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USO DE CONSERVANTES – PÓS COLHEITA EM FLORES José Américo B. Turri Jr. Eng. Agrônomo Holambra - SP PÓS COLHEITA EM FLORES • Visa fornecer condições físicas e químicas que preservem a planta a ser comercializada aumentando a durabilidade (vida de prateleira) e evitando perdas: –Processo de distribuição –Armazenamento • Garante maior satisfação do cliente final. • O pós-colheita inicia-se durante o processo de produção e termina quando o produto é entregue ao cliente. HORA DA COLHEITA • Flores de corte - Melhor hora para colher é pela manha. • Alta umidade e baixa temperatura; • Menor stress em flores de corte; • Maior rendimento dos funcionários. • Flores de vasos - Preferencialmente pela manha. FORMA DO CORTE EM FLORES DE CORTE • O corte realizado no campo deve ser feito no ângulo de 45º para que ao ser colocado no cocho de hidratação ocorra maior absorção de água. ARMAZENAMENTO • Temperatura - A maioria das plantas tropicais resiste a temperatura de 7º a 15ºC; - Temperaturas inferiores a faixa recomendada para flores tropicais podem causar injúrias pelo frio e alguns sintomas como descoloração de flores, lesões necróticas nas pétalas e folhas, e retardo na abertura de botões florais após o período de armazenamento. • Umidade - Manter de 90 a 95%, evitando condensação da agua nas flores e folhas (Botritys). SENSIBILIDADE A INJÚRIA CAUSADA PELO FRIO DE FLORES CORTADAS PROCESSO DE RESFRIAMENTO • A taxa respiratória de flores, de forma geral, a 21ºC é, aproximadamente, 90 vezes mais alta do que a 0ºC, por isso o estoque de reservas de carboidratos demora a acabar em baixas temperaturas; • A taxa respiratória de rosas é 3 vezes mais alta a 15ºC do que a 5ºC e 6 vezes mais alta a 25ºC do que a 5ºC; • Comparando-se de outra maneira, o efeito da temperatura, equivale a dizer que 1 dia manuseando a 15ºC é equivalente ao manuseio da flor durante 3 dias a 5ºC. PROCESSO DE RESFRIAMENTO • O processo mais utilizado consiste em manter as plantas em um ambiente refrigerado e com ventilação forçada para facilitar a troca de calor e evitar condensação de agua na planta; • Este processo pode ser feito em câmaras frias mantendo as plantas de 12 a 24 horas para se obter estabilidade da temperatura; • A velocidade de resfriamento dependera da capacidade de circulação de ar na câmara. HIDRATAÇÃO DE HASTES COM SOLUÇÕES CONSERVANTES • Visa repor reservas perdidas pelas plantas; • Soluções enriquecidas com sacarose (1 a 20%) a uma substancia bactericida/ fungicida juntamente com sais e vitaminas; • Produtos comerciais –Flower® a 1%; –Tecsaclor® a 50 ppm; –Floralife® a 1%. BACTERICIDAS FUNGICIDAS UTILIZADOS PREPARO DE SOLUÇÃO TIOSSULFATO DE PRATA - STS • Materiais Necessários –Tiossulfato de Sódio 79,36 gramas –Nitrato de Prata - 6,80 gramas. –Agua destilada ou deionizada – 1 Litro • Dissolver estes produtos em água destilada separadamente: –Dissolver a quantidade acima de Tiossulfato de Sódio em 700 ml de água; –Dissolver a quantidade acima de Nitrato de Prata em 300 ml de água. PREPARO DE SOLUÇÃO TIOSSULFATO DE PRATA - STS • Após dissolvidos os produtos, adicionar a solução de Nitrato de Prata na de Tiossulfato de Sódio, sempre adicionando lentamente misturando bem. • Deve-se usar de 2 a 4ml deste produto por litro de água para conservante como conservante. SOLUÇÃO DE AMÔNIA QUATERNÁRIA COM SACAROSE • Pode ser usada em qualquer etapa do processo de colheita ( apos o corte, durante o transporte e apos a hidratação com STS); • Produto seguro e baixa toxicidade a mamíferos; • Efeito bactericida, fungicida e viricida; • Amônia quaternária a 50%, pode ser encontrada facilmente em lojas especializadas