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Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
SISTEMAS ADESIVOS: CONCEITOS ATUAIS E APLICAÇÕES CLÍNICAS 
 
Dental Adhesives: new concepts and clinical applications 
 
Naiara Araújo de Oliveira1 
Lilian Shitomi Matsunaga Diniz2 
Nádia da Rocha Svizero3 
Paulo Henrique Perlatti D’Alpino4 
Cássia Aparecida Covre Coimbra Pegoraro5 
 
Resumo 
 O objetivo desta revisão de literatura foi realizar um levantamento bibliográfico a respeito dos sistemas adesivos 
existentes atualmente no mercado, buscando compreender seu mecanismo de ação nos diferentes substratos dentários e 
a correta forma de aplicação clínica. O surgimento de novos sistemas adesivos que buscam a simplificação de passos, 
nem sempre vem acompanhado de qualidade adesiva e longevidade clínica, constituindo-se ainda um grande desafio a 
ser superado. Contudo, novas técnicas de adesão têm sido estudadas e sugeridas para melhorar a durabilidade da 
interface adesiva. Esta revisão teve o intuito de ajudar o cirurgião-dentista a atuar em clínica com maior conhecimento 
quanto à forma de utilização correta dos agentes de união, utilizando subsídios para que o procedimento adesivo 
apresente durabilidade e sucesso clínico em longo prazo. 
 
Palavras chave: agentes de união à dentina, união dental, sistemas adesivos. 
 
Abstract 
The aim of this paper is to review the literature regarding the current dental adhesives present on the market, their 
mechanism of adhesion on dental tissues and their clinical application. The development of new adhesive systems with 
simplified clinical steps represents a great challenge for researchers since these materials have not prove dental 
adhesion and longevity over time. However, new bonding techniques have been proposed to improve the durability of 
adhesive interface. This review had also the purpose of improve the clinician’s knowledge about the correct use of 
dental adhesives to make the adhesion durable and successful. 
 
Keywords: dentin-bonding agents, dental bonding, adhesive systems. 
 
 
Introdução 
 
A evolução da Odontologia tem proporcionado 
o surgimento de novas técnicas restauradoras e materiais 
inovadores. Com o desenvolvimento e aprimoramento dos 
materiais restauradores estéticos, os sistemas adesivos 
tornaram-se elementos fundamentais em diversas 
aplicações clínicas, sendo responsáveis pela união do 
material restaurador às estruturas dentárias 
(CARVALHO, et al.2004). 
Enquanto a adesão ao esmalte é duradoura e 
efetiva (FRANKENBERGER, KRAMER, PETSCHELT, 
2000), a união resina-dentina constitui-se um desafio para 
os pesquisadores, uma vez que este substrato é 
intrinsecamente úmido, tornando o procedimento adesivo 
altamente sensível (HALLER, 2000, CECCHIN, et 
al.2008). Desta forma, a união adesiva só será confiável 
quando executada sob rigoroso controle e um protocolo 
bem definido e executado (HILGERT, et al.,2008). 
Diversos tipos de sistemas adesivos encontram-
se disponíveis no mercado, o que torna difícil selecionar o 
material “ideal” frente aos diferentes passos clínicos e 
cuidados a serem observados durante a sua utilização. 
Com o objetivo de simplificar as técnicas de aplicação, as 
formulações dos sistemas adesivos foram sendo 
modificadas de modo que se tornassem altamente 
hidrofílicas e compatíveis com o substrato dentinário 
úmido. A crescente tendência de simplificação reflete o 
desejo do profissional por eficiência e redução de tempo 
clínico, porém não tem vindo acompanhada de uma 
genuína evolução tecnológica (CARVALHO, et al. 2004), 
uma vez que tem induzido a piores resultados em termos 
de durabilidade das ligações adesivas (PEUMANS, et al. 
2005). 
Os procedimentos adesivos implicam na 
aplicação de substâncias (ácidos, solventes, monômeros) 
que modificam a morfologia e fisiologia do esmalte e da 
dentina (CARVALHO et al., 2004). A composição dos 
diferentes sistemas adesivos, seu mecanismo de ação nos 
substratos dentários, a forma de aplicação clínica e suas 
implicações frente à incorreta utilização e aos desafios 
existentes no ambiente bucal, constituem-se tópicos 
essenciais para o sucesso e durabilidade das ligações 
adesivas. Recentemente, novas técnicas de adesão têm 
sido sugeridas com o intuito de prolongar a longevidade 
das restaurações adesivas. 
O objetivo desta revisão de literatura é oferecer 
ao clínico subsídios para o melhor conhecimento sobre os 
sistemas adesivos e seus mecanismos de união com os 
substratos dentários, visando a obtenção de melhores 
resultados e a escolha de materiais mais adequados que 
supram as suas necessidades clínicas. 
Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
Adesão aos substratos dentários 
Adesão é a propriedade pela qual átomos ou 
moléculas de duas superfícies semelhantes ou diferentes 
se unem, mantendo-se em íntimo contato devido às forças 
intermoleculares existentes (FONSECA, 2008 ). O 
mecanismo básico de união dos materiais restauradores 
estéticos ao esmalte e à dentina ocorre essencialmente por 
um processo de troca, o qual envolve a substituição dos 
minerais removidos dos tecidos dentais duros por 
monômeros resinosos, que se infiltram e são 
polimerizados nas porosidades criadas, promovendo uma 
adesão micromecânica (NAGEM FILHO, et al., 2000; 
NAKABAYASHI, et al., 1982). No entanto, o sucesso 
clínico das restaurações depende da efetividade e 
durabilidade dessa interface de união, o que torna 
necessário o conhecimento sobre os substratos dentários 
nos quais os sistemas adesivos serão aplicados 
(MARTINS et al., 2008) e o mecanismo pelo qual ocorre 
esta união. 
 
