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Resumo da primeira parte do livro ''Okeson''

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TRATAMENTO DAS DESORDENS
TEMPOROMANDIBULARES
E OCLUSÃO
PARTE I
1: Anatomia Funcional e a Biomecânica do Sistema Mastigatório
2: Neuroanatomia Funcional e Fisiologia do Sistema Mastigatório
3: Posicionamento e Oclusão Dental
4: Mecânica do Movimento Mandibular
5: Critérios para uma Oclusão Funcional Ideal
6: Determinantes da Morfologia Oclusal
1: ANATOMIA FUNCIONAL E A BIOMECÂNICA DO SISTEMA MASTIGATÓRIO
ANATOMIA FUNCIONAL
O sistema mastigatório é a unidade funcional do corpo responsável pela mastigação, fala e deglutição. Os seus componentes desempenham um papel importante no paladar e na respiração. 
O sistema é composto por ossos, articulações, ligamentos, dentes e músculos. Além disso, um intrincado sistema de controle neurológico regula e coordena todos esses componentes estruturais.
DENTIÇÃO E ESTRUTURAS DE SUPORTE
A dentição humana é composta por 32 dentes permanentes. Cada dente pode ser dividido em duas partes básicas: a coroa, que é vista sobre o tecido gengival, e a raiz, que fica submersa e é circundada pelo osso alveolar.
A raiz está ligada ao osso alveolar por numerosas fibras de tecido conjuntivo que se estendem a partir da superfície do cemento da raiz para o osso, essas fibras são conhecidas como ligamento periodontal.
O ligamento periodontal é um amortecedor natural, ele prende o dente firmemente ao seu alvéolo ósseo e ajuda a dissipar as forças aplicadas ao osso durante o contato funcional dos dentes.
Os 16 dentes maxilares estão alinhados no processo alveolar da maxila, que está fixada à porção ântero-inferior do crânio. Os outros 16 dentes estão alinhados no processo alveolar da mandíbula, que é a parte que se movimenta. 
O arco maxilar é maior do que o arco mandibular, o que geralmente faz com que os dentes maxilares se sobreponham aos dentes mandibulares, tanto verticais quanto horizontalmente quando em oclusão. Esta diferença de tamanho resulta, principalmente por:
(1) os dentes anteriores maxilares são muito mais largos do que os dentes mandibulares, criando uma largura de arco maior; 
(2) os dentes anteriores maxilares têm uma angulação vestibular maior do que os dentes anteriores mandibulares, criando um traspasse horizontal e vertical.
Os dentes permanentes podem ser agrupados em quatro classificações, de acordo com a morfologia das coroas:
INCISIVOS: Existem 4 superiores e 4 inferiores eles tem a função de incisar ou cortar o alimento durante a mastigação.
CANINOS: Existem 2 superiores e 2 inferiores e geralmente funcionam como incisivos e são usados apenas ocasionalmente para rasgar e cortar. 
PRÉ-MOLARES: Existem 4 superiores e 4 inferiores. A principal função dos pré-molares é iniciar a quebra das substâncias do alimento em pedaços menores. 
MOLARES: Existem 6 superiores e 6 inferiores. Tem uma ampla superfície para a quebra e a trituração da comida e atuam primariamente nos estágios finais da mastigação, quando o alimento é transformado em partículas pequenas o suficiente para serem facilmente engolidas.
COMPONENTES ESQUELÉTICOS
 O sistema mastigatório é constituído por três componentes esqueléticos principais. Dois suportam os dentes: a maxila e a mandíbula. O terceiro, o osso temporal, suporta a mandíbula em sua articulação com o crânio.
MAXILA: São dois ossos maxilares, que se fundem na sutura palatina mediana. Estes ossos formam a maior parte do esqueleto facial superior. A borda da maxila se estende superiormente para formar o assoalho da cavidade nasal, assim como o assoalho de cada órbita. Na parte inferior, os ossos maxilares formam o palato e os rebordos alveolares, que sustentam os dentes. Os dentes maxilares constituem o componente fixo do sistema mastigatório.
MANDÍBULA: É um osso em forma de U. Ela não tem ligação óssea com o crânio e é sustentada pelos músculos, ligamentos e outros tecidos moles. O aspecto superior da mandíbula arqueada consiste do processo alveolar e dos dentes. O corpo da mandíbula se estende posterior e inferiormente para formar o ângulo mandibular, e posterior e superiormente para formar o ramo ascendente. O ramo ascendente da mandíbula é formado por uma placa vertical de osso que se estende para cima como dois processos. O anterior deles é o processo coronóide. O posterior é o côndilo. O côndilo é a porção da mandíbula que se articula com o crânio, ao redor do qual o movimento ocorre. 
OSSO TEMPORAL: O côndilo mandibular articula-se na base do crânio com a porção escamosa do osso temporal. Esta porção do osso temporal é composta pela fossa mandibular côncava, na qual o côndilo se situa e que também já foi chamada de fossa glenóide ou articular. Posterior à fossa mandibular está à fissura timpanoescamosa, que se estende mediolateralmente. Como esta fissura se estende medialmente, ela se divide em fissura petroescamosa, anteriormente, e fissura petro-timpânica, posteriormente. Imediatamente anterior à fossa está uma proeminência óssea convexa denominada eminência articular. O teto posterior da fossa mandibular é bastante fino, indicando que esta área do osso temporal não foi designada para suportar forças excessivas. A eminência articular, entretanto, consiste de um osso espesso e denso e pode tolerar melhor tais forças.
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
A ATM é a área onde a mandíbula se articula com o crânio. Ela proporciona um movimento de dobradiça em um plano (articulação ginglimoidal). No entanto, ao mesmo tempo ela também pode proporcionar movimentos de deslizamento (articulação artrodial), portanto, ela pode ser considerada uma articulação ginglimoartrodial.
A ATM é formada pelo côndilo mandibular posicionado dentro da fossa mandibular do osso temporal. Separando esses dois ossos da articulação direta estão o disco articular. A ATM é classificada como uma articulação composta. Por definição, uma articulação composta requer a presença de pelo menos três ossos, apesar de a ATM ser constituída por apenas dois ossos. Funcionalmente, o disco articular age como um osso não calcificado que permite os movimentos complexos da articulação.
A ATM também é referida como uma articulação sinovial. Este líquido sinovial tem duas finalidades age como um meio para prover as necessidades metabólicas para esses tecidos e também age como um lubrificante entre as superfícies articulares durante a função. O líquido sinovial lubrifica as superfícies articulares por meio de dois mecanismos. O primeiro é chamado de lubrificação divisória, Um segundo mecanismo de lubrificação é chamado de lubrificação exsudativa.
HISTOLOGIA DAS SUPERFÍCIES ARTICULARES: As superfícies articulares do côndilo mandibular e da fossa são compostas de quatro camadas ou zonas distintas. A camada mais superficial é chamada zona articular. A segunda zona, a zona proliferativa, é principalmente celular. A terceira zona é a zona fibrocartilaginosa. A quarta e mais profunda zona é chamada de zona de cartilagem calcificada.
