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cap. 5 autores adriana giovane

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CAPÍTULO 5
AdministrAção e dimensionAmento 
do CApitAl de Giro
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Diferenciar ativos e passivos operacionais. 
 3 Reconhecer as necessidades de investimentos em capital de giro e saldo de 
disponível. 
 3 Reconhecer as necessidades de investimentos em capital de giro e capital de giro 
circulante. 
 3 Calcular a necessidade de investimento em capital de giro a partir do ciclo 
financeiro. 
 3 Reconhecer a necessidade de investimento em capital de giro com base em dias 
de vendas. 
 3 Estudar os métodos de administrar contas a receber, contas a pagar e estoques.
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 Administração Financeira
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
Capital de giro são 
todos os recursos 
de curto prazo 
que tem origem no 
passivo circulante 
e são alocados no 
ativo circulante, 
compreendendo 
o período de um 
exercício social, ou 
seja, um ano.
ContextuAlizAção
Caro(a) acadêmico(a), você estudou, anteriormente, sobre a importância 
da matemática financeira, como ferramenta de administração de recursos 
financeiros em curto e em longo prazo, com o objetivo de amenizar riscos que 
possam trazer insolvência para a organização. Este capítulo vai possibilitar 
o conhecimento das técnicas de administração do capital de giro. Você 
conhecerá as necessidades de investimento em capital de giro e a relação 
entre contas a receber, contas a pagar e estoques. 
Estudará, ainda, sobre os ativos e passivos operacionais cíclicos e as 
dificuldades para seu gerenciamento. Ao final deste capítulo, você encontrará 
algumas atividades que são muito importantes para que você pratique o seu 
autoaprendizado. 
AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl 
de Giro
Capital de giro são todos os recursos de curto prazo que tem origem 
no passivo circulante e são alocados no ativo circulante, compreendendo o 
período de um exercício social, ou seja, um ano.
Para Assaf Neto (2005, p. 460), “[...] o conceito de capital de giro 
apresenta usualmente diferentes interpretações que são aplicadas segundo 
critérios e a natureza do estudo desenvolvido”. Assim como, segundo Assaf 
Neto e Silva (2002, p. 14), “[...] o termo giro refere-se aos recursos correntes 
(curto prazo) da empresa, geralmente identificados como aqueles capazes de 
serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. Isso demonstra 
a volatilidade e a sensibilidade com que as contas de curto prazo estão 
distribuídas em suas respectivas nomenclaturas.
Muitas vezes, uma organização apresenta uma boa capacidade de 
liquidez, porém grande parte dos recursos que a compõe está alocada em 
posições engessadas, ao exemplo de estoques. Em outras situações, os 
recursos estão posicionados em contas de duplicatas a receber, em que, a 
qualquer momento, poderão ser transformados em liquidez imediata. 
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 Administração Financeira
De acordo com Hoji:
O capital de giro é conhecido também como capital 
circulante e corresponde aos recursos aplicados em ativos 
circulantes, que se transformam constantemente dentro 
do ciclo operacional. Como o próprio nome dá a entender, 
o capital de giro fica girando dentro da empresa e, a cada 
vez que sofre transformação em seu estado patrimonial, 
produz reflexo na contabilidade. Até transformar finalmente 
(novamente) em dinheiro, o valor inicial do capital de giro 
vai sofrendo acréscimo a cada transformação, de modo 
que, quando o capital retornar ao “estado de dinheiro”, ao 
completar o ciclo operacional, deverá estar maior que o valor 
inicial. (HOJI, 2004, p.117).
Então, os recursos dentro de uma empresa estão em constante mutação, 
ou seja, mudando rapidamente com o mais alto grau de sensibilidade, 
provocando alterações no balanço patrimonial.
O quadro 1 a seguir representa o modelo de balanço patrimonial, no qual 
se observa a origem e a alocação de recursos de curto prazo.
Quadro 1 – Balanço Patrimonial
ATIVO CIRCULANTE
- disponibilidades
- valores a receber
- estoques
PASSIVO CIRCULANTE
- fornecedores
- salários e encargos sociais
- empréstimos e financiamentos
ATIVO REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO (RLP)
PASSIVO EXIGÍVEL EM LONGO PRAZO (ELP)
- empréstimos e financiamentos
- debêntures
ATIVO PERMANENTE (AP)
- investimento
- imobilizado
- diferido
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
- capital
- reservas
- lucros acumulados
Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (2002).