Adesão ao esmalte 
O esmalte é um substrato altamente 
mineralizado, constituído por 96% de mineral e 4% de 
substância orgânica e água. O conteúdo inorgânico do 
esmalte é composto principalmente de cristais de 
hidroxiapatita e a matéria orgânica forma uma fina rede 
que aparece entre os cristais (TEN CATE, R. 2001b). 
A adesão ao esmalte é conseguida através do 
condicionamento deste substrato com ácido fosfórico em 
concentrações que variam entre 30 a 37%, durante um 
tempo de aplicação de 15 a 30 segundos. Este 
procedimento aumenta as porosidades da superfície 
exposta mediante a desmineralização seletiva dos prismas 
de esmalte, criando microporosidades onde o sistema 
adesivo se infiltrará e será fotopolimerizado (TEN CATE, 
2001b; NAGEM FILHO, et al., 2000; CARVALHO,1998). O aumento da concentração e do tempo de 
aplicação do agente condicionador promove a formação 
de microporosidades mais evidentes, no entanto isso não 
influencia de forma significante com a adesão dos 
compósitos à superfície do esmalte (NEVES, et al, 1999). 
Uma vez que o esmalte é um substrato 
homogêneo, a adesão fundamenta-se no preparo mecânico 
e químico da superfície, o que a torna duradoura e 
confiável (FRANKENBERGER, KRAMER, 
PETSCHELT, 2000). 
 
Adesão à dentina: 
A dentina é um tecido duro, elástico e 
avascular que envolve a câmara pulpar. É composta por 
aproximadamente 70% de material inorgânico, 20% de 
material orgânico e 10% de água, o que a caracteriza 
como um substrato heterogêneo (CECCHIN, et al.2008; 
HALLER, 2000; CARVALHO, 1998; PASHLEY, 1997), 
com alterações fisiológicas e patológicas que tornam o 
mecanismo de adesão mais complexo. Seu componente 
inorgânico consiste, principalmente, de cristais de 
hidroxiapatita e a fase orgânica é constituída pelas fibrilas 
de colágeno (TEN CATE, 2001a). Além disso, a dentina 
caracteriza-se pela presença de múltiplos túbulos 
dentinários, preenchidos pelo fluido dentinário, dispostos 
muito próximos e que se estendem desde a junção 
amelodentinária até a polpa, tornando-a um substrato 
naturalmente úmido (HALLER, 2000). Diante disso, a 
dentina requer uma técnica úmida de adesão, o que 
favoreceu o desenvolvimento de sistemas adesivos com 
formulações cada vez mais hidrofílicas possibilitando a 
retenção dos compósitos de resina à dentina e garantindo 
o sucesso imediato do procedimento adesivo neste 
substrato, o que até então não havia sido alcançado 
(CARVALHO, 2004; KANCA, 1992). Porém, em médio 
e longo prazo muitas das restaurações perdem a 
capacidade de selar e proteger os tecidos dentários 
íntegros, levando à microinfiltração marginal e à 
recorrência de cárie, o que caracteriza o insucesso das 
restaurações adesivas (CHERSONI, et al., 2004). 
Apesar da constante evolução dos sistemas 
adesivos, a heterogeneidade da estrutura dentinária e a 
presença natural de umidade neste substrato dificultam o 
procedimento adesivo, constituindo-se ainda um desafio 
clínico a ser superado. 
 
Adesão à dentina afetada por cárie 
A dentina acometida por cárie apresenta 
alterações em sua estrutura morfológica e histológica 
decorrentes do processo de desmineralização (FONSECA, 
2008). Os componentes minerais de fosfato e carbonato 
de cálcio diminuem na região da dentina afetada por cárie 
quando comparada à dentina normal devido ao ciclo de 
des-remineralização. Estas diferenças de estrutura e 
composição encontradas não interferem apenas no 
procedimento de condicionamento ácido, mas também na 
penetração dos monômeros resinosos na dentina 
desmineralizada, o que induz a grandes diferenças na 
interface adesiva quando comparada à encontrada em 
dentina sadia (WANG et al.; 2007). 
Alguns estudos mostraram que a força de união 
dos sistemas adesivos à dentina cariada é menor quando 
comparada à dentina normal (SAY, 2005; PASHLEY, 
1997). A dentina afetada por cárie apresenta maior 
permeabilidade na dentina intertubular e baixa 
permeabilidade na dentina intratubular. A melhor 
permeabilidade da dentina intertubular está associada ao 
fato de que o condicionamento ácido ataca mais 
profundamente este substrato, o qual já está parcialmente 
desmineralizado (devido à ação do processo carioso de 
des - remineralização) e é mais poroso que a dentina 
normal (PASHLEY, 1997), levando a uma maior 
infiltração do sistema de união. Já a infiltração do adesivo 
na dentina intratubular é dificultada pela presença de 
depósitos de minerais nos túbulos dentinários, que são 
resistentes ao ataque ácido (WANG, et al; 2007; SAY, 
2005), atuando como uma barreira que diminui a 
infiltração do ácido e do sistema adesivo (OMAR,et al. 
2007). 
O uso do ácido fosfórico é muito agressivo 
para a dentina afetada por cárie, a qual já se encontra 
parcialmente desmineralizada. Entretanto, ácidos fortes 
ou longos períodos de condicionamento foram sugeridos 
7 
Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
para solubilizar os depósitos de minerais presentes na luz 
dos túbulos dentinários, permitindo assim a formação dos 
tags de resina, o que aumentaria a força de união dentina-
resina. Mas, mesmo após longos períodos de exposição, 
observou-se que os cristais ainda são resistentes à 
dissolução. O longo período de condicionamento apenas 
produz uma camada desmineralizada mais profunda na 
dentina intertubular. Assim, alguns autores relataram que 
a união à dentina afetada por cárie requer tratamentos 
específicos de condicionamento ácido que não foram 
ainda bem definidos (WANG, et al.; 2007). 
 
