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Aula 3 - Centros de distribuição e terminais de carga

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Disciplina: Operações de terminais, armazéns e controle de estoques
Aula 3: Centros de distribuição e terminais de carga
Apresentação
Nesta aula, compreenderemos a instalação e a operação de Centros de Distribuição
(CDs), a localização de terminais de carga, bem como as operações, receitas e
avaliação de desempenho em terminais de carga. Além disso, veremos os fatores que
afetam a capacidade de armazenagem.
Bons estudos!
Objetivos
Explicar conceitos de Instalação e Operação de CDs (Centros de Distribuição) e a
natureza das cargas;
Descrever as Operações em terminais de Carga e os Fatores que afetam a
capacidade de Armazenagem.
Centros de Distribuição (CD)
Com o surgimento de novos mercados, surgem novas fronteiras geográficas.
E, com o aumento das distâncias entre os polos produtores e consumidores,
temos como consequência os riscos de ruptura no atendimento ao cliente por
falta de produtos.
Nesse contexto, os Centros de Distribuição (CDs) têm se tornado o grande
fator de diferenciação competitiva, tendo como principal finalidade agregar
valor por meio da disponibilidade imediata de produtos, com flexibilidade
suficiente para atender às demandas de forma personalizada e com a
velocidade exigida pelo consumidor.
MAS O QUE SÃO CENTROS DE
DISTRIBUIÇÃO?
São áreas de armazenagem altamente sofisticadas que
dispõem de elevado nível de tecnologia de informação,
destinadas a operações de alta rotatividade, como por
exemplo, de cross-docking, e ao recebimento de grandes
lotes homogêneos, que serão desmontados e separados
para montar pedidos de clientes e roteirizar a programação
de entregas.
 Centro de distribuição. (Fonte: NetVideo / Shutterstock)
Diferentemente de um armazém geral, o Centro de Distribuição tem por
finalidade gerenciar o fluxo de produtos e informações associadas, de modo
que possa contribuir para a redução das distâncias, diminuindo os prazos de
entrega, contribuindo para o atendimento das necessidades dos
consumidores.
A cada dia cresce o número de empresas, redes atacadistas e de varejo que
operam com Centros de Distribuição no Brasil.
Esse cenário reflete as inúmeras vantagens de centralizar os processos de
recebimento, estocagem, separação de pedidos, embalagem e expedição,
contribuindo para a redução dos custos totais em logística.
Nesse sentido, um Centro de Distribuição constitui um dos
mais importantes e dinâmicos elos da cadeia de
abastecimento, uma vez que é um armazém que tem como
missão gerenciar o fluxo de materiais e informações,
consolidando estoques e processando pedidos para a
distribuição física.
Atividades dos Centros de
Distribuição
Entre outras importantes atividades, um CD permite:
1
Manter um estoque necessário para o controle e o equilíbrio das variações
entre o planejamento de produção e a demanda.
2
Acumular e consolidar produtos de vários pontos de fabricação de uma ou de
várias empresas, combinando o carregamento para clientes ou destinos
comuns.
3
Entregar, no mesmo dia, a clientes-chave.
4
Servir de local para a customização de produtos, incluindo embalagem,
etiquetagem e precificação.
CDs são idealizados para gerenciar fluxos de itens, o que vai bem além de
uma mera estocagem. Incorpora-se tecnologia para facilitar os fluxos e
garantir eficiência na expedição para atendimento na cadeia logística.
Implementar um CD racionaliza os níveis de estoque em toda
cadeia logística, garantindo a redução dos custos totais.
Toda a distribuição física na cadeia logística se beneficia com a operação de
um CD, principalmente se a escolha da localização geográfica do CD otimizar
a distribuição junto aos principais consumidores da região, pois permite
redução de distâncias de deslocamento, reduzindo trajetos e possibilitando
maior volume de entregas com os mesmos equipamentos, facilitando o
planejamento de cargas, ou seja, de uma forma ampla, otimiza tempo e
custos.
A maior parte do volume de atividades em um CD consiste na movimentação
de produtos e no registro das informações. As operações de distribuição
usualmente abrangem as funções de:

Saiba mais
O cross-docking também é muito utilizado.
Um centro de distribuição dispõe de funções de apoio que incluem escritórios,
áreas para manutenção de empilhadeiras, (pit stop), descanso para
motoristas etc.
A principal finalidade dos CDs consiste em oferecer melhores níveis de serviço
ao cliente, através da redução do lead time pela disponibilidade dos
produtos o mais próximo do ponto de venda, na localização geográfica junto
ao principal mercado consumidor, oferecendo condições para agilizar o
atendimento dos pedidos.
Dessa maneira, aumenta-se a frequência de pedidos, reduzindo os volumes e
minimizando os custos de inventário, o que acaba contribuindo para a redução
dos custos totais de logística e proporciona melhores níveis de serviço,
colocando a empresa tomadora de serviço em um novo patamar de
competitividade.
1
2
Através desse nível de serviço, a empresa pode aumentar
sua participação no mercado (aumento de market share) e
também consolidar sua imagem no mercado.
O QUE LEVA AO USO DE UM CD?
Quais suas aplicações e finalidades?
1
Redução do lead time
2
Desempenho nas entregas
3
Localização geográfica
4
Melhoria no nível de serviço
5
Redução dos custos logísticos
6
Aumento do market share
7
Novo patamar de competitividade
O QUE SÃO CD AVANÇADOS?
São sistemas de distribuição escalonados em que o estoque
é posicionado ao longo da cadeia de suprimentos. Têm por
objetivo permitir o rápido atendimento às necessidades dos
clientes de uma determinada área geográfica distante dos
centros produtores.
Em suma, os estoques são disponibilizados em um ponto mais próximo aos
clientes e os pedidos são então atendidos por este centro avançado, a partir
do seu próprio estoque.
 Rede de logística. (Fonte: MNBB Studio / Shutterstock)
Como operam como consolidadores de carga, além de propiciar rápido
atendimento, possibilitam redução nos custos com transporte, uma vez que
este pode ser feito em cargas fracionadas, em movimentos de pequena
distância, ao contrário de um atendimento via armazéns centrais, cujas
movimentações são realizadas por grandes distâncias.
Atividade
1. Temos diversos fatores que podem levar à escolha de se ter
Centros de Distribuição em uma cadeia logística.
Nas alternativas a seguir indique aquela que contém, dois desses
fatores:
 a) Aumento do Lead Time e redução do Market Share.
 b) Melhoria no nível de serviço e redução de custos.
 c) Localização geográfica e entregas únicas em grandes volumes.
 d) Diminuição das possibilidades de roteirização e aumento da
dependência do Planejamento da Produção dos itens armazenados.
 e) Aumento em vendas e da Estocagem nos pontos finais da cadeia
logística.
Operações com CD Avançados
Os Centros de Distribuição Avançados também apresentam vantagens
adicionais, tanto para fornecedores quanto para os clientes, pois se pode
realizar a entrega final de forma consolidada, quando os pedidos dos clientes
aos diversos fornecedores são combinados e entregues em um único
carregamento.
Veja na figura a seguir:
Logística para Instalação e
Operação de CD
Para o processo de desenvolvimento e implantação de um Centro de
Distribuição, é necessário o planejamento de tarefas que devem ser
executadas de maneira sistêmica, de modo que, ao final, o CD esteja apto a
iniciar suas atividades:
Processo decisório de implantação de centros de
distribuição
É necessário:
Definir os tipos de centros de distribuição: para a indústria, varejo,
atacado ou serviços;
Estabelecer a localização dos CDs: estabelecendo os objetivos
estratégicos e identificando as restrições;
Levantar o tipo de infraestrutura necessária;
Comprar, construir, alugar ou terceirizar as operaçõesde
distribuição: armazéns gerais, operadores logísticos ou condomínios
industriais;
Verificar a quantidade de CDs e o impacto nos custos de
distribuição;
Definir a capacidade de movimentação e armazenagem.
Desenvolvimento do layout de um CD
Identificação e quantificação dos fluxos de produtos a serem
armazenados;
Definição das políticas de estoque;
Cálculo dos volumes e áreas de estocagem;
Atendimento às normas técnicas de segurança e qualidade.
Recebimento de mercadorias no CD
Planejamento do recebimento pelo agendamento das entregas dos
fornecedores;
Recebimento e expedição de mercadorias de forma rápida pela
utilização de cross-docking;
Adoção de dispositivos e equipamentos para descarga e
movimentação de materiais;
Input de dados por meio de código de barras e radiofrequência.
Armazenando as mercadorias no CD
Escolha dos dispositivos, equipamentos e estrutura de
armazenagem;
Adoção de ferramentas de TI para gestão dos estoques (WMS).
Separação e expedição de pedidos de transferência para
lojas e pedidos de clientes
Modelos de separação por agrupamentos, pedidos;
Fracionamento de embalagens e reembalagem;
Montagem de kits;
Unitização de cargas.
Transporte e entrega de mercadorias para os clientes
Utilização de transit points e redespacho;
Entregas especiais;
Logística reversa;
Roteirização e controle dos veículos de entrega;
Multimodalidade e a intermodalidade.
Segurança de pessoas, prédios e mercadorias
Ergonomia e EPIs;
Boas práticas de movimentação e armazenagem de materiais;
Sistema de combate a incêndios, falta de energia, sistema interno
de TV, entre outros.
Indicadores de desempenho na gestão dos CDs
Estabelecimento de metas;
Avaliação dos resultados;
Aplicação de penalidades ou bonificações.
Tarefas realizadas nos CDs
Segundo Rodrigues (2008), as seguintes tarefas são realizadas nos CDs:

Recebimento de Veículos - identificação do veículo, da origem das
mercadorias e do motorista;

Descarga e inspeção - manual (braçagem) e/ou mecanizada
(equipamentos);

Conferência Quantitativa, Qualitativa e Documental - verificação de
conformidades físicas, características do material/produto e fiscais;

Unitização por tipo e/ou lote - por meio de dispositivos como pallets,
berços, racks, big-bags, entre outros;

Registros de inventário - lançamento dos dados referentes às mercadorias
em local apropriado;

Endereçamento dos produtos - sistema de localização dos produtos no
estoque por meio de parâmetros de endereço (estante, rua, box, nível);

Acondicionamento no estoque - movimentação dos produtos até o local
pré-determinado;

Preservação e manutenção - controle de qualidade;

Impressão de notas fiscais - a partir dos pedidos previamente avaliados e
liberados para faturamento;

Separação - coleta dos materiais no estoque, de acordo com picking-list
(lista de separação);

Embalagem / Montagem de kits - embalagem de transporte;

Etiquetagem - identificação dos volumes/embalagens de transporte;

Conferência - quantitativa, qualitativa e documental;

Roteirização - com base na distribuição em determinada área geográfica;

Carregamento / embarque - manual e/ou mecanizada;

Expedição - liberação do veículo;

Medidas de desempenho - nível de serviço.
Custos Envolvidos nos CDs
De forma sistêmica, para uma avaliação do impacto do custo logístico global,
deve ser realizada uma análise detalhada de todos os custos envolvidos.
Os principais custos são:
✔ Custo do Frete de Transferência;
✔ Custo Fixo de Armazenagem;
✔ Custo Variável de Armazenagem;
✔ Custo de Estoque;
✔ Custo do Frete de Distribuição;
✔ Custos Fiscais;
✔ Custos de Produção.

