Buscar

BOVINOCULTURA DE LEITE: CADEIA PRODUTIVA DO LEITE, MELHORAMENTO GENÉTICO E RAÇAS E CRIA DE FÊMEAS LEITEIRAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

08/08
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
SITUAÇÃO DA PECUÁRIA DE LEITE: MERCADO NACIONAL, INTERNACIONAL E PERSPECTIVAS
Brasil: 4º maior produtor do mundo: 35bi de litros leite/ano Região Sul produz 12mi [menor número de vacas ordenhadas, mas maior produtividade (+/- 3000 L/vaca/ano) devido as melhores condições climáticas e ao rebanho especializado: RS, PR e SC], seguida da região Sudeste (maior número de vacas ordenhadas, principalmente devido a MG) Produção por estados: MG > Paraná > RS > SC > Goiás (produção corresponde a 7% da total – 23bi);
Brasil: 2º maior rebanho (Índia é o 1º) Apesar disso, possui baixa produtividade, devido ao rebanho não ser especializado;
*EUA possui rebanho menor e mais especializado Usa mais holandês confinado (animais têm a capacidade de expressar todo o seu potencial genético), enquanto Brasil usa mais girolando a pasto;
MERCADO DO LEITE
- Corresponde a 7,5% da produção agropecuária;
- Alta geração de empregos;
- Litros de leite produtor/dia aumentou ao longo dos anos;
- 34% de todo o leite produzido é voltado para a fabricação de queijos;
Balança comercial
- Nos meses em que há maior produção de leite (época das águas), as exportações aumentam, chegando a passar as importações e gerando saldo positivo na balança comercial de lácteos;
- Mais caro nas épocas secas, pois se produz menos Produtor tenta aumentar a produção de leite nessa época, quando venderá o produto mais caro; Há mais importações do que exportações, gerando saldo negativo na balança comercial;
*Brasil importa mais do que exporta, pois não é autossuficiente (não produz qtd suficiente para toda a população) Importa leite em pó do Uruguai e da Argentina e exporta mais para a Venezuela;
- Preço do milho e da soja (commodities) interferem no preço do leite, pois são usados como ração para os animais, ou seja, afetam o custo com ração do produtor;
*Maior crescimento do PIB do agronégocio no 1º trimestre do ano, pois as condições climáticas são favoráveis para maior produtividade de milho e soja;
- Preço dos produtos derivados do leite variam de acordo com o preço do leite Leite é um produto que possui grande variação do preço ao longo do ano;
Financiamento
Maior taxa de financiamentos na região Sul, seguida da Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste Depende da procura do produtor pelos programas, alguns não sabem;
Mercado interno
2016/2017
- Laticínios adquiriram 2% menos leite;
- Brasil importou muito leite em pó;
- Laticínios pagaram 10,7% menos (preço deflacionado);
- Aumento de 6,4% no custo de produção;
*Faltou leite (queda da produção) e o Brasil teve que importar, devido ao maior custo para se obter o produto, o leite foi vendido por preço mais alto, 
Previsão para 2018
Recuperação da Economia (previsão de PIB entre 2-3%);
Retorno do consumo;
Dólar estimado para 2018 = R$ 3,40;
*Esse cenário dificulta as importações, mas favorece as exportações;
Melhoria de oportunidade de recursos para investimentos;
Empresas do setor lácteo
Apenas 10 empresas são responsáveis pela comercialização de 50% de todo o leite no Brasil;
14/08
SÉRIE DE PREÇOS MÉDIOS PAGOS AO PRODUTOR – VARIAÇÃO DO PREÇO DO LEITE
O varejo (mercado consumidor) dita o preço do leite Quando a renda dos consumidores aumenta, eles compram mais produtos derivados de origem animal;
Quem mais ganha dinheiro? Varejo > Laticínios > Produtor;
*Queijo possui peso muito grande no mercado consumidor, por ser o produto mais consumido, devido a isso, grande % (37%) do leite é voltada para fabricação de queijos;
Preço do leite varia ao longo do ano devido a fatores como forragens (pastagens), água (período de seca, falta de água), temperatura (inverno e verão) e luminosidade (dias mais curtos ou longos) Nos meses de inverno, as pastagens se desenvolvem menos devido a condições desfavoráveis de clima Período de entre-safra (período do ano em que se produz menos leite devido a questões de clima);
Em países onde o inverno é mais frio, os produtos derivados, como queijo, são mais consumidos nessa época;
Produtores que estocam comida para o inverno ganham dinheiro, pois é o período onde o consumo dos produtos derivados aumenta e, mantendo sua produção alta, ganhará mais Médio e grandes produtores conseguem fazer isso;
Produtor pequeno: <500L;
Produtor médio: <3.000L;
Produtor grande: acima de 6.000L;
Preço pago ao grande produtor pelo leite é maior, principalmente devido ao transporte, pois o custo com o mesmo será diluído na quantidade de leite maior. Além disso, devido ao leite ficar menos tempo no tanque, terá menor CBT, o que também aumenta o preço que o laticínio paga;
CEPEA: órgão que lança a média dos preços comercializados das commodities (produtos agrícolas produzidos em grande quantidade) Cada região do Brasil possui uma média diferente;
Laticínios
- Laticínios passam a pagar mais ou menos ao produtor dependendo da demanda do mercado consumidor, pois precisam de leite para produzir;
- Laticínios podem fazer contrato com um produtor específico Nesses casos, pagará a média CEPEA + valor determinado;
- Laticínios pagam por qualidade: [ ] de proteína e gordura, CCS e CBT do leite;
*Proteína e gordura são importantes, pois utilizam o leite para produzir derivados e quanto maior a [sólidos], menor será a quantidade de litros gasta para produzí-los;
*Geralmente, produtos como muçarela e requeijão são produtos que o laticínio faz quando sobra muito leite São feitos com leite de menor qualidade;
RECEITA MENOS CUSTO DE RAÇÃO (RMCR)
Volumoso:Concentrado
 50 : 50
R$ 0,15 : 1,30
Ex: Se um animal come 20kg de MS, comerá 10kg de volumoso e 10 de [ ];
O custo com ração chega a 70% de todos os custos [ ] mais caro;
PREÇO PAGO AO LONGO DOS ANOS
Até 1990, o governo estipulava o preço do leite, baseado nos custos de produção do mês Não havia CEPEA;
*Esse mecanismo daria certo hoje em dia, caso não houvesse inflação;
*Nas décadas de 70 e 80, o produtor ganhava em média 2,50 pelo leite;
Hoje em dia, o produtor entrega o leite e recebe por ele apenas 40 dias depois Complicação, principalmente para o pequeno produtor;
COMMODITIES AGRÍCOLAS