Adesão à dentina esclerótica 
A dentina esclerótica é um substrato alterado 
fisiologicamente e patologicamente por estímulos do 
próprio organismo, por mecanismos naturais de defesa e, 
em parte, como conseqüência da colonização da 
microflora bucal, tornando-se cristalina e translúcida 
(TAY e PASHLEY, 2004), geralmente encontrada nas 
lesões cervicais não cariosas. É caracterizada pela 
obliteração parcial ou completa dos túbulos dentinários 
(TAY e PASHLEY, 2004), a qual ocorre pela produção 
de dentina peritubular ou pela presença de uma camada 
hipermineralizada (dentina esclerótica), o que 
compromete a formação dos tags de resina. 
Conseqüentemente, estes obstáculos de superfície 
impedem a infiltração do sistema adesivo na dentina 
subjacente (KWONG, et al., 2002), tornando a força de 
união dos adesivos a este substrato cerca de 30% inferior 
à dentina normal (PASHLEY, 1997). 
KWONG, et al (2002) sugeriram que a união à 
dentina esclerótica pode ser melhorada removendo-se a 
camada de superfície hipermineralizada com pequenas 
brocas esféricas que irão promover uma retenção 
mecânica, ou pelo uso de ácidos fortes. A remoção desta 
camada de superfície hipermineralizada pode ser benéfica 
para a obtenção de um condicionamento mais uniforme e 
para a infiltração da resina na dentina intratubular. Outra 
opção seria a utilização do cimento de ionômero de vidro 
sobre esta camada hipermineralizada, o qual propicia 
maiores forças de união à dentina esclerótica por 
apresentar adesão química e mecânica à estrutura dentária 
(DE MUNCK, et al, 2005). 
 
Sistemas adesivos 
 
Os sistemas adesivos são os materiais 
responsáveis por produzir a adesão do material 
restaurador às estruturas dentais. São a combinação de 
monômeros resinosos de diferentes pesos moleculares e 
viscosidades, diluentes resinosos e solventes orgânicos 
(acetona, etanol ou água) (CARVALHO, 2004). Os 
monômeros resinosos podem ser hidrofílicos, os quais 
permitem que o adesivo seja compatível com a umidade 
natural do substrato dentinário, ou hidrofóbicos, que 
apresentam maior peso molecular, são mais viscosos e 
conferem maior resistência mecânica e estabilidade ao 
material (CARVALHO, 2004). 
 O surgimento dos sistemas de união na 
Odontologia possibilitou o desenvolvimento de inúmeras 
técnicas clínicas objetivando a maior conservação da 
estrutura dental hígida,sem necessidades de se 
confeccionar preparos cavitários com grande desgaste dos 
tecidos mineralizados (LAXE et al., 2007). Atualmente, 
os sistemas adesivos são indicados para restaurações 
estéticas de lesões cariosas, alteração de forma, cor e 
tamanho dos dentes, colagem de fragmentos, adesão de 
restaurações indiretas, selantes de fóssulas e fissuras, 
fixação de braquetes ortodônticos, reparo de restaurações, 
reconstrução de núcleo para coroas, cimentação de pinos 
intra-radiculares e para dessensibilização de raízes 
expostas (REIS et al., 2006). 
De acordo com a classificação, os sistemas 
adesivos podem ser divididos em convencionais e 
autocondicionantes. 
 
Tabela 1- Sistemas adesivos existentes no mercado (amostragem) 
Adesivos convencionais de três passos Nomes comerciais/ fabricante 
 Scothbond Multi uso (3M ESPE) 
All Bond 3 (Bisco) 
All Bond 2 (Bisco) 
Adesivos convencionais de dois passos 
 Single Bond 2 (3M ESPE) 
Prime &Bond 2.1 (Dentsply) 
XP Bond (3M ESPE) 
Clearfil New Bond (Kuraray) 
Magic Bond DE (Vigodent) 
One Coat Bond SL (Coltene) 
Tetric N Bond (Ivoclar/ Vivadent) 
One Step (Bisco) 
One Step Plus (Bisco) 
Multi Bond Uno (DFL) 
Adesivos autocondicionantes de dois passos 
 Adpter SE Plus (3M ESPE) 
Clearfil Liner Bond 2V (Kuraray) 
Clearfil SE Bond (Kuraray) 
AdheSE DC (Ivoclar/Vivadent) 
Adesivos autocondicionantes de passo único 
 Clearfil S3 Bond (Kuraray) 
Clearfil DC Bond (Kuraray) 
Adesivo GO! (SDI) 
Ace All Bond SE (Bisco) 
All Bond SE (Bisco) 
 
 
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Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
Sistemas adesivos convencionais 
 
Adesivos convencionais são os sistemas que 
empregam o passo operatório de condicionamento ácido 
da superfície do esmalte ou dentina separadamente dos 
outros passos clínicos. Podem ser de dois passos 
(condicionamento ácido e combinação de primer e agente 
adesivo em um único frasco) ou três passos 
(condicionamento ácido, primer e agente adesivo em 
frascos separados). Estes adesivos consistem na remoção 
completa da smear layer e desmineralização da 
subsuperfície dentinária intacta através da utilização do 
condicionamento ácido (TAY e PASHLEY, 2001). 
 
