Buscar

Carboidratos e Lipídeos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Problema 2 
OBJETIVOS 
 Descrever o papel estrutural dos carboidratos e lipídios; 
 Classificar carboidratos e lipídios e correlacioná-los com seu papel funcional. 
 Os carboidratos (ou hidratos de carbono) são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou 
substâncias que, hidrolisadas, originam estes compostos; 
 Também chamados de glicídios, sacarídeos, açúcares, hidrato de carbono, etc; 
 Muitos carboidratos têm a fórmula empírica (CH2O)n; alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou 
enxofre; 
 Muitos carboidratos não apresentam esta fórmula geral (como a glicosamina, que contém um grupo 
amino) e existem compostos com esta fórmula que não são carboidratos (ácido lático, por exemplo); 
 Carboidratos com sabor doce são chamados açúcares (sacarose, glicose e frutose); 
 Possuem função energética, estrutural e de comunicação celular; 
 São classificados segundo o número de unidades componentes em monossacarídeos, 
oligossacarídeos e polissacarídeos. 
(CH2O)n 
- Constituídos por uma única unidade poli-hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído; 
- Tipo mais simples de carboidrato compostos por aldeídos ou cetonas com dois ou mais grupos hidroxila 
(aldoses ou cetoses > aldeído ou cetona); 
- Não sofrem hidrólise; 
- Número de átomos de carbono determina se são trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses (3 a 7 
átomos de carbono); 
- Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns têm nomes terminados com o sufixo “-ose”; 
- O monossacarídeo mais abundante na natureza é o açúcar de 6 carbonos D-glicose; 
- Os monossacarídeos mais simples são as trioses: gliceraldeído, uma aldotriose, e di-hidroxiacetona, uma 
cetotriose; 
 
 
 
 
- Muitos dos átomos de carbono aos quais os grupos hidroxila estão ligados são centros quirais, o que origina 
os muitos estereoisômeros de açúcares encontrados na natureza; 
- Esse estereoisomerismo é biologicamente importante porque as enzimas que agem sobre os açúcares são 
absolutamente estereoespecíficas; 
- Um dos dois enantiômeros do gliceraldeído é, por convenção, designado isômero D, e o outro é isômero L; 
- Monossacarídeos nos quais a configuração desse carbono de referência é a mesma daquela do D-
gliceraldeído são designados isômeros D, e aqueles com a mesma configuração do L-gliceraldeído são 
isômeros L; 
- Posição da hidroxila do carbono de referência (esquerda – L; direita – D); 
- Os monossacarídeos biologicamente importantes apresentam configuração D; 
- A glicose possui 4 carbonos assimétricos, assim possui 16 isômeros 
- Dois açúcares que diferem apenas na configuração de um carbono são chamados de epímeros; 
- Aldoses e cetoses têm a capacidade de reduzir agentes oxidantes, por isso são chamados de açúcares 
redutores; 
- Monossacarídeos com cinco ou mais átomos de carbono formam estrutura cíclica; 
- A formação dessas estruturas em anel é o resultado de uma reação geral entre álcoois e aldeídos ou cetonas 
para formar derivados chamados de hemiacetais ou hemicetais; 
- Duas moléculas de um álcool podem ser adicionadas ao carbono do carbonil; o produto da primeira adição 
é um hemiacetal (quando adicionado a uma aldose) ou um hemicetal (quando adicionado a uma cetose); 
 
- A adição de uma segunda molécula de álcool produz o acetal ou cetal completo e a ligação formada é 
uma ligação glicosídica (se forem dois monossacarídeos forma-se um dissacarídeo); 
- Como o álcool pode ser adicionado de duas maneiras 
diferentes, a reação pode produzir qualquer uma de duas 
configurações estereoisoméricas, denominadas α e β 
(diferença de posição); 
- No caso da molécula de GLICOSE, a ligação do carbono 1 é 
feita, mais frequentemente, com a hidroxila ligada ao carbono 
5, formando um anel hexagonal e ficando o carbono 6 excluído 
do anel e com uma heteroátomo de O – a posição do H e OH 
na carbonila variam de acordo com a configuração α e β 
formando anômeros; 
- Anômeros: formas isoméricas de monossacarídeos que 
diferem apenas na configuração do átomo de carbono 
hemiacetal ou hemicetal; 
- Piranoses: compostos com anéis de seis membros (ex. 
formas da glicose); 
- Furanoses: compostos com anéis de cinco membros (ex. 
ceto-hexoses quando formam compostos cíclicos); 
- Nas projeções de Haworth, o anel de seis membros é inclinado para deixar seu plano quase perpendicular 
ao plano do papel; 
- Fischer representa linearmente; 
 
