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Analise_de_peticao_trabalhista (1)

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Prévia do material em texto

LINGUAGEM, ARGUMENTAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS JURÍDICOS
Profª. MILENA MORETTO
A COMPREENSÃO DOS ELEMENTOS DA PETIÇÃO INICIAL�
O modelo de petição
	A petição inicial da área trabalhista (e mesmo das demais áreas!) apresentada em modelos de manuais do Direito ou em sites da internet são como a que vemos abaixo. Geralmente apresentadas em um modelo com lacunas a serem completadas, elas sugerem que fazer uma petição seria algo simples, bastando apenas atentar-se à estrutura do texto:
Exemplo I: modelo de petição inicial
Exmo. Sr. Dr. Juiz Presidente da MM... Junta de Conciliação e Julgamento de....
(Nome, qualificação e residência), por seu advogado abaixo firmado, com escritório à......, onde receberá as comunicações dos atos processuais, vem, forte nos arts 59 e 791 da Consolidação das Leis do Trabalho, apresentar Reclamatória Trabalhista contra................. (nome, qualificação e endereço), conforme a seguir expõe:
1. O reclamante foi contratado pela reclamada na data de......, no cargo de....., percebendo atualmente o salário de R$.......
2. Todavia, a partir de... a reclamada, sem qualquer ajuste formal, passou a exigir do reclamante trabalhos diários, no total de duas horas, excedentes à jornada normal, sem a correspondente contraprestação.
Pelo exposto, requer a citação da reclamada para, querendo, apresentar resposta à reclamatória, pena de revelia e confissão, e pede sua condenação no pagamento das horas extraordinárias, desde o momento em que iniciou o serviço excedente ao horário normal, calculadas sobre sua remuneração, mais a integralização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço-FGTS e demais cominações de direito.
Protesta por prova testemunhal e depoimento pessoal da reclamada.
Dá à causa o valor de R$......
Termos em que,
E. Deferimento.
http://www.boletimjuridico.com.br/peticao/modelo.asp acesso em 03/07/2011
	Notamos que neste modelo só é mostrada parte da estrutura do texto, mas não se exploram a situação de produção e as marcas linguísticas do texto. Assim, seguindo somente esse modelo, o advogado não terá sucesso.
	A petição e suas características
Entendamos agora o papel da petição inicial dentro de um processo, já que é ela que irá iniciá-lo; irá ser a responsável para que o Estado seja acionado para resolver um problema, uma pretensão resistida, uma lide. Desta petição inicial, o réu, uma vez citado, irá apresentar sua contestação, a fim de se defender de todos os fatos alegados pelo autor. Em seguida, estes dois documentos, com todas as provas anexadas, formam um processo, que irão para as mãos do Juiz que decidirá o caso, favorável ao autor da petição inicial ou ao réu, quem contestou o pedido inicialmente formulado.
Esta decisão virá a partir de uma sentença de mérito, proferida pelo magistrado. A sentença, como um terceiro gênero textual na ordem processual dará fim ao caso.
Deve-se mencionar que o juiz está limitado, na sua decisão, pelos fatos jurídicos e pelo pedido formulados. Dessa forma, na petição o destinatário é um dos juízes federais de uma das varas trabalhistas da comarca de Jundiaí. O enunciador é o autor da ação, aqui denominado reclamante, que pleiteia seus direitos decorrentes de um contrato de trabalho, por meio de um advogado. O processo tramitará no fórum trabalhista da comarca de Jundiaí. O objetivo da ação é o pagamento de várias verbas que não foram pagas corretamente pela empresa-ré, denominada reclamada.
Neste artigo, apresentaremos a análise de apenas uma petição, uma reclamação trabalhista, ou seja, uma petição inicial da área do Direito do Trabalho elaborada por uma advogada da cidade de Jundiaí/SP (os nomes das partes foram preservados apenas com suas iniciais, ainda que esta ação não tramite em segredo de Justiça), podendo, assim, ser lida por quem se interessar:
Anexo
A petição inicial analisada (com alterações para manter o anonimato das partes envolvidas)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ VARA DO TRABALHO DE JUNDIAÍ - SP.