PRIMER: solução de monômeros resinosos diluídos 
em solventes orgânicos. Corresponde à função 
hidrofílica do material. 
 
ADESIVO: função hidrofóbica, não contém 
solventes orgânicos nem água em sua formulação. 
É composto por monômeros mais viscosos do que 
aqueles presentes nos primers, porém com baixa 
viscosidade, garantindo fluidez suficiente para que o 
adesivo possa penetrar na superfície preparada 
pelo primer. 
 
 
Procedimento Adesivo 
 
1° passo- condicionamento ácido do esmalte e dentina 
Concomitante ao condicionamento ácido do 
esmalte (30 segundos), para uma adequada adesão à 
dentina, a mesma deve ser condicionada com ácido 
fosfórico em concentrações entre 30% e 37% durante 15 
segundos, o qual irá solubilizar a smear layer e 
desmineralizar a matriz de dentina subjacente, expondo as 
fibrilas de colágeno. 
 
2º passo- Lavagem e secagem 
O ácido deve ser lavado pelo menos pelo dobro 
do tempo de condicionamento para assegurar a completa 
remoção dos subprodutos de reação e do mineral 
solubilizado na superfície (CARVALHO, 2004). Para que 
ocorra uma eficiente hibridização do tecido dentinário é 
fundamental que, após a desmineralização com ácidos, as 
fibrilas de colágeno expostas se mantenham expandidas 
pela presença de água, preservando os espaços 
interfibrilares para a posterior infiltração do agente 
adesivo (CARVALHO, 2004; PASHLEY 1994). Para 
isso, a remoção do excesso de água não deve ser realizada 
com jatos de ar da seringa tríplice, o que pode ocasionar o 
ressecamento demasiado da estrutura dentinária levando a 
um colapso da rede colágena. Com o intuito de deixar a 
superfície levemente úmida e prevenir o colapso das 
fibrilas de colágeno (PASHLEY, 1997), devem ser 
utilizadas bolinhas de algodão hidrófilas ou pedaços de 
papel absorvente colocados nas margens do preparo. 
O passo de secagem do substrato dentinário 
requer ainda alguns cuidados clínicos, levando em 
consideração o sistema de união a ser utilizado. Para 
adesivos que contêm água na sua composição, a 
superfície da dentina deve ser mantida ligeiramente mais 
seca, sem que se perceba a presença de uma lâmina de 
água sobre ela (sem brilho). Mas caso a secagem seja 
excessiva e haja colapso das fibrilas de colágeno, a água 
presente no adesivo se encarregará de re-expandir as 
fibrilas aumentando o tamanho dos espaços entre as 
mesmas e devolvendo a condição ideal para a infiltração 
dos monômeros resinosos (CARVALHO, 2004; 
PASHLEY, 1997). Para adesivos que não contêm água na 
sua composição, a superfície dentinária deve ser mantida 
visivelmente úmida, com a presença de uma lâmina de 
água sobre a mesma (com brilho). Caso a secagem seja 
excessiva e haja o colapso das fibrilas de colágeno, não 
haverá fonte de água para re-expansão, pois o solvente 
anidro presente não é capaz de re-expandir a dentina 
colapsada (CARVALHO, 2004). 
 3°passo- aplicação do primer (convencional 3 passos) ou 
primer/adesivo (convencional 2 passos) 
A água presente nos espaços interfibrilares 
deverá ser removida para que ocorra a infiltração dos 
monômeros resinosos. A remoção da água presente no 
substrato dentinário ocorre por um processo de 
desidratação química, liderada pelos solventes anidros 
contidos nos sistemas adesivos. Quando aplicados sobre a 
superfície úmida da dentina, os solventes (etanol, acetona) 
rapidamente se misturam com a água e carregam para a 
intimidade da matriz os monômeros hidrofílicos. Após a 
saturação da superfície, a mistura de solventes com água 
será eliminada por evaporação (CARVALHO, 2004). A 
eliminação da água e dos solventes residuais é 
fundamental para garantir adequada polimerização e 
conseqüente desempenho do material e isso é válido para 
todos os sistemas adesivos. Desta forma, quanto maior o 
tempo de espera para a fotoativação, maior quantidade de 
solvente e água irá evaporar e melhor será a qualidade de 
união (HILGERT, et al., 2008; CARVALHO, 2004). 
Após a aplicação do primer (convencional 3 
passos) ou primer/adesivo (convencional 2 passos), 
recomenda-se esperar 30 segundos antes da fotoativação, 
para permitir a evaporação da água e do solvente, e 
durante este tempo, pode-se aplicar um leve jato de ar, 
com aproximadamente 10-20 cm de distância do preparo, 
o que favorece a circulação de ar na área e a evaporação. 
Após 30 segundos, verificar a presença de brilho no 
preparo, o que indica a camada de adesivo existente, 
porém, caso esteja opaca, deve-se aplicar uma nova 
camada e aguardar mais 30 segundos previamente à 
fotoativação (HILGERT, et al., 2008; CARVALHO, 
2004). Para os sistemas convencionais de 3 passos, deve-
se ainda realizar a aplicação do adesivo (hidrofóbico), o 
qual não contém solventes orgânicos nem água em sua 
formulação. É composto por monômeros mais viscosos 
do que aqueles presentes nos primers, mas ainda assim 
sua baixa viscosidade garante fluidezsuficiente para que 
o adesivo possa penetrar na superfície preparada pelo 
primer. Deve ser fotoativado por 20 segundos. 
Deve-se considerar que os adesivos que contém 
água na sua formulação e que, conseqüentemente, se 
evaporam mais lentamente, devem ser aplicados de forma 
9 
Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
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ativa, de modo a favorecer a evaporação da água já no 
momento da aplicação, realizando movimentos suaves de 
espalhamento do adesivo sobre as paredes cavitárias. 
Estes apresentam menor sensibilidade em relação à 
umidade de superfície e modo de aplicação 
(CARVALHO, 2004). Já os adesivos que não contém 
água e que, normalmente, contém solventes altamente 
voláteis como a acetona ou o etanol, não devem ser 
aplicados de forma ativa. Se esses adesivos forem 
aplicados de forma ativa, corre-se o risco de que os 
solventes se evaporem precocemente e não exerçam sua 
função de deslocar a água residual presente entre as 
fibrilas, comprometendo a infiltração dos monômeros 
resinosos. Esses adesivos devem ser simplesmente 
dispensados sobre a superfície, sem espalhamento 
(HILGERT, et al., 2008; CARVALHO, 2004). 
Com aplicação do adesivo, tem-se o 
procedimento conhecido como hibridização, ou seja, 
formação de uma “camada híbrida” (DE MUNCK, 2005), 
a qual pode ser definida como a impregnação de um 
monômero à superfície dentinária desmineralizada, 
formando uma camada ácido-resistente de dentina 
reforçada por resina (NAKABAYASHI, et al. 1982). 
Atualmente, os sistemas de união de 3 passos à 
base de água e etanol são considerados os melhores 
padrões em termos de durabilidade de união, 
especialmente em preparos cavitários que apresentam 
margens em dentina (DE MUNCK, et al., 2005.) 
 