Leitura
Leia o texto “Custos envolvidos nos CDs”
<galeria/aula3/anexo/a03_13_01.pdf> para saber mais sobre os
principais custos envolvidos nos CDs.
Vantagens e Desvantagens dos
CDs
O uso de Centros de Distribuição permite:
Conforme afirma Peter Drucker:

A logística é a última fronteira na busca de vantagem
competitiva real.
Vejamos agora quais as vantagens e desvantagens dos CDs:
Vantagens
Melhoria nos níveis de serviço em função de reduções no tempo e no
desempenho das entregas ao cliente/usuário;
Redução nos gastos com transporte de distribuição;
Facilidade na gestão de materiais;
Tendência a melhorar o nível de serviço e o atendimento de pedidos
completos isentos de danos, avarias e não conformidades;
Redução de burocracia;
Redução de custos de armazenagem;
Redução de custos de inventários;
Redução de custos de controle;
Redução de custos de comunicação;
Aumento da produtividade.
Desvantagens
Aumento nos custos de manutenção de estoques em função de aumentos
nos níveis de estoque de segurança necessários para proteger cada
armazém contra incertezas da demanda;
Aumento nos gastos com transporte de suprimento;
Menor segurança física dos materiais;
Menor flexibilidade de rotas;
Diminuição da proximidade com o cliente;
Aumento dos custos de inventário.
Atividade
2. Verificamos Vantagens e Desvantagens na utilização de Centros de
Distribuição (CD). Nas alternativas abaixo, marque a ÚNICA que NÃO
indica uma VANTAGEM:
 a) A eliminação da duplicação de pessoal em vários armazéns através da
centralização de comando.
 b) A redução do preço do transporte.
 c) O aumento dos espaços de armazenagem nos pontos finais de venda.
 d) O controle centralizado elimina atrasos, pela imediata identificação do nível
de estoque em qualquer CD.
 e) A redução do tempo de entrega ao cliente.
Terminais de Carga
Historicamente, os terminais de carga são percebidos como pontos iniciais ou finais
de percursos modais, com equipamentos e instalações para partidas e chegadas,
cargas e descargas e ênfase na operação de movimentação e transporte.
Atualmente, o conceito evoluiu na medida em que os
modais se integram. Contemporaneamente,
consideramos os terminais como pontos com fluxos
significativos de transporte para origem, destino ou
integração entre modais.
Economicamente representam a interface entre setores produtores ou consumidores
e o transporte de seus produtos ou insumos, em que os produtores geram a oferta e
os consumidores geram a demanda, contribuindo para o atendimento satisfatório do
mercado.
 Terminal de carga. (Fonte: Travel mania / Shutterstock)
Vejamos a classificação dos terminais de carga e suas definições:
Terminais de Ponta
São aqueles situados na extremidade de um trecho de via ou rota.
Terminais Intermediários
Situados em pontos entre os extremos de um trecho de via ou rota.
Terminais Unimodais
São os que atendem a fluxos transportados por uma única modalidade, com ou sem
transferência de veículos deste modal.
Terminais Multimodais
São os que operam com mais de um modal de transporte, sejam os fluxos
intercambiáveis ou não, mas no caso de emprego de mais de um modal, com
conhecimentos de carga (bill of lading) separados para cada modalidade.
Terminais Intermodais
São os que acessam diferentes modais em que os fluxos intercambiáveis são regidos
por um único conhecimento de carga, evitando o redespacho.
 (Fonte: Serz_72 / Shutterstock)
Como determinar a localização dos
Terminais (Macrolocalização)?
É a seleção de uma microrregião para os terminais uni ou multimodais em função da
demanda e da operação de transporte.
Caso sejam concentradores ou distribuidores, por exemplo, deve-se buscar que se
situem no entorno imediato do centro de gravidade dos fluxos da área de influência,
de forma a minimizar os transportes complementares de coleta ou de distribuição.
Mais sofisticadamente, a localização de terminais em redes viárias pode ser
determinada por algoritmos de Pesquisa Operacional, como "Branch and Bound" e o
de "p-medianas".
 (Fonte: Route55 / Shutterstock e mghstars /
Shutterstock)Operações Usuais de um Terminal de
Carga
Um terminal efetua uma ou mais das operações a seguir definidas, conforme os
produtos que manipule.
Na ordem de execução a partir da chegada da carga ao terminal seriam:

Recepção da carga, verificação de sua documentação e integridade;

