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Gestação - saúde da mulher

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Universidade Nilton Lins
Saúde da Mulher
Manaus-Am
2018
Fernanda Ellen Pontes Brito
Gabriela da Gama Imbelloni Couto
Junio Vieira Nunes
Maria Luana Pereira Aguiar
Rayssa dos Santos Sousa
Robson de Oliveira Felix
Stheffany da Silva Pinheiro
Vitória Castro de Figueiredo
GESTAÇÃO
Trabalho apresentado como exigência parcial, para obtenção de nota da disciplina de Saúde da Mulher, do 6º período da turma de Enfermagem ENF061 do turno matutino, orientado pela Prof.ª Enf. Gracimar Fecury, da Universidade Nilton Lins.
Manaus-Am
2018
GESTAÇÃO 
	A gestação está ligada a mudanças não só biológicas e somáticas, mas também psicológicas e sociais, que influenciam a dinâmica psíquica individual e relacional da gestante. Além disto, a maneira como a gestante vive estas mudanças repercute intensamente na constituição da maternidade e na relação mãe-bebê. 
As gestantes vivenciam intensos sentimentos em relação ao tornar-se mãe e que o processo de constituição da maternidade está em franco desenvolvimento, assim como o próprio exercício ativo do papel materno.
 	Em relação às transformações corporais na gestação, à semelhança de outros momentos do desenvolvimento humano, elas inauguraram concretamente mais uma etapa do ciclo vital. Na gestação, assim como na adolescência e no climatério, o corpo denuncia uma nova condição à medida que evolui o ciclo gravídico, a mudança corporal serve para impor visualmente essa realidade.
 	Outro sentimento evidenciado pelas gestantes é o de conformidade com as transformações físicas, o que pode refletir uma aceitação em virtude da maternidade tão desejada. 
 	A gravidez é um momento de importantes reestruturações na vida da mulher e nos papéis que esta exerce. Durante esse período ela tem que passar da condição de só filha para a de também mãe.
São vividas, neste período, mudanças de diversas ordens - biológicas, somáticas, psicológicas e sociais.
Em relação ao âmbito profissional, percebe-se que algumas atividades precisam ficar em suspenso durante a gestação e, especialmente, logo após o nascimento do bebê. Esse processo é comumente esperado, pois a mulher volta-se mais para si mesma e para o bebê, sendo que demais aspectos da vida tendem a receber menor carga de atenção e investimento (Smith, 1999). 
No que se refere à conjugalidade, sabe-se que o casal, que até então se constituía unicamente como homem e mulher, passa, com a parentalidade, a se constituir de pai e mãe - o que vem a alterar profundamente tanto as suas dinâmicas individuais como a relação conjugal.
Diante de todas estas mudanças, a experiência de gestar leva a uma exacerbação da sensibilidade da mulher. Assim, a gravidez pode tanto desencadear uma crise emocional para as gestantes como inaugurar um potencial de adaptação e resolução de conflitos até então desconhecido. 
 
FECUNDAÇÃO
	O zigoto, formado pela união de um espermatozoide e de um ovócito, é um célula totipotente e altamente especializada. Nele contém os cromossomos e genes vindos da mão e do pai. Este se divide várias vezes se transformando, de forma progressiva, em um ser humano multicelular, por sua divisão, migração, crescimento e diferenciação celular. 
	Ou seja, a fecundação é uma sequência de eventos moleculares bastante complexa e coordenada que se inicia com o contato entre um espermatozoide e um ovócito e finaliza com a mistura de cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto. 
	Para a fecundação existe alguns fases que é preciso passar.
Fases da Fecundação 
º Passagem do espermatozoide através da corona radiata do ovócito.
	A dispersão das células foliculares da corona radiata resulta principalmente da ação da enzima hialuronidase. Os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes para sua penetração na corona radiata. 
º Penetração da zona pelúcida. 
	A formação de um caminho através da zona pelúcida pelo espermatozoide resulta da ação de enzimas liberadas pelo acromossoma. A enzima proteolítica acrosina (e também as esterases e neuraminidade) parece causar a lise da zona pelúcida, formando assim um caminho para que o espermatozoide chegue ao ovócito. Logo que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal, uma mudança nas propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides. 
º Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide.
	As membranas plasmáticas da célula rompem-se na área de fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozoide fica para trás. 
