Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bloco I – Sinais Alternados Aula 1 – Introdução à Teoria de Sinais Alternados ________________________________________________________ Gerador de Corrente Alternada - Um gerador elementar de corrente alternada, consiste de uma espira disposta de tal forma que pode ser girada em um campo magnético estacionário. Ao girar esta espira no campo magnético estacionário, o condutor da espira corta as linhas do campo eletromagnético, produzindo a força eletromotriz induzida (ou f.e.m. induzida). Lei de Lenz-Faraday - A lei de Faraday-Neumann-Lenz, ou lei da Indução eletromagnética, é uma lei da física que quantifica a indução eletromagnética, que é o efeito da produção de corrente elétrica em um circuito colocado sob efeito de um campo magnético variável ou por um circuito em movimento em um campo magnético constante. Propriedades de um Sinal Alternado • Período; • Frequência; • Valor de Pico (Valor Máximo); • Valor Médio; • Valor Eficaz. T: período (segundo). w.t: velocidade angular (radianos/segundo). Vp: Tensão de Pico (Volt). Vpp: Tensão de pico a pico (Volt). tsen(.VpV(t) φϖ += Onde: Vp: Valor de pico (Volts). wt: velocidade angular (radianos por segundo). F: ângulo inicial de fase. Onde: T: período (segundos). v(t): função senoidal (Volts). Vp: valor de pico (Volts). Propriedades de um Sinal Alternado Valor de Pico (Valor Máximo); w.t: velocidade angular (radianos/segundo). (Volt). )(V)φ wt: velocidade angular (radianos por segundo). O valor quadrático médio ou RMS (do inglês root mean square) ou valor eficaz é uma medida estatística da magnitude de uma quantidade variável. Pode-se calcular para uma série de valores discretos ou para uma função variável contínua onde: T: período (segundos). v(t): função senoidal (Volts). O valor médio de uma função contínua representa um número real para cálculo de sua área descrita através de um retângulo. O hertz (símbolo Hz) é a unidade de frequência derivada do SI para frequência, a qual é expressa em termos de ciclos por segundo a frequência de um evento periódico. Onde: T: período (segundos) f: frequência elétrica (hertz) Aplicação Dado a equação abaixo, vamos construir o gráfico e identificar todos seus parâmetros. Bloco I – Sinais Alternados Aula 2 – Capacitor e Indutor ________________________________________________________ Capacitor - É um componente eletrônico capaz de armazenar e fornecer cargas elétricas. Ele é formado por duas placas paralelas, separadas por um material isolante, chamado dielétrico. Quando o ligamos a uma tensão fixa, momentaneamente passa por ele uma pequena corrente, até que suas placas paralelas fiquem carregadas. Uma fica com cargas negativas (elétrons) e outra com cargas positivas (falta de elétrons). Onde: C: capacitância (Farad) e0: constante dielétrica do vácuo eR: constante dielétrica do material isolante A: área das placas d: distância entre as placas Comportamento do Capacitor em Corrente Contínua e Corrente Alternada Onde: C: capacitância (Farad) Q: cargas elétricas (Coulomb) DV: variação de tensão (Volts) I: corrente elétrica (Àmpere) dV: diferencial de tensão (Volts) dt: diferencial de tempo (segundos) Reatância Capacitiva Todo capacitor em circuito de tensão alternada atua como um resistor (não que esta seja sua função no circuito, porém seu comportamento apresenta resistência). Sua resistência será dada em função da frequência do circuito e o valor do capacitor dado em Farad. Esse fenômeno é denominado reatância capacitiva. Onde: XC: reatância capacitiva (W) pi: 3,1415.... f: frequência elétrica (Hertz) C: capacitância (Farad) Indutor Um indutor é um dispositivo elétrico passivo que armazena energia na forma de campo magnético, normalmente combinando o efeito de vários loops da corrente elétrica. O indutor pode ser utilizado em circuitos como um filtro passa baixa, rejeitando as altas frequências. Onde: f: fluxo magnético (Weber/m2) V: tensão elétrica aplicada (Volts) I: corrente elétrica aplicada (Àmpere) Comportamento do Indutor em Corrente Contínua e Corrente Alternada Onde: V: tensão aplicada (Volts) L: indutância (Henry) dI: diferencial de corrente (Àmpere) dt: diferencial de tempo (Segundos) Reatância Indutiva A reatância indutiva é devida à indutância de um circuito elétrico, circuito eletrônico ou bobina. É medida em W, designada pelo símbolo XL e igual à indutância em henry multiplicada por 2 p vezes a frequência em hertz. Onde: XL: reatância capacitiva (W) pi: 3,1415.... f: frequência elétrica (Hertz) L: indutância (Henry) Bloco I – Sinais Alternados Aula 3 – Introdução aos Números Complexos ________________________________________________________ Definição O fato de um número negativo não ter raiz quadrada parece ter sido sempre claro para os matemáticos que se depararam com essa questão. Um número complexo é um número z que pode ser escrito na forma z = x + iy, em que x e y são números reais e i denota a unidade imaginária. Esta tem a