 
Direita em Fischer → Baixo em Haworth; 
Esquerda em Fischer → Cima em Haworth; 
 
 
- Açúcares Redutores: glicose e outros açúcares que são capazes de reduzir o íon cúprico (Cu2+); 
- O íon cúprico oxida a glicose e certos outros açúcares a uma complexa mistura de ácidos carboxílicos; 
- Para medir a dosagem de glicose, atualmente é apenas necessária uma gota de sangue, que é adicionada a 
uma fita de teste contendo a enzima glicose-oxidase. Uma segunda enzima, uma peroxidase, catalisa a 
reação do H2O2 com um composto incolor gerando um produto colorido, quantificado com um fotômetro 
simples que mostra a concentração de glicose no sangue; 
- A ribose tem um grupo hidroxila ligado ao carbono 2 e a desoxiribose não tem (desoxi = sem hidroxila); 
- Os átomos que compõem o anel das formas cíclicas dos monossacarídios não se situam no mesmo plano 
(glicose assume conformação de “cadeira”); 
- Hexoses (C6H12O6): Glicose, Frutose e Galactose // Função Energética (respiração celular); 
- Pentoses (C5H10O5): Desoxirribose e Ribose // Função Estrutural (DNA e RNA); 
 
- Carboidratos formados por um pequeno número de monossacarídeos unidos por ligações O-glicosídicas; 
- Um dissacarídeo típico é a sacarose (açúcar de cana), constituído pelos açúcares de seis carbonos D-glicose 
e D-frutose; 
- Ligação O-glicosídica: ligação entre os monossacarídeos // liberação H2O - formada quando um grupo 
hidroxila de uma molécula de açúcar, normalmente cíclica, reage com o carbono anomérico de outro – 
formação de um acetal a partir de um hemiacetal e um álcool; 
 
 
- Extremidade Redutora: extremidade de uma cadeia com um carbono anomérico livre (não envolvido em 
ligação glicosídica); 
- Um açúcar redutor é qualquer açúcar que, em solução básica, apresenta um grupo carbonílico livre aldeído; 
- Ligação O-glicosídica: une o carbono anomérico de um açúcar a um átomo de nitrogênio em glicoproteínas; 
- (1→4) mostra que o C-1 do resíduo de açúcar nomeado primeiramente está unido ao C-4 do segundo. 
- (1→6) mostra que o C-1 do resíduo de açúcar nomeado primeiramente está unido ao C-6 do segundo. 
- Os oligossacarídeos mais comuns são os dissacarídeos; 
- Dissacarídeos (2 mon.): ex. Sacarose / frutose + glicose – açúcar refinado; ex. lactose / galactose + glicose; 
 
- A sacarose não é um açúcar redutor, porque os grupos redutores dos monossacarídeos que a formam estão 
envolvidos na ligação glicosídica (C1 da glicose e C2 da frutose); a lactose, com o carbono 1 do resíduo de 
glicose livre, comporta-se como um açúcar redutor. 
- Trissacarídeos (3 mono), Tetrassacarídeos (4 mono), etc. 
 