º Término da segunda divisão meiótica do ovócito. 
	O ovócito completa a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
º Formação do pronúcleo masculino.
	Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronúcleo masculino. A calda do espermatozoide degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos masculino e feminino replicam seu DNA.
º Lise da membrana do prónucleo. 
	Ocorre agregação de cromossomos, arranjo dos cromossomos para a divisão celular mitótica e a primeira clivagem do zigoto. A combinação de 23 cromossomos em cada pronúcleo resulta em zigoto com 46 cromossomos. 
Resultados da fecundação
º estimula o ovócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o segundo corpo polar.
º Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto. 
º Resulta na variação da espécie pela mistura de cromossomos maternos e paternos.
º Determina o sexo cromossômico do embrião; um espermatozoide portador de um x produz uma fêmea e um espermatozoide portador de y produz um macho. 
º Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem (do zigoto).
 	O zigoto e geneticamente único porque metade de seus cromossomos vem da mãe e a outra vem do pai. Esse mecanismo acaba por formar a base da herança biparental e da variação da espécie humana. A meiose permite a distribuição independente dos cromossomos paternos e maternos entre as células germinativas. O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos cromossomos paternos e maternos, “embaralha” os genes produzindo assim uma recombinação genética deste material. 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
	Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem ou segmentação, gastrulação e organogênese. Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e dão origem as células chamadas blastômeros. Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho. O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação.
Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas próprias células. Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme. 
Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. 
Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. 
Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros.
Ao final da gastrulação, oembrião é chamado de gástrula. A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a diferenciação dos tecidos e órgãos. O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central.  Durante a neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula. A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento. Depois da nona semana até o nascimento, o indivíduo em formação passa a ser chamado de feto. O nascimento ocorre em média durante a 38ª semana de gestação.
DESENVOLVIMENTO FETAL
O desenvolvimento do fetal dura aproximadamente 40 semanas. Durante este período o feto que inicialmente era apenas um embrião formado por um conjunto de células desenvolve-se constantemente até se transformar num bebê completamente formado. Este processo é marcado por intensas transformações que ocorrem no próprio feto e no organismo da mãe.
Apenas 10 dias após a fertilização, o embrião está formado e em desenvolvimento. É após a 12º semana de gestação que é considerado um feto.  As áreas que se transformarão no cérebro e na medula espinhal começam a se desenvolver assim como o coração e os principais vasos sanguíneos, em torno do 16º ou 17º dia, e já no 20º dia o coração começa a bombear líquido através dos vasos sanguíneos e as primeiras hemácias e glóbulos vermelhos aparecem no dia seguinte.
Desenvolvimento do feto - 1 a 12 semanas
No primeiro trimestre de gravidez, período que corresponde as semanas de 1 a 12 de gestação, o feto passa de poucos milímetros para 8 centímetros, pesando cerca de 30g. Neste período apesar de já poder ser facilmente visualizado num exame de ultrassom, seu corpo ainda não está muito bem formado, embora já seja possível perceber o formato da cabeça, tronco e membros.
Desenvolvimento do feto - 13 a 24 semanas
No segundo trimestre de gravidez, entre as 13 e 24 semanas de gestação, o feto desenvolve-se mais e passa a medir cerca de 25 cm de comprimento, pesando cerca de 550 gramas. Nesta fase do desenvolvimento fetal, ele já apresenta cílios e digitais que marcarão sua identidade, ele está cada vez mais semelhante a um bebê recém-nascido, mas se nascer dentro deste período possui pequenas chances de sobreviver, embora a medicina tenha evoluído muito neste aspecto.
Desenvolvimento do feto - 24 a 38 semanas
No terceiro trimestre de gravidez, entre as 24 e 38 semanas de gestação, o feto já cresceu e se desenvolveu o suficiente. Nesta fase ele pode atingir até 4 kg ou mais embora seja cada vez mais frequente o nascimento de bebês com pouco menos de 3 kg, o que se deve também ao estresse e da vida super ativa da mãe. Durante todo o desenvolvimento do bebê e ele esteve muito bem adaptado ao corpo da mulher e ao findar o terceiro trimestre, é chegado o tempo de nascer.