	C. F. S. C., brasileira, solteira, portadora da Cédula de Identidade RG nº XXXXX-X e da CTPS nº XXXXX - série XXXXX-SP, inscrita no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, nome da mãe R. A. F. S. C., nascida em data de 08/12/1.977, PIS n° XXXXXXXXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, bloco f11, Bairro T., em Jundiaí/SP, CEP: XXXXX-XXX, através de sua advogada infra assinada, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, para propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
adotando-se o procedimento ORDINÁRIO, em face de H. M. C. C. LTDA, com endereço na Avenida P., nºY, lojaXX, Vila W– Jundiaí/SP, CEP: XXXXXXXX-XX, CNPJ nº XXXX, e o faz pelas razões adiante aduzidas:
GRATUIDADE JUDICIÁRIA:
		Inicialmente, para os fins do artigo 4º da Lei nº 1.060/50 e do parágrafo 3º do Artigo 790 da CLT (Redação da Lei 10.537/02), que determina:
“Art. 4º. – A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.”
“Art. 790 § 3º - É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família”. 
	Assim, requer o benefício da gratuidade, nos termos da lei.
 	DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA:
	Não foi possível o reclamante se socorrer de CCP (Comissão de Conciliação Prévia), tendo em vista inexistir comissão constituída em nível empresarial ou sindical. Por essa razão, deixa de juntar declaração de conciliação frustrada, conforme lhe assegura o art. 625-D, § 3º, da CLT.
	Por outro lado, é notório que nenhuma lesão ou ameaça a direito, está afastada da apreciação do Poder Judiciário, pois ao sonegar sua jurisdição estaria o Estado, na verdade ferindo o art. 5º, inciso XXXV, da CF. Portanto, o próprio Juízo do Trabalho, se for o caso, poderá declarar a inconstitucionalidade da Lei 9.958/2000, que implementou os arts. 625-A até 625-H na CLT, exigindo o prequestionamento por meio da chamada CCP (Comissão de Conciliação Prévia). Mesmo assim, a proposta de conciliação, que seria feita na CCP, ficaria suprida pela 1º proposta a ser feita por este r. Juízo (cf. art. 846, da CLT).
	Nesta mesma esteira, entende o TRT da 2º Região de São Paulo que é dispensável a submissão a CCP (Comissão de Conciliação Prévia), in verbis: COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. EXTINÇÃO DE PROCESSO. (Resolução Administrativa nº 08/2002 – de 12/11/02).O comparecimento perante a Comissão de Conciliação Prévia é uma faculdade assegurada ao Obreiro, objetivando a obtenção de um título executivo extrajudicial, conforme previsto pelo art. 625-E, parágrafo único, da CLT, mas não constitui condição da ação, nem tampouco pressuposto processual na reclamatória trabalhista, diante do comando emergente do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal. 
I - 	DO CONTRATO DE TRABALHO:
	A reclamante foi admitida pela reclamada H. M. C. C. LTDA. em data de 01 de outubro de 2.005, para exercer inicialmente a função de Pacote/Repositora, sendo que após de um ano nesta função, passou a exercer a função de vendedora, contudo foi registrado na função de balconista, mediante comissões sobre suas vendas na seguinte proporção e percentagem:
3,5% sobre as vendas normais, caso não classificasse entre os 06 (seis) primeiros vendedores da loja;
3,6% sobre as vendas caso atingisse o 5.º lugar no mês, nas vendas;
3,7% sobre as vendas, caso atingisse o 4.º lugar no mês, nas vendas;
3,8% sobre as vendas, caso atingisse o 3.º lugar no mês, nasvendas;
3,9% sobre as vendas, caso atingisse o 2.º lugar no mês, nas vendas;
4% sobre as vendas, caso atingisse o 1.º lugar no mês nas vendas.
 	Cabe frisar, que a reclamante somente obteve seu registro em CTPS na data de 01 de março de 2.005.
 	A reclamante foi imotivadamente dispensada em data de 30 de abril de 2.010, quando exercia a mesma função de Vendedora e com salário último para fins rescisórios no valor de R$ 715,00, por mês, conforme apontado pela reclamada, em sua CTPS, deixando de incluir o valor pago “por fora”, que perfazia em média o total de R$ 1.200,00/1.300,00, conforme será demonstrado abaixo. 
	Recebeu, por ocasião de seu desligamento, as verbas rescisórias que a reclamada entendeu devidas.
II - 	DO SALÁRIO “POR FORA”:
	Quando de sua admissão, ficou pactuado que a reclamante receberia a título de salário, comissões sobre suas vendas, tal qual já apontado no item anterior e nas respectivas percentagens + os DSR´s conforme consta da sua CTPS. 
