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Universidade Federal de Goiás Escola de Veterinária e Zootecnia Setor de Medicina Veterinária Preventiva PARVOVIROSE CANINA M. V. Luma Castro Mestra em Ciência Animal - UFG Doutoranda em Ciência Animal - UFG Goiânia - 2016 HISTÓRIA 1978 Diarreia Desidratação fatal 48h - morte PARVOVIRUS CANINO ( FPV) = PANLEUCOPENIA FELINA (FPV) Semelhança entre os vírus PODEM ter sido a causa do BOOM da doença nos anos 80. Hipótese de como a PARVOVIROSE ESPALHOU-SE Administração de uma vacina = PREVENÇÃO DE DOENÇA CAUSOU A DOENÇA PRIMEIRO RELATO CIENTÍFICO DE VACINA CAUSAR DOENÇA MAS VACINA NÃO É PARA PREVENIR? QUE VACINA É ESSA?? SEMELHANÇA ENTRE O VÍRUS DA PANLEUCOPENIA FELINA E DO PARVOVIRUS ADMINISTRAÇÃO DE NOVA VACINA CONTRA FeLV Hipótese de como a PARVOVIROSE ESPALHOU-SE Hipótese de como a PARVOVIROSE ESPALHOU-SE Hipótese de como a PARVOVIROSE ESPALHOU-SE VACINA FELINA CONTRA LEUCEMIA CAUSOU/PERMITIU PARVO Hipótese de como a PARVOVIROSE ESPALHOU-SE FALHA NA PRODUÇÃO DA VACINA OU ALTA CONCENTRAÇÃO DE ADJUVANTES HISTÓRIA HISTÓRIA meses HISTÓRIA Morte de milhões de cães Europa e EUA Morte rápida SEM VACINA… O QUE FAZER??? PESQUISAR!!! ETIOLOGIA ETIOLOGIA Família: Parvoviridae Subfamília: Parvovirinae Gênero: Parvovírus Vírus da parvovirose canina (CPV) Canine parvovirus (CPV) Menor e mais simples vírus eucarióticos – 20 -25nm DNA não envelopado Capsídeo – icosaédrico 60 capsômetros PARTÍCULA INFECCIOSA - resistente Capsídeo – icosaédrico 60 capsômetros PARTÍCULA INFECCIOSA - resistente SUBTIPOS: CPV-1 CPV-2a CPV-2b CPV-2c SUBTIPOS: CPV-1 Menos patogênico Transmissão mãe - filhote SUBTIPOS: CPV-2 Altamente contagioso Espalha-se por contato direto ou indireto Sem tratamento – 91% mortalidade SUBTIPOS: CPV-2 Tratamento – 80% sobrevivência FILHOTES E “ADOLESCENTES”- falta de imunidade ADULTOS não vacinados podem desenvolver SUBTIPOS: CPV-2 – porte SUBTIPOS: CPV-2 – porte 6 semanas a 6 meses ETIOLOGIA: Resistente: ambiente – anos de contaminação detergentes ETIOLOGIA: Inativação 56o graus – 60 minutos EPIDEMIOLOGIA MUNDIAL Epidemiologia mundial CPV 2 CPV 2 CPV2b CPV2c CPV2a BRASIL CPV2b – 1995 a 2001 CPV2c – identificado 2009 e mais prevalente atualmente CPV2b CPV2a Fonte de Infecção Cães subclíicos Animais com sintomatologia Convalescentes Carreadores: pelos e patas por longos períodos Vias de eliminação [máx] – 5 a 10 dias [máx] – 3 a 4 dia 3 6 10 Vias de transmissão Direta Oronasal, transplacentária Indireta: Ingestão de água e alimentos contaminados, fômites e homem PORTA DE ENTRADA: Oronasal e umbilical Patogenia Exposição ao vírus Viremia MEDULA ÓSSEA TECIDO LINFOIDE CRIPTAS INTESTINAIS MIOCÁRDIO ESÔFAGO FÍGADO PULMÕES MEDULA ÓSSEA E TECIDO LINFOIDE imunossupressão CRIPTAS INTESTINAIS E OUTROS TECIDOS Necrose intestinal Quebra da barreira intestinal Diarreia hemorrágica Bacteremia, endotoxemia, septicemia, SIRS, CID, FMO RECUPERAÇÃO ÓBITO PATOGENIA - INTESTINO PATOGENIA - INTESTINO SINAIS CLÍNICOS duas formas Cornell University SINAIS CLÍNICOS duas formas Cornell University MIOCARDITE GASTROENTERITE HEMORRÁGICA