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RESUMO protocolo de segurança na prescrição de medicamentos

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Terapia Medicamentosa
Legislação no preparo e administração de medicamentos
Dos princípios fundamentais
Primeiramente, é descrito que a Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.
Sendo assim, o profissional da Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
Seção I
Das relações com as pessoas, família e coletividade
Direitos
Artigo 10 De acordo com o artigo 10, o profissional deve recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, pessoa, família e coletividade.
Responsabilidades e Deveres
Artigo 12° Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Artigo 13° Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para os outros.
Artigo 14 Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e por fim do desenvolvimento da profissão.
Artigo 21° Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.
Artigo 25° Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.
Proibições
Artigo 30° Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos.
Artigo 31° Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência.
Artigo 32° Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa.
Seção II
Das relações com os trabalhadores de enfermagem, saúde e outros
Direitos
Artigo 37° Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não constem a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência.
Parágrafo único – Da mesma forma, o profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade.
Proibições
Artigo 42° Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações seja, assinadas por outro profissional.
Seção III
Das relações com as organizações da categoria
Responsabilidades e deveres
Artigo 48° Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.
Contudo, o profissional da equipe de enfermagem que prepara e administra uma medicação deve conhecer a legislação que regulamenta o exercício de sua profissão, as normas da instituição que trabalha, realizando a medicação conforme a Prescrição Médica garantindo a segurança e bem-estar de seus pacientes.
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.
Em 2004 a OMS lançou o programa “Aliança Mundial para segurança do Paciente”, que diz que todos os países-membros devem adotar medidas para assegurar a qualidade e a segurança da assistência prestada nas unidades de saúde.
Nesse sentido, as estratégias adotadas devem ser: padronização de processos, uso de recursos de tecnologia da informação, educação permanente e o acompanhamento das práticas profissionais em todas as etapas do processo que envolve o medicamento.
Práticas seguras para prescrição de medicamentos: 
As prescrições classificam-se quanto ao tipo:
-Urgência/Emergência: indica a necessidade de início imediado do tratamento, geralmente são doses únicas.
-Pro re nata ou caso necessário: o tratamento prescrito deve ser administrado de acordo com a necessidade específica do paciente, considerando o tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima.
- Baseada em protocolos: são estabelecidas com critérios de início de uso, decurso e conclusão, comum em quimioterapia antineoplásica.
- Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa.
- Padrão com data de fechamento: indica o início e o fim do tratamento. Amplamente utilizada na prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial.
- Verbal: utilizada em situações de emergência, sendo escrita posteriormente.
Intervenções:
Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos:
Identificação do paciente: a identificação deve conter: nome completo do paciente, endereço e data de nascimento. Na prescrição hospitalar deve conter também: nome do hospital, nome completo do paciente, número do prontuário e registro do atendimento, leito, serviço, enfermaria/apartamento e andar/ala.
Obs: Para pacientes sem possibilidade de identificação deve-se adotar códigos diferentes por paciente, acrescidos minimamente por número de prontuário ou registro de atendimento.
Identificação do prescritor na prescrição: deve conter nome completo, número de registro no conselho profissional (CRM, COREN...) e assinatura.
Identificação da instituição da prescrição: nome, endereço completo e telefone.
Identificação da data da prescrição: é importante para conferir validade à mesma.
Legibilidade: problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação entre o prescritor e demais profissionais da saúde.
Medicamentos prescritos sem uso de abreviaturas: em caso de utilizarem-se a instituição pode elaborar, formalizar e divulgar uma lista de abreviaturas padronizadas.
Denominação dos medicamentos: os medicamentos devem ser prescritos utilizando-se a denominação comum brasileira e em sua ausência a denominação comum internacional.
Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes: Devem ser prescritos com destaque na escrita na parte do nome que os diferencia. Exemplo: DOPAmina e DOBUtamina, ClorproPAMINA e ClorproMAZINA, VimBLASTina e VinCRIStina.
Expressão de doses: o sistema métrico deverá ser adotado para expressar doses desejadas as unidades de medidas não métricas (colher, ampola, frasco) devem ser eliminadas das prescrições e se usadas na forma farmacêutica deve vir acompanhada de todas as informações necessárias para dispensação e admin. Segura. A unidade de medida deve ser claramente indicada. Doses com números fracionados (ex: 2,5 mL), deve ser observada nas duas vias da prescrição se a vírgula está bem posicionada e clara, para evitar erros na dose. Em casos do uso do zero antes da vírgula, deve ser evitado, sendo assim usado ex: 0,5g = 500mg.