Considerações clínicas 
Quando o adesivo é aplicado no preparo 
cavitário em excesso e tenta-se espalhá-lo com a 
aplicação de jatos de ar para diminuir a espessura da sua 
camada, tal procedimento resulta na incorporação de 
oxigênio, o que pode comprometer a sua polimerização e, 
conseqüentemente, a adesão. Adicionalmente, a espessura 
de adesivo não será uniforme, havendo acúmulo de 
material nos ângulos internos do preparo e 
extravasamento de adesivo para além dos limites 
cavitários (CARVALHO, 2004). 
Se o sistema adesivo for aplicado e 
prontamente fotoativado, sem aguardar um tempo 
suficiente para sua correta evaporação, o mesmo não irá 
polimerizar adequadamente, podendo trazer 
conseqüências negativas que comprometam a união, com 
efeitos na resistência adesiva e selamento, sensibilidade 
pós-operatória e degradação precoce da interface adesiva 
(HILGERT, et al., 2008; CARVALHO, 2004; 
PASHLEY, 1997). 
 
Problemas associados aos sistemas adesivos 
convencionais 
A finalidade do procedimento adesivo é a 
completa infiltração e recobrimento das fibrilas de 
colágeno pela resina de união, protegendo-as da 
degradação (BRESCHI, et al., 2008). Idealmente, o 
adesivo deveria penetrar toda a extensão da dentina 
desmineralizada pelo condicionamento ácido, formando 
uma zona de interdifusão entre dentina e resina, 
conhecida como camada híbrida (HILGERT, 2008; 
PASHLEY, 1997). No entanto, quando a profundidade de 
desmineralização da dentina é maior que a infiltração dos 
monômeros resinosos, as fibrilas de colágeno 
desmineralizadas e não envoltas por resina, ou seja, 
expostas, tenderão a sofrer uma lenta hidrólise pela 
penetração de fluidos externos ou dentinários, 
comprometendo a durabilidade da união (PASHLEY, 
1994). Alguns autores têm mostrado que a extensão do 
tempo de aplicação do ácido fosfórico na dentina (acima 
de 15 s) também pode resultar em fibrilas de colágeno 
mais expostas e desmineralizadas, o que leva a uma 
reduzida impregnação da resina adesiva, aumentando as 
chances de degradação da interface adesiva (BRESCHI et 
al.,2008). Clinicamente, a degradação desta interface pode 
enfraquecer a adesão e conduzir à formação de fendas 
entre o dente e o material restaurador (AMARAL et al., 
2007). 
Outro fato a ser considerado é que os solventes 
orgânicos (etanol ou acetona) têm a função de promover a 
desidratação química (evaporação da água) da dentina 
desmineralizada para que os monômeros resinosos 
possam ocupar os espaços entre as fibrilas de colágeno, 
previamente preenchidos pela água (CARVALHO, 1998). 
Portanto, outra preocupação relacionada aos atuais 
adesivos hidrófilos é que, à medida que a mistura de 
solvente e água evapora, ocorre um aumento proporcional 
da concentração de monômeros resinosos na mistura, 
reduzindo a capacidade de evaporação tanto dos solventes 
como da água, em função da gradativa redução na pressão 
de vapor desses fluidos (PASHLEY, et al., 1998 e 2007). 
Conseqüentemente, resíduos de água e do solvente podem 
permanecer no interior da dentina desmineralizada, 
comprometendo a conversão dos monômeros e 
contribuindo com a formação de polímeros frágeis e 
permeáveis (YIU et al. 2005; ITO et al., 2005; TAY et al., 
2002,), com restrita capacidade de selar e proteger a 
dentina sadia remanescente (CARRILHO et al., 2007; 
CHERESONI et al., 2004; BOUILLAGUET et al., 2000). 
A retenção de água na matriz da dentina desmineralizada 
pode, ainda, impedir a completa infiltração dos 
monômeros resinosos nos espaços interfibrilares 
localizados nas regiões mais profundas da matriz 
desmineralizada (SPENCER e SWAFFORD, 1999). 
Como visto, a água desempenha papel fundamental na 
obtenção da adesão, mas também estabelece as situações 
que determinam os mecanismos de degradação da 
interface adesiva (CARVALHO, 2004). 
 