O quadro 1 demonstra a origem dos recursos de curto prazo, registrado 
no passivo circulante, representado pelas contas de fornecedores, de salários, 
de encargos sociais, de empréstimos e de financiamentos. Esses recursos são 
alocados no ativo circulante, nas contas representadas pelas disponibilidades, 
valores a receber e estoques.
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
Para Assaf Neto 
(2005, p. 481), “[...] 
a necessidade de 
investimento em 
capital de giro, 
ou simplesmente 
em giro, reflete o 
volume de recursos 
demandado pelo 
ciclo operacional da 
empresa, determinado 
em função de suas 
políticas de compras, 
vendas e estocagem”.
Ativos e Passivos Operacionais (cíclicos), Financeiros e Permanentes
Os ativos operacionais representam os registros referentes às operações 
de alocação de recursos de curto prazo. Já os passivos operacionais 
representam as fontes de financiamento de curto prazo que foram investidos 
na empresa.
Segundo Assaf Neto e Silva (2002, p. 62), “[...] para o processo das 
necessidades de capital de giro é indispensável que se quantifique, a partir 
da estrutura patrimonial da empresa, os grupos classificados como circulante 
operacional, circulante financeiro e permanente (não cíclico)”.
É importante, para uma organização, que se conheça, detalhadamente, 
a quantidade de recursos que serão alocados no giro, pois essa ação afetará 
diretamente o ciclo operacional em relação às compras, às vendas e aos 
estoques.
Necessidades de Investimentos em Capital de Giro e Saldo de Disponível
Saber a quantidade de recursos necessários que serão aplicados no ciclo 
operacional é um grande desafio para uma empresa. Esses recursos terão 
de ser mensurados de maneira precisa para que o fluxo de caixa não seja 
sacrificado.
Para Assaf Neto (2005, p. 481), “[...] a necessidade de investimento 
em capital de giro, ou simplesmente em giro, reflete o volume de recursos 
demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de 
suas políticas de compras, vendas e estocagem”.
Os ativos circulantes operacionais representam, em essência, os 
investimentos que a empresa deve efetuar em itens operacionais de giro, 
ou seja, em valores a receber (motivados por vendas a prazo), estoques 
(determinados pelas necessidades de estocagem) e despesas operacionais 
incorridas, porém de competência do exercício seguinte (ASSAF NETO; 
SILVA, 2002).
Você observou, nas citações, a importância dada pelos autores ao capital 
de giro e sua necessidade na realidade de uma empresa? Assim, é importante 
destacar a influência dos recursos de giro sobre o ciclo operacional e financeiro, 
relacionado ao prazo demandado pelas vendas e pelos fornecedores com 
volume de negócios de uma organização.
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 Administração Financeira
Necessidade de Investimento em Capital de Giro (NIG) = 
Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional
Necessidade de Investimentos em Capital de Giro (NIG) e Capital de Giro 
Circulante
A necessidade de investimentos em capital de giro não se apresenta 
completamente diferente do conceito de capital circulante (de giro) líquido 
(CCL), conforme discutido anteriormente. Na verdade, o CCL constitui-se em 
importante fonte de financiamentode longo prazo do investimento necessário 
em giro da empresa. Enquanto o CCL engloba os elementos ativos e passivos 
circulantes, na conceituação apresentada da necessidade de giro, somente os 
itens circulantes operacionais é que são considerados. Dessa forma, pode-se 
compreender o CCL como a soma do investimento necessário em giro (NIG) 
e o saldo disponível mantido por uma empresa (ASSAF NETO; SILVA, 2002).
A seguir apresentamos a fórmula que resume o que citamos acima:
Capital de Giro Líquido = NIG + SD
Na sequência, apresentaremos um balanço patrimonial de uma empresa 
fictícia, no qual você observará algumas contas de grande importância que vão 
demonstrar as reais condições financeiras e operacionais de uma organização 
em um período qualquer.
