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Semiologia do Sistema Cardiocirculatório Unidades Estruturais - Coração: órgão muscular oco com função de bomba - Vasos sanguíneos ATENÇÃO PARA TODAS AS ETAPAS DO EXAME CLÍNICO PRINCIPALMENTE PARA O EXAME FÍSICO, QUE PODE CARACTERIZAR O PACIENTE COMO CARDIOPATA OU NÃO!! Resenha – Fornece dados para possíveis diferenciais - Espécie: canina (cardiomiopatia dilatada – CMD) X felina – principalmente Persas ou gatos idosos independente da raça (cardiomiopatia hipertrófica - CMH) * É muito mais comum cães apresentarem do que gatos - Idade: sopro animal jovem (cardiomiopatia congênita) X sopro animal idoso (adquirida) - Raça: Boxer, Doberman e Cocker Spenior (CMD) X Poodle, Pinscher Teckel (insuficiência valvar crônica mitral – IVCM ou endocardiose valvar mitral) * A IVCM é a cardiopatia mais comum que acomete cães idosos - Taqui/Bradicardia: aumento/diminuição da FC - Cianose: indício de hipóxia (exceção para Chow-chow, que posssui mucosas e gengivas naturalmente azuladas) - Distrição respiratória (antiga dispneia): dificuldade respiratória - Fadiga: cansaço - Edema: inchaço - ICC (D/E): insuficiência cardíaca congestiva (direita ou esquerda). Este não é um diagnóstico conclusivo, normalmente é proveniente de outra cardiopatia já existente, como por exemplo IVCM. A ICC DIREITA tem como achados comuns EFUSÃO PLEURAL (ASCITE) e HEPATOESPLENOMEGALIA - Síncope: perda transitória da consciência (desmaio) Sintomas de Afecções Cardiovasculares - Distrição respiratória: FR > 40 mov/min * Posição ortopneica: posição em que o animal já não respira; RISCO DE ÓBITO! - Tosse: cardíaca X respiratória * CARDIOMEGALIA: aumento do coração. Isto causa compressão na região da carina, que é o centro da tosse, por isso animais com cardiopatias costumam apresentar tosse. - Ascite: cardíaca X extra cardíaca (nunca é diagnóstico, deve-se buscar a causa) - Síncope: cardíaca X extra cardíaca - Emaciação (perda de peso): cardiopatias são doenças crônicas que causam perda de peso e caquexia Exame Físico - Geral - Cardiológico Exame Físico Geral - Estado geral: estado nutricional e nível de consciência - Temperatura: pesquisar pirexia (febre) - Mucosas: pálidas ou cianóticas; salubridade bucal; ulceras gengivais e linguais - TPC: normal < 2 segundos (hidratação) - Elasticidade cutânea: hidratação Exame Físico Cardiológico - Revisão anatomofisiológica - Exame físico do coração Revisão Anatomofisiológica - Base (cranial), ápice (caudal, próximo ao diafragma), câmaras cardíacas (quatro) - Valvas cardíacas: PAMT *P (3° EICE) – pulmonar (semilunar) * A (4° EICE) – atrial (semilunar) * M (5° EICE) – mitral (atrioventricular esquerda), relacionada, muitas vezes, com a IVCM *T (4° a 5° EICD) – tricúspide (atrioventricular direita) - Função de bomba: realizada por força mecânica (preenchimento das câmaras com sangue na diástole e expulsão na sístole) Exame Físico Cardíaco - Palpação: localização do choque precordial (vibração produzida na sístole, detectado no 4° ou 5° EICE) - Auscultação: etapa fundamental do exame físico cardiovascular!! Ausculta Cardíaca - Funções: mensurar FC e detecção de sopros (intensidade e foco de origem) - Aparelhagem: estetoscópio – BOA QUALIDADE! Ausculta – Pré-requisitos - Ambiente tranquilo e silencioso - Não auscultar animal ofegante - Posicionamento do paciente em ESTAÇÃO!! Objetivos da Ausculta - Determinação dos focos valvares: hemitórax esquerdo (PAM 345) e hemitórax direito (T entre 4 e 5) - Determinação das bulhas: * 1° - fechamento de M e T * 2° - fechamento de A e P * 3° e 4° - patológicas (“ritmo de galope”), principalmente CMD - Determinação de FC: em n° de batimentos por minutos (BPM) A DETERMINAÇÃO DOS FOCOS PERMITE A LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DO SOPRO E SUA POSSÍVEL RELAÇÃO COM A ENFERMIDADE CARDÍACA DE BASE! Sopro Cardíaco - Definição: som anormal