 
 
 
 
 
- União de 20 até milhares de monossacarídeos; 
- Polímeros constituídos de centenas ou milhares de resíduos de monossacarídeos, mais comumente a 
glicose; 
- Diferem uns dos outros na identidade das unidades de monossacarídeos repetidas, no comprimento das 
cadeias, nos tipos de ligações unindo as unidades e no grau de ramificação; 
- Homopolissacarídeos: contêm somente um único tipo de monossacarídeo – são forma de estocagem de 
combustível; 
- Heteropolissacarídeos: contêm dois ou mais tipos diferentes de monossacarídeos; 
- Podem formar cadeias lineares, como na CELULOSE e na QUITINA, ou cadeias ramificadas, como 
no AMIDO e no GLICOGÊNIO; 
- Quitina: ligações β-1,4 são estabelecidas entre resíduos de N-acetil-glicosamina,função estrutural, forma 
o exoesqueleto de todos os artrópodes e a parede celular dos fungos; 
Celulose 
 Substância fibrosa, resistente e insolúvel em água – é encontrada na parede celular de plantas 
(caules, troncos, algodão); 
 É um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído por 10.000 a 15.000 unidades de D-
glicose. 
 Os resíduos de D-glicose têm a configuração β-1,4 
 A maioria dos animais vertebrados não consegue utilizar a celulose como uma fonte combustível, 
pois eles carecem de uma enzima que hidrolise ligações (β-1,4) – cupins tem a triconinfa, organismo 
simbiótico que secreta celulase; 
 Carboidratos componentes de fibras dietéticas, como a celulose, por exemplo, não podem ser 
digeridos pelos seres humanos; 
 O consumo de fibras, sobretudo fibras solúveis, diminui os níveis de colesterol plasmático. Elas 
aumentam a viscosidade do conteúdo do intestino delgado e ligam-se a sais biliares, reduzindo a 
sua reabsorção; os sais biliares excretados são repostos a partir do colesterol, o que diminui o teor 
de colesterol circulante. 
Glicogênio 
 Principal polissacarídeo de armazenamento das células animais; 
 União de milhares de glicoses, forma de armazenamento de moléculas de glicose na musculatura 
estriada esquelética e no fígado, sob necessidade energética o glicogênio é quebrado e as moléculas 
de glicose tornam-se disponíveis. Ocorre somente em animais e fungos; 
 As cadeias de glicogênio são ainda mais ramificadas que as de amilopectina; 
 Mais compacto que o amido; 
 Suas unidades de glicose estabelecem ligações α-1,4 nos segmentos lineares, e ligações α-1,6 nas 
ramificações; 
 Apresenta uma única EXTREMIDADE REDUTORA que se liga à glicogenina, a proteína que inicia a 
síntese do glicogênio; todas as outras são EXTREMIDADES NÃO REDUTORAS; 
 