Quadro 2 – Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Disponível ...............................$ 10.000,00
Aplicações Financeiras...........$ 20.000,00
Duplicatas a receber...............$ 35.000,00
(-) Provisão p/dev. duvidosos...$ 5.000,00
(-) Duplicatas Descontadas.....$ 15.000,00 
Adiantamento a fornecedores $ 10.000,00
Estoques...................................$ 80.000,00
Despesas antecipadas..............$ 5.000,00
Outros........................................$ 3.000,00
Ativo Circulante.......................$143.000,00
Realizável em Longo Prazo.......$ 80.000,00
Ativo Permanente....................$ 230.000,00
Total do Ativo..........................$ 453.000,00
Empréstimos bancários........$ 20.000,00
Fornecedores........................$30.000,00
Encargos Sociais e Fiscais...$10.000,00
Adiantamento de Clientes.....$ 8.000,00
Salários a pagar.....................$ 5.000,00
Outros valores circulantes....$ 3.000,00
Passivo Circulante..............$ 76.000,00
Exigível em Longo Prazo......$ 90.000,00
Patrimônio Líquido............$ 287.000,00
Total do Passivo.......$ 453.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (2002).
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
Você pode observar, no demonstrativo patrimonial (Quadro 2) 
apresentado, que a conta de duplicatas a receber apresenta um saldo de $ 
35.000,00 que não condiz com a realidade, levando-se em consideração que a 
empresa, desse total, já negociou $ 15.000,00 com uma instituição financeira 
e $ 5.000,00 refere-se à provisão para devedores duvidosos, ou seja, clientes 
inadimplentes.
No caso apresentado, o gestor financeiro deverá ter muito cuidado, 
evitando, ao máximo, o desconto de duplicatas. Caso aconteça, é preciso 
observar sempre as taxas de juros e tarifas. 
Em relação aos créditos duvidosos, deve-se evitar negociar a prazo com 
esse tipo de cliente. Esses fatores apresentados vão afetar diretamente sobre 
a necessidade de capital de giro da empresa.
Você pode observar que de um total de $ 35.000,00 de direitos a realizar, 
considerando a provisão para devedores e as duplicatas descontadas, a 
empresa tem direitos de somente $15.000,00 a receber. 
Em uma situação como a apresentada, o administrador financeiro deverá 
ficar alerta e ser mais criterioso em um momento futuro.
Volatilidade e Financiamento do Investimento Necessário em Capital de 
Giro
O ativo circulante, como o próprio nome já diz, costuma alterar-se 
constantemente, ou seja, um recurso que, em um determinado momento, está 
registrado na conta caixa poderá permutar-se em outras contas diferentes e 
voltar a ser registrado novamente no caixa.
De acordo com Assaf Neto e Silva:
O ativo circulante costuma girar de forma bastante rápida, 
ou seja, transforma-se em outros elementos várias vezes 
num mesmo período. Em consequência disso, o giro dos 
ativos circulantes constitui-se em importante indicador de 
desempenho e eficiência da administração de uma empresa. 
Em princípio, quanto maior for a rotação (giro) do capital 
circulante, maior o retorno proporcionado pelo investimento. 
(ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 70).
É importante o gestor financeiro observar, constantemente, como estão 
se comportando os recursos investidos no capital de giro, evitando, assim, 
possíveis desequilíbrios no fluxo de caixa.
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 Administração Financeira
Cálculo de Necessidade de Investimento em Capital de Giro a partir do 
Ciclo Financeiro
A mensuração da necessidade de capital de giro vai depender do 
ciclo financeiro. Se uma empresa tem um prazo de recebimento de 
duplicatas superior ao prazo de pagamento dos fornecedores, em algum 
momento, haverá a necessidade de suprir possíveis faltas de recursos para 
pagamento de compromissos. Nesse período, o gestor financeiro deverá 
agir de maneira preventiva, ou seja, dispor de algum tipo de linha de crédito 
para suprir a carência.
Ao analisar o ciclo financeiro, observou-se a existência de um período 
em que a atividade operacional da empresa demanda uma necessidade 
permanente de recursos, de maneira a cobrir a parte dos investimentos 
operacionais não financiados pelos respectivos passivos. É exatamente 
essa demanda líquida de financiamento (ativo circulante operacional menos 
passivo circulante operacional) que se denomina, conforme se demonstrou, 
necessidade de investimento em capital de giro. (ASSAF NETO; SILVA, 2002).