INERVAÇÃO DA ATM: A ATM é inervada pelo mesmo nervo que fornece inervação motora e sensitiva aos músculos que a controlam (o nervo trigêmeo). Ramos do nervo mandibular fornece a inervação aferente. A maior parte da inervação é fornecida pelo nervo auriculotemporal. Inervação adicional é fornecida pelos nervos temporais profundos e massetérico.
VASCULARIZAÇÃO DA ATM: A ATM é ricamente suprida por uma variedade de vasos que a circundam. Os vasos predominantes são a artéria temporal superficial na parte posterior, a artéria meníngea mediana parte anterior, e a artéria maxilar interna na parte inferior. Outras artérias importantes são a auricular profunda, a timpânica anterior e a faríngea ascendente. 
 
LIGAMENTOS
Os ligamentos desempenham um importante papel na proteção das estruturas. Os ligamentos não atuam ativamente na função da articulação, mas, ao invés disso, agem passivamente como agentes restringentes para limitar ou restringir movimentos limítrofes. Três ligamentos funcionais suportam a ATM:
 (1) Os ligamentos colaterais
 (2) O ligamento capsular 
 (3) O ligamento temporomandibular (TM). 
E existem também dois ligamentos acessórios:(4) Esfenomandibular 
 (5) Estilomandibular.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
Os componentes esqueléticos do corpo são mantidos juntos e movidos pelos músculos esqueléticos. Os músculos são constituídos de numerosas fibras. Cada fibra muscular contém de centenas a milhares de miofibrilas. Cada miofibrila, por sua vez, tem lado a lado, aproximadamente, 1.500 filamentos de miosina e 3.000 filamentos de actina, que são moléculas grandes de proteínas polimerizadas responsáveis pela contração muscular.
 Fibras tipo I: Fibras com concentração alta de mioglobina possuem uma cor vermelha mais escura e são capazes de contração lenta, porém sustentável. Estas fibras são chamadas fibras musculares lentas ou fibras musculares do tipo I. As fibras lentas possuem um metabolismo aeróbico bem desenvolvido e, portanto, são resistentes à fadiga. 
Fibras tipo II: As fibras com baixa concentração de mioglobina são mais claras e são chamadas de fibras musculares rápidas ou fibras do tipo II. Estas fibras possuem menos mitocôndrias e contam com mais atividade anaeróbica para função. As fibras musculares rápidas são capazes de contração rápida, porém entram em fadiga mais rapidamente.
Quatro pares de músculos compõem um grupo chamado músculos da mastigação: o masseter, o temporal, o pterigoideo medial e o pterigóideo lateral. Apesar de não serem considerados músculos da mastigação, os músculos digástricos também desempenham um importante papel na função mandibular.
MASSETER: O masseter é um músculo retangular que se origina do arco zigomático e se estende para baixo até o aspecto lateral da borda inferior do ramo da mandíbula. Sua inserção na mandíbula se estende da região do segundo molar, na borda inferior, posteriormente, até incluir o ângulo. Ele possui duas porções ou cabeças:
 (1) a porção superficial consiste de fibras que se dirigem para baixo e suavemente para trás.
 (2) a porção profunda consiste de fibras que correm numa direção predominantemente vertical. 
Quando as fibras do masseter se contraem, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contato. O masseter é um músculo poderoso que proporciona a força necessária para uma mastigação eficiente. Sua porção superficial também auxilia na protrusão da mandíbula. 
TEMPORAL: O temporal é um músculo grande em forma de leque que se origina da fossa temporal e da superfície lateral do crânio. Ele pode ser dividido em três áreas distintas de acordo com a direção das fibras e função primordial. A porção anterior, média e posterior. Quando o músculo temporal se contrai, ele eleva a mandíbula e os dentes entram em contato. Como a angulação de suas fibras musculares varia, o temporal é capaz de coordenar os movimentos de fechamento. Dessa forma, ele é um importante músculo posicionador da mandíbula.
PTERIGÓIDEO MEDIAL: O pterigóideo medial (interno) se origina da fossa pterigoidea e se estende para baixo, para trás e para fora para se inserir ao longo da superfície medial do ângulo mandibular. Ele forma, juntamente com o masseter, um suspensório muscular que suporta a mandíbula na altura do ângulo mandibular. Quando suas fibras se contraem, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contato. Esse músculo também é ativo na protrusão mandibular. A contração unilateral produzirá um movimento mediotrusivo da mandíbula.
PTERIGÓIDEO LATERAL: Cerca de 80% das fibras que compõem ambos os músculos pterigóideos laterais são fibras musculares lentas (tipo I). Isto sugere que esses músculos sejam resistentes à fadiga e possam servir para suportar o côndilo por longos períodos de tempo sem dificuldade. Ele é dividido como pterigóideo lateral inferior e pterigóideo lateral superior.
(1) Pterigóideo lateral inferior: Se origina na superfície externa da lâmina pterigóidea lateral e se estende para trás, para cima e para fora, até sua inserção primariamente no colo do côndilo. Quando os pterigóideos laterais inferiores direito e esquerdo se contraem simultaneamente, os côndilos são puxados para baixo, nas eminências articulares, e a mandíbula é protruída. A contração unilateral cria um movimento mediotrusivo daquele côndilo e causa um movimento lateral da mandíbula para o lado oposto. Quando este músculo atua juntamente com os depressores mandibulares, a mandíbula é abaixada e os côndilos deslizam para frente e para baixo nas eminências articulares.
(2) Pterigóideo Lateral Superior: É menor do que o inferior e se origina na superfície infratemporal da asa maior do esfenóide, se estendendo quase horizontalmente, para trás e para fora para se inserir na cápsula articular, no disco e no colo do côndilo. Enquanto o pterigóideo lateral inferior é ativo durante a abertura, o superior permanece inativo, tornando-se ativo somente em conjunto com os músculos elevadores. Ele é ativo, quando há força de resistência e quando os dentes são mantidos juntos. A força de resistência se refere a movimentos que envolvem o fechamento da mandíbula com resistência, como na mastigação ou no apertamento dentário.
DIGÁSTRICO: É dividido em duas porções ou ventres:
(1) O ventre posterior se origina na incisura mastóidea, justamente medial ao processo mastoide.
(2) O ventre anterior se origina em uma fossa na superfície lingual da mandíbula, justamente acima da borda inferior e próximo à linha média.
Quando os digástricos direito e esquerdo se contraem e o osso hióide é fixado pelos músculos supra-hióideos e infra-hióideos, a mandíbula é abaixada e puxada para trás e os dentes são desocluídos. Quando a mandíbula é estabilizada, os músculos digástricos, juntamente com os músculos supra-hióideos e infra-hióideos, elevam o osso hióide, que é um procedimento necessário para deglutição.