Sistemas Adesivos Autocondicionantes 
 
Uma das principais causas de falhas no 
processo de adesão ao substrato dentinário é a 
discrepância entre a área desmineralizada e a área 
infiltrada pelo agente de união (PASHLEY, 1994). Na 
tentativa de se eliminar este inconveniente foi proposta 
uma técnica adesiva com sistemas de união denominados 
de autocondicionantes, os quais não requerem a aplicação 
isolada de um ácido para produzir porosidades no 
substrato. Embora os sistemas autocondicionantes 
apresentem como vantagem a ausência do passo 
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1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
operatório de condicionamento ácido, tal fato não é 
totalmente verdadeiro quando se trata de adesão ao 
esmalte (especialmente do esmalte não instrumentado). 
Diversos trabalhos (HILGERT, et al, 2008; 
WATANABE, et al, 2008)mostraram que o 
condicionamento ácido somente do esmalte, previamente 
à aplicação destes tipos de adesivos, está indicado para 
melhorar seu desempenho clínico neste substrato. Desta 
forma, recomenda-se o condicionamento do esmalte com 
ácido fosfórico por 15 segundos, lavagem, secagem com 
jatos de ar e aplicação do sistema autocondicionante. 
A incorporação de monômeros resinosos 
ácidos na sua formulação permite a dissolução da camada 
de detritos, a desmineralização da porção mais superficial 
da dentina subjacente (SWIFT, 2002) e, simultaneamente, 
a infiltração da resina adesiva nos tecidos dentais, ou seja, 
a smear layer é incorporada na interface de união 
(CARVALHO, 1998). TAY et al. (2000) verificaram que 
os primers autocondicionantes utilizados (Clearfil SE 
Bond e Clearfil Liner Bond 2V) penetravam de 3 a 4 µm 
pela smear layer e foram capazes de desmineralizar a 
dentina intertubular a uma profundidade de 0,4 a 0,5 µm. 
Nesses sistemas ocorreu a difusão do agente resinoso por 
entre as fibrilas de colágeno na porção mais superficial da 
dentina (0,1 a 0,2 µm), formando uma camada híbrida 
pouco espessa. No entanto, apesar da pequena espessura 
desta camada, geralmente abaixo de 2 µm, alta resistência 
adesiva inicial foi obtida. 
Os sistemas adesivos autocondicionantes 
podem ser de dois passos, onde o agente condicionador e 
o primer estão combinados em um mesmo frasco e o 
adesivo é aplicado separadamente; ou de passo único, que 
combina ácido, primer e adesivo em uma mesma 
aplicação. Alguns autores relataram que esses materiais 
são menos sensíveis às questões de umidade superficial da 
dentina, evitando a sensibilidade pós-operatória quando 
comparados aos sistemas convencionais (LAXE et al., 
2007). Isto ocorre porque o primer é acidificado, ou seja, 
ao mesmo tempo em que condiciona a estrutura dentária, 
promove junto com o adesivo, um embricamento 
micromecânico, o que elimina uma etapa, o 
condicionamento com ácido fosfórico e sua posterior 
lavagem e secagem, resultando em uma área de menor 
desmineralização da estrutura dentária (AHID, et al.; 
2009) e significativa redução da sensibilidade pós-
operatória (CUNHA, et al., 2007). Estes primers ácidos 
apresentam capacidade tampão, com um pH entre 1.5 e 
4.5 na superfície dentinária um minuto após a aplicação, o 
que preserva o ataque da dentina mineralizada sadia 
subjacente (PASHLEY, 1997). 
 
Procedimento adesivo: 
 
Adesivos autocondicionantes de dois passos (primer 
autocondicionante) 
1°passo- aplicação do primer ácido (caráter 
ácido e fluido, responsável pela formação da camada 
híbrida com os tecidos dentais). O primer 
autocondicionante é aplicado em todo o preparo (esmalte 
e dentina) de forma ativa por 20 a 30 segundos, seguida 
de leves jatos de ar. 
2°passo- aplicação do adesivo (resina de baixa 
viscosidade, com características hidrofóbicas e que não 
contém solventes ou água, garantindo resistência e 
estabilidade). Aplica-se uma camada uniforme do 
adesivo, seguida de leves jatos de ar e fotoativação por 20 
segundos. 
 