Principais usados na produção de leite: Milho = R$700,00 ton
 Farelo de soja = R$1,400 ton
Centro-Oeste responsável por grande parte da produção de milho e soja;
*O frete de uma carreta dobrou (15 mil reais) devido a uma das reinvindicações dos caminhoneiros na greve dos caminhoneiros, que foi ser pago pela ida e pela volta, mesmo que ele nunca volte vazio para o local de onde veio, devido a outros fretes que consegue fazer durante a viagem; 
*Preço alto dos insumos = custo de produção elevado = maior valor do produto* Menor consumo de produtos com preço agregado, como queijos e iogurtes;
MILHO X LEITE (BRASIL)
Preço de 2018 fechado, pois milho e soja são produtos vendidos no mercado futuro Se houver algum problema no meio do ano, como a greve dos caminhoneiros, o produtor terá prejuízo;
Milho x Leite Queda de 50% no poder de compra em 2016 Menor relação kg de milho por litro de leite produzido;
Soja x Leite Queda de 40% no poder de compra em 2016 Menor relação kg de farelo de soja por litro de leite produzido;
PRODUÇÃO DE LEITE NO MUNDO
1º EUA: (9 milhóes de vacas) maior produtor em volume Atender a grande demanda por produtos derivados como muçarela, usada nos fast-foods;
2º Índia: o fato da vaca ser sagrada, gerou um problema (muitos animais: 75mi), devido a isso, começou-se a usá-las para produção de leite, já que não há restrições para tomar o produto, apenas para comer a carne; Baixa tecnificação;
3º China: os chineses são intolerantes a lactose por uma questão genética, mas, mesmo consumindo menos, a população é muito grande;
*Lactose = Glicose + Galactose (Glicose + Glicose) => Quando quebrada, produz energia. O organismo produz a enzima lactase de acordo com a ingestão de leite, por isso, quando sefica muito tempo sem tomar leite, a enzima parará de ser produzida pelo organismo e pode-se desenvolver uma intolerância;
4º Brasil (25 milhões de vaca);
PRODUTIVIDADE NO MUNDO (produção/dia)
Brasil: 1.600L/vaca/ano (305 dias em lactação): Média nacional = 5,24L/vaca/dia (há potencial para crescimento);
EUA: 10.000L/vaca/ano (305 dias): Média = 32L/d (chegaram no máximo de genética, nutrição, etc);
*No Brasil, temos fazendas com média 32L/vaca/dia, principalmente no Sul, SP e MG (estado heterogêneo);
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
Conjunto de elementos (empresas ou sistemas) que interagem em um processo produtivo para oferta de produtos ou serviços ao mercado consumidor;
*A quantidade de empresas ou sistemas aumentam/dificultam o caminho do produtor até o consumidor Produtor pode tentar cortar elementos e chegar mais perto do consumidor, para perder menos dinheiro;
Ex.: Fazenda em SP produz leite orgânico e, como não há laticínios que recolham esse tipo de produto por perto, o produtor faz uma produção artesanal na própria fazenda e entrega para lojas de produtos orgânicos Retira os Processadores e Comerciantes. Além disso, ele produz a ração dos animais, já que precisa comprar milho orgânico Retira os Fornecedores de Insumos;
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
Grande número de Pequena fração da
 produtores | produção
 |
 |
 Alto custo social
 |
 |
 Análise de índices
 
[ ] da produção Modelo de economia
 de leite de mercado
FATORES LIMITANTES DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
- Política governamental para o setor (programas de financiamento) – produtores não utilizam os financiamentos devido a falta de informação (função da EMATER, que está sucateada);
- Dificuldade de abastecimento de insumos;
- Canais de comercialização;
- Apropriação de tecnologia;
- Genética do rebanho ruim;
*Co-sanguinidade alta Precisa-se da utilização da inseminação artificial;
- Organização da cadeia produtiva;
- Preço do produto – possui impacto menor, pois o que importa é o quanto custou a produção;
- Falta de assistência técnica – empresas só dão assistência a produtores que compram muito seus produtos;
- Acesso a mercados;
- Linhas de financiamento (política governamental);
- Baixa capacitação e treinamento de funcionários;
- Baixo incentivo fiscal;
- Falta de fiscalização pelos órgãos competentes;
PONTOS FORTES DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
- Produção em crescimento;
- Baixa produtividade, mas em crescimento;
- Custo de produção competitivo;
*Importação do Uruguai e Argentina, onde o custo de produção é menor devido a qualidade das gramíneas, que fazem com que os animais comam menos ração É mais barato importar e mandar o leite para o Nordeste do que mandar leite de MG para lá;
- Baixo consumo per capita;
- Têndencia favorável do consumo mundial;
- Produção baseada em pastagens;
- Estoque de tecnologia;
- Rápida adaptação ao ambiente institucional;
- Atividade viável no Brasil inteiro;
TRANSFORMAÇÕES RECENTE DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
- Aumento significativo da produção;
- [ ] da produção Facilidade na fiscalização;
- Redução do número de produtores/aglomeração de produtores;
- Aumento da produtividiade;
- Preços diferenciados para os produtores;
DESAFIOS DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
- Atividade intensiva em administração;
- Busca por ganho de escala;
*Alta produção = Alto uso de ração = Desconto do fornecedor; 
- Pequena margem de manobra;
- Carência de mão-de-obra especializada;
- Carência de assistência técnica;
- Carência de recursos para pesquisa;
- Melhorar qualidade do leite;
- Agregação de valor;
- Aumentar peso político;
- Resistir a políticas econômicas, como importação mais barata;
COMPETITIVIDADE DO LEITE
17% da força de trabalho da agropecuária;
Alta = 4,3 x baixa (empregos)
Rentabilidade (25 ha: fazenda pequena): Baixa tecnologia = 1%;
 Alta tecnologia = 6%;
CARACTERÍSTICAS DO LEITE
- Leite é uma commoditie frágil, mas é resiliente (para quebrar demora tempo);
- Pouca força do produtor e pequena margem de manobra (precisa-se tomar decisões certas);
- Tecnologia disponível;
- Entraves culturais;
- Oportunidade de mercado;
- Alta liquidez (dá para ganhar dinheiro);
- Rentabilidade alta – retorno do investimento;
15/08
MELHORAMENTO GENÉTICO E RAÇAS DE BOVINOS DE LEITE
Raça mais presente em nº de animais: girolando;
Raça mais presente na produção de leite total: holandês (região Sul);
*Holandês não vai bem no pasto de SP pra cima, na região Sul vai melhor;
Introdução
>O que vou criar?