BIOMECÂNICA DA ATM
A ATM é uma articulação composta. Sua estrutura e função podem ser divididas em dois sistemas distintos:
(1) O primeiro sistema articular são os tecidos que envolvem a cavidade sinovial inferior (p. ex., o côndilo e o disco articular).
(2) O segundo sistema é composto do complexo côndilo-disco trabalhando contra a superfície da fossa mandibular. 
O funcionamento biomecânico normal da ATM deve seguir os princípios ortopédicos apresentados. Os clínicos deveriam lembrar o seguinte:
1. Os ligamentos não participam ativamente funcionamento normal da ATM. Eles atuam como conectores guia, restringindo certos movimentos articulares, enquanto permitem outros. Eles restringem os movimentos articulares tanto mecanicamente quanto pela atividade de reflexo neuromuscular
2. Os ligamentos não se esticam. Se uma força de tração é aplicada, eles podem se tornar alongados (p. ex., aumento no comprimento). (Esticar implica na habilidade de retornar ao comprimento original.) Uma vez que os ligamentos tenham sido alongados, o funcionamento articular normal geralmente fica comprometido.
3. As superfícies articulares das ATMs devem ser mantidas em contato constante. Este contato é produzido pelos músculos que puxam através das articulações (os elevadores: temporal, masseter e pterigóideo medial).
2: NEUROANATOMIA FUNCIONAL E FISIOLOGIA DO SISTEMA MASTIGATÓRIO
Um sistema de controle neurológico altamente refinado regula e coordena as atividades de todo o sistema mastigatório. Ele consiste, primariamente, de nervos e músculos, de onde vem o termo sistema neuromuscular.
ANATOMIA E FUNÇÃO DO SISTEMA NEUROMUSCULAR
O sistema neuromuscular é dividido em dois componentes principais: 
(1) Os músculos
(2) As estruturas neurológicas
MÚSCULOS
UNIDADE MOTORA: O componente básico do sistema neuromuscular é a unidade motora, que é composta por um número de fibras musculares que são inervadas por um neurônio motor. Cada neurônio liga-se à fibra muscular através da placa motora.
MÚSCULO: Centenas de milhares de unidades motoras, juntamente com vasos sangüíneos e nervos, são revestidas por tecido conjuntivo e fáscia para compor um músculo.
FUNÇÃO MUSCULAR: A unidade motora pode desempenhar somente uma ação: ou contração, ou encurtamento. O músculo inteiro, no entanto, possui três funções em potencial:
 Se a cabeça é virada para a direita, certos músculosdevem encurtar (contração isotônica), outros devem relaxar (relaxamento controlado) e outros, ainda, devem estabilizar ou manter certas relações (contração isométrica). 
FUNÇÕES PRINCIPAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO
As três principais funções do sistema mastigatório são:
 (1) mastigação
 (2) deglutição 
 (3) fala
Além dessas três existem funções secundárias que auxiliam na respiração e na expressão das emoções.
MASTIGAÇÃO
A mastigação é definida como o ato de mastigar alimentos. Ela representa o estágio inicial da digestão, quando o alimento é quebrado em partículas de tamanho menor para facilitar a deglutição.
MOVIMENTO MASTIGATÓRIO NO PLANO SAGITAL DO LADO DE TRABALHO: Durante a abertura, o incisivo se movimenta ligeiramente anterior para a posição de intercuspidação (MIH) e, depois, retorna de uma posição ligeiramente posterior. O primeiro molar também foi traçado no lado para o qual a mandíbula se movimenta (lado de trabalho). O molar começa com um movimento anterior durante a fase de abertura, e um movimento mais posterior durante o movimento de fechamento. O côndilo do lado de trabalho também se move posteriormente durante o movimento de fechamento até o fechamento total, quando ele se desloca, anteriormente, até a posição de intercuspidação.
MOVIMENTO MASTIGATÓRIO NO PLANO SAGITAL DO LADO DE NÃO TRABALHO: Observe que o primeiro molar, inicialmente, desce da posição de intercuspidação (PI) quase que verticalmente, com pouco ou nenhum movimento anterior ou posterior. O estágio final do movimento de fechamento é, também, quase completamente vertical. O côndilo no lado de não trabalho se move anteriormente durante a abertura e segue quase a mesma trajetória no seu retorno. O côndilo do lado de não trabalho nunca está situado posteriormente à posição de intercuspidação.
 
CONTATOS DENTÁRIOS DURANTE A MASTIGAÇÃO: Dois tipos de contatos foram identificados: 
(1) deslizamento, que ocorre quando as vertentes das cúspides se cruzam durante a fase de abertura e de trituração da mastigação.
(2) único, que ocorre na posição de máxima intercuspidação.
O tempo médio40 de contato dentário durante a mastigação é de 194 ms.
FORÇAS DA MASTIGAÇÃO: As mulheres têm a força máxima de mordida variando de 35,8 a 44,9 kg, enquanto a força de mordida dos homens varia de 53,6 a 64,4 kg.
ATO DE ENGOLIR (DEGLUTIÇÃO)
A deglutição é uma série de contrações musculares coordenadas que move um bolo alimentar da cavidade oral através do esôfago até o estômago. Ela é dividida em três estágios:
PRIMEIRO ESTÁGIO: O primeiro estágio da deglutição é voluntário e começa com a divisão seletiva do alimento mastigado numa massa ou bolo. Esta separação é feita, principalmente, pela língua. O bolo é colocado no dorso da língua e ligeiramente pressionado contra o palato duro. A ponta da língua repousa no palato duro bem atrás dos incisivos. Os lábios são selados e os dentes se juntam. A presença do bolo na mucosa do palato inicia uma onda refl exa de contração na língua que pressiona o bolo para trás. Quando este alcança a parte de trás da língua, ele é transferido para faringe.
SEGUNDO ESTÁGIO: Uma vez que o bolo atinge a faringe, uma onda peristáltica causada pela contração dos músculos constritores da faringe carrega o bolo até o esôfago. O palato mole eleva-se para tocar a parede posterior da faringe, fechando a passagem nasal. A epiglote bloqueia a passagem de ar faringiano para a traquéia e mantém o alimento no esôfago. Durante este estágio da deglutição a atividade muscular da faringe abre os orifícios faringianos da tuba auditiva, que normalmente está fechada. Estes primeiros dois estágios da deglutição juntos duram estimados um segundo.
TERCEIRO ESTÁGIO: O terceiro estágio da deglutição consiste na passagem do bolo através do esôfago até o estômago. Movimentos peristálticos levam este bolo pelo esôfago. Os movimentos levam cerca de 6 a 7 segundos para levar o mesmo bolo através do esôfago. Quando o bolo se aproxima do esfíncter cardíaco, este relaxa e deixa o alimento entrar no estômago. Na porção superior do esôfago os músculos são principalmente voluntários e podem ser utilizados para devolver o alimento à boca para uma melhor mastigação, quando necessário. Na porção inferior os músculos são totalmente involuntários.