	De fato a reclamada sempre pagou a reclamante conforme pactuado, desde seu ingresso até seu despedimento, contudo, a reclamada, desde a admissão da reclamante até sua demissão, pagava parte de seu salário “POR DENTRO”, descriminados em um determinado holerite de pagamento, o qual ficava a reclamante com uma cópia e, parte de seu salário “POR FORA”, através de um holerite, no qual constava das diferenças de comissões, assim como, os DSR´s que ficava somente em poder da reclamada, e que a reclamante junta cópia de uma colega de trabalho conforme se verifica através dos docs. n° 12 e 13.
	A reclamada pagava a reclamante, parte de seu salário “por fora”, emitido em recibo de pagamento que ficava somente em seu poder.
	Portanto, desde a admissão do reclamante, a reclamada emitia 02 (dois) recibos de pagamento, sendo um, que ficava o reclamante com uma cópia, com valor menor e outro recibo, com o valor das diferenças de comissões e do DSR, que ficava somente em poder da reclamada.
	Os recibos de pagamentos que ficavam em poder da reclamante não significavam o real salário efetivamente recebido por ela, sendo que, os recolhimentos fiscais, previdenciários e depósitos do FGTS eram efetuados com base neste recibo, fictício, emitido somente para esse fim.
	Assim, basta uma simples análise nos extratos bancários para se concluir que, efetivamente havia por parte da reclamada o pagamento “por fora”.
	Vide como exemplo o mês de agosto de 2.008 (recibo de pagamento – documento n.º 77), onde foi lançado pela reclamada o valor de R$ 608,00 de salário básico mensal, no recibo de pagamento “por dentro”.
	Veja que a reclamada, lançou no campo “DESCONTOS”, o equivalente à R$ 299,92 assim sendo, o reclamante recebeu um líquido de R$ 308,08.
	Contudo, a reclamada lhe pagou referente o mês de julho de 2.008, no dia 20 de junho de 2.008, o vale no valor de R$ 243,20 e no dia 04 de julho de 2.008 (documento n.º 29), o valor de R$ 206,11, e no mesmo dia 04, depositou o valor de R$ 177,57, ou seja, o valor depositado na conta corrente da reclamante no dia 04, refere-se ao pagamento efetuado “por fora”, assim, somando-se este com o salário por dentro de R$ 608,00, a reclamante auferiu remuneração no mês de R$ 991,68.
	Assim, é certo, que a reclamada em diversas oportunidades, efetuava depósitos bancários do salário da reclamante, conforme se verifica através dos extratos bancários em anexo (docs. n 14/39).
	Importante ressaltar que a reclamada efetuava os recolhimentos previdenciários e fiscais, bem como efetuava os depósitos fundiários com base no valor do salário constante do recibo de pagamento emitido com valor menor, sendo os valores ali consignados neste recibo exclusivamente para tal fim, eis que o real salário constava da somatória do recibo fictício com o recibo de pagamento “por fora” e, referente a comissões, pois não existia salário fixo. 
	Importante frisar que, a reclamada efetuou o pagamento das verbas rescisórias do reclamante com base na média de comissões, porém, para fins da homologação, utilizou-se do salário constante dos recibos de pagamento fictícios.
	As férias e 13º salários, a reclamada, também efetuava o pagamento com base na média das comissões dos meses anteriores, tudo conforme determina a norma coletiva de trabalho, contudo, sempre efetuou o pagamento da parte das verbas “por dentro”.
	Desta forma, faz jus o reclamante a integração do salário pago “por fora” ao salário pago “por dentro” e conseqüentes diferenças nos depósitos fundiários assim como na multa de 40%, mesmo porque, considerada apenas a parte paga “por dentro” para o recolhimento dos mesmos.
	Necessário que a reclamada apresente nos autos todos os recibos de pagamentos do salário pago “por fora”, bem como dos recibos de pagamentos do salário pago “por dentro”, assim como, os Mapas de vendas e Notas Fiscais do período laboral, para a apuração correta dos valores a serem integrados ao salário “por dentro”. Isto se requer com base no artigo 359 do CPC. 
	Caso deixe a reclamada de trazer aos autos os comprovantes de pagamento do salário pago “por fora”, se requer, seja considerada a média apresentada acima.