propriedade i2 = − 1. Onde x e y são chamados respectivamente parte real e parte imaginária de z. O conjunto dos números complexos, contém o conjunto dos números reais. Munido de operações de adição e multiplicação obtidas por extensão das operações de adição e multiplicação nos reais, adquire uma estrutura algébrica própria. O conjunto dos números complexos também pode ser visto como um espaço vetorial. Conjunto dos Números Plano Complexo O plano complexo, também chamado de Plano de Argand-Gauss ou Diagrama de Argand, é um plano cartesiano usado para representar números complexos geometricamente. Nele, a parte imaginária de um número complexo é representada pela ordenada e a parte real pela abscissa. Desta forma um número complexo z como 3 - 5i pode ser representado através do ponto (afixo ou imagem, quando z está na forma trigonométrica) (3, -5) no plano de Argand-Gauss. Representações dos Números Complexos Os números complexos podem ser representados de quatro formas: a) Retangular; b) Polar; c) Exponencial; d) Trigonométrico. Retangular Polar Exponencial (Forma de Euler) Trigonométrica Aplicação Utilizando a álgebra dos números complexos, determine as raízes dos polinômios abaixo: Para utilizarmos a álgebra dos números complexos em circuitos elétricos, adotaremos como unidade imaginária a letra “j”, uma vez que utilizamos a letra “i” para representar corrente elétrica. Bloco I – Sinais Alternados Aula 4 – Operação com Números Complexos ________________________________________________________ Introdução Geralmente as operações com os números complexos são realizadas nas formas retangulares e polares. São realizadas todas as operações utilizadas nos números naturais, porém para cada operação, é utilizado uma expressão algébrica adequada. Para as operações de adição e subtração, é recomendado operar os números complexos na forma retangular: Nas operações de adição e subtração: parte real com parte real,parte imaginária com parte imaginária. Para a operação de multiplicação, a mesma pode ser realizada na forma retangular e na forma polar: na operação de multiplicação na forma retangular, aplica-se a propriedade distributiva. Na operação de multiplicação na forma polar, multiplica-se os módulos e soma os ângulos. Na operação de divisão na forma retangular, multiplica-se o numerador e o denominador pelo complexo conjugado do denominador. Na operação de divisão na forma polar, divide-se os módulos e subtrai os ângulos. Na operação de potenciação na forma polar, eleva-se os módulos e multiplica-se os ângulos pelo expoente. Na operação de radiciação na forma polar, extrai a raiz dos módulos e dividi-se os ângulos pelos expoentes. Bloco II – Análise de Circuitos Aula 1 – Fasores ________________________________________________________ Definição Um fasor ou vetor de rotação trata-se da utilização de um vetor bidimensional para representar uma onda em movimento harmônico simples. Uma senóide pode ser descrita por um vetor radial girante com módulo igual à sua amplitude (valor de pico) e mesma frequência angular ω. O fasor pode ser definido como sendo a representação geométrica de um número complexo. Na operação com fasores, prevalece as regras de operações dos números complexos. Bloco II – Análise de Circuitos Aula 2 – Diagrama Fasorial ________________________________________________________ Definição O diagrama fasorial é um diagrama que representa graficamente todas a operações e o comportamento de um circuito em corrente alternada, utilizando o conceito de números complexos e o plano de Argand-Gauss. Soma de Fasores A soma de fasores (soma fasorial), diferentemente da soma algébrica, realiza todas as suas operações, conforme a álgebra dos números complexos: parte real com parte real; parte imaginária com parte imaginária. Operações com Fasores Existe algumas funções algébricas utilizadas para fasores, conforme descrita abaixo. Aplicação dos Diagramas Fasoriais: Circuito RLC Aplicação dos Diagramas Fasoriais: Resolução de Circuitos Monofásicos Aplicação dos Diagramas Fasoriais: Resolução de Circuitos Trifásicos Bloco II – Análise de Circuito Aula 3 – Impedâncias/Reatâncias Complexas ________________________________________________________ Definição Sabemos que a impedância / reatância elétrica são comportamentos resistivos que os capacitores e indutores apresentam com a variação da frequência elétrica. Como esses fenômenos dependem da variação de frequência, então podemos operar com suas respectivas impedâncias e reatâncias com o auxílio da álgebra dos números complexos e dos fasores. Reatância Capacitiva Reatância Indutiva Impedância Elétrica Pode ser descrito como a formação algébrica entre a parte real e a parte imaginária. A parte real é composta por uma resistência elétrica e a parte imaginária por uma reatância capacitiva ou indutiva. Aplicação da Lei de Ohm Como os fasores são representações gráficas dos números complexos, que por sua vez representam uma grandeza em corrente