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Capítulo 6

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Resumo, Capítulo 6 – Determinantes da morfologia oclusal 
As estruturas que controlam o movimento mandibular são divididas em dois tipos: (1) aquelas que infl uenciam o movimento da região posterior da mandíbula e (2) aquelas que infl uenciam o movimento da região anterior da mandíbula. As ATMs são consideradas os fatores de controle posterior (FCPs) e os dentes anteriores são considerados os fatores de controle anterior (FCAs). Os dentes posteriores estão localizados entre esses dois fatores de controle e, portanto, podem ser afetados por ambos, em graus variados.
Fatores de controle posterior (guia condilar)
À medida que o côndilo sai da posição de relação cêntrica, ele descende ao longo da eminência articular da fossa mandibular. O ângulo no qual o côndilo se afasta do plano horizontal de referência é chamado de ângulo da guia condilar. As duas ATMs fornecem a guia para a porção posterior da mandíbula e são responsáveis por determinar o tipo de movimento mandibular posterior. Elas já foram chamadas, portanto, de FCPs do movimento mandibular.
Fatores de controle anterior (guia anterior)
Os dentes anteriores determinam como a porção anterior se movimenta. Quando a mandíbula protrui ou se movimenta lateralmente, as bordas incisais dos dentes inferiores ocluem com as superfícies palatinas dos dentes anteriores superiores. A inclinação dessas superfícies palatinas determina a quantidade de movimento vertical da mandíbula.
Entendendo os fatores de controle 
O movimento mandibular é determinado pelas características anatômicas tanto das ATMs posteriormente como dos dentes anteriores anteriormente. Variações na anatomia das ATMs e dos dentes anteriores podem levar a alterações no padrão de movimento da mandíbula. Quanto mais perto da ATM o dente está, mais a anatomia articular irá influenciar seus movimentos excêntricos e menos a anatomia dos dentes anteriores irá influenciar seu movimento. Da mesma forma, quanto mais perto um dente específico está dos dentes anteriores, mais a anatomia dos dentes anteriores irá influenciar seu movimento e menos a anatomia da ATM irá influenciar aquele movimento.
O movimento mandibular tem tanto um componente vertical como horizontal e é a relação ou a razão entre esses componentes que é significativa no estudo do movimento mandibular. O componente vertical é uma função do movimento súpero-inferior, e o componente horizontal uma função do movimento ântero-posterior. o significado das guias condilar e anterior está na maneira pela qual elas influenciam na forma dos dentes posteriores.
Efeito da guia condilar (ângulo da eminência)na altura da cúspide
Quando a mandíbula é protruída, o côndilo descende pela eminência articular. Sua descida em relação a um plano de referência horizontal é determinada pela inclinação da eminência. Quanto mais inclinada a eminência, mais o côndilo é forçado a se movimentar inferiormente, à medida que ele se move anteriormente. Isto resulta num maior movimento vertical do côndilo, mandíbula e dentes inferiores.
Efeitos da guia anterior na altura da cúspide
A guia anterior é uma função do relacionamento entre os dentes anteriores superiores e inferiores, ela consiste nos traspasses vertical e horizontal dos dentes anteriores. 
Como o movimento mandibular é determinado em grande extensão pela guia anterior, alterações nos traspasses vertical e horizontal dos dentes anteriores causam mudanças nos padrões de movimento vertical da mandíbula. Um aumento no traspasse horizontal leva a uma diminuição na angulação da guia anterior, menos componente vertical para o movimento mandibular e cúspides posteriores mais planas. Um aumento no traspasse vertical produz um aumento na angulação da guia anterior, mais componente vertical para o movimento mandibular e cúspides posteriores mais inclinadas.
Efeito do plano de oclusão na altura da cúspide
O plano de oclusão é uma linha imaginária que toca as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e as cúspides dos dentes posteriores superiores. A relação do plano de oclusão com o ângulo da eminência influencia a angulação das cúspides. Os dentes posteriores, dessa forma, podem ter cúspides mais longas, e nós determinamos que, à medida que o plano de oclusão torna-se quase paralelo ao ângulo da eminência, as cúspides posteriores devem ser mais curtas.
Efeito da curva de spee na altura da cúspide
A curva de Spee é uma curva ântero-posterior que se estende da ponta do canino inferior ao longo das pontas das cúspides vestibulares dos dentes posteriores inferiores. Sua curvatura pode ser descrita em termos de comprimento do raio da curva. Com um raio curto, a curva será mais aguda do que com um raio mais longo. O grau de curvatura da curva de Spee influencia a altura das cúspides posteriores que vão funcionar em harmonia com o movimento mandibular. O afastamento dos dentes posteriores superiores irá variar dependendo da curvatura da curva de Spee. Sendo o raio curto, o ângulo no qual os dentes inferiores se afastam dos dentes superiores será maior do que com um raio longo.
A orientação da curva de Spee, conforme determinada pelo relacionamento do seu raio com o plano horizontal de referência, também irá influenciar o quanto a altura da cúspide de um dente posterior será afetada.