Indicações, cálculos e doses e quantidades dos medicamentos:
Alergias: devem-se registrar com destaque nas prescrição as alergias relatadas do paciente, familiares e/ou cuidadores.
Informações importantes: o prescritor deverá registrar qualquer informação que considere relavante para que a assistência ao paciente seja segura e efetiva. Importante ressaltar que em prescrições ambulatoriais deverão ser registradas todas as orientações sobre como utilizar o medicamento, bem como as recomendações não farmacológicas.
Padronização de medicamentos: o estabelecimento de saúde deve ter uma lista de medicamentos selecionados/padronizados considerando-se critérios de efetividade, segurança e custo. Recomenda-se que seja uma relação de medicamentos por especialidade, de forma a permitir mais familiaridade do prescritor com indicação, contraindicação, doses, reações adversas, entre outros aspectos relacionados aos medicamentos.
Doses: Recomenda-se que as doses prescritas sejam conferidas pelo prescritor antes da assinatura da prescrição. Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície corporal clearance de creatinina, devem ser anotadas tal informações na prescrição. Preconiza-se que a farmácia disponibilize em meio hospitalar o maior número possível de medicamentos prontos para uso (dose unitária). Devem ser implantados a dupla checagem,tanto na farmácia quanto no momento do recebimento e antes da administração do medicamento pela enfermagem.
Duração do tratamento: a prescrição deve conter a informação da duração do tratamento, a expressão “uso contínuo” não deve ser utilizada em prescrições ambulatoriais.
Utilização de expressões vagas: exemplos: “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a critério médico”, “se necessário”, “uso contínuo”, devem ser abolidas das prescrições. Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário” deve-se obrigatoriamente definir: dose, posologia, dose máxima diária e condição que determine o uso e a interrupção do medicamento.
Exemplo: Paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Administrar 500 mg de 6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5°C. Dose máxima diária 2 gramas (4 comprimidos de 500mg)
Cuidados da enfermagem na leitura da prescrição médica e no preparo de medicamentos:
- Obter a prescrição médica, realizar a leitura e, caso haja dúvidas, esclarecê-las antes de iniciar o preparo da prescrição;
- Lavar as mãos e preparar o material, conforme a via de administração: bandeja, copo (se V.O), seringa e agulha do tamanho indicado para via injetável;
- Realizar a etiqueta de identificação do medicamento, contendo: nome do paciente, quarto e leito do mesmo, nome e quantidade do medicamento, via do medicamento e hora da administração;
- Ao ler a prescrição, 1º certo é identificar o medicamento correto para o paciente, separe o medicamento, lendo o rótulo três vezes ao retirar do armário, ao prepara-lo, ao desprezá-lo ou ao guarda-lo novamente;
- No preparo de medicamentos, evite distrações e/ou conversas paralelas e certifique-se do 2º certo observando a validade do medicamento e a forma do medicamento (3º certo);
- Não toque no medicamento, quando e comprimido, mantenha-o em blíster, ou coloque-o em copo; se líquido, coloque-o em copo, evitando que se molhe o rótulo do frasco; se injetável, utilize a técnica asséptica durante sua aspiração;
- Após prepara-lo com técnica específica de cada via, siga com a bandeja até o quarto para administração, certificando-se dos demais certos antes de sua administração;
Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração:
Posologia: Recomenda-se que a posologia indicada para o medicamento seja prescrita.
Diluição: Para medicamentos de uso endovenoso, intramuscular, subcutâneo e em neuroeixo de plexos nervosos, a prescrição deverá conter informações sobre diluente (tipo e volume), velocidade e tempo de infusão (para endovenosos).
Velocidade de infusão: devem estar contidas na prescrição.
Via de administração: Deve estar prescrita de forma clara, obvervando-se a via de administração recomendada pelo fabricante para o medicamento.
Modificação da prescrição atual ou vigente
Em âmbito hospitalar, o prescritor deve certificar-se de que as alterações na prescrição foram feitas de forma clara, legível e sem rasuras, as alterações devem ser feitas nas duas vias da prescrição.
Em âmbito ambulatorial nunca deverá ser feita modificação ou rasura na mesma receita. Caso seja necessária uma alteração na terapêutica, uma nova receita deverá ser emitida e a anterior suspensa.
Prescrições verbais: feitas em situações de urgência/emergência e deverá ser imediatamente escrita no formulário da prescrição após a administração do medicamento e deverá ser validada pelo prescritor assim que possível.