alternada, então podemos utilizar as ferramentas de análise de circuito em corrente contínua para o mesmo. Aplicação da Lei de Kircchoff Bloco II – Análise de Circuitos Aula 4 – Circuito RL ________________________________________________________ Circuito RL Circuito RC Bloco III – Análise de Circuitos | Aula 1 – Circuito RL série ________________________________________________________ Circuito RL Circuito RC Aula Atividade Bloco III – Análise de Circuitos | Aula 2 – Circuito RLC Paralelo ________________________________________________________ Circuito RL Circuito RC Aula Atividade Bloco III – Análise de Circuitos | Aula 3 – Triangulo de Potência ________________________________________________________ Potência em CA Em CC a potência é calculada pelo produto da tensão elétrica e corrente elétrica, para CA mantemos a mesma relação, mas ao invés de obtermos uma única potência, temos 03(três) tipos de potência: 1. Aparente (VA) 2. Ativa (W) 3. Reativa (VAR) Triângulo de Potências Potências O triângulo de potências reflete a relação entre as potências aparente, ativa e reativa. • A potência ativa (P) é a potência em Watts (W). • A potência reativa (Q) é a potência em VAR. • A potência aparente (S) é a potência total do sistema indicada em VA. No triângulo de potências, efetuamos a seguinte relação: 1. Potência aparente: é a potência total fornecida pelo sistema, o qual é composto pela soma fasorial da potência ativa e potência reativa. 2. Potência ativa: é a potência que efetivamente realiza trabalho, está associada ao resistor e apresenta defasagem nula (F=0°). 3. Potência reativa: é a potência que efetivamente é devolvida à rede elétrica, está associado ao indutor e/ou capacitor e apresenta defasagem não nula (F=+90° ou F=-90° ). Bloco III – Análise de Circuitos | Aula 4 – Potência Complexa e Fator de Potência (FP) ________________________________________________________ Potência Complexa Utilizamos a álgebra dos números complexos para operar em CA, então também podemos operar com a potência, utilizando a mesma álgebra. “...a presença da energia e/ou potência reativas faz com que o transporte de potência ativa demande maior capacidade do sistema de transporte pelo qual ela flui. Por este motivo, a RESPONSABILIDADE de um cliente marginal nos investimentos destinados à expansão da rede será tanto maior quanto mais elevada for sua potência reativa ou, de modo equivalente, quanto menor for seu fator de potência...” Potência Complexa Determinar Todas as Potências do Circuito ao Lado Determinar Todas as Potências do Circuito ao Lado Bloco IV – Fator de Potência Aula 1 – Trifásico ________________________________________________________ Definição O sistema trifásico é a forma mais comum de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em corrente alternada. Este sistema incorpora o uso de três ondas senoidais balanceadas, defasadas em 120 graus geométricos entre si, de forma a balancear o sistema, tornando-a muito mais eficiente ao se comparar com três sistemas isolados. Diagrama Fasorial (Sequência Positiva) Geração Tensão de Linha e/ou Tensão de Fase Bloco IV – Fator de Potência Aula 2 – Trifásico | ________________________________________________________ Potência TrifásicaPotência Trifásica Complexa Correção de Fator de Potência (FP) Em um circuito elétrico em CA (monofásico ou trifásico), geralmente para não ultrapassar a faixa de 0,92 (ANEEL), é necessário realizar a correção do fator de potência, com o auxílio de um capacitor. A ideia é projetar um capacitor que forneça energia reativa (negativa) para corrigir e abaixar o valor do fator de potência (FP), que nada mais é do que uma soma fasorial no eixo imaginário. Bloco IV – Fator de Potência Aula 3 – Correção de Fator de Potência ________________________________________________________ Potência Trifásica Fator de Potência (FP) Correção de Fator de Potência (FP) Em um circuito elétrico em CA (monofásico ou trifásico), geralmente para não ultrapassar a faixa de 0,92 (ANEEL), é necessário realizar a correção do fator de potência, com o auxílio de um capacitor. Matematicamente, a relação entre a potência aparente e a potência reativa são diretamente proporcionais. Aula Atividade Bloco IV – Fator de Potência Aula 4 – Aplicação do Fator de Potência ________________________________________________________ Aplicação para Correção de Fator de Potência (FP) Dado um sistema trifásico, com potência aparente total de 60k (VA), tensão nominal de 380 (V), o qual encontram-se acoplado as seguintes cargas em paralelo: 1. 5 + j5 (KVA) 2. 6 – j10 (KVA) 3. 12 (KW) 1. Determine a potência total consumida, utilizando o conceito de triângulo de potências. 2. Determine o valor da carga, o qual deverá fornecer potência reativa, para corrigir o sistema para 0,92 (indutivo). 3. Apresente um desenho esquemático das cargas (antes e depois da correção). 4. Considerar a fase do gerador (60º) e frequência do gerador 60 Hz. Aula Atividade
Compartilhar