III - 	DA JORNADA DE TRABALHO:
	A reclamante se ativava diariamente em jornada extraordinária, sendo certo que, a reclamada não pagou pela totalidade das horas extras prestadas pela reclamante.
	A reclamante foi contratado para laborar na H. M., das 10:00 às 16:00 horas, com 30 minutos de intervalo para refeição e descanso, de segunda à sábado. 
	Contudo, para atender as necessidades da reclamada, o reclamante perfazia jornada de trabalho das 09:30 às 16:20/16:30 horas, de segunda à sábado, com 10/15 minutos de intervalo para refeição e descanso.
	Laborava também aos domingos das 11:30 horas às 20:00 horas.
	Nos meses de dezembro, sua jornada de trabalho se estendia até as 23:00 horas.
	Fácil concluir que a reclamante se ativava em jornada extraordinária, mensalmente, sem a respectiva paga.
	Esclareça-se que, mesmo havendo controle de ponto, a efetiva jornada de trabalho não era consignada corretamente.
	Persistem, desta forma, diferenças de horas extras em favor da reclamante, desde seu ingresso até seu despedimento com os reflexos nas demais verbas contratuais e rescisórias, além do FGTS.
	As horas extras devem ser remuneradas com os respectivos adicionais:
 	Adicional de 60% desde seu ingresso até setembro/2.006, conforme cláusula 39º prevista na Convenção Coletiva de Trabalho do respectivo período, bem como deverá ser apurada nos termos da cláusula 40º da mesma CCT, utilizando-se do divisor 220.
	Adicional de 60% desde outubro/2.006 até setembro/2.008, conforme cláusula 39º prevista na Convenção Coletiva de Trabalho do respectivo período, bem como deverá ser apurada nos termos da cláusula 40º da mesma CCT, utilizando-se do divisor 220.
 	Adicional de 60% desde outubro/2.008 até sua dispensa em abril/2.010, conforme cláusula 16º prevista na Convenção Coletiva de Trabalho do respectivo período, bem como deverá ser apurada nos termos da cláusula 40º da mesma CCT, utilizando-se do divisor 220.
	As horas laboradas aos domingos devem ser pagas em dobro, nos termos da lei 605/49.	
IV – 		 DAS DEMAIS CONSIDERAÇÕES QUANTO
 O PAGAMENTO EFETUADO “POR FORA”:
	No que tange à prática da reclamada de efetuar pagamentos de salários “por fora” do recibo de pagamento, entende a autora que, deva ser oficiado aos Órgãos competentes para as providências cabíveis.
	Neste sentido, já se manifestou o TRT da 2º Região de São Paulo através de sua 4º Turma no Recurso Ordinário nº 00057200238102007 – Osasco – São Paulo, Acórdão nº 20040671237- SP, Relator Juiz Ricardo Artur Costa e Trigueiros, j. 23/11/2004, por votação unânime, Extraído do Boletim AASP nº 2426 de 4 a 10 de julho de 2005, Ementário 1051, verbis:
	PAGAMENTO “POR FORA”
	Crime de sonegação – Dever de oficiar.Os pagamentos salários por fora vêm assumindo proporções endêmicas em nosso país. Esta prática não lesa apenas o trabalhador, mas o Estado e a sociedade como um todo, vez que implica a sonegação intencional de recolhimentos previdenciários e tributários. A omissão deliberada dos recolhimentos constitui ilícito penal, conforme caput e incisos II e III, do art. 337-A, do Código Penal (redação dada pela Lei nº 9.983, de 14/7/2000). Ante as evidências de cometimento de crime de sonegação, para que não vislumbre por parte do Juízo, por força da Lei das Contravenções Penais, art. 66 do Decreto-Lei nº 3.688, de 31/10/1941, cabe a este determinar, que após o trânsito em julgado da decisão expeçam-se ofícios-denúncia para a DRT, INSS, CEF, Ministério Público Estadual e Federal, Superintendência da Polícia Federal e Secretarias das Receitas Federal e Estadual, para as providências administrativas e penais cabíveis, mantendo o D. Juízo de origem informado quanto aos resultados. 
V - 	DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO VIOLADO: 
	Face, a jornada apontada acima, faz jus a reclamante ao intervalo pleiteado, acrescido do adicional de 50%, quando não usufruiu de 01:00 hora de intervalo para refeição e descanso, face a infringência ao contido no artigo 71, da CLT, conforme determina o § 4º do mesmo dispositivo legal.