>Análises de meio
>Condições do manejo:
- Pastagem (girolando) ou confinamento (holandês);
- Alimentação suplementar;
- Incidência de endo e ectoparasitas – carrapatos;
>Objetivo do melhoramento:
Melhorar características importantes:
*Sêmen importado de touros de fora;
- Aumentar a produção de leite;
- Aumentar o número de crias viáveis – facilidade de parto;
- Aumentar a vida produtiva dos animais – Brasil: vaca dura 4-5 lactações Objetivo: vacas boas de leite, reprodução e sanidade Diminui a taxa de descarte involuntário – feito quando a vaca é ruim de leite, não emprenha ou possui mastite crônica;
- Aperfeiçoamento de características funcionais: reduzir mastite/mamite, aumentar a velocidade de ordenha e reduzir do tamanho médio do animal, para diminuir a exigência nutricional do mesmo e o gasto com comida Animal possui 4 tipos de exigência nutricional: Mantença – influenciada pelo peso do animal: animal menor = menor exigência; Crescimento; Gestação e Lactação As rações devem atender as exigências de acordo com o período e necessidades do animal (normalmente os 4 não ocorrem juntos);
RAÇAS PURAS DE CLIMA TEMPERADO
- Necessitam de condições adequadas de manejo – vacas acostumadas a clima frio Uso de ventiladores, aspersores, etc para que os animais se adaptem ao clima quente;
- Problemas com animais importados: baixas taxas de crescimento e fertilidade e alta mortalidade – animais acostumados a outro tipo de clima => Hoje em dia, importa-se apenas o sêmen;
a)Holandês
Raça de médio a grande porte;
Aptidões:
- Raça padrão no Brasil – para fazer girolando, precisa-se de holandês;
- Alta produção de leite – pico da lactação, geralmente com 80 dias (forma curva de lactação); lactação dura 305 dias;
- Menor teor de gordura (3,64% - quando a vaca é bem alimentada; dieta errada pode abaixar o %) e proteína no leite; média de 7,251kg leite/lactação no Brasil – 7,251kg/305dias de lactação = 25L vaca/dia;
*Vantagem para o produtor ao registrar seu animal na associação: facilidade na comercialização;
Características:
- Preto e branco;
- Vermelho (gene recessivo: ee – precisa-se da introdução de um animal que tenha o gene “e” no rebanho) e branco;
*Os machos pretos e brancos são melhores, pois passaram por anos de melhoramento genético, por isso, dão origem a fêmeas melhores (com maior produtividade);
Os machos vermelhos e brancos são piores, pois não passaram por anos de melhoramento genético, por isso, dão origem a fêmeas piores Escolha pelo gosto do produtor;
b)Ayrshire
Raça de médio a grande porte;
Aptidões:
- Resistente;
- Leite rico em sólidos totais – produção de queijos (3,93% de gordura);
- Alto padrão de crescimento;
- Bom para sistemas vaca de leite/bezerro de corte;
- 5,800kg de leite/lactação – programa de seleção menos intensivo;
c)Jersey
Raça de pequeno porte (400-450kg) – exigência de mantença baixa;
Coloração marrom, sem manchas;
Cabeça menor e desproporcional ao corpo;
Mancha preta no focinho;
Aptidões:
- Menorprodução de leite;
- Maiores teores de proteína e gordura no leite – 5% de gordura;
- Aptidões para tipo – animal com aprumos melhores: terá menos problemas de casco;
- Bom desempenho reprodutivo;
- Longevidade;
- 3,300kg de leite;
d)Pardo-Suíça
Maior porte em relação as temperadas – 700kg;
Cabeça maior e proporcional ao corpo;
Aptidões:
- Rusticidade: aguenta mais pasto com carrapato, tem menos problemas de casco;
- Adaptabilidade;
- Fertilidade – produz menos leite (holandesa foi selecionada para produção);
- Longevidade;
- Produção de carne – grande aproveitamento dos cortes, característica de carne parecida com a do boi (ganha-se mais no descarte);
- 5,600kg de leite/lactação;
- 3,5% de gordura;
RAÇAS PURAS DE CLIMA TROPICAL
Animais rústicos e adaptados às condições tropicais (Brasil): clima e endo/ectoparasitas;
Menor produção de leite;
Lactação mais curta (280 dias) com menor pico (começa produzindo a quantidade de leite que vai manter durante a lactação – não forma curva de lactação, a quantidade produzida só cai;
Fertilidade;
Prova de touros;
a)Gir
Características:
- Raça de médio a grande porte – 500 a 700kg;
- Dupla aptidão: carne e leite – existe a linhagem Gir leiteiro;
- Não possui padrão de cor específico;
- Leite (média): 2,884 kg/lactação;
- Tamanho de tetos – grandes/espessos: dificuldade para usar ordenha mecânica;
- Duração da lactação menor: 290 dias;
*Mais de 90% dos animais não descem o leite sem o bezerro ou aplicação de ocitocina – trabalhoso e risco de passar doenças para os animais (contaminação iatrogênica);
Desempenho produtivo (são usados 305 dias para padronizar):
- Máximo de produção no Brasil: 14,580 – animais fora da curva normal, possuem pico de lactação;
- Alguns animais mantiveram 619 dias em lactação, indicando problema reprodutivo;
- Idade ao 1ª parto (IPP) maior, em média 45 meses – animal mais tardio;
- IP: 16 meses;
- Maior teor de gordura no leite;
b)Guzerá
Características:
- Raça de médio a grande porte – 600 a 700kg;
- Chifres;
- Dupla aptidão: carne e leite;
- Rusticidade;
- Temperamento – dificulta manejo;
- 2,347kg de leite (DEL = 280);
- IDP = 15,1; IPP = 43,9;
*Parecido com Gir, mas é menos escolhido, devido ao temperamento;
c)Sindi
Características:
- Coloração marrom;
- Raça mais resistente de todas;
- Utilizada no Nordeste – clima semi-árido;
- Sem programa de melhoramento genético;
- Produção de leite: 2,214kg/lactação;
- DL = 274; IPP = 38,6; IDP = 15,2;
CRUZAMENTO (TEMPERADO X TROPICAL)
É o acasalamento de individuos de duas ou mais raças, onde pelo menos um dos reprodutores é de uma raça pura;
Principais objetivos: aproveitar a distância genética entre as raças e as condiçõs de estresse em que são manejadas;
>Cruzamento simples
Formação de animal F1 – ½ sangue;
Rebanhos com vacas puras;
Vaca zebu ou holandesa? É melhor que o macho seja holandês, devido a maior gama de touros que passaram por melhoramento genético, mas, para o produtor, é mais vantajoso que a fêmea seja holandesa, pois as vacas Gir produzem menos e têm características piores para o manejo, como tetos maiores;
*½ sangue são vendidos por valor maior que os puros – dinheiro para o sistema;
>Cruzamento contínuo ou absorvente
Tem como objetivo elevar o rebanho ao nível de uma raça pura;
Para registro da raça holandesa – Machos: 63/64H;
 Fêmeas: 31/32H;
Gerações subsequentes: GC-01, GC-02,...