FREQÜÊNCIA DA DEGLUTIÇÃO: Estudos têm demonstrado que o ciclo de deglutição ocorre 590 vezes durante um período de 24 horas: 146 ciclos durante a mastigação, 394 ciclos entre as refeições enquanto acordado, e 50 ciclos durante o sono. Níveis mais baixos de fluxo salivar durante o sono resultam em menor necessidade de deglutir.
FALA
A fala é a terceira função principal do sistema mastigatório. Ela ocorre quando um volume de ar é forçado a partir dos pulmões pelo diafragma, passando através da laringe e da cavidade oral. A contração e o relaxamento controlados das cordas vocais ou bandas da laringe criam um som com a tonalidade desejada. Uma vez que a tonalidade é conseguida, a forma precisa assumida pela boca determina a ressonância e a articulação exata do som.
MECANISMOS DA DOR OROFACIAL
Foram identificados dois tipos básicos de endorfinas: (1) as encefalinas e (2) as beta-endorfinas. As encefalinas parecem ser liberadas no líquido cefalorraquidiano e, dessa forma, atuam rápida e localmente na redução da dor. As beta-endorfinas são liberadas como hormônios pela hipófise cerebral diretamente na corrente sanguínea. Elas agem mais lentamente do que as encefalinas, porém seu efeito é mais duradouro.
DOR HETEROTÓPICAS: A dor heterotópica frequentemente é observada nas desordens da cabeça e do pescoço. Para o tratamento ser efetivo, deve ser direcionado à origem e não ao local da dor, por que nem sempre o local da dor é a sua origem. Tipos de dor heretrotópicas:
(1) Dor centra: Quando um tumor ou outro distúrbio está presente no SNC, a dor geralmente sentida não é no SNC, mas nas estruturas periféricas. Por exemplo, alguns tumores cerebrais podem produzir dor na face, pescoço e mesmo nos ombros; e frequentemente acompanhando essa dor estão sintomas sistêmicos de náuseas, fraqueza muscular, dormência e desordens de equilíbrio.
(2) Dor projetada: Neste tipo, distúrbios neurológicos causam sensações dolorosas nas partes periféricas da mesma raiz nervosa que está com problema. Um exemplo de dor projetada seria o pinçamento de um nervo na região cervical, que produz uma dor irradiada para os braços, mãos e dedos.
(3) Dor referida: Nesta categoria de dor, as sensações são sentidas não no nervo envolvido, mas em outros ramos daquele nervo, ou mesmo num nervo totalmente diferente. Um exemplo de dor referida é a dor cardíaca. Quando um paciente sofre um infarto do miocárdio (ataque cardíaco), a dor geralmente é sentida no pescoço, na mandíbula, radiando pelo braço esquerdo, ao invés da área do coração.
A dor referida não acontece por acaso, mas parece seguir determinadas regras clínicas:
1. A dor referida ocorre com mais freqüência em uma única raiz nervosa, passando de um ramo para outro (p. ex., molar inferior referindo a dor para o molar superior). Neste caso, o ramo mandibular do quinto nervo craniano (trigêmeo) está referindo a dor para o ramo maxilar do mesmo ramo. Esta é uma ocorrência bastante comum em relação à dor de dente. Geralmente, se a dor for referida para outra distribuição do mesmo nervo, ela ocorrerá de maneira “laminada”. Isto significa que os incisivos referem para incisivos, pré-molares para pré-molares, e molares para molares do mesmo lado da boca. Em outras palavras, molares não referem dor para incisivos ou incisivos para molares.
2. Algumas vezes a dor referida pode ser sentida fora do nervo responsável por ela. Quando isto ocorre, ela geralmente se move em direção à cabeça (para cima, para a cabeça) e não para baixo.
3. Na área trigeminal, a dor referida nunca atravessa a linha média a menos que ela se origine na linha média. Por exemplo, a dor na ATM direita não cruzará para o lado esquerdo da face. No entanto, isto não é verdade na região cervical ou abaixo dela; dor cérvico-espinhal podeser referida através da linha média, apesar de normalmente permanecer no mesmo lado de origem.
3: POSICIONAMENTO E OCLUSÃO DENTAL
FATORES E FORÇAS QUE DETERMINAM A POSIÇÃO DO DENTE
O alinhamento da dentição nos arcos dentários ocorre como resultado de forças multidirecionais complexas atuando nos dentes durante e após a erupção. Quando os dentes erupcionam eles são direcionados para uma posição onde forças opostas estão em equilíbrio. As principais forças opostas que influenciam a posição dentária originam-se da musculatura circundante. Vestibulares aos dentes estão os lábios e as bochechas que proporcionam forças linguais relativamente leves, mas constantes. Do lado oposto dos arcos dentários está a língua, que produz forças vestibulares sobre a superfície lingual dos dentes. 
Forças que não se originam diretamente da musculatura oral, mas associadas a hábitos orais, podem também influenciar a posição dos dentes (ex, chupeta, instrumentos musicais).
Outro fator importante que ajuda a estabilizar o alinhamento dentário é o contato oclusal, que impede a extrusão ou a sobre-erupção dos dentes, e dessa forma mantém a estabilidade do arco.
ALINHAMENTO DENTÁRIO INTRA-ARCO
CURVA DE SPEE: Se sob uma vista lateral traçarmos uma linha imaginária através das pontas de cúspides vestibulares dos dentes posteriores (molares e pré-molares), uma linha curva que acompanha o plano oclusal será estabelecida, que é convexa para o arco superior e côncava para o arco inferior. Estas linhas convexa e côncava se encaixam perfeitamente quando os arcos se ocluem.
CURVA DE WILSON: Quando observamos os arcos dentários por meio de uma visão frontal, é possível ver o relacionamento axial buco-lingual. Geralmente os dentes posteriores do arco superior têm uma inclinação ligeiramente vestibular. Na arcada inferior os dentes posteriores têm uma inclinação levemente lingual. Se uma linha é traçada através das pontas das cúspides vestibulares e linguais de ambos os lados dos dentes posteriores, um plano oclusal curvado será observado. A curvatura é convexa no arco superior e côncava no arco inferior. Novamente, se levarmos as arcadas a se ocluírem, as curvaturas dos dentes encaixar-se-ão perfeitamente. 
MESA OCLUSAL: As superfícies oclusais dos dentes são compostas por numerosas cúspides, reentrâncias e sulcos. Durante a função esses elementos oclusais permitem a quebra eficiente do alimento e a mistura com a saliva para formar um bolo que é facilmente deglutido. A área do dente entre as pontas de cúspides vestibular e lingual dos dentes posteriores é chamada de mesa oclusal. Ela é considerada como o aspecto interno do dente porque ela se situa entre as pontas de cúspides. De modo parecido, a área oclusal fora das pontas das cúspides é chamada de aspecto externo. 