	O pleito de 01:00 horas diárias se justifica pelo preceito legal (artigo 71, § 4º, da CLT). Aliás, neste sentido já se manifestaram nossos Tribunais, como segue:
“A teor do art. 71, par. 4º, da CLT, quando o intervalo para repouso e alimentação não for concedido como previsto naquele dispositivo legal, o empregador ficará obrigado a remunerar o período correspondente (e não o período faltante) com acréscimo de 50%. Assim, se o reclamante tinha direito a uma hora de intervalo, mas usufruía 30 minutos para esse fim, faz jus à percepção de uma hora extra diária” (TRT 2ª R. RO. 02980341660, 8ª T., Ac. 02990309750, Rel. Juíza Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, DOE 13.07.99, pág. 86)” – In Revista Nacional de Direito do Trabalho, volume 17, p. 53.
 	Da mesma forma, decidiu o Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª região, através de sua 8.ª Turma, no RO 20000438426 - Ac. 20010805200 - Rel. Juíza Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva - DOE 15.01.02 - p. 06, extraído da Revista Nacional de Direito do Trabalho, volume 47, editora Nacional de Direito, página 197/198, “in verbis”: 
“Horas extras. Violação parcial do intervalo
Intrajornada. Hora suplementar cheia.
 	Lei 8.923/94, art. 71 da CLT. A ausência, ainda que parcial, do intervalo mínimo intrajornada estabelecido, implica em nulidade. Conseqüentemente, a jornada suplementar deve ser paga integralmente. A Lei 8.923/94, que acrescentou o ( 4.º ao art. 71 da CLT, somente veio consolidar o eco jurisprudencial há muito reinante que já condenava a sonegação do intervalo para refeição e descanso como jornada suplementar. Contudo, em razão da reformatio in pejus, mantêm-se a decisão para não prejudicar a empresa, única recorrente”. 	
		
	Esta corrente jurisdicional já se pacificou, através da Orientação Jurisprudencial nº 307 da SDI-1 do C. TST, verbis:
Orientação Jurisprudencial nº 307 – SDI-1 - TST.
Intervalo intrajornada. Não concessão
Ou concessão parcial.
Após a edição da Lei 8.923/94, a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínima, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT).
 	Ademais, verifica-se que no “caput” do artigo 71 da CLT que o legislador mencionou o mínimo do tempo de intervalo e o máximo de 02:00 horas, e, verifica-se que o contrato de trabalho do reclamante impunha a reclamada à concessão de 01:30 hora de intervalo para refeição e descanso.
	Assim sendo, por todo ângulo que se olhe, faz jus a reclamante ao recebimento de 01:00 hora com o respectivo adicional de acréscimo, pela supressão do intervalo para refeição e descanso.
	Portanto, devido ao reclamante 01:00 hora diária acrescida do adicional de 50%, desde seu ingresso até seu despedimento que, por habituais, devem integrar o salário do reclamante para todos os efeitos legais, com integração nas férias + 1/3, 13º salários, DSRs, aviso prévio, FGTS + 40%.
VI - 	DO SALÁRIO FAMÍLIA:
	A reclamante, nunca recebeu nada à título de salário família, portanto fazendo jus ao mesmo, uma vez que term uma filha.
	Faz jus portanto a reclamante ao pagamento do salário família, que por habituais, devem integrar o salário do reclamante para todos os efeitos legais, com integração nas férias + 1/3, 13º salários, DSRs, aviso prévio, FGTS + 40%.
VII - 	DO PAGAMENTO DO AVISO PRÉVIO, BEM COMO DA MULTA DE 40% REFERENTE AO FGTS:
	Conforme se verifica no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho da reclamante, não lhe foi pago nada à título de aviso prévio, fazendo portanto jus o mesmo ao valor estimado de R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais)
	Cumpre frisar ainda, que a reclamante teve que devolver à empresa a multa referente aos 40% do FGTS, fazendo jus a mesmo ao reembolso da quantia referente a tal multa, no valor de R$ 1.494,90.
VIII - 	DA RETIFICAÇÃO DA CTPS DA RECLAMANTE BEM COMO DO PAGAMENTO DAS VERBAS EM DECORRÊNCIA DO PERÍODO SEM REGISTRO :
 	Conforme apontado no item “I”, a reclamada somente procedeu ao devido registro na CTPS da reclamante na data de 01 de março de 2.005, sendo que a mesmo ingressou na empresa em data de 01 de outubro de 2.004.