 A molécula de glicogênio assemelha-se a uma esfera, composta por camadas concêntricas de cadeias 
ramificadas, basicamente, e de cadeias lineares periféricas; são no máximo 12 camadas e, em média, 
sete; 
 O glicogênio é armazenado nas células animais como grânulos citosólicos que constituem unidades 
funcionais dinâmicas; 
 As enzimas necessárias ao seu metabolismo associam-se aos grânulos ou deles se dissociam, 
dependendo do conteúdo celular do carboidrato; 
Amido 
 União de milhares de moléculas de glicose que serve de reserva de energia em plantas e em algumas 
algas. É quebrado em maltose e, posteriormente, 2 glicoses na digestão humana; 
 Carboidrato mais abundante da dieta dos seres humanos; 
 O amido é composto de duas frações: AMILOSE e AMILOPECTINA, que correspondem, 
respectivamente, a cerca de 20 e 80% do amido na maioria das plantas. 
 A amilose é composta por cadeias lineares de resíduos de glicose unidos por ligações α-1,4, longas, 
não ramificadas; 
 A amilopectina, a fração principal, contém cadeias lineares mais curtas, ligações glicosídicas α-1,4 e 
contêm ramificações formadas por ligações α-1,6. 
 O amido e o glicogênio contêm cadeias de glicose similares, mas a organização supramolecular das 
cadeias para formar grânulos é totalmente diferente nos dois polissacarídios; 
 A extremidade da amilopectina que tem o resíduo de glicose com o carbono 1 (do grupo aldeído, 
redutor) livre é chamada REDUTORA; as inúmeras extremidades restantes são chamadas NÃO 
REDUTORAS, por terem resíduos de glicose com o carbono 1 comprometido em ligações glicosídicas 
α-1,4; 
 A arquitetura interna do grânulo de amido é caracterizada por lamelas concêntricas semicristalinas 
de amilopectina, intercaladas por camadas amorfas de amilose; 
 Nas plantas superiores, grânulos de amido são encontrados nas folhas, em CLOROPLASTOS, onde 
ocorre a fotossíntese, e nos tecidos não fotossintéticos, em organelas especializadas, 
denominadas AMILOPLASTOS; 
- Proteoglicanos (principal componente da MEC), Glicosamimoglicanos (conjunto de dissacarídeos 
repetidos) e Glicoproteínas (oligossacarídeos unidos covalentemente a uma proteína) são polissacarídeos 
da matriz extracelular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Classe de compostos caracterizados por sua alta solubilidade em solventes apolares e por serem 
praticamente insolúveis em água; 
 Exercem diversas funções biológicas, como reservas de energia e componentes de membranas e 
outras estruturas celulares; 
 Eles próprios ou seus derivados têm também função de vitaminas e hormônios; 
 Indispensáveis na dieta dos seres humanos, por incluírem os ácidos graxos essenciais e as vitaminas 
lipossolúveis. 
 Os lipídeos são classificados como simples ou complexos; 
 Simples: ésteres de ácidos graxos com diversos álcoois. Gorduras (ésteres de ácidos graxos com 
glicerol) e Ceras (ésteres de ácidos graxos com álcoois monoídricos com peso molecular mais 
elevado); 
 Complexos: ésteres de ácidos graxos contendo grupamentos além de um álcool e um ácido graxo. 
Fosfolipídeos (ácido graxo + álcool + ácido fosfórico), Glicolipídeos (ácido graxo + esfingosina + 
carboidrato) e outros (como sulfolipídeos, aminolipídeos e lipoproteínas); 
 Precursores e Derivados: ácidos graxos, glicerol, esteroides, vitaminas lipossolúveis, hormônios, etc; 
 Neutros: glicerídeos, colesterol, ésteres do colesterol, etc. 
São ácidos monocarboxílicos, geralmente com uma cadeia 
carbônica longa, com número par de átomos de carbono e sem 
ramificações;
- Consiste em uma cadeia hidrocarbonada hidrofóbica; 
- As gorduras e os óleos utilizados de modo quase universal como formas de armazenamento de energia 
nos organismos vivos são derivados de ácidos graxos; 
- Dois ácidos graxos são essenciais na dieta dos humanos, visto nossa incapacidade de sintetizá-los: o ácido 
linoleico, precursor do ácido araquidônico ω-6, o substrato para a síntese das prostaglandinas, e o ácido α-
linolênico, precursor de outros ácidos graxos ω-3 importantes para o crescimento e o desenvolvimento. As 
plantas nos fornecem os ácidos graxos essenciais; 
- Os ácidos graxos poli-insaturados com uma ligação dupla entre C-3 e C-4 são chamados de ácidos graxos 
ômega-3 (ω-3) e aqueles com a ligação dupla entre C-6 e C-7 são ácidos graxos ômega-6 (ω-6); 
 
 
- Um desequilíbrio entre os AGPI ômega-6 e ômega-3 na dieta está associadoa um risco aumentado de 
doenças cardiovasculares; 
- Cadeia curta = Anfipático // Cadeia Longa = Predominantemente Hidrofóbico; 
- Suas cadeias podem ser saturadas ou conter uma insaturação (ácidos graxos monoinsaturados) ou duas 
ou mais insaturações (ácidos graxos poli-insaturados); 
- O grupo carboxila constitui a região polar e a cadeia carbônica, a parte apolar; 
Estrutura de dois ácidos graxos 
com 18 carbonos: ácido 
esteárico, saturado (a) e ácido 
oleico, insaturado (b). 
A presença da dupla 
ligação CIS resulta em uma 
dobra na molécula. À esquerda 
das fórmulas estruturais, estão 
as suas representações 
tridimensionais. 
 