ocasionado por turbulência do sangue durante o ciclo cardíaco - Escala de intensidade: I VI - Foco de origem: P, A, M ou T - Sopro fisiológico: anemia severa que causa alteração na viscosidade do sangue, deixando-o muito fluido, podendo gerar o mesmo som que o sopro patológico (paciente não é cardiopata verdadeiro!!) - Ausência não descarta doença cardíaca: lembrar das cardiopatias arritmogênicas (CMD e CMH)!! Ausculta Cardíaca – Pulso Arterial - Relação 1:1 - Déficit ou irregularidade de pulso pode indicar disritmia cardíaca Disritmias - Fisiológica: * Arritmia sinusal: elevação da FC na inspiração e declínio na expiração; comum em cães braquicefálicos - Patológicas: CLÍNICA MÉDICA! * BAV – bloqueio atrioventricular * VPC – complexo ventricular prematuro Palpação Abdominal - Detecção de efusão peritoneal (ascite), também indentificada pela percussão abdominal (piparote – sente-se ondulações na cavidade abdominal) - Avaliação de organomegalia intracavitária – hepatoesplenomegalia (ICCD) Exame Subsidiários - Detecção da Pressão Arterial (PA) - Eletrocardiograma (ECG) - Radiografia torácica - Ecodopplercardiograma (ECO) ANTES DE SOLICITÁ-LOLS, EXTREMA ATENÇÃO PARA COM OS DADOS OBTIDOS NA ANAMNESE E NO EXAME FÍSICO – IMPRESCINDÍVEL! Determinação da Pressão Arterial (PA) - Definição: pressão exercida pelo sangue sobre a superfície de uma artéria - Função da PA: Manter o fluxo sanguíneo em funcionamento adequado de forma a atender as necessidades do organismo - Objetivos da aferição: identificar, monitorar pacientes cardiopatas e hipertensos e identificar o funcionamento de fármacos *DIFICILMENTE UM CÃO CARDIOPATA NÃO POSSUI HIPERTENSÃO PA – Métodos de Aferição - Invasivo: cateterização de artéria periférica (valores mais fidedignos) - Não invasivo: oscilométrico (confiável, porém de difícil realização em cães e gatos irascíveis) Valores de PA - Variam segundo o porte do paciente - Valores médios: *Cães: PAS (pressão arterial sistólica) = 133; PAD (pressão arterial diastólica) = 75,5; PAM (pressão arterial média) = 96,6 *Felinos: PAS = 123; PAD = 81,2; PAM = 96,8 Eletrocardiograma (ECG) - Definição: registro gráfico da atividade elétrica do coração; detecção de arritmias (cardiopatias arritmogênicas), como BAV e VPC - Indicações: terapias antiarrítmicas e monitoração anestésica EGC – anatomofisiologia - Onda P: despolarização (contração) atrial - Complexo QRS: despolarização (contração) ventricular - Onda T: repolarização ventricular - Comparar os valores de tempo e amplitude de ondas obtidas no paciente, com os valores de referência para a espécie EGC – Técnica - Posicionamento do paciente: decúbito lateral direito (SEMPRE!) - Eletrodos com cores distintas: identificam em qual membro serão acoplados - Umedecer a pele com álcool ou gel para ultrassom *É necessário um isolante de carga elétrica para ser feito o ECG, para que não atrapalhe a condição do impulso, no caso de uma mesa de metal EGC – Derivações - Bipolares: DI, DII e DIII * DII: principal derivação utilizada na pesquisa e caracterização de disritmias em cães e gatos - Unipolares: aVR (direita), aVL (esquerda) e aVF (frontal) – 1 membro com eletrodo positivo e dois outros eletrodos negativos Radiografia Torácica - Indicações: presença de cardiomegalia - Incidência: L-L (látero-lateral) – priorizar! V-D (ventro-dorsal) - “Pormenores”: RADIOLOGIA!!! ECODOPPLERCARDIOGRAMA (ECO) - Definição: método diagnóstico por imagem não invasivo que permite avaliar a anatoma e a funcionalidade do coração (“ultrassom cardíaco”) - Indicações: detecção de distintas cardiopatias, principalmente as estruturais (IVCM) Resumo - Cardiopatias Arritmogênicas (Diagnóstico Conclusivo): ECG ECO Raio – X Hemograma Função renal Função hepática - Cardiopatias valvares (Diagnóstico – IVCM principalmente): ECO ECG Raio – X Hemograma Função renal Função hepática
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