	A Reclamante preenche todos os requisitos contidos do art. 3º, da CLT, pois prestava pessoalmente serviço de natureza não eventual, sob dependência da reclamada, e para tanto recebia pagamentos.
	Há portanto, que ser observado o disposto no art. 9º da CLT., procedendo-se em decorrência, as providências contratuais cabíveis, tais como registro do contrato em carteira, e pagamento de parcelas relativas ao referido contrato.
	Assim, faz jus a reclamante a retificação de sua CTPS para que conste a data inicial e final do contrato de trabalho, do período de 01/10/2.004 a 30/04/2.010 bem como as demais verbas, tais como férias proporcionais + 1/3, 13° salário proporcional e FGTS + 40%.
IX - 	DOS PEDIDOS:
	Ante o exposto, tem direito e por isso pleiteia a reclamante:
Seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, na forma da Lei; 
Diferenças no pagamento das verbas rescisórias pagas consistentes em: aviso prévio, saldo de salário, 13º salários, férias+1/3, FGTS + 40%, a ser apurado em execução de sentença; 
Diferenças de horas extras vencidas e não pagas, desde seu ingresso até seu despedimento, com o devido adicional legal de 60%, a serem calculadas considerando-se o real salário da reclamante, com base no salário pago “por dentro”, acrescida da parte paga “por fora”, conforme exposto no item “III”, no valor estimado de R$ 29.951,99, mais integração pela habitualidade nos DSR´s, no valor estimado de R$ 4.792,32, e destes, nas férias + 1/3, no valor estimado de R$ 3.860,48, 13º salários, no valor estimado de R$ 2.895,36, e no aviso prévio, no valor estimado de R$ 789,64;
Domingos trabalhados, desde seu ingresso até seu despedimento, a serem calculados considerando-se o real salário da reclamante, com base no salário pago “por dentro”, acrescida da parte paga “por fora”, em dobro, nos termos do artigo 9º da Lei 605/49 com integração pela habitualidade, nas férias + 1/3, nos 13º salários, e no aviso prévio, a ser apurado em execução de sentença;
Pagamento das horas não usufruídas do intervalo para refeição e descanso, acrescidas do adicional de 50%, desde seu ingresso até seu despedimento, por infringência ao artigo 71, da CLT, face o quanto disposto no § 4º do mesmo dispositivo legal, a serem calculados considerando-se o real salário da reclamante, com base no salário pago “por dentro”, acrescida da parte paga “por fora”, com integração,pela habitualidade, nos DSR’s, e, destes, nas férias + 1/3, nos 13º salários, e no aviso prévio, a ser apurado em execução de sentença;
Pagamento da integração do salário pago “por fora” ao salário pago “por dentro” e conseqüentes diferenças, com integração, pela habitualidade, nos DSR´s, e, destes, nas férias + 1/3, nos 13º salários, e no aviso prévio, a ser apurado em execução de sentença;
Pagamento do salário família, que por habituais, devem integrar o salário do reclamante para todos os efeitos legais, com integração nas férias + 1/3, 13º salários, DSRs, aviso prévio, FGTS + 40%, a ser apurado em execução de sentença;
Pagamento do aviso prévio indenizado no valor estimado de R$ 1.300,00, bem com da multa de 40%, no valor estimado de R$ 1.494,90;
 Retificação de sua CTPS para que conste a data inicial e final do contrato de trabalho, do período de 01/10/2.004 a 30/04/2.010 bem como pagamento das demais verbas, tais como férias proporcionais + 1/3, 13° salário proporcional e FGTS + 40%, a ser apurado em execução de sentença, conforme exposto no item “VIII”;
j) FGTS sobre as verbas acima + 40%, a ser apurado em execução de sentença;
k) Diferenças do FGTS + 40% sobre os pagamentos “por fora”, de todo o período laboral, a ser apurado em execução de sentença;
m) Tudo acrescido de juros e correção monetária, nos termos da Lei vigente;
n) Honorários advocatícios na base de 15% da condenação, nos termos do artigo 133 da Constituição Federal, a ser apurado em execução de sentença;
o) Remessa de ofícios à D.R.T., INSS e a Caixa Econômica Federal (divisão FGTS), e a Receita Federal, sobre as irregularidades cometidas, para as devidas providências.
p) Sejam abatidas eventuais parcelas pagas, desde que, devidamente comprovadas nos autos.
