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O Ensino de Filosofia no Brasil

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A história revela que o ensino de Filosofia, até ser oficializado enquanto disciplina obrigatória no currículo nacional enfrentou grandes desafios políticos e pedagógicos desde o período militar de 1964.
	Extinta do currículo a partir do movimento militar e totalmente ausente do ensino até 1985, o ensino de Filosofia ressurge em caráter opcional nas escolas públicas, tendo por base a LDB 9394/96 em que no artigo 36 atribuiu a necessidade do conhecimento de Filosofia, porém não a sua obrigatoriedade, desregulamentando, com a ideia de dar autonomia ás escolas, os seus ensinos e impedindo a possibilidade de uma educação interdisciplinar e interdimensional.
Em um cenário de debates, manifestos (como o de Londrina), professores, políticos e muitas instituições acadêmicas e sociais, é que em 7 de Julho de 2006, mesmo com grandes opositores do governo Fernando Henrique Cardoso, anterior ao governo Lula, o ensino de Filosofia foi objetivamente instituído nas escolas públicas do Brasil. Após esse grande acontecimento os maiores desafios para sua aplicação gira em torno de uma verdadeira solução quanto a formação dos profissionais competentes, sua carga horária e uma metodologia de ensino de Filosofia que seja eficaz na construção da cidadania e que no ambiente escolar colabore efetivamente para o desenvolvimento das competências e habilidades capazes de, segundo Perrenoud, superar um ensino especulativo e idealista, como os currículos tradicionais, mas que seja uma verdadeira transposição didática apoiada em uma análise realista das situações da vida. Para isso, foram criados os G.T.’s (Grupos de Trabalhos, fóruns estaduais, associações) para resolverem da melhor forma possível os obstáculos pedagógicos.
O ensino de Filosofia precisa corroborar com a reorientação da prática pedagógica na construção da educação interdimensional. Contudo, o ensino de Filosofia tem por responsabilidade e objetivo fornecer instrumentos cognitivos aos alunos para pensar sobre o pensar, ou seja, transitar nos variados domínios do conhecimento humano, construindo um sujeito político, autônomo, com consciência de si mesmo e do mundo que o cerca.

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