ANEXOS DA GESTAÇÃO
	Anexos da gestação ou anexos embrionários são estruturas derivadas do zigoto. São elas: a placenta, o cordão umbilical e a bolsa das águas (bolsa amniótica). 
PLACENTA 
	A placenta é um órgão materno fetal constituído por dois componentes: 
- Uma porção fetal que se originou do saco coriónico.
- E uma porção materna derivada do endométrio.
Este funciona junto com outros anexos como um sistema de transporte das substâncias que passam entre a mãe e o feto. 
O desenvolvimento da placenta é caracterizado pela rápida proliferação do trofoblasto e o desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Ao final da terceira semana, os arranjos anatômicos necessários para as trocas fisiológicas entre a mãe e o embrião estão estabelecidos. E no final da quarta semana uma revê vascular complexa desenvolve-se na placenta, permitindo trocas materno embrionárias de gases, nutrientes e produtos residuais metabólicos. 
As principais funções da placenta são:
- Metabolismo: onde a placenta sintetiza glicogênio colesterol e ácidos graxos, que servem de fonte de nutrientes e energia para o embrião/feto.
- Transporte de gases e nutrientes: consiste em permitir a difusão (passagem) dos nutrientes e oxigênio, provenientes do sangue materno, para o sangue do embrião/feto, os vasos sanguíneos maternos trazem nutrientes e oxigênio. Na vilosidade os vasos sanguíneos do bebê recebem estes nutrientes, a troca ocorre por difusão através da membrana.
- Secreção endócrina: outra função muito importante da placenta é a secreção de hormônios. Tanto o estrogênio quanto a progesterona são secretados por ela. Dentre as funções destes hormônios na gravidez, principalmente do estrogênio, estão o aumento das mamas e do útero.
 
CORDÃO UMBILICAL
	É um dos anexos que permite que ocorra a comunicação entre o feto e placenta, e consequentemente a ligação física entre a mãe e o feto. 
	A ligação do cordão umbilical à placenta normalmente fica no centro da superfície fetal deste órgão. Usualmente, o cordão umbilical possui de 1 a 2 cm de diâmetro e 30 a 90 cm de comprimento (média 55 cm). 
Tem como principal função:
Responsável por garantir a nutrição do feto e a troca gasosa, que ocorre assim: a veia umbilical transporta sangue rico em O2 proveniente da placenta e as artérias umbilicais transportam sangue pobre em oxigênio, assim a placenta é responsável em exercer o papel de pulmões, já que os mesmos ainda não “funcionam”.
 
BOLSA DAS ÁGUAS
	Consiste em uma membrana que reveste o embrião/feto em todo o processo de gestação, e é onde se encontra o líquido amniótico. Esta bolsa amniótica que envolve o embrião, é formada a partir do ectoderma e mesoderma. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico. E nele o embrião flutua livremente no saco amniótico. 
	Tem como função principal proteger o embrião contra choques mecânicos. 
	O líquido amniótico desempenha um papel importante no crescimento e desenvolvimento fetal. Além de: 
- permitir o crescimento externo uniforme do embrião;
- atua como uma barreira à infecções;
- permite o desenvolvimento do pulmão fetal;
- impede a aderência do âmnio ao embrião;
- amortece o embrião contra lesões através da distribuição de impactos que a mãe pode receber;
- ajuda a controlar a temperatura relativamente constante;
- permite que o feto se mova livremente, contribuindo para o desenvolvimento muscular;
- auxilia na manutenção da homeostase de fluídos e eletrólitos. 
DIAGNÓSTICO
Teste de Farmácia: Geralmente são os mais procurados logo que surge a suspeita de gravidez, isso porque são mais acessíveis e o resultado pode ser obtido em pouco tempo. O funcionamento do teste é bem simples e consiste na coleta da urina (de preferência a primeira urina do dia) e a confirmação da presença do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana). Os procedimentos para tal confirmação são diversos e varia de teste para teste, sendo necessário seguir as instruções atentamente. A maioria dos testes de farmácia tem entre 97% e 99% de precisão, levando-se em conta que foram feitos de maneira correta. Mas vale ressaltar que não são os testes mais indicados para o diagnóstico de gravidez, uma vez que podem demonstrar resultados falsos, sendo necessário que a mulher se direcione ao médico para uma confirmação precisa.