Efeito do movimento de translação lateral mandibular na altura da cúspide
O movimento de translação lateral mandibular é um movimento lateraI do corpo da mandíbula que ocorre durante os movimentos laterais (anteriormente chamado de movimento de Bennett). Durante uma excursão lateral, o côndilo orbitante se movimenta para baixo, para frente e para dentro da fossa mandibular ao redor dos eixos localizados no côndilo oposto (que rotaciona). O grau do movimento para dentro do côndilo orbitante é determinado por dois fatores: (1) morfologia da parede medial da fossa mandibular e (2) porção horizontal interna do ligamento temporomandibular (TM), que se insere no pólo lateral do côndilo de rotação. Se o ligamento TM do côndilo de rotação for muito firme e a parede medial muito próxima do côndilo orbitante, um movimento puro de arco será realizado ao redor do eixo de rotação do côndilo de rotação. Quando existe esta condição, nenhuma translação lateral da mandíbula ocorre (e, portanto, nenhum movimento de translação lateral mandibular) O movimento de translação lateral tem três atributos: quantidade, momento e direção. A quantidade e o momento são determinados em parte pelo grau no qual a parede medial da fossa mandibular se afasta medialmente do arco em torno do eixo no côndilo de rotação. Eles também são determinados pelo grau de movimento lateral do côndilo de rotação permitido pelo ligamento TM. Quanto mais medial estiver a parede do pólo medial do côndilo orbitante, maior será a quantidade de movimento de translação lateral, e quanto mais frouxo estiver o ligamento TM ligado ao côndilo de rotação, maior será o movimento de translação lateral. A direção do movimento de translação lateral depende primariamente da direção tomada pelo côndilo de rotação durante o movimento de corpo.
Determinantes horizontais da morfologia oclusal
Os determinantes horizontais da morfologia oclusal incluem as relações que infl uenciam a direção das cristas e sulcos nas superfícies oclusais. Como durante os movimentos excêntricos as cúspides deslizam entre as cristas e sobre os sulcos, os determinantes horizontais também influenciam a localização das cúspides. Cada ponta de cúspide cêntrica gera trajetos tanto laterotrusivos como mediotrusivos sobre os dentes antagônicos. Cada trajeto representa uma parte do arco formado pela cúspide rotacionando em volta do côndilo de rotação.
Efeito da distância do côndilo de rotação na direção das cristas e sulcos
Quanto maior a distância do dente para o eixo de rotação (côndilo de rotação), maior será o ângulo formado pelos traçados laterotrusivo e mediotrusivo os ângulos aumentam à medida que a distância do côndilo de rotação é aumentada, uma vez que os trajetos mandibulares estão sendo geradosmais mesialmente e os trajetos maxilares estão sendo gerados mais distalmente.
Efeito da distância do plano sagital mediano na direção das cristas e sulcos
A relação do dente com o plano sagital mediano também irá influenciar os trajetos laterotrusivos e mediotrusivos gerados no dente pela cúspide cêntrica antagônica. À medida que o dente é posicionado mais longe do plano sagital mediano, os ângulos formados pelos trajetos laterotrusivo e mediotrusivo irão aumentar.
Efeito da distância do côndilo de rotação e do plano sagital mediano na direção das cristas e sulcos
Devido à curvatura da arcada dentária, o seguinte pode ser observado: geralmente, à medida que a distância de um dente ao côndilo de rotação aumenta, sua distância do plano sagital mediano diminui. No entanto, como a distância do côndilo de rotação geralmente aumenta mais rapidamente do que a diminuição da distância do plano sagital mediano, em geral os dentes em direção à região anterior terão ângulos maiores entre os trajetos laterotrusivo e mediotrusivo do que os dentes localizados mais posteriormente.
Efeito do movimento de translação lateral na direção de cristas e sulcos
Se o côndilo de rotação se desloca numa direção lateral e anterior, o ângulo entre os trajetos laterotrusivo e mediotrusivo irá diminuir tanto nos dentes superiores como nos inferiores. Se o côndilo se desloca lateralmente e posteriormente, os ângulos gerados irão aumentar.
Efeito da distância intercondilar na direção das cristas e sulcos
À medida que a distância intercondilar aumenta, a distância entre o côndilo e o dente, considerando-se a confi guração da arcada, aumenta. Isto tende a causar ângulos maiores entre os trajetos laterotrusivo e mediotrusivo. No entanto, à medida que a distância intercondilar aumenta, o dente fi ca localizado mais próximo do plano sagital mediano em relação à distância do côndilo de rotação-plano sagital mediano. Isto tende a diminuir os ângulos formados.
Relação entre os fatores de controle anterior e posterior
Uma linha de pensamento sugere que a guia anterior deveria estar de acordo com a guia condilar. Esta consideração se dirige principalmente aos FCPs que regulam a inclinação do movimento condilar. Este pensamento sugere que, à medida que o movimento condilar torna-se mais horizontal, a concavidade palatina dos dentes anteriores superiores irá aumentar para refletir um movimento com características similares. 
Os FCAs e os FCPs são independentes um do outro. Eles são independentes, ainda que atuem juntos para determinar o movimento mandibular.

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