Pontos de transição do paciente: Na admissão do paciente deverão ser relacionados quais medicamentos o paciente estava usando antes da internação, objetivando-se avaliar a necessidade da continuidade ou suspensão do uso dos mesmos (conciliação medicamentosa). 
No âmbito ambulatorial, chama-se ponto crítico quando ocorre a transição do paciente entre os níveis de atenção (primário, secundário ou terciário), sendo fundamental a realização dos encaminhamentos resolutivos entre as diferentes unidades de saúde. Para tal o prescritor deverá elaborar um detalhado histórico farmacoterapêutico do paciente, podendo contar com a colaboração do farmacêutico, que deverá fazer a conciliação dos medicamentos.
Na transferência do paciente entre leitos, entre duas unidades de uma mesma instituição hospitalar e entre instituições distintas, as seguintes ações devem ser realizadas: encaminhar resumo da internação e o prontuário atualizado e organizado (transferência interna), bem como resumo de alta (em caso de transferência externa).
Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância:
 As unidades deverão divulgar a sua lista de medicamentos perigosos ou de alta vigilância, indicando as doses máximas desses medicamentos, a forma de administração (reconstituição, diluição, tempo de infusão, via de administração), a indicação e a dose usual.
Suporte eletrônico para prescrição
Recomenda-se a utilização de programa informatizado para a prescrição de medicamentos com suporte clínico que forneça minimamente informações sobre: doses máximas para medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância e/ou com índice terapêutico estreito, interações medicamentosas clinicamente significativas, alergias, apresentações e concentrações padronizadas disponíveis na instituição.
Informações importantes sobre a prescrição segura:
- O prescritor deverá conhecer a história clínica e os medicamentos de que o paciente faz uso e conciliá-los com a nova prescrição.
- Utilizar fontes de informação sobre medicamentos atualizadas e baseadas nos melhores níveis de evidência científica.
- Em âmbito ambulatorial, quando necessário, constar na prescrição o tempo em que o paciente deverá permanecer em observação no estabelecimento de saúde após a administração do medicamento.
- Caso exista a suspeita de reações adversas a medicamentos ou a ocorrência de erros ou eventos adversos notificar o Núcleo de Segurança do Paciente/Gerência de Riscos do estabelecimento de Saúde.
- A compreensão das informações da prescrição e ações que possibilitem esclarecimentos aos pacientes sobre riscos de medicação e medidas de prevenção.
Procedimento operacional padrão da prescrição por via de administração:
Recomenda-se que os medicamentos devam estar prescritos conforme estrutura a seguir: 
USO ORAL
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
posologia + via de administração + orientações de uso
Exemplo: captopril 25mg comprimido. Administrar 50mg de 8/8h por via oral, 1h
antes ou 2h depois de alimentos.
USO TÓPICO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via de
administração + posologia + orientações de uso
Exemplo: Permanganato de potássio 1:60.000 solução. Aplicar compressas em
membro inferior direito 3 vezes/dia, após o banho.
USO ENDOVENOSO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente + volume + via de administração + velocidade de infusão + posologia
+ orientações de administração e uso
Exemplo: anfotericina B 50mg frasco-ampola. Reconstituir 50mg em 10mL de água
destilada e rediluir para 500mL de solução glicosada 5%. Uso endovenoso. infundir
35 gotas/min., 1 vez/dia. Administrar em 5 horas.
USO INTRAMUSCULAR
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente + volume + via de administração + posologia + orientações de administração e uso
Exemplo:
intramuscular com diluição: ceftriaxona 1g, frasco-ampola. Diluir 1g em 3,5 mL de
lidocaína 1%. Fazer a solução obtida, via intramuscular profunda (região glútea) de
12/12h;
intramuscular sem diluição: vitamina K (fitomenadiona) 10mg/mL, ampola. Fazer
1mL via intramuscular profunda (região glútea), 1x ao dia.
USO SUBCUTÂNEO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + volume
+ via de administração + posologia + orientações de administração e uso
Subcutâneo sem diluição: heparina sódica 5.000 unidades internacionais/0,25mL,
ampola. Fazer 0,25mL subcutânea de 12/12h.
USO INTRATECAL
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente+ volume + via de administração + posologia + orientações de
administração e uso
Uso Intratecal com diluição: citarabina 100mg, frasco-ampola. Diluir 100mg em 5mL
de solução fisiológica 0,9%. Infundir 1,5mL intratecal, 1x/dia. Diluir imediatamente
antes do uso. Não reaproveitar o restante da solução para uso intratecal.