Para você observar, a seguir, nos Quadros 3 e 4, demonstraremos como 
ocorre o cálculo da Necessidade de Investimento em capital de Giro – NIG, a 
partir do ciclo operacional. Utilizaremos o período de um semestre.
Quadro 3 – Demonstração Patrimonial
Ativos Circulantes Operacionais Passivos Circulantes Operacionais
Duplicatas a receber.......................$ 10.000,00
Estoques:- Matérias-primas.............$ 1.500,00
-Produtos em processo................... $ 2.500,00
-Produtos acabados..........................$ 3.500,00 
Fornecedores a pagar .............$ 6.000,00
Despesas operacionais a pagar...............$ 
1.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (2002).
Quadro 4 - Informações adicionais do semestre
- Vendas = $ 20.000,00
- Custo das mercadorias vendidas (CMV)= $ 10.000,00
- Matéria-prima consumida no semestre= $4.000,00
- Compras realizadas no semestre= $ 5.000,00
- Despesas operacionais incorridas no semestre= $ 2.600,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (2002).
A partir dos valores conhecidos, vamos calcular a necessidade de 
investimento em capital de giro em número de dias:
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
NIG = (PME + PMF + PMV + PMC) – (PMPF + PMPD)
Na sequência, vamos calcular os prazos de cada ciclo financeiro e de 
pagamento das despesas operacionais:
Prazo Médio de Estocagem das Matérias-primas – PME
Prazo Médio de Fabricação – PMF
Prazo Médio das Vendas – PMV
Prazo Médio de Cobrança – PMC
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores
Prazo Médio de Pagamento de Despesas Operacionais – PMPD
 
No Quadro 5, você observará, resumidamente, o quadro demonstrativo 
dos valores e prazos referentes aos ativos e aos passivos operacionais.
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 Administração Financeira
Quadro 5 – Demonstrativo Circulante
Natureza Valores Prazos
Duplicatas a receber
Estoques: - Matérias-primas
-Produtos em processo
-Produtos acabados
Ativo Circulante Operacional:
Fornecedores
Despesas a pagar
Passivo Circulante Operacional:
Necessidade de Investimento em Giro (NIG)
$ 10.000,00
$ 1.500,00
$ 2.500,00
$ 3.500,00
$ 17.500,00
$ 6.000,00
$ 1.000,00
$ 7.000,00
$ 10.500,00
90 dias
68 dias
45 dias
63 dias
266 dias
216 dias
69 dias
285 dias
- 19 dias
Ciclo Financeiro = 266 – 216 = 50 dias
Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (2002).
Necessidade de Investimento em capital de Giro com base em dias de 
vendas
O grau de investimento em capital de giro está diretamente relacionado 
ao volume de vendas, ou seja, quanto maior for a alavancagemnas vendas de 
uma empresa, maior será a sua necessidade de capital de giro.
Admite-se que os prazos de estocagem relacionam-se estreitamente 
às vendas. Alterações que venham a ocorrer no volume de vendas e no de 
compras afetam direta e proporcionalmente o nível dos estoques e os custos 
de produção. (ASSAF NETO; SILVA, 2002).
Administrando contas a receber
De acordo com Groppelli e Nikbakht (2005, p. 337), o volume de contas a 
receber é, basicamente, determinado pelos padrões de crédito da companhia. 
Se esses padrões forem rigorosos, poucos clientes estarão qualificados ao 
crédito. Assim, as vendas irão declinar e, como resultado, as contas a receber 
diminuirão. Por outro lado, se os padrões de crédito forem mais flexíveis, a 
empresa atrairá mais clientes, as vendas crescerão e haverá maior volume de 
contas a receber. Dar padrões de crédito para aumentar as contas a receber 
tem vantagens e desvantagens. As vantagens são os aumentos nas vendas 
e nos lucros. As desvantagens refletem em uma maior probabilidade de mais 
contas incobráveis e no custo do financiamento adicional de contas a receber.