Usados em sistemas confinados;
>Cruzamento alternado duplo
Tem como objetivo manter o grau de sangue próximo a ½ sangue;
O que alterna é o macho: taurino-zebuíno;
Usados em sistemas a pasto ou semiconfinamento;
>Cruzamento alternado triplo
Utilizam-se três raças – animais tricross;
Dificuldade: escolha da terceira raça;
Usado para os sistemas leite/corte;
Problema: menor produção de leite;
Como calcular o grau de sangue?
Ex: ½ HG (meio sangue) x 1H (puro) = 1/2H + 1/2G x 1/1H / 2 = 1/4H + 1/4G + ½ H = 1/4H + 1/4G + 2/4 H = 3/4H1/4G = 3/4HG 
*Girolando: ½ sangue, ¾ ou 5/8 (categorias que recebem certificação) Para o futuro, associação quer padronizar o 5/8, mas o cruzamento de uma fêmea 5/8 com um macho 5/8 pode gerar problemas como queda na produção de leite, devido a diminuição da heterose;
21/8
>Mestiçagem
Busca-se a formação de nova raça;
É o acasalamento de dois animais mestiços;
Ex: ½ Holandês x ½ Holandês;
Diminuição da heterose – pode causar problemas;
*Quando há cruzamento com animal puro há ganho de heterose;
Ex.: H (7 mil litros de leite) x G (5 mil litros de leite) – 12 mil/2 = 6 mil litros Para cruzamento de animais puros, a média pode ser maior (8 mil), devido ao aumento da heterose. No caso de animais mestiços, ela pode ser menor, devido a diminuição da heterose;
*Quanto mais puro (mais holandês) maior será a produção de leite, a duração da lactação e o número de ectoparasitas a pasto;
MELHORAMENTO
- Características passíveis:
a) Produtivas (as mais procuradas) – HERDABILIDADE ALTA
Produção de leite;
Produção de gordura (volume);
% de gordura;
Produção de proteína;
% de proteína;
Produção de sólidos totais;
Persistência de lactação;
b) Reprodutivas – *HERDABILIDADE BAIXA SÃO MAIS INFLUENCIDAS PELO MANEJO*
Intervalo de partos – característica muito influenciada pelo manejo nutricional (vacas malnutridas não emprenham), devido a isso, sua herdabilidade é baixa;
*Holandês: 13-15 meses;
 Girolando: 12 meses;
Idade ao primeiro parto – característica muito influenciada pelo manejo nutricional (peso e conformação corporal ideais nas novilhas), devido a isso, sua herdabilidade é baixa;
Período de serviço – do parto a nova concepção (período em que dá leite);
Serviços por concepção;
c) Adaptativas – *HERDABILIDADE BAIXA MAIS INFLUENCIDAS PELO MANEJO*
Resistência a mastite – limpeza das instalações e durante o manejo dos animais influencia muito;
Temperamento – é uma característica eliminatória para touros, porém possui herdabilidade baixa, ou seja, é mais influenciada pelo manejo;
Resistência a doenças;
d) Tipo-Conformação – utilizadas para animais de pista
Tipo leiteiro;
Ligamento posterior do úbere;
Ligamento anterior do úbere;
Tamanho dos tetos;
*Herdabilidade (% da característica que passará para a próxima geração): 0,36 – média a alta*
CARACTERÍSTICAS DE TIPO
a)Estatura: As melhores vacas são aquelas de altura mediada;
*Animais de pista possuem grande estatura Para produção de holandês, hoje, prefere-se animais menores, pois sua exigência de mantença é menor, ou seja, gasta-se menos com ração;
b)Profundidade corporal: Distância entra as linhas de dorso e ventral Indica a capacidade digestiva e respiratória Quanto maior, melhor, mas há um limite.
c)Ângulo de garupa: Inclinação entre íleo e ísqueo de aproximadamente 5cm Acima de zero indica garupa escorrida e abaixo, garupa invertida;
d)Largura de garupa: Devem ser largas, com boa abertura entre íleos e ísqueos Melhor para o momento do parto;
Relacionadas com a longevidade do animal no rebanho:
a)Pernas (vista lateral): As pernas, na altura do jarrete, devem apresentar ligeira curvatura, que não pode ser muito acentuada;
b)Pernas (vista posterior): O ideal é que sejam positivas, indicando que são abertas e paralelas;
*A melhor conformação das pernas evitará o desgaste irregular dos cascos e possíveis problemas*
c)Ângulos dos cascos: Devem ter cascos altos, com talões fortes e ângulo 45º nas pinças;
d)Aderência do úbere anterior (vista lateral): O úbere anterior deve ser bastante aderido à região ventral do animal, evitando a formação de bojo;
e)Altura do úbere posterior: Deve ser o mais alto possível. O ideal é o úbere cuja implantação está a 4 dedos da vulva;
f)Largura do úbere posterior: Úberes posteriores mais largos possuem maior área de produção e armazenamento de leite Quanto mais largo, maior é a região com células alveolares para produção de leite;
g)Ligamento central do úbere: É uma das característicasde maior importância para o úbere, pois é este ligamento que o mantém aderido à barriga do animal;
h)Profundidade do úbere: Demonstra altura do úbere em relação ao solo. O úbere ideal apresenta o seu assoalho a 10cm do jarrete;
i)Colocação dos tetos: Os tetos devem estar implantados nos centros dos quartos do úbere;
j)Tamanho dos tetos: O tamanho ideal é de 5-7cm Menor que isso, será um problema para colocação da teteira;
OBS:
*Quanto maior o número de ordenhas, maior é a quantidade de leite produzido;
Ponderação da seleção – exemplo, pois depende do que o produtor mais precisar na fazenda
Produção: 40%;
Durabilidade e saúde: 30%;
Tipo: 30%;
RAÇAS FORMADORAS DO GIROLANDO
Holandês x GIR
É MELHOR UMA MÃE HOLANDESA OU GIR?