	Os valores acima poderão sofrer alteração pelos cálculos, visto que a reclamante não detém todos os recibos de pagamentos, recibos de pagamentos “por fora”, e há matéria de fato e de direito dentre outras condições que podem modificar os cálculos acima. Também não foram descontados valores já pagos, pois como dito anteriormente, a reclamante não detém todos os recibos de pagamentos, notadamente os recibos dos pagamentos “por fora”.
	Os pedidos não liquidados dependem de juntada (pela reclamada), dos documentos necessários e, deverão ser apurados em liquidação de sentença.
	Assim, requer a notificação da reclamada, para que compareça à audiência inaugural e, querendo, conteste a presente Reclamação Trabalhista, sob pena de revelia e confissão, a qual deverá ser julgada totalmente procedente, condenando-a nos pedidos retro, acrescidos de correção monetária, juros de mora, e demais cominações de estilo.
	Finalmente, protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admissíveis, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da reclamada, sob pena de confesso, oitiva de testemunhas, juntada e apresentação de todos os holerites de pagamento (por fora e por dentro) d reclamante, Mapas de Vendas e Notas Fiscais, pela reclamada, sob pena de aplicação do artigo 359 do CPC, e outras provas mais que se fizerem necessárias no decorrer da lide.
	D.R.A esta com os inclusos documentos e, atribuindo à presente o valor ESTIMATIVO de R$ 45.084,69. 
	Termos em que,
	Pede deferimento.
	Jundiaí, 25 de agosto de 2.010.
	C. P. K		
	 OAB/SP 000.00
	Dessa forma, na petição o destinatário é um dos juízes federais de uma das varas trabalhistas da comarca de Jundiaí. O enunciador é o autor da ação, aqui denominado reclamante, que pleiteia seus direitos decorrentes de um contrato de trabalho, por meio de um advogado. O processo tramitará no fórum trabalhista da comarca de Jundiaí. O objetivo da ação é o pagamento de várias verbas que não foram pagas corretamente pela empresa-ré, denominada reclamada.
Esta situação de produção interferirá nas escolhas que serão feitas no nível dos aspectos discursivos e no nível dos linguístico-discursivos.
No nível dos aspectos discursivos, visando atingir os objetivos, encontramos as características que seguem. A petição analisada é um texto com 14 páginas; no alto, à esquerda, na primeira página, aparece a marca do escritório de advocacia responsável pela petição, e no rodapé de todas as páginas há o endereço do escritório; trata-se, assim, do papel timbrado, mas também de um modo de legitimar o que está sendo dito.
A estrutura do texto da petição é composta por:
- endereçamento ao juiz competente;
- qualificação das partes (reclamante: autora pessoa física que vem propor reclamação trabalhista em face de determinada pessoa jurídica, ora denominada reclamada, por meio de uma descrição de dados e informações necessários para o processo);
- a narração dos fatos ocorridos e das verbas que se entende que deixaram de ser pagas, durante a qual se procura mostrar que há uma situação-problema, cuja solução só o juiz pode dar;
- o direito aplicável ao caso em análise: parte da petição em que o advogado procura mostrar que leis fundamentam o pedido;
- citações de jurisprudência, que nada mais são do que decisões reiteradas dos tribunais, aplicadas em casos análogos e que fundamentam também o pedido;
- os diversos pedidos feitos ao juiz: parte em que se expressa claramente e de modo objetivo o que se espera do juiz frente à situação descrita. Toda petição inicial deve conter, ao menos um pedido. Trata-se de requisito elementar do instrumento da demanda, pois não se pode falar, no plano lógico, de petição sem pedido. Petição sem pedido é petição inepta, a ensejar o seu indeferimento.
Ao escrever o pedido, deve-se observar a) se o objeto da ação é lícito (lícito é o objeto não proibido por lei); b) se há possibilidade jurídica (é previsto e tutelado em lei); c) se o pedido faz ou não parte do objeto de outra ação e ainda, d) se há eventual prescrição. Nesta petição que está sob análise, veremos que quinze pedidos são formulados ao juiz trabalhista, todos referentes a um vínculo de trabalho apenas. Isto reforça e demonstra a importância do pedido, que o juiz deverá acolher ou rejeitar como ele foi formulado pelo autor, sem que se lhe permita ir além, ficar aquém ou fora do mesmo, ainda quando lhe seja permitido apenas referi-lo parcialmente.