 Os aspectos internos e externos do dente são compostos de vertentes que se estendem desde a ponta da cúspide até a fossa central (FC), ou até a altura do contorno das superfícies vestibular e lingual dos dentes. As vertentes interna ou externa são mais bem identificadas pela descrição da cúspide em que ela está. Por exemplo, a vertente interna da cúspide vestibular do primeiro pré-molar superior direito identifica uma área específica no arco dentário. As vertentes dos dentes também são identificadas com respeito à superfície para a qual se dirigem (mesial ou distal).
COMPRIMENTO DO ARCO: A distância de uma linha que se inicia na superfície distal do terceiro molar se estende mesialmente sobre todas as áreas de contato proximais por todo o arco, e termina na superfície distal do terceiro molar oposto. As duas arcadas têm, aproximadamente, o mesmo comprimento, sendo a arcada mandibular ligeiramente menor (arcada maxilar, 128 mm; arcada mandibular, 126 mm). Esta ligeira diferença é resultado da distância mesiodistal mais estreita dos incisivos inferiores quando comparados aos incisivos superiores.
LARGURA DO ARCO: É a distância através da arcada. A largura do arco mandibular é ligeiramente menor do que a do arco maxilar; assim sendo, quando as arcadas se ocluem cada dente superior está posicionado mais vestibularmente do que os dentes inferiores correspondentes.
CÚSPIDES DE SUPORTE OU CÚSPIDES CÊNTRICAS: As cúspides cêntricas são amplas e arredondadas. As cúspides vestibulares dos dentes inferiores posteriores e as cúspides linguais dos dentes superiores posteriores ocluem com as áreas da FC antagônica. São responsáveis, principalmente, por manterem a distância entre a maxila e a mandíbula. Esta distância sustenta a altura vertical da face e é chamada de dimensão vertical de oclusão.
CÚSPIDES-GUIA OU CÚSPIDES NÃO CÊNTRICAS: As cúspides vestibulares dos dentes superiores posteriores e as cúspides linguais dos dentes inferiores posteriores. Elas são relativamente pontiagudas, com pontas bem definidas. A função principal das cúspides não cêntricas é minimizar o impacto tecidual, e manter o bolo alimentar na mesa oclusal para mastigação. As cúspides não cêntricas também dão estabilidade mandibular, de maneira que quando os dentes estão totalmente ocluí dos haja uma relação oclusal exata e definida. Este relacionamento dos dentes na sua máxima intercuspidação é chamado de posição de máxima intercuspidação habitual (MIH). Podem ser chamadas também de as cúspides não cêntricas de cúspides-guia e cúspides de cisalhamento, devido suas funções.
RELAÇÃO DE CONTATO OCLUSAL BUCO-LINGUAL
1. Se uma linha imaginária for estendida sobre todas aspontas das cúspides vestibulares dos dentes inferiores posteriores, a linha buco-oclusal (BO) é estabelecida. Num arco normal esta linha fl ui suave e continuamente, revelando a forma geral do arco. Ela também representa a demarcação entre os aspectos internos e externos das cúspides vestibulares.
2. Da mesma maneira, se uma linha imaginária for estendida através das cúspides linguais dos dentes superiores posteriores, a linha linguo-oclusal (LO) é observada. Esta linha revela a forma geral do arco e representa a demarcação entre os aspectos externos e internos desta cúspide cêntricas.
3. Se uma terceira linha imaginária for estendida através dos sulcos centrais de desenvolvimento dos dentes posteriores, superiores e inferiores, a linha da FC será estabelecida. Num arco normal bem alinhado, esta linha é contínua e revela a forma do arco.
Para visualizar as relações buco-linguais dos dentes posteriores em oclusão, devem-se combinar as linhas imaginárias apropriadas. A linha BO dos dentes inferiores oclui com a linha FC dos dentes superiores. Simultaneamente, a linha LO do dente superiores oclui com a linha FC dos dentes inferiores.
RELAÇÃO DE CONTATO OCLUSAL MESIODISTAL
Como foram mencionados, os contatos oclusais ocorrem quando as cúspides cêntricas contatam a linha FC oposta. Visto pela vestibular, estas cúspides contatam, geralmente, em uma das duas áreas: (1) áreas da FC, e (2) áreas da crista marginal e do nicho.
O segundo tipo de contato oclusal ocorre entre as pontas de cúspides e as cristas marginais. As cristas marginais são áreas ligeiramente elevadas e convexas nas bordas mesiais e distais das superfícies oclusais, onde se ligam à superfície interproximal dos dentes.
Quando o relacionamento dentário interarcos normal é visto pela lateral, pode-se observar que cada dente oclui com dois dentes antagonistas. No entanto, existem duas exceções à regra: os incisivos centrais inferiores e os terceiros molares superiores. Nestes casos os dentes ocluem somente com um dente antagônico.
RELAÇÃO OCLUSAL COMUM DOS DENTES POSTERIORES
Ao se examinar a relação oclusal dos dentes posteriores, grande parte da atenção é direcionada para o primeiro molar. O primeiro molar inferior geralmente está situado ligeiramente para mesial em relação ao primeiro molar superior.
CLASSE I DE ANGLE:
1. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar inferior oclui na área do nicho entre o segundo pré-molar superior e o primeiro molar.
2. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior alinha-se diretamente sobre o sulco vestibular do primeiro molar inferior.3. A cúspide mesio-lingual do primeiro molar superior está situada na área da FC do primeiro molar inferior.
CLASSE II DE ANGLE
Em alguns pacientes a arcada superior é maior ou se projeta anteriormente, ou a arcada inferior é pequena ou posicionada posteriormente. Estas condições resultarão em um posicionamento do primeiro molar inferior distal à relação molar de Classe I.
1. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar inferior oclui na área da FC do primeiro molar superior.
2. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar inferior alinha-se com o sulco vestibular do primeiro molar superior. 3. A cúspide distolingual do primeiro molar superior oclui na área da FC do primeiro molar inferior. 
Quando comparamos com a relação de Classe I, cada par de contatos oclusal está situado distalmente, numa distância aproximada à largura mesiodistal de um pré-molar.
CLASSE III DE ANGLE: Um terceiro tipo de relação molar, geralmente correspondente a um crescimento predominante da mandíbula, é chamado Classe III. Nesta relação o crescimento posiciona os molares inferiores mesialmente em relação aos molares superiores, como vistos na Classe I.
1. A cúspide distovestibular do primeiro molar inferior está situada no nicho entre o segundo pré-molar e o primeiro molar superior.
2. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior está situada sobre o nicho entre o primeiro e o segundo molar inferior.
3. A cúspide mesiolingual do primeiro molar superior está situada na fossa mesial do segundo molar inferior. Novamente, cada par de contatos oclusal está situado mesialmente ao par de contato na relação de Classe I, a uma distância aproximada à largura de um pré-molar.