Exames Laboratoriais: Os exames de laboratório, diferentemente dos de farmácia, são mais confiáveis e precisos e consistem em fazer uma dosagem do hormônio Beta hCG por meio da urina ou do sangue. Os exames de sangue são preferíveis uma vez que podem detectar o hormônio mais cedo que os de urina.
O Beta-hCG é um exame geralmente usado para verificar se a mulher está grávida, e pode dar, no caso do exame QUALITATIVO, positivo ou negativo, independentemente do valor, apenas diz se SIM ou se NÃO (como os que são vendidos em farmácia: ou mostram duas linhas - POSITIVAS, ou uma linha - NEGATIVA). Já o Beta-hCG QUANTITATIVO é melhor, porque diz o VALOR exato do exame, a partir do qual obviamente é possível inferir se é positivo ou negativo a partir dovalor de referência, maior que 25mlU/ml são positivo.
Ultrassonografia: Exame bastante confiável para o diagnóstico de gravidez, embora seja necessário que a mulher já esteja na 5a semana de gestação. Sendo assim, ele é mais indicado como exame de rotina, que visa acompanhar o desenvolvimento do feto e não como propriamente um exame para diagnóstico de gestação.
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
Durante a gestação, as alterações sofridas pelo organismo materno são profundas e multissistêmicas. A sua integração visa proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento fetal em equilíbrio com o sistema materno.
As adaptações ocorrem em resposta a estímulos provenientes do feto. O seu objetivo é para o desenvolvimento fetal, como também para preparar a gestante para o parto e lactação.
Útero
Aumenta rapidamente de tamanho (500 a 1000 x maior) e regride ao seu tamanho habitual algumas semanas após o parto;
Torna-se mais elástico, contribuindo para a sua resistência;
Comporta o feto, a placenta e líquido amniótico.
Colo uterino
Começa a sofrer um amolecimento e crescimento das glândulas cervicais;
Dilatação para permitir o parto;
Reparação após o parto de forma a permitir uma nova gravidez bem-sucedida.
Ovários
A ovulação cessa durante a gravidez.
Vagina e períneo
O aumento da vascularização que se desenvolvem na pele e músculos do períneo e vulva, condicionam a cor violeta típica das paredes vaginais.
Pele da parede abdominal
Podem surgir as estrias gravídicas na pele do abdome, seios e coxas (usar hidratante);
Os músculos da parede abdominal podem não aguentar a pressão a que são submetidos, e os músculos afastam-se.
Pigmentação da pele
Linha média abdominal pode se tornar pigmentada – cor castanha escura;
Manchas irregulares acastanhadas de tamanho variável no rosto e pescoço, portanto usar protetor solar diariamente;
Usualmente desaparecem ou regridem consideravelmente após o parto;
A pigmentação da aréola mamária e da pele dos genitais também pode acentuar-se.
Seios
Nas primeiras semanas da gravidez é frequente o aumento da sensibilidade mamária e formigamentos;
Após o segundo mês os seios aumentam de volume e as veias tornam-se visíveis;
Os mamilos tornam-se maiores, mais pigmentados e podem exteriorizar o colostro desde cedo;
O tamanho do seio antes da gravidez não tem qualquer correlação com a futura produção de leite.
Aumento de peso
É atribuível ao útero, o feto, líquido amniótico, aumento dos seios e do volume sanguíneo, e inchaço;
Deposição de nova gordura e proteínas para constituir as reservas maternas;
O aumento máximo de peso durante a gravidez é 12,5 kg.
Água
A retenção aumentada é uma alteração normal da gravidez;
Aumento mínimo é de 6,5 litros devido ao feto, útero, seios, placenta, líquido amniótico, aumento do volume sanguíneo;
É comum a presença de inchaço dos tornozelos e pernas sobretudo no fim do dia, para diminuir, colocar as pernas para cima.
Alimentação
Em jejum, é comum uma menor taxa de açúcar no sangue – hipoglicemia.
Portanto, sempre tenha um lanchinho na bolsa para comer entre as refeições!
Imunidade
Na gravidez, há uma queda da defesa do corpo contra doenças, portanto é importante evitar ambientes fechados, com grande circulação de pessoas, doentes, etc.;
As alergias pré-existentes poderão ficar exacerbadas durante a gestação;
Tomar vacina da gripe para se proteger.