DEPENDE.
Há mais opções de touros holandeses, que são melhoes, pois passaram por mais seleção genética Maior ganho genético;
Se a mãe for holandesa, o rebanho holandês terá fácil manejo e maior produção de leite, ou seja, será mais rentável;
Se a mãe for GIR, o manejo será mais difícil (bezerro ao pé ou ocitocina para descer o leite; tetos grossos para teteiras) e a produção de leite será menor;
Características do Girolando
a) Direcionamento das orelhas
Para baixo: ½ sangue (50%);
Para cima: ¾ (75%);
Retilínea: 5/8 – normalmente é mais pintado;
SUMÁRIO DE TOUROS PARA MELHORAMENTO GENÉTICO
Concept Plus: fertilidade de sêmen alta – maior chance de emprenhar;
Coloração azul: o melhor touro da característica;
Coloração amarela: entre os 10 melhores da característica;
Habilidade de parto: herdabilidade média – diminui problemas com partos distócicos;
Informações dadas em libras;
 
TESTE DE PROGÊNIE OU PROVA DO TOURO: informações das filhas são coletadas e relacionadas com a % de passagem das características do pai (herdabilidade) NÚMERO DE FILHAS INFLUENCIA A % DE CONFIABILIDADE DO TESTE;
GENOMA: coleta de pequeno material genético para realização da genotipagem do touro NÃO É PRECISO QUE O TOURO TENHA FILHAS PARA SABER SE ELE POSSUI GENES PARA AS CARACTERÍSTICAS LISTADAS Acelera o processo, mas o nível de confiabilidade é menor (+/- 70%);
*Quando escolhemos um touro, devemos ponderar a % de confiabilidade*
CRIA DE FÊMEAS LEITEIRAS
CRIA
Cria: bezerros – do nascimento até o desaleitamento;
Alta CRIA
Programa de levantamento de dados que se faz nas fazendas médias-grandes sobre a situação dos bezerros no Brasil – Maior número de bezerras holandesas, seguido de girolandas; Maior número de fazendas em MG;
*Criado para vender colostro em pó*;
Características das fazendas:
- 60 dias de período seco é o recomendado para a vaca começar uma nova lactação;
- Presença de maternidade: lotes separados para as vacas prenhas – Tipos: piquete e compost barn (mais usados);
- Resfriamento (molhar e secar com ventiladores) de vacas no pré-parto – benefícios futuros para as filhas;
- Tempo para intervenção no parto após o rompimento da bolsa – 75% intervém até 2h;
- Tipos de parto: Holandês – 81% de partos normais;
 19% de partos distócicos;
 Girolando – 85% de partos normais;
 15% de partos distócicos;
 Pardo-Suíço – 100% de partos normais: característica da raça;
*Animais advindos de FIV são maiores, devido a maior % de substrato Podem ter maiores problemas de parto distócico*
- % do iodo usado para fazer a cura do umbigo – maioria usa 10% (que na verdade é 7%);
- Número de vezes que se cura o umbigo – 1x ao dia;
- Tempo para fornecimento de colostro na primeira mamada em partos diurnos – maioria até 2h BOM;
- Tempo para fornecimento de colostro na primeira mamada em partos diurnos – 40% dá no outro dia RUIM;
- Avaliação da qualidade imunológica do colostro a campo – maioria faz;
- Método de análise a campo para avaliar a qualidade imunológica do colostro a campo: maioria faz com o colostrômetro;
- Presença de banco de colostro em freezer – maioria faz;
- Avaliação a campo da proteína total sérica – maioria não faz, mas grande parte já faz;
- Modo de fornecimento de dieta líquida: maioria usa balde;
- Tipo de dieta líquida fornecida: maioria oferece leite de descarte;
*Sucedâneo: substituto do leite características nutricionais parecidas, mas não é leite em pó; Geralmente, fica mais barato que dar o leite;
- Quantidade de dieta líquida oferecida: 90% dá >4L/d Recomendação: 10% do peso corporal ao nascimento (média: 40kg);
- Utilização de sucedâneo: 40% utilizam Há preconceito no Brasil, devido há haverem muitas marcas e algumas serem ruins;
- Idade de início de fornecimento do [ ]: 80% dão no primeiro dia;
- Tipo de [ ] fornecido: metade usa farelado (+barato), metade usa peletizado;
- Idade de início de fornecimento de volumoso (silagem de milho e feno): maioria dá a partir dos 30 dias de idade;
*Não fornecer cana de açúcar, pois o rúmen do animal ainda não possui a microbiota formada para degradar a celulose;
- Peso ao desaleitamento: média de 90kg;
- Principais doenças citadas durante o período de aleitamento: 97% diarréia; 69% pneumonia Animal bem colostrado aguenta passar por esses problemas;
- Idade média para os casos de diarréia: 8 a 15 dias;
- Tipo de bezerreiro: maioria fica em sistema argentino;
Antes de ser cria
SÊMEN
A forma como a fêmea foi emprenhada pode influenciar na produção e na sobrevivência das futuras bezerras: Inseminação artifical, FIV com sêmen convencional ou sexado e TE;
*FIV Maior peso ao nascimento (pode causar distocia) e maior mortalidade devido a dificuldade no parto; menor produção de leite durante os 305 dias de lactação, menor teor de gordura e proteína no leite (menor qualidade do leite);
*Sexagem pode causar prejuízo a integridade da célula espermática devido a intensa manipulação;
ORDEM DE PARTO
Pluríparas x Primíparas
Filhas de pluríparas nascem mais pesadas, ganham mais peso até a desmama e produzem mais leite do que as das primíparas Isso ocorre porque as primíparas são menores, direcionam nutrientes para o crescimento e possuem o sistema reprodutivo menor;
FETO
Desenvolvimento fetal prejudicado pode ocasionar alterações irreversíveis como menor crescimento muscular ou das vilosidades intestinais (menor capacidade absortiva), o que vai causar um prejuízo no desenvolvimento da fêmea;
Programação fetal: dieta materna
1. Vacas gestantes alimentadas moderadamente (GMD: 0,2kg/d) Animal magro e bom;
Dieta para mantença Menor gordura depositada e órgãos mais leves Placenta maior (devido a maior produção de receptores para IGF-1 e 2);
2. Vacas gestantes alimentadas em excesso (GMD: 1,0kg/d) Animal obeso;
Dieta em excesso Mais gordura depositada e órgãos mais pesados Placenta menor;