- Se o ácido graxo tem duas ou mais ligações duplas, elas são sempre espaçadas em intervalos de três 
carbonos; 
- Mais de 90% dos ácidos graxos encontrados no plasma estão na forma de ésteres de ácidos graxos e são 
encontrados associados a lipoproteínas na circulação; 
- Ácidos graxos livres (não esterificados) são pouco encontrados nos organismos; mais frequentemente estão 
ligados a um álcool, que pode ser o glicerol ou a esfingosina – são transportados na circulação associados a 
albumina; 
- Mais comuns são os de 16 e 18 carbonos; 
- Os nomes dos ácidos graxos, em geral, derivam-se das fontes onde são encontrados em abundância (ex. 
ácido palmítico do óleo de palma (ou azeite de dendê), ácido oleico do óleo de oliva, linoleico e linolênico do 
óleo de linhaça etc); 
Identificação 
- A numeraçãoinicia-se no grupo carboxila (carbono 1 ou C1) e aumenta em direção à extremidade oposta, 
formada pelo grupo metila; 
- O carbono 2 - o carbono unido ao grupo carboxila - é também chamado de carbono α, o carbono 3 é o 
carbono β e o carbono 4 é o carbono γ, o carbono do grupo metila terminal é; 
- No sistema de denominação por letras, o carbono 2 é o carbono α, o carbono 3 é o carbono β e assim por 
diante, e o carbono do terminal CH3 é o carbono ω (ômega), também denominado carbono n; 
- No sistema delta (∆), adota-se a numeração convencional dos átomos de carbono, a partir da extremidade 
carboxila e todas as duplas ligações do ácido graxo são identificadas. Cada dupla ligação é representada pelo 
 
símbolo ∆, seguido pelo número do átomo de carbono mais próximo da carboxila (C1) que participa da dupla 
ligação. Por exemplo, uma dupla ligação entre os carbonos 9 e 10 é representada por ∆9 ou ∆9; 
- Ex. O ácido linoleico, que tem 18 carbonos e duas insaturações, uma entre os carbonos 9 e 10 e a outra 
entre os carbonos 12 e 13, pode ser abreviado por: 18:2 Δ9,12 (ou 18:2 Δ9,12) ou 18:2 ω-6 ou 18:2 n-6; 
 
- As propriedades físicas dos ácidos graxos e dos lipídios deles derivados dependem da ocorrência ou não de 
insaturações na cadeia de hidrocarboneto e do seu comprimento; 
- As cadeias dos ácidos graxos saturados são flexíveis e distendidas, podendo associar-se extensamente 
umas com as outras por meio de interações hidrofóbicas; 
- Os ácidos graxos insaturados naturais têm, quase sempre, duplas ligações com configuração geométrica cis 
— a dupla ligação cis produz uma dobra rígida na cadeia, o que determina a formação de agregados menos 
compactos e, portanto, menos estáveis; 
- Quanto mais longa a cadeia maior é o grau de interação entre as moléculas de ácidos graxos; 
- A temperatura de fusão dos ácidos graxos diminui com o número de insaturações e aumenta com o 
comprimento da cadeia; 
- A presença de uma dupla ligação em ácidos graxos com o mesmo número de carbonos reduz drasticamente 
o ponto de fusão, enquanto um número menor de carbonos leva a um decréscimo menor — o efeito das 
insaturações é maior do que aquele do comprimento da cadeia; 
- Ácidos graxos saturados com mais de 14 carbonos são sólidos e, se possuírem pelo menos uma dupla 
ligação, são líquidos; 
- A presença de duplas ligações reduz o grau de interação entre moléculas vizinhas. 
- São ésteres de ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa; 
- Seu ponto de fusão é mais alto do que dos triacilgliceróis; 
- Principal forma de armazenamento energético do plâncton; 
- Possuem propriedades impermeabilizantes e consistência firme; 
- Glândulas da pele de vertebrados secretam ceras para proteger os pelos e a pele e mantê-los flexíveis, 
lubrificados e impermeáveis; 
- As aves, particularmente as aquáticas, secretam ceras por suas glândulas uropigiais para manter suas penas 
impermeáveis à água; 
 
- As folhas lustrosas do azevinho, do rododendro, da hera venenosa e de muitas outras plantas tropicais são 
cobertas por uma camada grossa de ceras, que impede a evaporação excessiva de água e as protege contra 
parasitas; 
- São muito utilizadas na indústria farmacêutica. 
 