USO INALATÓRIO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via + dose
(medicamento e diluente) + posologia + orientação de uso.
Exemplo: bromidrato de fenoterol 5mg/mL, solução para inalação. Fazer aerosol
com 5 gotas diluídas em 3 mL de solução fisiológica 0,9% de 6/6h. Nebulizar e
inalar até esgotar toda a solução.
Monitoramento e indicadores para prescrição segura de medicamentos:
- O processo da prescrição deve ser padronizado e com o respectivo procedimento operacional padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e disponível em local de fácil acesso.
- As prescrições devem ser revisadas pelo farmacêutico antes de serem dispensadas;
- Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente.
Indicador:
- Nome do indicador: Taxa de erros na prescrição de medicamentos.
- Objetivo do indicador: Monitorar a ocorrência de erros na atividade de prescrição de medicamentos.
- Fórmula do indicador: nº medicamentos prescritos com erro x 100 / nº total de medicamentos prescritos
- Periodicidade mínima de verificação: Mensal
- Explicação da fórmula: 
Nº de medicamentos prescritos com erro: são os medicamentos prescritos faltando dose, forma farmacêutica, via de administração, posologia, tempo de infusão, diluente, volume, velocidade de infusão, e abreviaturas contraindicadas.
N° total de medicamentos prescritos: são todos os
medicamentos prescritos em um determinado período de tempo.
- Fonte de Informação: Prescrição (eletrônica, pré-digitada ou manual), protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
- Coleta de dados: Elaborar planilha para registro do número total de erros de prescrição e o número de medicamentos prescritos, utilizando a classificação de erros de prescrição. Totalizar os dados e aplicar a fórmula.
- Observações: Em farmácias com sistemas informatizados, estes poderão ser preparados para emitir relatório com as informações necessárias para a aplicação da fórmula do indicador.
- Responsável: Farmacêutico.
Práticas seguras para distribuição de medicamentos
Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser classificados em:
- Coletivo: é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por unidade de solicitação ou serviço, mediando pedido da equipe de enfermagem, implica na formação de subestoques de medicamentos nas unidades. Obs: Esse sistema de distribuição é considerado inseguro e deve ser abolido.
- Individualizado: é caracterizado pela
distribuição dos medicamentos por paciente, de acordo com a prescrição médica, geralmente para um período de 24 horas de tratamento.
- Sistema misto: é caracterizado pela combinação dos sistemas coletivo e individualizado:
Sistema Individualizado: É utilizado nas unidades de internação, ocorrendo de forma parcial ou integral, mediante prescrição.
Sistema Coletivo: É utilizado nos serviços de radiologia, endoscopia, urgência, ambulatórios, entre outros, mediante prescrição.
- Sistema dose unitária: É amplamente recomendado para os estabelecimentos de saúde. Ele consiste na distribuição dos medicamentos com doses prontas para a administração de acordo com a prescrição médica do paciente. A dose do medicamento é embalada, identificada e dispensada pronta para ser administrada, sem necessidade de transferências, cálculos e manipulação prévia por parte da enfermagem antes da administração ao paciente.
- Sistema Automatizado: Pode ser utilizado como suporte ao sistema de dose unitária, é caracterizado por unidades de dispensação eletrônica capazes de realizar o atendimento de 100% das prescrições médicas, ele substitui o estoque da unidade de internação para a dispensação das primeiras doses.
Intervenções
A farmácia tem entre suas atribuições a dispensação de medicamentos e deve assegurar que os mesmos estejam disponíveis para a administração ao paciente no tempo adequado, dose correta, assegurando a manutenção das características físicas, químicas e microbiológicas, contribuindo para o uso seguro dos mesmos.
Itens de verificação para a distribuição segura de medicamentos
Para garantir maior segurança ao processo de dispensação e o adequado fluxo de trabalho, o ambiente destinado a dispensação deve: ser reservado, contar com fluxo restrito de pessoas e ser tranquilo e sem interrupções.
Os ambientes da farmácia onde são armazenados e dispensados os medicamentos devem ser limpos, organizados, bem iluminados e com adequado controle e registro de temperatura, umidade e controle de pragas.
A dispensação segura de medicamentos conta com as seguintes medidas de segurança: seleção, padronização, aquisição, recebimento, armazenamento, fracionamento e identificação segura dos medicamentos.