Autorização de ingresso ao terminal, conforme a modalidade;

Pesagem de controle, podendo ser automática, manual ou por estimativa;

Verificação de merma;

Classificação do produto, podendo ser documental ou experimental;

Pré-tratamento físico, químico ou biológico, com certificação, se for o caso, podendo
ser total, parcial por amostragem, ou nulo;

Armazenagem, operada automática, mecânica ou manualmente;

Conservação para evitar a deterioração e perdas, naturais, por negligência, ou
criminosas, podendo ser automática ou por verificação;

Retirada para embarque, automatizada, mecânica ou manual;

Contrapesagem e controle, por estimativa, amostragem ou automática;

Manejo e carregamento, manual, mecânico ou automatizado;

Emissão de conhecimento de embarque e anexos;

Despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte.
Principais Receitas de um Terminal
São resultantes da cobrança de um ou mais dos seguintes eventos:
1
Taxas de movimentação do produto entre veículos ou entre estes
e a armazenagem
Envolvendo carga e/ou descarga, e variando, segundo o caso, com peso, volume,
valor, periculosidade, utilização de equipamento especial e necessidade de
acomodação.
2
Taxas de armazenagem, função de peso e/ou área ocupada
Valor, periculosidade, tipo de instalação (armazém ou pátio) e período de uso.
3
Taxas por serviços conexos
Como pesagem, desinfecção, secagem, reparação de avarias, reembalagem etc.
4
Taxas por serviços administrativos
Como documentação de transporte, certificações, emissão de “warrants” negociáveis
etc.
5
Comissão
No caso de agenciar a colocação de produtos no mercado.
Desempenho Operacional de
Terminais de Cargas
Em virtude da intensa competição oriunda da globalização da economia, uma
operação ineficiente e ineficaz de sistemas logísticos, tais como os terminais de
cargas, não pode mais ser aceitável.
Portanto, é necessário que existam informações disponíveis acerca da operação do
sistema, permitindo a avaliação do seu desempenho e, consequentemente, o subsídio
da tomada de decisão na gestão do terminal.
As informações que permitem a avaliação operacional
de sistemas logísticos são denominadas indicadores
de desempenho ou indicadores operacionais,
imprescindíveis para a avaliação do nível de serviço
prestado.
Estes indicadores são gerados a partir de parâmetros de natureza:
Quantitativa
Através do estabelecimento da produção a ser alcançada em determinado período de
tempo.
Qualitativa
Através de acompanhamento e observação sistemática da eficiência operacional em
face dos recursos utilizados.
Econômica
Através da determinação dos custos totais de transporte para cada conjunto de
alternativas operacionais.
Avaliação de Desempenho
Operacional de Terminais de Carga
A armazenagem é um processo dinâmico pela sua própria natureza. Portanto, o seu
planejamento exige a obtenção permanente de informações sobre a demanda a ser
atendida, a fim de que possamos atender eficientemente os clientes, oferecendo
vantagens competitivas quanto a:
Qualidade
Garantir a satisfação do cliente em qualquer situação, sobretudo quando a
armazenagem estiver envolvida em procedimentos just-in-time, no qual os ciclos de
pedidos são bem mais rápidos.
Pontualidade
Como parte integrante da cadeia logística, a armazenagem deve atender com
presteza às exigências de prazo decorrentes do processo. Para isso, é fundamental a
acuracidade dos inventários e a rastreabilidade dos lotes.
Produtividade
Maximização do conjunto de recursos disponíveis na área de armazenagem para
obter um rendimento operacional mínimo compatível com o mercado em termos de
custos.
Os métodos consagrados para definir a eficiência baseiam-se no estabelecimento de
indicadores de tempos-padrão e, consequentemente, dos custos-padrão,
mantendo-se uma monitoração permanente sobre:
✔ Taxa de ocupação e giro das áreas de armazenagem;
✔ Tempo de execução de tarefas repetitivas como carga e/ou descarga de caminhões
ou ova/desova de contêineres, por tipo de mercadoria;
✔ Produtividade homem-máquina por classes de equipamentos em tarefas
semelhantes, com base nos tempos-padrão pré-estabelecidos;
✔ Índice de erros ou avariais por homem ou por equipe;
✔ Tempo de operacionalidade ou de imobilização de equipamentos pela manutenção.