- São os lipídeos mais abundantes na natureza; 
- São lipídeos de armazenamento, portanto compõem reservas de energia; 
- Também chamados de triglicerídeos ou triglicérides; 
- A maioria dos triacilgliceróis de ocorrência natural é mista, pois contém dois ou três ácidos graxos 
diferentes. 
- São compostos por três ácidos graxos, cada um em ligação éster com uma molécula de glicerol; 
- Compostos contendo um grupo acila (monoacilgliceróis) ou dois destes grupos (diacilgliceróis) e glicerol 
encontram-se em quantidades pequenas nas células, existindo como intermediários de vias de síntese e 
degradação de lipídios; 
- As gorduras animais (ricos em ácidos graxos saturados, sólido a temp. ambiente) e os óleos vegetais (ricos 
em ácidos graxos insaturados, líquidos – vira margarina por higrogenação que reduz insaturações) são 
misturas de triacilgliceróis, que diferem na sua composição em ácidos graxos e, consequentemente, no seu 
ponto de fusão; 
- Para aumentar o prazo de validade de óleos vegetais de cozinha e para aumentar a sua estabilidade às altas 
temperaturas utilizadas na fritura, os óleos vegetais são preparados por hidrogenação parcial; 
- Esse processo converte muitas das ligações duplas cis dos ácidos graxos em ligações simples e aumenta o 
ponto de fusão dos óleos, de forma que eles ficam mais próximos do estado sólido à temperatura ambiente; 
- Algumas ligações duplas cis são convertidas em ligações duplas trans; 
- O consumo de ácidos graxos trans pela dieta leva a uma maior incidência de doenças cardiovasculares, além 
de aumentar a resposta inflamatória do corpo; 
- Os ácidos graxos trans da dieta aumentam o nível de triacilgliceróis e de colesterol LDL (o colesterol “ruim”) 
no sangue e diminuem o nível de colesterol HDL (o colesterol “bom”); 
- Os triacilgliceróis podem ser hidrolisados, liberando ácidos graxos e glicerol (quando feito esse processo é 
feito em meio alcalino formam-se sabões – saponificação); 
- São moléculas apolares, hidrofóbicas, essencialmente insolúveis em água; 
 
- Seu caráter fortemente hidrofóbico permite o armazenamento nas células sob forma praticamente anidra, 
ou seja, sem moléculas de água adsorvidas, as quais aumentariam muito o peso da reserva de energia; 
- Constituem a maneira mais eficiente de armazenar energia nos seres vivos; 
- Como são compostos altamente reduzidos, sua oxidação libera muito mais energia que a oxidação de 
quantidades equivalentes de carboidratos ou proteínas; 
- Nos vertebrados, os triacilgliceróis são depositados no tecido adiposo, de localização subcutânea e visceral, 
que atua também como isolante térmico, na proteção contra choques mecânicos e na sustentação de órgãos. 
- São lipídeos de membrana (anfipáticos); 
- São derivados do glicerol que contêm fosfato na sua estrutura; 
- São lipídeos de membrana nos quais dois ácidos graxos estão unidos por ligação éster ao primeiro e ao 
segundo carbono do glicerol e um grupo fortemente polar ou carregado (grupo X) está unido por ligação 
fosfodiéster ao terceiro carbono; 
- A ligação do glicerol a um fosfato torna-o quiral; 
- São derivados do composto precursor, o ácido fosfatídico (fosfatidato no pH fisiológico); 
- Em todos esses compostos, o grupo cabeça está unido ao glicerol por uma ligação fosfodiéster, na qual o 
grupo fosfato tem carga negativa em pH neutro; 
- O ácido fosfatídico é componente menor de membranas celulares, atua como intermediário da síntese de 
triacilgliceróis e dos outros glicerofosfolipídios; 
- Em geral, os glicerofosfolipídeos contêm um ácido graxo saturado C16 ou C18 em C-1 e um ácido graxo 
insaturado C18 ou C20 em C-2; 
- Os membros de cada categoria de glicerofosfolipídios diferem entre si pelo tipo de ácido graxo que ocupa 
as posições 1 e 2; geralmente, a posição 1 é ocupada por um ácido graxo saturado, e a posição 2, por um 
insaturado; 
 