Sistema cardiovascular
Frequência Cardíaca normal – 60 a 100 batimentos por minuto;
Na gestação, aumenta cerca de 10 batimentos/minuto;
A pressão arterial diminui até ao seu valor mais baixo no meio da gravidez e depois sobe até ao fim da gestação;
O fluxo sanguíneo nas pernas lentifica-se podendo desenvolver varizes nas pernas e hemorroidas.
Bexiga
A maioria das mulheres apresenta algum grau de incontinência urinária (perda de urina);
Aumenta a frequência urinária devido a compressão da bexiga pelo útero aumentado.
Trato gastrointestinal
A azia é comum durante a gravidez, por isso ingerir alimentos secos em jejum;
As gengivas tornam-se avermelhadas e amolecidas;
Intestino preso (devendo ingerir fibras e muito líquido);
As hemorroidas são comuns durante a gravidez, resultantes da obstipação.
Sistema músculo-esquelético
Curvatura cervical e lombar mais acentuadas são características da gravidez normal, no sentido de compensar o útero em crescimento, em posição anterior.
Retorno ao normal começa logo após o parto e está completo em 3 a 5 meses.
A mulher que esteve grávida retoma rapidamente o seu corpo no estado pós-gestacional com muito mais facilidade sobretudo se amamentar.
CÁLCULO DA DDP
Objetivo: estimar o período provável para o nascimento.
Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir da DUM), mediante a utilização de calendário;
Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar a seta na data (dia e mês) indicada como data provável ao parto;
Uma outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março) - Regra de Näegele.
Exemplos:
Data da última menstruação: 13/9/01
Data provável do parto: 20/6/02 (13+7=20 / 9-3=6)
Data da última menstruação: 27/1/01
Data provável do parto: 3/11/02 (27+7=34 / 34-31=3 / 1+9+1=11)
IDADE GESTACIONAL (IDADE GESTACIONAL)
Objetivo: estimar o tempo de gravidez a idade do feto.
Os métodos para esta estimativa dependem da data da última menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último período menstrual referido pela mulher.
Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e de certeza, é o método de escolha para se calcular a idade gestacional em mulheres com ciclos menstruais regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais:
° Uso de calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas);
° Uso de disco (gestograma): colocar a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.
Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu:
° Se o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da última menstruação os dias 5,15 e 25, respectivamente. Proceder, então, a utilização de um dos métodos acima descritos.
Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos:
° Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos fetais, habitualmente ocorrendo entre 16 a 20 semanas.
Podem-se utilizar a altura uterina mais o toque vaginal, considerando os seguintes parâmetros:
- até a sexta semana não ocorre alteração do tamanho uterino;
- na oitava semana o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
- na décima semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
- na 12ª semana enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica;
- na 16ª semana o fundo do útero encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
- na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical;
- a partir da 20ª semana existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional.
° Quando não for possível determinar a idade gestacional clinicamente, solicitar o mais precocemente o exame de ultrassonografia obstétrica.
REFERÊNCIAS
Disponível em: <https://www.tuasaude.com/desenvolvimento-do-feto/>.Acesso em: 26 de Agosto de 2018.
Disponível em: <http://ceak.org.br/cavi/adaptacao-do-organismo-a-gestacao-parte-1/>. Acesso em: 27 de Agosto de 2018. 
Disponível em: <http://millarhidrata.com.br/artigos/como-diagnosticar-agravidez/>. Acesso em: 27 de Agosto de 2018. 
Embriologia básica/Keith L. Moore, T. V. N. (Vid) Persaud, Mark G. Torchia; [tradução Danuza Pinheiro Bastos, Renata Scavone de Oliveira]. – 9. ed. – Rio de janeiro: Elsevier, 2016.
Embriologia básica/Keith L. Moore, T. V. N. (Vid) Persaud, Mark G. Torchia; [tradução Andrea Monte Alto Costa... et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília, 2001
PICCININI, Cesar Augusto; GOMES, Grill Aline; MARDI, Tatiana De; LOPES, Rita Sobreira. Gestação a Constituição da Maternidade. Psicologia em Estudo, Maringá, v.13, n. 1, p.63-72, jan./mar.2008. 
Rezende obstetrícia fundamental/Carlos Antonio Barbosa Montenegro; Jorge de Rezende Filho. – 13. Ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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