**Muita gordura acumulada Processos inflamatórios Placenta produz grande quantidade de citocinas Comprometem o desenvolvimento fetal;
***Desenvolvimento do sistema reprodutor feminino prejudicado nas filhas (menor número de folículos primordiais) e nos filhos (menor número de cordões seminíferos) das vacas obesas Alterações devido a diminuição do crescimento e deposição de gordura na placenta;
Vacas magras tiveram maior crescimento da placenta e maior número de placentomas no final da gestação***
Útero gravítico pesa 80kg / 284 dias de gestação = 0,28kg/d (ganho de gestação);
NRC considera que a vaca precisa de maior exigência alimentar a partir de 190 dias de gestação, quando o consumo cai devido ao aumento do útero gravítico e diminuição do rúmen;
Desenvolvimento fetal: peso do feto, tamanho do feto, desenvolvimento muscular, desenvolvimento muscular, peso dos órgãos, desenvolvimento intestinal e altura das vilosidades iguais, desenvolvimento do sistema reprodutor, desenvolvimento da glândula mamária;
Resfriamento das vacas no pré-parto (terço final)
- Bezerras filhas de vacas que passaram por resfriamento ganharam mais peso até 12 meses de idade Fêmeas inseminadas mais cedo;
- Bezerras filhasde vacas que passaram por resfriamento produziram 5kg/dia de leite a mais durante toda a lactação Aumento de 1,225L/lactação (5kg/dia a mais durante 245 dias); Isso ocorre devido ao aumento do crescimento mamário (maior desenvolvimento da glândula mamária) e do status imune e a manutenção do CMS – há exigência nutricional maior no terço final da gestação, logo, se a vaca mantém seu consumo sem sofrer estresse, consegue cumprir sua exigência de mantença e permitir o melhor desenvolvimento do feto;
Escore de vitalidade
Aparência visual
- Avaliação do mecônio;
- Cabeça e língua;
- Movimentação;
Respostas gerais
- Reflexo de sucção;
- Movimentação da cabeça;
- Reflexo de olho;
Oxigenação
- Coloração da mucosa;
- Batimento cardíado – 90 a 160bpm;
- Taxa respiratória – 40 a 70rrpm;
*Dá uma ideia geral de como o bezerro está e se pode ou não vir a ter problemas futuros devido a uma dificuldade no parto;
Auxiliar o parto
Ajudar no parto pode atrapalhar no desempenho dos bezerros? (NÃO ERAM PARTOS DISTÓCICOS)
- Bezerros tiveram a mesma absorção de IgG após 24h, o mesmo peso, etc;
- Taxa de mortalidade maior nos animais que nasceram mais leves (27%) Comprometimento no desenvolvimento durante a gestação, por exemplo, baixo desenvolvimento das vilosidades intestinais e má-absorção de IgG, em relação aos que nascem mais pesados (20%) – Taxa de mortalidade aceitável: 2,5%;
Cura de umbigo
Curar – cortar – curar Devido a sujeira presente na tesoura;
Iodo 10% é muito caro e pode causar queimaduras no animal e na pessoa Uso da Clorexidina? Em baixa concentração, não diminui o diâmetro do umbigo de forma rápida; enquando o iodo estabiliza o diâmetro do umbigo com 3 dias, clorexidina demora 10 dias Clorexidina em maior [ ] confere melhores resultados, é mais barata e não confere risco de queimadura ao animal e a pessoa;
Colostragem
- Colostro é o leite inicial secretado pelos mamíferos após o parto Colostragem é o processo de ingestão desse leite;
- Transferência da imunidade passiva: redução do risco de mortalidade, melhoras na taxa de ganho de peso, maior eficiência alimentar, redução da IPP e melhora da produção futura;
- Colostro possui mais sólidos totais: maior [ ] de proteínas, gordura (fonte de energia), imunoglobulinas, minerais e vitaminas A, B e E; lactose em menor quantidade; fatores de crescimento: IGF-1 e insulina;
- Cuidados na higienização dos equipamentos durante a ordenha: ordenhador, teteiras e baldes Diminui CBT;
- Tratamento térmico do colostro: pausterização a 60ºC por 60min Diminui CBT (CBT alta = manejo ruim) e coliformes totais;
- Qualidade: grau Brix acima de 22% ou colostrômetro na marca verde (+51mg/mL de IgG), tempo: 2-6 horas e quantidade: 15%PV;
Escore de manejo de colostragem = [(tempo após o nascimento x 0,79) + (quantidade x 0,71) + (qualidade do colostro fornecido x1)];
Qualidade do colostro
Avaliada de três maneiras:
Colostrômetro – mede densidade do colostro
> Vermelha: 20mg/mL de IgG
> Amarelo: 21 a 50mg/mL de iIgG;
> Verde: + de 51mg/mL de IgG;
- Depende da temperatura do colostro – deve estar a 25ºC (temperatura ambiente);
- Muito caro e quebra com muita facilidade por ser de vidro – ruim para pequenos produtores;
Lactodensímetro
Mais barato, mas de difícil mensuração, pois devem ser feitos cálculos – difícil manejo para o produtor;
Também depende da temperatura do colostro – deve estar a 25ºC;
Refratômetro de Brix – mais difundido e utilizado atualmente
> Acima de 22% de grau Brix Colostro bom (+50mg/mL de IgG);
***Um colostro de alta qualidade não precisa ser fornecido em alta quantidade, devido a maior concentração do mesmo Geralmente, as vacas que produzem um colostro muito bom não dão grande quantidade;
- Preço parecido com o do colostrômetro, mas não quebra com facilidade, e possui fácil manejo;
- Existe o digital, mas é muito caro;
Qualidade ideal:
[ ] de imunoglobulinas superior a 50mg/mL ou a 22% de grau Brix;
Contaminação bacteriana (CBT) inferior a 100.000 UFC/mL Cuidado com a higiene durante a ordenha da vaca no lote;
A eficiência de absorção de imunoglobulinas do colostro é a mesma, seja dando-o na mamadeira ou por sonda (nesse caso, não ocorre o reflexo da goteira esofágica, porém, não há problemas no caso do colostro, pois o rúmen ainda não está totalmente formado no recém-nascido) Importante para garantir a ingestão de quantidade e qualidade adequada do colostro no tempo ideal para maior absorção das imunoglobulinas Ideal: 15% do PV nas primeiras 6 horas(*) de vida Altas quantidades podem causar diarréia;
(*)10% do PV nas primeiras 2 horas de vida Melhor, pois o epitélio intestinal está mais permeável a passagem das imunoglobulinas;
Leite de transição
Possui + proteína, gordura e imunglobulinas;
Fornecido até o 5º dia de vida, dividido em três refeições;
Porque deve ser descartado?