 
- Alguns tecidos animais e organismos unicelulares são ricos em lipídeos éter (saturada = lipídeos éter de 
aquila // insaturada = plasmalogênios) – ex. fator ativador de plaquetas, potente sinalizador molecular, 
estimula a agregação de plaquetas e a liberação de serotonina das plaquetas, papel na inflamação e 
resposta alérgica; 
- O tecido cardíaco de vertebrados é especialmente rico em lipídeos éter, cerca de metade dos fosfolipídeos 
do coração é plasmalogênio; 
 
- São lipídeos de membrana (anfipáticos); 
- Têm um grupo cabeça polar e duas caudas apolares; 
- Não contêm glicerol; 
- Compostos por Esfingosina (aminoálcool de cadeia longa) + Ácido Graxo (cadeia longa) + GrupoPolar 
(unido por ligação glicosídica ou fosfodiéster); 
- Os carbonos C-1, C-2 e C-3 da molécula de esfingosina são estruturalmente análogos aos três carbonos do 
glicerol nos glicerofosfolipídeos; 
- Ceramida: composto resultante de uma ligação amida de um ácido graxo ao NH2 no C-2 – é o precursor 
natural de todos os esfingolipídeos (abundantes na bicapa lipídica); 
- Há três subclasses de esfingolipídeos, todos derivados da ceramida, diferindo entre si em seus grupos 
cabeça: esfingomielinas, glicolipídeos neutros (não carregados) e gangliosídeos; 
- Esfingomielina: contêm derivados de fosfato como grupo cabeça polar, sendo assim classificadas junto 
com os glicerofosfolipídeos como fosfolipídeos – proeminentes nas bainhas de mielina; 
- Glicoesfingolipídeos: ocorrem amplamente na face externa da membrana plasmática – possuem grupos 
cabeça com um ou mais açúcares, não contêm fosfato; 
- Os cerebrosídeos têm um único açúcar ligado à ceramida, já os globosídeos têm dois ou mais açúcares – 
glicolipídeos neutros; 
- Os gangliosídeos são os esfingolipídeos mais complexos, contêm oligossacrídeos e um ácido siálico como 
cabeça polar – tipos e quantidas mudam no desenvolvimento embrionário, baixa quantidade induz 
diferenciação de células neuronais; 
- Os esfingolipídeos são sítios de reconhecimento na superfície celular e são muito proeminentes na 
membrana plasmática dos neurônios; 
- As porções de carboidratos em certos esfingolipídeos definem os grupos sanguíneos humano. 
 
 
- Lipídeos estruturais presentes nas membranas da maioria das células eucarióticas; 
- Sua estrutura característica é o núcleo esteroide – 4 anéis fusionados, três com 6 carbonos e um com 
cinco, são rígidos e não rotacionam; 
- O colesterol, o principal esterol nos tecidos animais, é anfipático, com um grupo cabeça polar (o grupo 
hidroxila em C-3) e um “corpo” hidrocarbonado apolar (o núcleo esteroide e a cadeia lateral hidrocarbonada 
no C-17), tão longa quanto um ácido graxo de 16 carbonos em sua forma estendida - para armazenar e 
transportar o esterol, esse grupo hidroxila se condensa com um ácido graxo para formar um éster de esterol; 
- Os esteróis de todos os eucariotos são sintetizados a partir de subunidades de isopreno simples de cinco 
carbonos, assim como as vitaminas lipossolúveis, as quinonas e os dolicóis; 
- Os esteróis servem como precursores para uma diversidade de produtos com atividades biológicas 
específicas (ex: regulação da expressão gênica, formam ácidos biliares que emulsificam gorduras no 
intestino.

Continue navegando