Atenção
Esses índices não têm caráter universal, tratando-se apenas de exemplos. Na
prática, cada organização deverá implantar índices que realmente reflitam as
suas necessidades.
Se utilizarmos sistemas de gerenciamento eletrônico da armazenagem (WMS), todos
os índices podem ser calculados por computador e disponibilizados através de
relatórios.
No entanto, se este estágio da gestão ainda não foi atingido, podemos facilmente
calcular estes ou quaisquer outros índices que nos interessem, por meio de algumas
fórmulas bem simples, exemplificadas a seguir:
Carga Média Movimentada por Tarefa/Hora
Tons por tarefa por turno
Total de horas do turno
Carga Média Movimentada no Período
Tons movimentada no período
Quantidade de equipes
Índice de Operacionalidade de Equipamentos (%)
Horas trabalhadas pelo equipamento
Horas trabalhadas no período
Índice de Produtividade na Movimentação (%)
Horas/homem na movimentação
Peso total movimentado
Índice do Uso da Mão de Obra (%)
N° de pessoas empregadas na movimentação
Total de equipe
Fatores que afetam a Capacidade de
Armazenagem

A Situação ideal em termos de otimização de áreas de
armazenagem seria as mercadorias lá recebidas lotarem sua
capacidade volumétrica e ao mesmo tempo chegarem
próximo ao limite da resistência estrutural do piso. No
entanto, pela combinação de inúmeras variáveis, isto
raramente ocorre, por diferentes razões.
(RODRIGUES, 2008)
Além da limitação da altura e do fator de estiva, alguns outros fatores afetam a
capacidade de armazenagem, tais como:
1
Quebra de Espaço
2
Tempo Médio de Permanência
3
Fatores de Segurança

Leitura
Leia o texto “Fatores que afetam a capacidade de armazenagem”
<galeria/aula3/anexo/a03_27_01.pdf> para entender as características
desses fatores.
Atividade
3. Em termos de armazenagem, o ideal seria sempre aproveitarmos toda
a capacidade volumétrica de um local de armazenagem. Entretanto, isso
acaba não sendo viável, pois devemos reservar, por exemplo, espaços
destinados à separação e acesso entre os lotes. Dessa forma, os espaços
perdidos para a armazenagem, deixados entre e ao redor dos lotes de
carga armazenados, são denominados:
 a) Quebra de Espaço
 b) Ruptura de Estoque
 c) Incapacidade Estática
 d) Incapacidade Dinâmica
 e) Fator de Estiva
Notas
Cross-docking 
Transbordo de produtos diretamente da doca de recebimento para a doca de
expedição sem estocar.
Lead time 
Tempo de ressuprimento.
1
2
Mercado 
Esse mercado é exigente e atualizado com as necessidades de seus clientes.
Referências
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística
Empresarial. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
PEREIRA, Newton Narciso. Operação de Terminais e Armazéns. Rio de Janeiro:
SESES, 2016.
RODRIGUES, Paulo. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo:
Aduaneira, 2008.
RUSSO, Clovis Pires. Armazenagem, Controle e Distribuição. Curitiba: IBPEX,
2009.
Próximos Passos
Layout e fluxos nos espaços utilizados para movimentação e armazenagem de
carga;
Restrições relacionadas às Cargas Perigosas.
Explore mais
Leiaos textos:
Estratégia de gestão de múltiplos canais de distribuição: um estudo na
indústria brasileira de alimentos;
<http://www.scielo.br/pdf/prod/2015nahead/0103-6513-prod-0103-
6513039112.pdf>
Dimensionamento e alocação dinâmica de veículos no transporte
rodoviário de cargas completas entre terminais.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
65132016000200430&script=sci_abstract&tlng=pt>
3