CONTATOS OCLUSAIS COMUNS DOS DENTES ANTERIORES
Ambos os dentes anteriores, superiores e inferiores, se inclinam para vestibular, variando 12 a 28 graus de uma linha vertical de referência. Quando vistos pela vestibular, 3 a 5 mm dos dentes anteriores inferiores estão cobertos pelos dentes anteriores superiores. Como as coroas dos dentes anteriores inferiores têm aproximadamente 9 mm de comprimento, um pouco mais da metade da coroa é ainda visível pelo lado vestibular.
A finalidade dos dentes anteriores não é manter a dimensão vertical de oclusão, mas guiar a mandíbula durante os vários movimentos laterais. Os contatos dentários anteriores que fornecem guia para a mandíbula são chamados de guia anterior.
GUIA ANTERIOR: A guia anterior tem um papel importante na função do sistema mastigatório. Suas características são ditadas pela exata posição e relação dos dentes anteriores, o que pode ser examinado tanto horizontal como verticalmente. A guia anterior também pode ser examinada no plano vertical, conhecida como sobreposição vertical (algumas vezes chamada traspasse vertical). A sobreposição vertical é a distância entre as bordas incisais dos dentes anteriores opostos.
Outra função importante dos dentes anteriores é iniciar o ato da mastigação. Os dentes anteriores incisam o alimento assim que ele é introduzido na cavidade oral. Uma vez incisado, ele é rapidamente levado aos dentes posteriores para uma divisão mais completa. Os dentes anteriores também desempenham um importante papel na fala, no suporte labial e na estética.
MORDIDA PROFUNDA: Quando a pessoa tem uma mandíbula subdesenvolvida (relação molar de Classe II) os dentes anteriores inferiores geralmente contatam o terço gengival da superfície palatina dos dentes superiores. Esta relação anterior é chamada de mordida profunda (traspasse vertical profundo).
1. Se numa relação anterior de Classe II os incisivos centrais e laterais superiores estão com uma inclinação labial normal, então é considerada como uma divisão 1.
2. Quando os incisivos superiores estão inclinados para a lingual, a relação anterior é classificada como Classe II, Divisão 2.
MORDIDA ABERTA ANTERIOR: Com os dentes posteriores em máxima intercuspidação, os dentes anteriores opostos não se sobrepõem ou mesmo não se contatam.
CONTATOS OCLUSAIS DURANTE O MOVIMENTO MANDIBULAR
As articulações temporomandibulares e a musculatura associada permitem que a mandíbula se movimente em todos os três planos (sagitaI, horizontal e frontal).
O termo excêntrico tem sido usado para descrever qualquer movimento da mandíbula partindo da posição de MIH que resulte em contato dentário. Três movimentos excêntricos básicos são discutidos: (1) protrusivo, (2) laterotrusivo e (3) retrusivo.
MOVIMENTO MANDIBULAR PROTRUSIVO: Ocorre quando a mandíbula se move para frente a partir da posição de MIH. Nos dentes anteriores ocorrem entre as bordas incisais e vestibulares dos incisivos inferiores contra as áreas da fossa palatina e bordas incisais dos incisivos superiores. Estes últimos são considerados as vertentes-guia dos dentes anteriores. Nos dentes posteriores o movimento protrusivo leva as cúspides cêntricas inferiores (vestibulares) a cruzar anteriormente as superfícies oclusais dos dentes superiores.
MOVIMENTO MANDIBULAR LATEROPROTRUSIVO: Os dentes posteriores inferiores direito e esquerdo cruzam com seus antagonistas em diferentes direções. Os contatos podem ocorrer em duas áreas de vertente:
1. Uma é entre a vertente interna das cúspides vestibulares superiores e a vertente externa das cúspides vestibulares inferiores. 
2. A outra é entre as vertentes externas das cúspides palatinas e as vertentes internas das cúspides linguais inferiores. Ambos os contatos são chamados de laterotrusivos.
Como a maioria das funções ocorre no lado para o qual a mandíbula se desloca, o termo contato de trabalho é apropriado. mediotrusivos. Durante um movimento lateral esquerdo a maior parte das funções ocorre no lado esquerdo e, assim sendo, o lado direito é chamado de lado de não trabalho.
Em resumo, os contatos laterotrusivos (de trabalho) dos dentes posteriores ocorrem nas vertentes internas das cúspides vestibulares superiores, opondo-se às vertentes externas das cúspides vestibulares inferiores, e as vertentes externas das cúspides palatinas opondo-se às vertentes internas das cúspides linguais inferiores. Os contatos mediotrusivos (de não trabalho) ocorrem nas vertentes internas das cúspides palatinas, opondo-se às vertentes internas das cúspides vestibulares inferiores.
MOVIMENTO MANDIBULAR RETRUSIVO: Um movimento retrusivo ocorre quando a mandíbula se desloca posteriormente a partir da MIH. Comparado com outros movimentos, o movimento retrusivo é bem pequeno (1 a 2 mm). O movimento retrusivo é limitado pelas estruturas ligamentosas.
4: MECÂNICA DO MOVIMENTO MANDIBULAR
TIPOS DE MOVIMENTO
Dois tipos de movimentos ocorrem na ATM: rotação e translação.
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
O Dorland's define rotação como "o processo de girar em torno de um eixo; movimento de um corpo em torno do seu eixo, chamado eixo de rotação." O movimento de rotação da mandíbula pode ocorrer em todos os três planos de referência: horizontal, frontal (vertical) e sagital. Em cada plano ele ocorre em torno de um ponto, chamado eixo.
EIXO HORIZONTAL DE ROTAÇÃO: O movimento mandibular em torno do eixo horizontal é um movimento de abrir e fechar. Ele é chamado de movimento de dobradiça, e o eixo horizontal em torno do qual ele ocorre é chamado de eixo de dobradiça. Quando os côndilos estão em sua posição mais superior na fossa articular e a boca é aberta exclusivamente por rotação, o eixo ao redor do qual o movimento ocorre é chamado de eixo terminal de dobradiça. Raramente ocorre durante a função normal.
EIXO FRONTAL (VERTICAL) DE ROTAÇÃO: O movimento mandibular em torno do eixo frontal ocorre quando um côndilo se move anteriormente para fora da posição terminal de rotação enquanto o eixo vertical do côndilo oposto permanece na posição terminal de rotação. Não ocorre naturalmente.
EIXO SAGITAL DE ROTAÇÃO: O movimento mandibular em torno do eixo sagital ocorre quando um côndilo se move inferiormente enquanto o outro permanece na posição terminal de rotação. Este tipo de movimento isolado não ocorre naturalmente, no entanto, ele ocorre em conjunto com outros movimentos.
MOVIMENTOSDE TRANSLAÇÃO
A translação pode ser definida como um movimento no qual cada ponto do objeto que se move tem, simultaneamente, a mesma velocidade e direção. No sistema mastigatório ela ocorre quando a mandíbula se move para frente, como na protrusão. Os dentes, côndilos e ramos se movem todos na mesma direção e na mesma extensão.
