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Propriedades Mecânicas dos Materiais Parte I Universidade Newton Paiva Resistência dos Materiais I Engenharias Mecânica e Civil Prof.: Eduardo de Castro Barbalho eduardo.barbalho@newtonpaiva.br Objetivos da aula ➢ Entender como a tensão se relaciona com a deformação através do diagrama Tensão x Deformação; ➢ Compreender o conceito de Resistência à Tração; ➢ Compreender o conceito de Limite de Escoamento; ➢ Compreender o conceito de Limite de Resistência; ➢ Compreender o conceito de Limite de ruptura; ➢ Compreender o fenômeno da Estricção; ➢ Entender como o Módulo de Elasticidade (E) se relaciona com a Tensão Normal (σ) e com a Deformação Unitária (ℰ); ➢ Entender a diferença entre os gráficos Tensão x Deformação Convencional e Tensão x Deformação Real; Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Porque estudar as propriedades mecânicas? ❖ A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante para a escolha do material para uma determinada aplicação, bem como para o projeto e fabricação do componente. ❖ As propriedades mecânicas definem o comportamento do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois estas estão relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma incontrolável. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las. Principais propriedades mecânicas ➢ Elasticidade e Plasticidade; ➢ Resiliência e Tenacidade; ➢ Resistência à Fluência; ➢ Resistência à Fadiga; ➢ Resistência à Penetração; ➢ Resistência ao Desgaste; ➢ Resistência à tração; ➢ Ductilidade; ➢ Maleabilidade; ➢ Resistência à flexão; transversal; ➢ Resistência ao impacto; Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I TIPOS DE SOLICITAÇÕES QUE UMA ESTRUTURA ESTA SUJEITA Tração Compressão Cisalhamento Torção Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I ✓ Para permitir obtenção de informações rotineiras do produto com Ensaios de controle nas condições de recebimento e do produto acabado. ✓ Para desenvolver novas informações sobre os materiais – no desenvolvimento de novas ligas e novos processos de fabricação e novos tratamentos. ✓ Para determinar as propriedades mecânicas dos materiais com ensaios específicos. Porque ensaiar os materiais? Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Como fazer ensaios em materiais? Com o procedimento de cada ensaio que é descrito em normas técnicas nacionais e internacionais específicas. Com a utilização de normas técnicas para determinar as medidas de confecção dos corpos de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. Com Modelos Reduzidos que são amostras representativas do material utilizados nos ensaios mecânicos, já que por razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria o ideal. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I NORMAS TÉCNICAS As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas: ➢ ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ➢ ASTM - American Society for Testing and Materials ➢ DIN - Deutsches Institut für Normung ➢ AFNOR - Association Française de Normalisation ➢ BSI - British Standards Institution ➢ ASME - American Society of Mechanical Engineer ➢ ISO - International Organization for Standardization ➢ JIS - Japanese Industrial Standards ➢ SAE - Society of Automotive Engineers ➢ COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Classificação dos Ensaios mecânicos Fonte: Carlos Alexandre dos Santos-Pucrs Quanto à Integridade ➢ Destrutivos: Provocam inutilização parcial ou total da peça. Ex.: Tração, Dureza, Fadiga, Fluência, Torção, Flexão, Cisalhamento, Impacto, Tenacidade à Fratura. ➢ Não Destrutivos: Não comprometem a integridade da peça. Ex.: Raios-X, raios-Ɣ, Ultra-Som, Partículas Magnéticas, Líquidos Penetrantes, Microdureza, Tomografia, etc. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Classificação dos Ensaios mecânicos Fonte: Carlos Alexandre dos Santos-Pucrs Quanto à Velocidade ➢ Estáticos: Carga aplicada lentamente. (estados de equilíbrio). Ex.: Tração, Compressão, Torção, Flexão, Cisalhamento, e Dureza. ➢ Dinâmicos: Carga aplicada de forma rápida ou ciclicamente. Ex.: Fadiga e Impacto. ➢ Cargas Constantes: Carga aplicada durante um longo período. Ex.: Fluência. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I ENSAIOS MAIS COMUNS PARA SE DETERMINAR AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS o Ensaio de Tração (+ comum, determina a elongação) o Ensaio de Compressão; o Ensaio de Torção; o Ensaio de Choque; o Ensaio de Impacto; o Ensaio de Resistência ao desgaste; o Ensaio de Fadiga; o Ensaio de Dureza; o Ensaio de Fluência; Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Consiste na separação do material em 2 ou mais partes devido à aplicação de uma carga estática à temperaturas relativamente baixas em relação ao ponto de fusão do material. Ensaio de Tração ✓ NBR-6152 para metais Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I PARTES BÁSICAS ➢ Sistema de aplicação de carga; ➢ Dispositivo para prender o corpo de prova; ➢ Sensores que permitam medir a tensão aplicada e a deformação promovida (extensômetro). ENSAIO DE TRAÇÃO => ESQUEMA DE MÁQUINA NOTA: Projetada para ler a carga exigida para manter o alongamento uniforme. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Ensaio de Tração Corpo de prova é uma amostra do material que se deseja testar, com dimensões e forma especificadas em normas técnicas. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I ENSAIO DE TRAÇÃO => Corpos de Prova Portanto, a geometria das amostras a serem ensaiadas e as condições técnicas de condução de cada ensaio são descritas nas referidas normas técnicas. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Ensaio de Compressão => Corpos de Prova Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Ensaio de Compressão => Corpos de Prova Testemunho Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I 18 Corpos de Prova tirados de juntas de chapas soldadas Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I O diagrama Tensão x Deformação Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I ✓ A Resistência à Tração de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. ✓ Essa propriedade é inerente ao próprio material e é determinada por métodos experimentais pelo ensaio de tração ou compressão. ✓ É medida quando o material é submetido à uma carga ou força de tração, paulatinamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I ✓É calculada dividindo-se a carga máxima suportada pelo material pela área de seção reta inicial;Resistência à Tração (N/mm2 = MPa) Limite de Resistência ✓ Quando o escoamento tiver terminado, pode-se aplicar uma carga adicional ao corpo de prova, o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada até atingir uma tensão máxima denominada limite de resistência. ✓ Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura; Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Tensão de Ruptura (N/mm2 = MPa) No diagrama Tensão x Deformação Convencional o limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I O diagrama tensão–deformação Diagrama tensão x deformação convencional ii A F A P ii if i L L L LL L •A tensão nominal, ou tensão de engenharia, é determinada pela divisão da carga aplicada P pela área original da seção transversal do corpo de prova, Ai. •A deformação nominal, ou deformação de engenharia, é determinada pela divisão da variação, δ, no comprimento de referência do corpo de prova, pelo comprimento de referência original do corpo de prova, Li. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Lei de Hooke • A lei de Hooke define a relação linear entre tensão e deformação dentro da região elástica. • O Módulo de Elasticidade E pode ser usado somente se o material tiver relação linear–elástica. E Onde: σ = tensão E = módulo de elasticidade ou módulo de Young ou Módulo de Rigidez ε = deformação Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Endurecimento por deformação •Se um corpo de prova de material dúctil for carregado na região plástica e, então, descarregado, a deformação elástica é recuperada. •Entretanto, a deformação plástica permanece, e o resultado é que o material fica submetido a uma deformação permanente. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Deformação Elástica e Plástica DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Precede à deformação plástica É reversível Desaparece quando a tensão é removida É proporcional à tensão aplicada (obedece a lei de Hooke) • No Comportamento elástico a tensão é proporcional à deformação e o material é linearmente elástico. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Inicia-se no Escoamento É irreversível Não apresenta mais o comportamento Linear Elástico Portanto, não há mais proporcionalidade entre a deformação e a Tensão Normal. Elástica Plástica Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Escoamento Um pequeno aumento na tensão acima do limite de elasticidade resultará na deformação permanentemente do material. Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços de baixo teor de carbono. Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I *Não ocorre escoamento propriamente dito. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I •Estricção ➢No limite de resistência, a área da seção transversal começa a diminuir em uma região localizada do corpo de prova. ➢O corpo de prova quebra quando atinge a tensão de ruptura. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Diagrama tensão–deformação real • Os valores da tensão e da deformação calculados por essas medições são denominados tensão real e deformação real. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I •Use deste tipo de diagrama (Convencional) já que a maioria dos projetos de engenharia é feita dentro da faixa elástica. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Módulo de resiliência • Quando a tensão atinge o limite de proporcionalidade, a densidade da energia de deformação é denominada módulo de resiliência, ur. • Corresponde à capacidade do material de absorver energia quando este é deformado elasticamente. E u pl plplr 2 2 1 2 1 Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Módulo de tenacidade •Módulo de tenacidade, ut, representa a área inteira sob o diagrama tensão- deformação. •Indica a densidade de energia de deformação do material um pouco antes da ruptura ou corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura. Capítulo 3: PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Resistência dos Materiais I Mensagem "O trabalhador tem mais necessidade de respeito que de pão." Karl Marx Resistência dos Materiais I Obrigado!
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