Adesivos autocondicionantes de passo único (adesivo 
autocondicionante) 
Uma única solução contém monômeros ácidos, 
solventes, diluentes e água, que são aplicados diretamente 
sobre o substrato dental não condicionado e desempenha a 
função de desmineralização, infiltração e posterior ligação 
com o material restaurador. A simplificação dos passos 
operatórios determinou maior complexidade da 
formulação e o comprometimento da eficiência desses 
adesivos. 
Este sistema adesivo é aplicado de forma ativa 
por, no mínimo, 15 segundos em todo o preparo cavitário, 
seguido de leves jatos de ar. Uma nova camada é 
aplicada, seguida de novos jatos de ar, e a 
fotopolimerização realizada por 40 segundos (o tempo 
precisa ser longo devido ao caráter hidrofílico do sistema 
adesivo). Para seu melhor desempenho, alguns trabalhos 
(HILGERT et al., 2008; BRESCHI et al., 2008) 
recomendam a aplicação de uma camada de resina 
adesiva hidrofóbica sobre os sistemas autocondicionantes 
de passo único, o que os transformaria em 
autocondicionantes de dois passos. 
 
Implicações clínicas dos Sistemas Adesivos 
 
Adesivos simplificados funcionam como membranas 
permeáveis 
Estudos realizados in vitro e in vivo mostraram 
que os adesivos convencionais de dois passos e os 
autocondicionantes de passo único, tornam-se membranas 
semi-permeáveis após a polimerização, pois são 
susceptíveis à sorção de água e se degradam mais 
rapidamente que os adesivos que apresentam o passo de 
aplicação da resina hidrofóbica (convencional 3 passos e 
autocondicionantes de 2 passos). Com a aplicação de uma 
camada de resina hidrofóbica, esta membrana semi-
permeável é neutralizada (BRESCHI, et al., 2008; DE 
MUNCK 2005). 
A capacidade da água em permear tais sistemas 
adesivos após a polimerização está diretamente 
relacionada à sua característica hidrofílica, permitindo o 
rápido fluxo de água da dentina hidratada através da 
camada de adesivo polimerizada. Na presença de 
monômeros hidrofílicos, solvente e água residual 
presentes após a polimerização, a água do meio externo é 
absorvida com facilidade e migra para áreas de 
porosidade interna e sítios do polímero onde se localizam 
as moléculas hidrofílicas. Imediatamente após a 
polimerização, a exposição dos adesivos ao meio aquoso 
inicia o processo de absorção de água. A água exerce de 
imediato um efeito plastificador das moléculas, 
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2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
5Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
determinando alterações imediatas em algumas das 
propriedades mecânicas do material (HILGERT et al., 
2008; BRESCHI et al., 2008; CARVALHO, 2004). 
Assim, estudos laboratoriais permitem 
especular que o comprometimento da interface de união 
dentina/resina composta é, em parte, o resultado da 
degradação de seus componentes resinosos que 
gradualmente absorvem água (ITO et al., 2006; 
MALACARNE, et al., 2006), tornando-se cada vez mais 
permeáveis e susceptíveis à hidrólise (FERRACANE, et 
al., 2006; CARRILHO et al., 2005 e 2004; YIU et al., 
2004; SIDERIDOU, et al., 2003; SANTERRE, et al., 
2001; TANAKA, et al., 1999). 
 
Sensibilidade pós-operatória 
A sensibilidade pós-operatória pode ser 
considerada um sintoma complexo, a qual pode ocorrer 
por diversos fatores (CUNHA et al., 2007). 
Fisiologicamente, a dentina normal não desencadeia 
sensibilidade, porém os estímulos táteis, térmicos e 
químicos que chegam à polpa são percebidos como dor. 
Desta forma, todas as agressões geradas pelos 
procedimentos operatórios devem ser evitadas ou 
minimizadas, como o desenvolvimento de calor gerado 
pelos instrumentos rotatórios, falhas na hibridização, 
contração de polimerização das resinas compostas e 
citotoxicidade dos agentes adesivos. 
Um dos maiores desafios tem sido minimizar a 
sensibilidade pós-operatória pela correta utilização do 
sistema adesivo, o que implica na necessidade de 
conhecimento, por parte dos profissionais, a respeito dos 
princípios biológicos e da execução criteriosa das técnicas 
restauradoras. Assim, as restaurações adesivas requerem 
cuidadosfundamentais, pois sabe-se que muitos 
problemas, como a sensibilidade pós-operatória, advém 
da técnica incorreta de aplicação dos sistemas adesivos, 
podendo resultar em colapso das fibrilas colágenas e em 
conseqüente impedimento da difusão do primer por entre 
as mesmas (HILGERT et al., 2008; CUNHA et al., 2007). 
Durante o preparo cavitário há uma exposição 
de grande número de túbulos dentinários, aumentando sua 
permeabilidade, principalmente nas áreas mais próximas à 
polpa, onde o diâmetro e a densidade tubular são maiores. 
Isso pode favorecer a ocorrência de danos à polpa pelos 
produtos tóxicos produzidos pelas bactérias e pelos 
materiais restauradores que podem causar irritação 
(CUNHA et al., 2007; PASHLEY, 1997). Assim, quanto 
mais próximo à polpa, maiores as chances do paciente 
apresentar sensibilidade pós-operatória. Sendo assim, 
recomenda-se a utilização de agentes forradores para 
proteger o complexo-dentino pulpar e favorecer a adesão 
em cavidades profundas, previamente à aplicação do 
adesivo. 
Além disso, a ocorrência de sensibilidade pós-
operatória pode-se dar pela força da contração de 
polimerização da resina composta que excede a 
resistência de união do sistema adesivo à estrutura 
dentária, fato que pode ser minimizado pela utilização da 
técnica incremental de inserção do compósito (CUNHA et 
al., 2007). 
Os adesivos convencionais apresentam etapas 
críticas durante a realização da técnica, como o 
sobrecondicionamento ácido e a secagem excessiva após 
a lavagem, acarretando o colapso da rede colágena, 
impedindo a completa difusão dos monômeros por entre 
as fibrilas e, conseqüentemente, levando a falhas na 
hibridização. Essa sensibilidade de técnica inerente desses 
sistemas adesivos está intimamente relacionada à 
sensibilidade pós-operatória devido ao comprometimento 
da qualidade da camada híbrida formada (CUNHA et al., 
2007), o que proporciona um aumento da microinfiltração 
e irritação pulpar. 
 