- LINA: leite instável e não ácido, possui caseína instável Reativo no teste de Alizarol, pois possui grumos que determinam que o leite é instável e não pode ser usado para produção de doce de leite, etc, pois irá qualhar mais fácil;
- Utilização de antibiótico na vaca seca para prevenir mastites futuras Período de carência;
**Caso o animal (não recém-nascido) não beba leite, o ideal é sondá-lo com hidratação, pois pode haver fermentação do leite no rúmen, o que causaria problemas;
Como avaliar se a transferência de imunidade passiva foi efetiva?
Utilizar o Refratômetro de Brix;
Tirar sangue de 2-8 dias de vida Centrifugar ou deixar coagular Pingar gota de soro ou sangue no refratômetro – ideal: 8,4% de grau Brix;
**Serve para relacionar ou não o problema de diarréia com uma colostragem ruim;
Congelamento de colostro
Sobras de colostro congeladas em bandejas e sacos identificados (nº da vaca, data, grau brix, litros) – DURA 1 ANO COM A MESMA QUALIDADE Descongelar em banho-maria com temperatura de 45-50ºC, DENTRO DO SACO;
*Existem máquinas que congelam e descongelam o colostro e pastas que o mantém homogêneo Equipamentos caros;
Colostro em pó
- Alternativa na falta de colostro Caro;
- Excedente de vacas norte-americanas e canadenses, advindas de fazendas livres de doenças Passam por desafios sanitários diferentes do Brasil: TEM IgG, MAS QUAIS SÃO OS ANTICORPOS PRESENTES? Para o tipo de uso no Brasil, os outros anticorpos não tem tanta importância;
- Por ser caro, passou a ser mais usado para adensamento de colostro Aumentar o grau Brix/% de IgG de um colostro ruim A cada 15g, aumenta-se 1% do grau Brix do colostro;
O volume de colostro oferecido influencia a produção futura? Sim, devido a presença dos fatores de crescimento no colostro, que são responsáveis pela eficiência da transformação de comida em ganho pelo animal (conversão alimentar), os animais colostrados em maior quantidade ganham mais peso. Além disso, houve aumento da produção de leite na segunda lactação, também dos animais que receberam colostro em maior quantidade;
Validade do colostro fresco
CBT
Na geladeira (4ºC por 22 dias): passou a crescer a partir do 2º dia;
pH
Na geladeira (4ºC por 22 dias): pH 5,3 (baixo; azedo) Limitante para o consumo voluntário do bezerro;
IgG sérica
Geladeira (4ºC por 22 dias) Baixa;
**Pelo estudo pode-se manter o colostro na geladeira por até 3 semanas Ideal: até 2 semanas;
**Com o fornecimento de 8,5% do PV não houve diferença do GMD do nascimento a desmama e da desmama aos 6 meses;
Influência da ordem de lactação na qualidade do colostro
- Vacas de 3ª lactação produzem colostro de melhor qualidade na 1ª ordenha Vacas mais velhas, que passaram por mais desafios;
- Vacas que produzem mais colostro, possuem colostro de menor qualidade, devido a menor densidade (mais litros = diluição);
Silagem de colostro
NÃO É COLOSTRO! Alimento que pode ser fornecido a bezerros em substituição parcial ao leite – 2 litros misturados/diluídos com 2 litros de leite;
Durante os 56 dias de fermentação:
- pH abaixa muito devido a maior produção de ácido lático– bezerros não mamam;
- Proteína bruta diminui;
- Proteína verdadeira (aa’s) diminui devido ao aumento de N não proteico;
Alimentação das bezerras
Plano de aleitamento:
- Leite não-vendável – com resíduo de antibiótico Bezerros podem adquirir resistência a antibióticos? Sim, mas depende da duração de dias que o animal receberá o leite – se for fornecido durante toda a fase de aleitamento, pode ocorrer Futuras vacas podem adquirir mastite e isso atrapalharia o tratamento;
- Leite: 6-8 L/dia;
- Concentrado: pode ser dado do 1º ao 5º dia de vida; animal deve estar comendo de 1,5-2,0kg na desmama Se transforma, principalmente, em propionato (C3 – cadeia maior) no rúmen Desenvolve as papilas ruminais; 
- Volumoso (feno ou silagem de milho): a partir de 30 dias Se transforma, principalmente, em acetato (C2) no rúmen Aumenta o tamanho da musculatura do rúmen;
- Palatabilizante (leite em pó ou melaço): 6 (leite em pó)-10% (melaço) do [ ];
***Leite é 75% da renda do produtor, por isso, é preciso haver suplementação alimentar com concentrado e volumoso;
Qual é quantidade de leite correta?
- Capacidade da propriedade – quantidade de litros de leite produzidos;
- Objetivo da propriedade – diminuir o período de cria e recria?;
- Mérito dos animais – animais de grande potencial genético recebem mais comida;
Quantos litros de leite oferecer?
