo ser um material caracteristicamente hidrófobo, isto é, incompatível com a dentina condicionada, o primer, que é hidrófilo, facilita a infiltração dos monômeros,10 além de promover um bom molhamento do adesivo e uma adaptação íntima entre ele e a dentina, características necessárias em um procedimento adesivo. 
Atenção! O primer não precisa ser aplicado no esmalte porque não há fibras colágenas; ainda, o adesivo hidrófobo consegue penetrar adequadamente nas porosidades criadas pelo condicionamento ácido.
Cuidados:
Aplicação vigorosa (esfregar)
Jato de ar (leve e continuo +- 10 segundos)
Característica clínica de bem seco
Adesivo:
O terceiro e último componente de um sistema adesivo é o adesivo propriamente dito, também chamado de adesivo de cobertura. Ele é constituído de monômeros hidrófobos, geralmente o bisfenol A-glicidil metacrilato (bis-GMA), e algum diluente, como o trietilenoglicol dimetacrilato (TEGDMA), que apresentam compatibilidade tanto com o primer como com a resina composta.7 Pode ser aplicado em dentina e em esmalte; porém, devido ao caráter hidrófobo, não é quimicamente compatível com a dentina úmida. 
O adesivo é o material que confere resistência física, química e mecânica, além de adequado grau de conversão, complementando as características necessárias a um sistema adesivo.
O condicionamento ácido do dente e a aplicação do primer e/ou adesivo de cobertura não necessariamente envolvem etapas operatórias separadas. Dependendo de como cada um deles for aplicado sobre o dente ou apresentado comercialmente, dois tipos de sistemas adesivos podem ser escolhidos: os convencionais e os autocondicionantes.
Cuidados:
Aspirar o excesso
Sistemas adesivos convencionais:
3 passos (condicionamento ácido + primer + adesivo)
2 passos (condicionamento ácido + primeradesivo)
O condicionamento ácido realizado separadamente das demais etapas remove totalmente a smear layer, aumentando a permeabilidade do substrato dentário. 
O tempo de aplicação recomendado em esmalte é de 30 segundos, enquanto em dentina é de 15 segundos. A etapa de condicionamento ácido termina com a remoção do gel, realizada com abundante lavagem da superfície (spray ar/água), no mínimo, pelo mesmo tempo de aplicação do ácido, e com posteriorsecagem do dente. 
Em esmalte, a secagem deve remover qualquer resquício de umidade, e, para isso, um jato de ar por 10 segundos ou a utilização de papel absorvente são meios eficazes. O sinal clínico de um condicionamento ácido ideal do esmalte, no caso da técnica convencional, é a aparência fosca/branco-opaca obtida com a secagem do substrato.
Atenção! Em casos de fluorose leve, o tempo de condicionamento ácido em esmalte continua sendo 30 segundos. Já nos casos moderados, o tempo deve ser dobrado (60 segundos) e nos casos grave, o esmalte hipermineralizado deve ser removido com brocas para posterior condicionamento ácido de 60 segundos. Já dentes decíduos, devido a sua camada aprismática, deve aumento também o tempo de condicionamento.
Já em dentina, a secagem deve ser moderada, visto que um pouco de umidade é necessário para manter as fibras colágenas em expansão. Dessa maneira, a secagem com jato de ar deve ser evitada, uma vez que tal método é de difícil controle por parte do profissional e depende muito da profundidade e do formato da cavidade dentária. Além disso, pode ocasionar facilmente o colabamento do colágeno exposto. Portanto, recomenda-se a utilização de papel absorvente.
Atenção! Como a dentina do elemento decíduo apresenta menor rigidez do que o permanente, o tempo de condicionamento deve ser diminuído, 7 segundos é o bastante para uma hibridização. 
Sistemas adesivos autocondicionantes: 
2 passos (primer ácido + adesivo)
1 passo (primer ácido adesivo)
A grande vantagem dos adesivos autocondicionantes em relação aos convencionais é a eliminação da etapa de condicionamento prévio da superfície dentária, principalmente quanto aos cuidados de remover o excesso de umidade da dentina. Por isso, esses adesivos são menos sensíveis tecnicamente, o que os torna vantajosos em determinadas situações, como no caso de uma restauração envolvendo esmalte e dentina, em que a ausência e a presença de umidade, respectivamente, não são mais necessárias a esses substratos.
Limitações de uso:
Treinamento do dentista
Tipo do substrato
Composição e armazenamento do adesivo
Umidade de dentina
Tamanho e forma da cavidade
Flexão dental
Atenção! Apesar das diversas aplicações técnicas dos sistemas adesivos atuais, nem todas estão indicadas para qualquer situação clínica. Sistemas adesivos simplificados (convencionais de dois passos e autocondicionantes de passo único), por exemplo, são incompatíveis com materiais duais (dupla ativação) ou ativados quimicamente que utilizam aminas terciárias como agentes de iniciação da polimerização.
Isso se deve porque ambos os sistemas adesivos são caracteristicamente ácidos, e, dessa maneira, a camada mais superficial, que não se polimeriza em razão da inibição pelo contato com o oxigênio, reage com a amina terciária (base) existente no material resinoso que será aplicado logo acima do adesivo. Consequentemente, a interface de união entre adesivo e resina é mal estabelecida, e isso é prejudicial ao processo adesivo.
Assim, em caso de utilização de resinas ou cimentos resinosos duais ou de ativação química, os sistemas adesivos mais indicados são os convencionais de três passos e os autocondicionantes de dois passos, pois fornecem uma camada final de adesivo de cobertura que não é caracteristicamente ácida, compatível com tais materiais.
Uso do sistema adesivo em porcelanas:
O mecanismo de união dos sistemas adesivos à porcelana está baseado na realização de um condicionamento prévio da superfície de porcelana que inclui microjatea mento com óxido de alumínio, aplicação de ácido fluorídrico, em concentração de até 10%, e silano. 
Microjateamento: Na superfície interna da porcelana remove impurezas e cria microrretenções; 
Ácido fluorídrico: sua função é condicionar a superfície da porcelana criando microrretenções que são preenchidas pelo sistema adesivo;
Silano: favorece uma união química entre o agente cimentante resinoso e a porcelana. 
Então, a união é essencialmente por embricamento micromecânico e algum potencial de união química proporcionado pelo uso do silano.

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