para a produção de sabonetes e sabão; • Usar concentrações de 5 a 300 mg/L; • Como calcular a concentração desejada? CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO DE AMÔNIA QUATERNÁRIA • Amônia quaternária de concentração 50% – 01 g contem 0,500 mg de AQ, pois 1g = 1000mg • Se adicionarmos 1 g de AQ 50% em 01L de agua teremos: –Solução com 500mg do p.a./L CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO DE AMÔNIA QUATERNÁRIA • Deseja-se uma solução de 100 mg/L, portanto: –Adicionar 1g de AQ 50% em 5L de agua • Deseja-se uma solução de 50mg/L, portanto: –Adicionar 1g de AQ50% em 10L de agua USO DE TIOSSULFATO DE PRATA COM AMÔNIA QUATERNÁRIA • Na solução de Tiossulfato de prata, pronta para uso pode-se adicionar de 5 a 300 mg/L de Amônia Quaternária. • Portanto deve-se adicionar 1 g de Amônia Quaternária para cada 5 litros da solução de Tiossulfato de prata pronta para uso para obter uma concentração de 100 mg/L. Importante - Não se deve misturar a Amônia Quaternária na solução concentrada de Tiossulfato de Prata. • Esta solução além de bactericida inibira a ação do Etileno na planta. ETILENO • O etileno é um hormônio vegetal presente em todos os órgãos vegetais e em alguns fungos; • Um das funções do etileno é o amadurecimento de frutos, como maçãs, bananas, etc; • Responsável pela senescência de flores e folhas e amarelecimento de folhas mais velhas. ETILENO • É interessante reduzir a concentração de etileno no ar para plantas de corte bem como para plantas em vasos. • A sensibilidade da planta ao etileno varia entre espécies e também entre variedades da mesma espécie. • Existem duas formas de se controlar: – Inibição/remoção do etileno no ar; – Imunização da planta ao etileno. INIBIÇÃO OU REDUÇÃO DO ETILENO NO AR • Remoção do etileno –Consiste em realizar ventilação no material ou no local de armazenamento, de forma que o etileno produzido não se acumule em concentrações danosas (acima de 10ppb). • Inibição do etileno –Método mais utilizado em câmaras frias, onde não é possível realizar a troca do ar. –Consiste em produzir moléculas de O3 (Gerador de Ozônio) que irão reagir com o Etileno e inativa-lo. IMUNIZAÇÃO DA PLANTA AO ETILENO • Uso de Tiossulfato de Prata –Produto principalmente utilizado em flores de corte como bactericida. – Inibe a ação do etileno na planta aumentando a vida prateleira. –Produto com certos cuidados de manuseio, devido a toxidade e preparo. • Uso de 1-MCP –Molécula a ser lançada no mercado Brasileiro –Pode ser utilizado em plantas de corte como em vasos. MCP COMO CONSERVANTES EM PLANTAS EM VASO • 1- Metilciclopropeno (1-MCP) que se liga aos receptores de etileno, bloqueando a percepção do etileno exógeno e endógeno –Bloqueia temporariamente a síntese de proteínas e enzimas relacionadas com a senescência, resultando na prevenção ou redução de: • senescência/murchamento; • Abscisão foliar/floral (pétalas); • amarelecimento das folhas. RESULTADO DO MCP APÓS 7 DIAS DA APLICAÇÃO DE ETILENO RESULTADO DO MCP APÓS 7 DIAS DA APLICAÇÃO DE ETILENO COMPARATIVO EM MINI CRAVOS Testemunha 3,9 dias MCP 13,4 dias STS 13,6 dias PLANTAS DE VASO - EUFORBIA PLANTAS DE VASO – ZEBRA PLANT PLANTAS DE VASO – LIRIOS PLANTAS DE VASO – PHALENOPSIS Sem MCP Com MCP PLANTAS DE VASO – IMPATIENS CONCLUSÃO • O uso de conservantes aumenta a durabilidade de plantas de corte e plantas em vasos; • Faltam ferramentas para uso em plantas envasadas; • Ferramenta de grande importância em um mercado mais exigente; • Atuais conservantes comerciais são bons; • Formulações expostas são de fácil preparo e baixo custo. José Américo B. Turri Jr.americo@hfoconsultoria.com.br
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