Tendências atuais 
 
Uso da Clorexidina 
A clorexidina é preconizada como agente de 
limpeza cavitária, sendo efetiva em penetrar no interior 
dos túbulos dentinários para remover os resíduos 
existentes (BRESCHI et al., 2008; FRANCO et al., 
2007). Atualmente, vem sendo indicada pelo efeito 
benéfico na preservação da força de união dentina-resina, 
pela inibição das MMPs (metaloproteinases). Suspeita-se 
que a ativação das MMPs, presentes na dentina ou na 
saliva, esteja envolvida na degradação das fibrilas de 
colágeno expostas devido à incompleta infiltração da 
resina adesiva previamente condicionada com ácido, o 
que explica a progressiva diminuição da camada híbrida 
observada tanto in vitro como in vivo ao longo do tempo 
(KOMORI et al., 2009; BRESSCHI et al., 2008; 
HASHIMOTO et al., 2002 ). 
Após o condicionamento ácido e lavagem da 
cavidade tem sido indicado à aplicação do digluconato de 
clorexidina a 2%, por 60 segundos, não seguido de 
lavagem, pois este tem o potencial de inibir as MMPs e, 
conseqüentemente, inibe a degradação da camada híbrida 
e das fibrilas de colágeno expostas existentes (KOMORI, 
et al, 2009; BRESCHI, et al, 2008; AMARAL, et al, 
2007; CARRILHO, et al., 2007). Este procedimento tem 
mostrado melhorar a força de união dentina-resina 
(KOMORI, et al, 2009; CARRILHO, et al., 2007). Para 
STANISLAWCZUK et al. (2009) a adição de digluconato 
de clorexidina a 2% ao ácido é outra excelente ferramenta 
para aumentar a estabilidade das fibrilas de colágeno 
contra hospedeiros derivados das MMPs, sem a 
necessidade de um passo adicional ao protocolo de união. 
 
Técnica de adesão com etanol (etanol bond) 
Acredita-se que as restaurações adesivas 
podem se tornar relativamente estáveis se forem 
constituídas por sistemas de união mais hidrófobos e, 
portanto, menos susceptíveis à sorção de fluidos intra e 
extra-orais. Com isso, alguns estudos clínicos e 
laboratoriais têm avaliado a viabilidade do uso da técnica 
de adesão à dentina úmida com etanol, como forma de 
viabilizar a infiltração de monômeros hidrófobos na 
dentina desmineralizada. 
Estudos recentes têm demonstrado que uma 
forma conveniente de desidratar a dentina sem provocar o 
colapso excessivo das fibrilas de colágeno expostas pelo 
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3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
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condicionamento ácido é tratando a matriz de dentina com 
solventes anidros que sejam capazes de manter tal 
substrato expandido e ao mesmo tempo livre de água 
(AGEE, et al., 2006; CARVALHO, et al., 2003; 
EDDLESTON, et al.,2003), apto portanto a ser infiltrado 
pelos monômeros resinosos do sistema de união. Dos 
solventes avaliados (acetona, metanol, etanol, butanol, 
etileno glicol), o metanol e o etanol foram os solventes 
que melhor se comportaram, mantendo a matriz de 
dentina desmineralizada tão expandida ou apenas 
ligeiramente menos expandida do que quando comparada 
com a expansão produzida pela presença de água. Estudos 
mostraram que os espaços interfibrilares da camada 
híbrida apresentaram-se melhor preenchidos pela resina 
do adesivo nos casos em que a matriz de dentina 
desmineralizada foi saturada com etanol (TAY, et al. 
2007; NISHITANI, et al., 2006; CARVALHO, et al., 
2003). 
Torna-se, portanto, necessário investigar se a 
infiltração de monômeros hidrófobos em tempo clínico 
viável na dentina desmineralizada e saturada com etanol é 
capaz de proporcionar o adequado selamento das fibrilas 
de colágeno, formando camadas híbridas coesas, sem 
remanescimento de colágeno exposto à degradação. 
 
 
Conclusão 
 
Devido à importância dos procedimentos 
adesivos no dia-a-dia da prática odontológica parece ser 
mais sensato e prudente a utilização de sistemas adesivos 
não simplificados, capazes de promover uma interface 
adesiva mais confiável e duradoura. No entanto, os 
protocolos de aplicação clínica devem ser rigorosamente 
seguidos para o sucesso e durabilidade das ligações 
adesivas. 
 
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Revista Dentística on line - ano 9, número 19, 2010. 
ISSN 1518-4889 www.ufsm.br/dentisticaonline Oliveira, NA Adesivos Dentinários 
 
1Especialista em Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP – Bauru/SP 
2Cirurgiã Dentista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP- Bauru/SP 
3Profª. Drª em Dentística Restauradora do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP – Bauru/SP 
4Prof. Dr. em Dentística Restauradora da Universidade Bandeirante de São Paulo UNIBAN – São Paulo/SP 
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Contato com o autor: naiara.a.o@hotmail.com 
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