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
As contas a receber são parecidas com empréstimos sem juros aos 
clientes, porque os vendedores devem pagar despesas de juros enquanto 
seu capital estiver empatado nas contas a receber. Antes da decisão de 
reduzir os padrões de crédito, deve-se comparar o custo de contas a receber 
adicionais e os benefícios pelo aumento das vendas. Se o resultado dessa 
análise de custo/benefício for um lucro líquido, a empresa deve relaxar os 
padrões de crédito.
Administrando contas a pagar
De acordo com Silva (2005, p. 32), o princípio básico da gestão 
de contas a pagar é não pagar nenhuma conta antes do vencimento. 
Existem outras considerações que devem ser levadas em conta, como a 
possibilidade de melhores condições de prazo com outros fornecedores; 
compensações entre prazos e descontos; e possibilidade de renegociação 
de contrato de longo prazo.
Se a empresa tem uma margem de lucro que absorve bem os custos 
financeiros de mercado e se esses custos são maiores do que o custo do 
financiamento a fornecedores, ela deve procurar estender os prazos das 
contas a pagar o máximo possível. Assim, ela aumenta sua capacidade de 
caixa, que pode ser investida em estoques ou em Contas a Receber e pode 
alcançar um volume maior de vendas.
Administrando os estoques
O principal propósito da administração de estoques é determinar e manter 
um nível de estoque que assegure o atendimento pontual dos pedidos dos 
clientes em quantidade satisfatória. Entretanto, manter estoques é dispendioso 
porque imobiliza um dinheiro que não rende juros nem gera renda. Entre 
outras palavras, o custo do estoque impede o aproveitamento de outras 
oportunidades lucrativas. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2005). 
Você observou que os autores, acima citados, são contundentes em 
relação à administração de estoques? O gestor financeiro deverá ter um 
controle permanente em relação aos estoques, evitando a estocagem de 
produtos que resultem em perda de oportunidade.
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 Administração Financeira
Atividades de Estudos: 
1) Baseado(a) nos demonstrativos a seguir, calcule os indicadores 
de caixa na sequência, de um período de 360 dias qualquer:
Demonstrativo Patrimonial
Ativos Circulantes Operacionais Passivos Circulantes Operacionais
Duplicatas a receber.......................$ 23.000,00
Estoques:- Matérias-primas..........$ 10.000,00
-Produtos em processo.................$ 10.000,00
-Produtos acabados.......................$ 15.000,00 
Fornecedores a pagar ......$ 50.000,00
Despesas operacionais a pa-
gar...............................$ 5.000,00
 
Informações adicionais do período
- Vendas no período = $ 30.000,00
- Custo das mercadorias vendidas (CMV)= $ 15.000,00
- Matéria-prima consumida no período = $20.000,00
- Compras realizadas no período= $ 30.000,00
- Despesas operacionais incorridas no período= $ 8.000,00
 Calcule:
 Prazo Médio de Estocagem das Matérias-primas – PME
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 Prazo Médio de Fabricação – PMF
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AdministrAção e dimensionAmento do CApitAl de Giro Capítulo 5 
 Prazo Médio das Vendas – PMV
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 Prazo Médio de Cobrança – PMC
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 Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores
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 Prazo Médio de Pagamento de Despesas Operacionais – PMPD
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 Qual a necessidade de capital de giro?
 
 NIG = (PME + PMF + PMV + PMC) – (PMPF + PMPD)
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 Administração Financeira
AlGumAs ConsiderAções
Você aprendeu, nesse capítulo, sobre os ativos e passivos operacionais 
cíclicos e as necessidades de investimentos em capital de giro. Também 
estudou como se calcula a necessidade de investimento em capital de giro 
a partir do ciclo financeiro e dos dias de vendas. Você conheceu, ainda, as 
diferenças entre contas a pagar, contas a receber e estoques.
No próximo capítulo, você estudará sobre gestão de caixa e seus 
conceitos. Conhecerá sobre a demanda de caixa e sobre os métodos de 
administração e como aplicá-los na prática.
referênCiAs
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do 
capital de giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e Valor. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2005.
 
GROPPELLI, Angelico A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. 2. 
ed. Trad. Célio Knipel Moeria. São Paulo: Saraiva, 2005.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004.
SILVA, Edson Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa das 
empresas. São Paulo: Atlas,2005.

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