MOVIMENTOS BORDEJANTES NUM MESMO PLANO
O movimento mandibular é limitado pelos ligamentos e pelas superfícies articulares das ATMs, assim como pela morfologia e alinhamento dos dentes. Quando a mandíbula se move através dos limites externos do movimento, limites reprodutíveis e descritíveis resultam nos chamados movimentos bordejantes.
PLANO BORDEJANTE SAGITAL E MOVIMENTOS FUNCIONAIS
O movimento mandibular observado no plano sagital pode ser visto como tendo quatro componentes de movimento.
1. Bordejante de abertura posterior
2. Bordejante de abertura anterior
3. Bordejante de contato superior
4. Funcional
A extensão dos movimentos bordejantes de abertura posterior e anterior é determinada, ou limitada, principalmente pelos ligamentos e pela morfologia das ATMs. Os movimentos bordejantes de contato superiores são deter- minados pelas superfícies oclusais e incisais dos dentes. Os movimentos funcionais não são considerados movimentos bordejantes porque eles não são determinados por um limite externo de movimento. Eles são determinados pelas respostas condicionadas do sistema neuromuscular.
PLANO BORDEJANTE HORIZONTAL E MOVIMENTOS FUNCIONAIS
Quatro componentes de movimentos distintos, além de um componente funcional:
1. Bordejante lateral esquerdo
2. Bordejante lateral esquerdo continuado com protrusão 
3. Bordejante lateral direito
4. Bordejante lateral direito continuado com protrusão
MOVIMENTOS FUNCIONAIS E BORDEJANTES FRONTAIS (VERTICAIS)
Quatro componentes de movimentos distintos, juntamente com o componente funcional:
1. Bordejante superior lateral esquerdo
2. Bordejante de abertura lateral esquerdo
3. Bordejante superior lateral direito
4. Bordejante de abertura lateral direito
ENVELOPE DE MOVIMENTO
A combinação dos movimentos mandibulares bordejantes nos três planos (sagital, horizontal e frontal) produz um envelope de movimento tridimensional que representa a amplitude de movimento máxima da mandíbula.
A superfície superior do envelope é determinada pelos contatos dentários, enquanto as outras bordas são determinadas primariamente pelos ligamentos e pela anatomia da articulação, que restringem ou limitam os movimentos.
5: CRITÉRIOS PARA UMA OCLUSÃO FUNCIONAL IDEAL
Se as estruturas do sistema mastigatório estão funcionando eficientemente e sem patologia, a configuração oclusal é considerada fisiológica e aceitável, não importando os contatos dentários específicos.
CRITÉRIOS PARA UMA OCLUSÃO FUNCIONAL IDEAL
Quando os músculos elevadores (o masseter, o pterigóideo medial e o temporal) agem, suas contrações elevam a mandíbula de modo que haja contato e uma força seja aplicada ao crânio em três áreas: nas duas articulações temporomandibulares (ATMs) e nos dentes.
As seguintes condições parecem ser as menos patogênicas para o maior número de pacientes durante o período mais longo:
1. Quando a boca fecha, os côndilos estão na sua posição mais súpero-anterior (i.e., posição ME), apoiados nas vertentes posteriores das eminências articulares com os discos interpostos apropriadamente. Nesta posição existem contatos homogêneos e simultâneos de todos os dentes posteriores. Os dentes anteriores também contatam, porém mais suavemente do que os dentes posteriores.
2. Todos os contatos dentários exercem carga axial a partir das forças oclusais.
3. Quando a mandíbula realiza movimentos laterotrusivos, as guias adequadas do lado laterotrusivo (de trabalho) estão presentes para desocluir o lado mediotrusivo (de não-trabalho) imediatamente. A guia mais desejável é fornecida pelos caninos (guia canina).
4. Quando a mandíbula realiza movimento protrusivo, as guias adequadas estão presentes nos dentes anteriores para desocluir todos os dentes posteriores imediatamente.
5. Na posição de cabeça ereta e na posição alerta de alimentação, os contatos dentários posteriores são mais fortes do que os contatos dentários anteriores.
6: DETERMINANTES DA MORFOLOGIA OCLUSAL
As estruturas que controlam o movimento mandibular são divididas em dois tipos: 
(1) aquelas que influenciam o movimento da região posterior da mandíbula. 
 (2) aquelas que influenciam o movimento da região anterior da mandíbula. 
As ATMs são consideradas os fatores de controle posterior (FCPs) e os dentes anteriores são considerados os fatores de controle anterior (FCAs).
FATORES DE CONTROLE POSTERIOR (GUIA CONDILAR)
As duas ATMs fornecem a guia para a porção posterior da mandíbula e são responsáveis por determinar o tipo de movimento mandibular posterior. Elas já foram chamadas, portanto, de FCPs do movimento mandibular. A guia condilar é considerada um fator fi xo porque em um paciente saudável ela permanece inalterada. Ela pode ser alterada, no entanto, sobre certas condições (trauma, doença ou procedimento cirúrgico).
FATORES DE CONTROLE ANTERIOR (GUIA ANTERIOR)
Assim como as ATMs determinam ou controlam a maneira na qual a porção posterior da mandíbula se movimenta, os dentes anteriores determinam como a porção anterior se movimenta.
A guia anterior não é considerada um fator fi xo, mas um fator variável. Ela pode ser alterada por procedimentos dentários como restaurações, ortodontia e extrações. Ela também pode ser alterada por condições patológicas tais como cáries, hábitos e desgaste dentário.
ENTENDENDO OS FATORES DE CONTROLE:
 O movimento mandibular tem tanto um componente vertical como horizontal e é a relação ou a razão entre esses componentes que é significativa no estudo do movimento mandibular. Componente vertical é uma função do movimento súpero-inferior, e o componente horizontal uma função do movimento ântero-posterior.
Os fatores de controle anterior e posterior criam um movimento mandibular de 45 graus em relação ao plano de referência horizontal.
DETERMINANTES VERTICAIS DA MORFOLOGIA OCLUSAL
Os fatores que influenciam as alturas das cúspides e as profundidades da fossa são os determinantes verticais da morfologia oclusal. A altura da cúspide e a distância que ela se estende para dentro da fossa oposta são determinadas por três fatores:
1. O FCA do movimento mandibular (guia anterior).
2. O FCP do movimento mandibular (guia condilar).
3. A proximidade da cúspide a estes fatores de controle.
As cúspides cêntricas posteriores são geralmente desenvolvidas para desocluir durante os movimentos mandibulares excêntricos, mas para contatar na posição de intercuspidação. Para isso ocorrer, elas devem ser longas o sufi ciente para contatar na posição de intercuspidação, mas não excessivamente longas a ponto de contatarem durante os movimentos excêntricos.
EFEITO DA GUIA CONDILAR (ÂNGULO DA EMINÊNCIA) NA ALTURA DA CÚSPIDE
Quando a mandíbula é protruída, o côndilo descende pela eminência articular. Sua descida em relação a um plano de referência horizontal é determinada pela inclinação da eminência. Quanto mais inclinada a eminência, mais o côndilo é forçado a se movimentar inferiormente, à medida que ele se move anteriormente. Isto resulta num maior movimento vertical do côndilo, mandíbula e dentes inferiores.