- data, local e assinatura do advogado que representa o autor-reclamante, com seu número de inscrição nos quadros da Ordem dos advogados do Brasil no final da petição.
A petição inicial deve ser redigida de maneira lógica e compreensível, de modo que o réu possa entender o pedido e defender-se. Inepta será a petição inicial que não expõe com clareza os fatos, os fundamentos jurídicos do pedido e suas especificações. Todavia, não será considerada inepta quando, apesar de não ser um modelo de técnica, permite a preparação da defesa sem dificuldade para o réu. Eis aqui a importância da boa argumentação na narração dos fatos. Isto porque os argumentos são elementos lingüísticos que visam à persuasão. Argumentos não são verdadeiros ou falsos, mas fortes ou fracos, conforme o seu poder de convencimento. No Direito não prevalece a lógica formal, mas a lógica argumentativa, aquela em que não existe propriamente uma verdade universal, não existe uma tese aceita por todos em qualquer circunstância, como a física, por exemplo. A verdade formal, sobretudo no processo trabalhista, como aqui está sendo analisado, sobrepõe-se à verdade real: o que não está nos autos, não está no mundo, incluindo a documentação probatória juntada, tais como: cartões de ponto do trabalhador, holerites, carteira profissional devidamente anotada, etc.
A petição é escrita sem implicação da primeira pessoa e com verbos nos tempos do pretérito do indicativo, mantendo-se, assim, uma impessoalidade que gera também uma objetividade maior ao texto. De uma forma geral, nas petições iniciais há o apagamento de marcas dos participantes na interação verbal; não há uma pessoa específica que se comunica ou dialogadiretamente com o leitor, há apenas a exposição dos fatos visando à construção de uma argumentação que sustentará o pedido feito ao juiz.
Encontramos as seguintes características no nível dos aspectos lingüístico-discursivos:
-coesão nominal: seleção de palavras para designar os envolvidos (reclamante - reclamada - vendedora - repositora) e qualificar as suas ações (pagar - vender) de modo a deixar claro de quem se está tratando em cada momento e a que fatos se faz referência;
- coesão verbal: os verbos aparecem no pretérito na fase de narração dos fatos, já que estes já ocorreram; mas no tempo presente ao se fazer o pedido, uma vez que é a partir deste momento, com a petição, que se espera uma ação do juiz. 
- conexão: a ligação entre os termos das frases nas petições iniciais é feita, geralmente, por conjunções ou locuções conjuntivas (uma vez que, eis que, bem como, portanto, tais como, etc.); há ainda uma grande presença de advérbios de tempo a fim de situar o destinatário da petição acerca da seqüência lógica dos fatos ocorridos.
- modalizadores: nota-se a escolha de alguns substantivos adjetivados (salário ”por fora” e “por dentro”) e determinados advérbios (somente, imotivadamente) que contribuem para que se avalie o fato ou a ação do reclamante (autor) ou ainda da reclamada (ré), a fim de enfatizar a gravidade do problema, bem como deixar evidente que a ação do empregador-reclamada prejudicou o autor da petição.
- voz: a voz que aparece nas petições iniciais é a do advogado, que tem poderes para representar o autor da ação ao relatar algo, bem como pedir ao juiz (...vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente..), mas também notamos à recorrência à voz das leis, como quando se cita a CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas e a Constituição Federal ou com a citação de jurisprudência do TRT - Tribunal Regional do Trabalho, que são decisões reiteradas de tribunais para casos semelhantes e que servem para facilitar e ajudar no convencimento do juiz ao proferir sua decisão.
Notamos que o conjunto das características desse texto visam levar o juiz a atender o pedido feito, logo fazer uma petição seguindo um modelo que não contemple a concepção de linguagem enquanto um modo de inter-ação, como vimos na seção 1 deste artigo, certamente pode impedir o agir esperado do advogado e criar problemas para os seus clientes.
� O presente texto é um recorte do artigo científico de FAVRE, Fernanda; BUENO, Luzia. A COMPREENSÃO DOS ELEMENTOS DA PETIÇÃO INICIAL NO TRABALHO DO PROFESSOR DE PRODUÇÃO DE TEXTOS. Anais SIGET. Rio Grande do Norte, 2011.

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