Estratégia para dispensação segura relacionadas ao armazenamento
- Restrição de acesso
- Procedimento operacional: a farmácia deve possuir um procedimento operacional que contemple a validação/conferência do armazenamento do produto certo, no local certo.
- Boas práticas de armazenamento: a farmácia deve possuir padrões atualizados que definam regras para o armazenamento.
Além disso, devem-se identificar os locais de armazenamento de medicamentos que apresentam grafias e sons semelhantes com etiquetas de alerta que proporcionem a escrita de parte do nome do medicamento com l
letras maiúsculas e em negrito.
- Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) ambulatorial.
Estratégias para dispensação segura relacionadas a prescrição
Devem ser realizadas a análise farmacêutica das prescrições priorizando aquelas que contém antimicrobianos e medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
Com base nos dados da prescrição, devem ser registrados os cálculos necessários ou à manipulação da formulação prescrita, verificando-se a aplicação dos fatores de conversão, correção e equivalência, quando for o caso, sendo checados e assinados pelo farmacêutico.
No processo de análise da prescrição é recomendada a utilização de um programa informatizado que incorpore adequado conjunto de verificações automatizadas em prescrições, como: Triagem para duplicidade terapêutica, alergias, interações medicamentosas, intervalos e doses adequadas, alerta para doses superiores às máximas, alertas para nomes semelhantes e etc.
Preconiza-se adotar o uso de rótulos diferenciados, notas em sistema informatizado e cartazes de alerta no local de armazenamento e dispensação de medicamentos com elevada propensão a trocas.
Procedimento operacional padrão para dispensação de medicamentos
Para dispensação segura de medicamentos deve-se seguir os seguintes procedimentos:
- O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos medicamentos, conferindo se todos os elementos de identificação da instituição, do paciente, do prescritor e a data estão disponíveis.
- Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de prescrição se tornem erros de dispensação;
- Solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o prescritor, especialmente aquelas relacionadas à grafia médica, eliminando interpretação ou dedução do que está escrito;
- Analisar os medicamentos prescritos considerando-se os seguintes aspectos: dose, forma farmacêutica, concentração, via de administração, posologia, diluente, velocidade de infusão, tempo de infusão, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica, interação medicamento-medicamento e medicamento-alimento e possíveis alergias;
- O auxiliar de farmácia não deverá separar simultaneamente prescrições diferentes;
- Manter a organização do ambiente de dispensação, assegurando-se suficiente espaço e instrumentos de trabalho que permitam a manutenção dos medicamentos devidamente separadospor prescrição e por paciente, até a sua dispensação, evitando-se que medicamentos prescritos e dispensados para um paciente sejam entregues a outros. Para essa finalidade poderão ser utilizados carros de medicação ou embalagens plásticas identificadas;
- Realizar a conferência dos medicamentos separados para dispensação, verificando se as informações disponíveis no rótulo dos medicamentos são iguais às da prescrição.
- Identificar os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância e fazer meticulosa revisão da prescrição e dispensação deles;
- Verificar se na prescrição existem medicamentos com nomes ou embalagens semelhantes, dedicando especial atenção à conferência dos mesmos;
- Realizar a conferência final da prescrição com o resultado da dispensação, utilizando, sempre que possível, o auxílio de dispositivos eletrônicos, tais como código de barras;
- O farmacêutico deve revisar as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
- Para a dispensação ambulatorial, realizar orientação e aconselhamento do paciente previamente à dispensação dos medicamentos, objetivando identificar e interceptar erros. Ao dispensar medicamentos para o paciente, conferir e identificá-los, especialmente aqueles de embalagem semelhante, usando identificadores que possam diferenciá-los, como, por exemplo, cores diferentes.
- Realizar o registro escrito, em prontuário, das intervenções farmacêuticas realizadas.
- Deve existir restrição formal e registro da dispensação de medicamentos por ordem verbal.
- Os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância devem ser identificados de forma diferenciada dos medicamentos em geral no armazenamento e dispensação.
- A dupla checagem dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância dispensados deve ser feita na farmácia estabelecimento de saúde.
Itens de verificação para administração segura de medicamentos
A equipe de enfermagem segue os sete certos na administração de medicamentos, que são:
I. Paciente certo;
II. Medicamento certo;
III. Via certa;
IV. Hora certa;
V. Dose certa;
VI. Documentação certa (Registro certo); e
VII. Orientação correta;
VIII. Forma certa;
IX. Resposta certa.

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