EFEITOS DA GUIA ANTERIOR NA ALTURA DA CÚSPIDE
Como o movimento mandibular é determinado em grande extensão pela guia anterior, alterações nos traspasses vertical e horizontal dos dentes anteriores causam mudanças nos padrões de movimento vertical da mandíbula. Um aumento no traspasse horizontal leva a uma diminuição na angulação da guia anterior, menos componente vertical para o movimento mandibular e cúspides posteriores mais planas. Um aumento no traspasse vertical produz um aumento na angulação da guia anterior, mais componente vertical para o movimento mandibular e cúspides posteriores mais inclinadas.
EFEITO DO PLANO DE OCLUSÃO NA ALTURA DA CÚSPIDE
O plano de oclusão é uma linha imaginária quetoca as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e as cúspides dos dentes posteriores superiores. A relação do plano de oclusão com o ângulo da eminência influencia a angulação das cúspides. Quando o movimento de um dente inferior é observado em relação ao plano de oclusão, mais do que em relação ao plano horizontal de referência, a influência do plano de oclusão pode ser notada.
EFEITO DA CURVA DE SPEE NA ALTURA DA CÚSPIDE
Quando observada no plano lateral, a curva de Spee é uma curva ântero-posterior que se estende da ponta do canin inferior ao longo das pontas das cúspides vestibulares dos dentes posteriores inferiores. O grau de curvatura da curva de Spee influencia a altura das cúspides posteriores que vão funcionar em harmonia com o movimento mandibular. 
O raio da curva forma um ângulo de 90 graus com um plano de referência horizontal constante. Os molares (que estão localizados distal ao raio) vão ter cúspides mais curtas, enquanto que os pré-molares (localizados na mesial) vão ter cúspides mais longas.
EFEITO DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL MANDIBULAR NA ALTURA DA CÚSPIDE
O movimento de translação lateral mandibular é um movimento lateraI do corpo da mandíbula que ocorre durante os movimentos laterais (anteriormente chamado de movimento de Bennett).
Durante uma excursão lateral, o côndilo orbitante se movimenta para baixo, para frente e para dentro da fossa mandibular ao redor dos eixos localizados no côndilo oposto (que rotaciona). O grau do movimento para dentro do côndilo orbitante é determinado por dois fatores:
(1) morfologia da parede medial da fossa mandibular 
(2) porção horizontal interna do ligamento temporomandibular
(TM), que se insere no pólo lateral do côndilo de rotação.
O movimento de translação lateral tem três atributos: quantidade, momento e direção. A quantidade e o momento são determinados em parte pelo grau no qual a parede medial da fossa mandibular se afasta medialmente do arco em torno do eixo no côndilo de rotação. Eles também são determinados pelo grau de movimento lateral do côndilo de rotação permitido pelo ligamento TM. A direção do movimento de translação lateral depende primariamente da direção tomada pelo côndilo de rotação durante o movimento de corpo.
EFEITO DA QUANTIDADE DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL NA ALTURA DA CÚSPIDE: Quanto maior o movimento de translação lateral, mais curtas as cúspides posteriores.
EFEITO DA DIREÇÃO DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL NA ALTURA DA CÚSPIDE: O côndilo de rotação é capaz de mover-se lateralmente dentro de uma área de um cone de 60 graus durante o movimento de translação lateral.
Quanto mais superior o movimento de translação lateral do côndilo de rotação, mais curtas serão as cúspides posteriores. Quanto mais inferior o movimento de translação lateral, mais altas serão as cúspides posteriores.
Além do movimento lateral, o côndilo de rotação também pode se mover numa direção (1) superior, (2) inferior, (3) anterior ou (4) posterior.
EFEITO DO MOMENTO DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL NA ALTURA DA CÚSPIDE: Quando o movimento de translação lateral ocorre precocemente, um deslocamento pode ser observado antes mesmo de o côndilo começar a transladar da fossa. Isto é chamado de movimento de translação lateral imediato ou deslocamento lateral imediato. Se isto ocorre em conjunção com um movimento excêntrico, o movimento é conhecido como movimento de translação lateral progressivo ou deslocamento lateral progressivo. Quanto mais imediato ocorre o deslocamento lateral, mais curtos serão os dentes posteriores.
DETERMINANTES HORIZONTAIS DA MORFOLOGIA OCLUSAL
Os determinantes horizontais da morfologia oclusal incluem as relações que influenciam a direção das cristas e sulcos nas superfícies oclusais. Como durante os movimentos ex-cêntricos as cúspides deslizam entre as cristas e sobre os sulcos, os determinantes horizontais também influenciam a localização das cúspides. 
Cada ponta de cúspide cêntrica gera trajetos tanto laterotrusivos como mediotrusivos sobre os dentes antagônicos. Cada trajeto representa uma parte do arco formado pela cúspide rotacionando em volta do côndilo de rotação. Os ângulos formados por essas trajetórias podem ser comparados e vão variar de acordo com a relação do ângulo com certas estruturas anatômicas.
DETERMINANTES VERTICAIS DA MORFOLOGIA OCLUSAL (ALTURA DA CÚSPIDE E PROFUNDIDADE DA FOSSA)
Fatores, Condições e Efeitos:
GUIA CONDILAR: Quanto maior a angulação; Mais altas as cúspides posteriores.
GUIA ANTERIOR: Quanto maior o traspasse vertical; Mais altas as cúspides posteriores.
Quanto maior o traspasse horizontal; Mais baixas as cúspides posteriores.
PLANO DE OCLUSÃO: Quanto mais paralelo o plano à guia condilar; Mais baixas as cúspides posteriores.
CURVA DE SPEE: Quanto mais aguda a curva; Mais baixas as cúspides mais posteriores.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: Quanto maior o movimento; Mais baixas as cúspides posteriores.
LATERAL: Quanto mais superior o movimento de rotação do côndilo; Mais baixas as cúspides posteriores.
Quanto maior o deslocamento imediato; Mais baixas as cúspides posteriores.
DETERMINANTES HORIZONTAIS DA MORFOLOGIA OCLUSAL (DIREÇÃO DAS CRISTAS E DOS SULCOS)
Fatores, Condições e Efeitos:
DISTÂNCIA DO CÔNDILO DE ROTAÇÃO: Quanto maior a distância; Maior o ângulo entre os trajetos laterotrusivos e mediotrusivo.
DISTÂNCIA DO PLANO SAGITAL MEDIANO: Quanto maior a distância; Maior o ângulo entre os trajetos laterotrusivos e mediotrusivo.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL: Quanto maior o movimento; Maior o ângulo entre os trajetos laterotrusivos e mediotrusivo.
DISTÂNCIA INTERCONDILAR: Quanto maior a distância Menor o ângulo entre os trajetos laterotrusivos e mediotrusivo.

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