- O ganho de peso está relacionado a energia para mantença e proteína bruta Quanto mais litros de leite, maior o ganho de peso;
- A PB pode ser um limitante para o ganho de peso, pois possui valores menores no leite É preciso que o animal receba ração;
***Quantos quilos o produtor quer que o bezerro ganhe?
*Peso ao desmame: 100kg;
Step-down – plano de desaleitamento:
Nascimento: 8 litros/dia (momento em que ele mais precisa de leite) 25 dias: 6 litros/dia 46 dias: 4 litros/dia e descendo até parar;
**Mais recomendado, porém necessita de muito manejo;
O maior fornecimento de leite pode influenciar na futura lactação? Sim, o valor de leite produzido a mais pode ser de 416 a 1,400kg/leite;
**O maior fornecimento de leite leva ao maior desenvolvimento da glândula mamária e a maior produção de leite futura;
Fase de aleitamento
- Pode-se adensar o leite (aumentar a [ ] de sólidos totais) com sucedâneo (alimento em pó diluido em água morna que serve como substituto do leite) Aumenta o ganho de peso/desempenho animal Estratégia muito utilizada por produtores que fornecem leite de descarte, devido a ser um leite mais fraco (com menos sólidos totais), além de possuir resíduos de antibiótico (ajuda a diluir a [ ] de antibióticos do leite);
***Nem todos os antibióticos oferecem resistência futura aos animais Resistência só ocorre se o leite de descarte for dado por um longo período de tempo, como durante todo o período de aleitamento;
- Além disso, pode-se utilizar o sucedâneo para adensar o leite normal e dar menor quantidade para os bezerros Cuidado com a qualidade do sucedâneo (geralmente os mais baratos são piores);
Sucedâneo
- Produtos secos, solúveis em água, destinados a substituir o leite para bezerros (possui composição similar);
Bom: dilui na água e não precipita (não desce e fica acumulado no fundo) Fontes utilizadas são de origem animal (do leite) Mais caro;
Ruim: precipita após a diluição Fontes utilizadas não ruins, podendo ser de origem vegetal;
Utilização: padronização do ganho, pois o produto sempre terá a mesma composição e baixa CBT (mais limpo que o leite), diferente do leite, que oscilará, principalmente em relação CBT;
Fibra próximo de 0 Sem fontes/produtos de origem vegetal Importante, pois o rúmen do animal ainda não está totalmente desenvolvido;
Como deve ser o concentrado/ração?
Dieta sólida
Composição: 18% PB;
 80% NDT;
 6 a 20% FDA;
 15 a 25% FDN;
 Monensina (aditivo): Coccidiostático (antibiótico) Prevenção de diarréias nos bezerros e melhora da produção de leite em vacas 30mg/kg de ração;
*Vale a pena? Estudos mostram que sim, mas há pressão internacional para não usar Alternativa: óleos essenciais apresentam grande potencial para substituir a monensina Animais de 4 a 6 semanas tiveram consistência melhor nas fezes (efeito coccidiostático) e, além disso, tiveram efeito residual e ganharam mais peso na fase de recria;
Concentrado
Ingredientes: milho, farelo de soja e farelo de trigo (possui fibra, que é bom para o bezerro – produzido principalmente na região Sul);
Palatabilizantes: melaço (5 a 8 % da MS), leite em pó (5%), aveia (região Sul);
Processamento: ração em pó ou peletizada (melhor, pois há menor perda, mas é mais cara) Desempenho é o mesmo;
Volumoso
- Feno de boa qualidade ou silagem de milho NUNCA UM CAPIM VELHO OU CANA DE AÇÚCAR, POIS NÃO SERÃO APROVEITADOS PELOS BEZERROS;
- Deve ser limitado, para não diminuir o consumo de [ ] Importante para o desenvolvimento das papilas ruminais;
- Animal pode ganhar mais ou menos peso recebendo [ ] com volumoso Depende da qualidade do volumoso (ex: alta qualidade, como feno alfafa é mais ingerido);
*Silagem é um volumoso de média qualidade, mas também deve ter o consumo restrito;
Qual é a melhor forma de fornecer leite: natural ou artificial?
- Natural é mais trabalhosa e não há como saber a quantidade e qualidade do leite ingerido;
- Na forma artificial, o manejo é mais fácil e pode-se controlar a quantidade e qualidade do leite ingerido, mas deve-se ter cuidado em relação a formação da goteira esofágica: temperatura do leite (morno – 38 a 39ºC), posição da cabeça e altura do balde;
*Bezerro mamando com a cabeça baixa: lactose no rúmen = queda do pH = acidose diarréia;
Instalações para bezerras
a)Casinhas individuais
Mais baratas e móveis (no caso de chuvas e barro, pode-se mudá-las de lugar);
Limita movimentação, pois animais ficam presos;
b)Bezerreiro Argentino
Animal caminha mais do que no sistema de casinhas individuais, pois fica preso a cordas; bezerros não tem contato um com o outro e não há mamada cruzada (passagem de doenças);
*Melhor que a corda esteja no baixo, para facilitar o manejo;
***Chão de terra: chuva pode causar lama – não deve haver declividade acima do bezerreiro; Chão de grama: maior risco de tristeza parasitária, devido a maior [ ] de ectoparasitas;
c)Bezerreiro coletivo
Não há como controlar quantidade de leite que cada um toma;
Maior facilidade para passagem de doenças entre os animais, pois há contato entre eles;
Não há problemas para animais próximos ao desmame – período de doenças passou;
d)Bezerreiro suspenso
Mais usado para maternidade, onde os animais ficam por 10-15 dias para maiores cuidados (fase crítica);
Pisos retos melhores para limpeza;
Tamanho das casinhas é muito pequeno;
e)Bezerreiro fechado
Em locais frios, o desafio com diarréia menor, por isso, não haveriam tantos problemas;
Locais fechado sem penetração de luz solar Adicionar Vitamina D a dieta dos animais;
Alimentador automático: difícil limpeza, principalmente em locais quentes pode causar problemas com diarréias;
Qual é a melhor? Depende do tipo de raça, potencial genético, tamanho e localização da fazenda (clima);
Desempenho cognitivo (inteligência) foi maior para animais em pares Bezerros possuem efeito alelo mimédico, ou seja, imitam o que os outros fazem;
***Importante: animais em duplas ou grupos começam a comer ração e volumoso mais cedo e, com isso, têm um desenvolvimento maior. Porém, em regiões quentes e úmidas, o fato da mamada cruzada aumenta a incidência de diarréia;
Escore de diarréia: Fezes normal e mole sem diarréia;
 Fezes pastosa e líquida diarréia;
Diagnóstico de doença
Avaliação dos animais antes da doença aparecer:
- Pedômetro para medir o tanto de passos Animais andam menos um dia antes de apresentarem doença;
- Consumo de leite Animais diminuem o consumo de leite dastricamente um dia antes de apresentaremdoença;
*Usado também para vacas: pedômetro para percepção de cio e colar de ruminação;

Continue navegando