SINAIS CLÍNICOS GASTROENTERITE HEMORRÁGICA PROSTRAÇÃO ANOREXIA VÔMITO FEBRE DOR ABDOMINAL DIARREIA HEMORRÁGICA sangue, muco, fétido e profuso SINAIS CLÍNICOS GASTROENTERITE HEMORRÁGICA Mucosa intestinal Congesta Hemorrágica Recoberta pseudomembrana Placas de Peyer atrofiadas SINAIS CLÍNICOS GASTROENTERITE HEMORRÁGICA Medula óssea liquefeita e hiperêmica Histopatologia: Necrose epitelial do intestino Colapso das vilosidades Aumento do infiltrado inflamatório na lâmina própria SINAIS CLÍNICOS GASTROENTERITE HEMORRÁGICA LEUCOPENIA NEUTROPENIA LINFOPENIA ANEMIA HIPOPROTEINEMIA PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS MIOCARDITE VASCULITE ARTRITE SEPTICEIA MAIS COMUM EM RECÉM-NASCIDOS POR INFECÇÃO TRANSPLACENTÁRIA RARO MÃES NÃO IMUNIZADAS NECROSE DO MIOCARDIO DIAGNÓSTICO DETECÇÃO DE ANTÍGENOS VIRAIS SNAP – AMOSTRA FEZES KIT IMUNOCROMATOGRAFICO RÁPIDO DIAGNÓSTICO DETECÇÃO DE ANTÍGENOS VIRAIS AMOSTRA FEZES HA PCR DIAGNÓSTICO DETECÇÃO DE ANTÍGENOS VIRAIS SOROLOGIA – pouco importante HI e SN pareada ELISA - IgM DIAGNÓSTICO DETECÇÃO DE ANTÍGENOS VIRAIS SOROLOGIA – pouco importante HI e SN pareada ELISA - IgM CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação – vírus vivo modificado Momento ideal para vacinação: 1a dose - 45 – 60 dias 2a dose - com 28 dias 3a dose - com 28 dias Revacinação anual CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação – vírus vivo modificado Mãe imunizadas transmitem anti-corpos anti -CPV Colostro e placenta Proteção ao recém-nascido contra a forma miocárdica FORMA INTESTINAL – MAIS FREQUENTE CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação – vírus vivo modificado Sem vacina = parvo Baixa imunidade = parvo SEGUIR O ESQUEMA VACINAL CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com o filhote COLOSTRO RESTRIÇÃO DE AMBIENTE EVITAR FÔMITES LIMPEZA DO AMBIENTE EVITAR O CONTATO COM OUTROS ANIMAIS CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES TRATAMENTO SUPORTE REPOSIÇÃO DE FLUIDOS E ELETRÓLITOS ANTIBIOTICOTERAPIA ANTIEMÉTICOS – VÔMITO TRANSFUSÃO SANGUÏNEA CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES TERAPIA SUPORTE Fluidoterapia – Ringer com lactato ou Fisiológico+ Bicarbonato de sódio CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA Suplementação – potássio e glicose CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES TERAPIA SUPORTE Antibióticos – amplo espectro para evitar SEPSE Ampicilina Metronidazol Cefalotina Ceftriaxona Ceftiofur sódico CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES TERAPIA SUPORTE Antieméticos Metroclopramida Clorpromazina Ondasentrona Maropitant CONTROLE E PROFILAXIA Cuidados com ANIMAIS DOENTES TERAPIA SUPORTE Inibidores de H2 Ranitidina CASO CLÍNICO Nome: Husky Peso: 5,450 kg Idade: 3 meses Raça: Husky Siberiano Motivo da consulta: não come e nem bebe água há 3 dias CASO CLÍNICO Ingere água espontaneamente, mas vomita em seguida Sangue no reto, mas sem fezes Não defeca há 3 dias URINA NORMAL Convive com 4 cães e 3 gatos Habitat = chácara, sem acesso a rua Sem tosse ou espirro Sem convulsão ou desmaio CASO CLÍNICO Alimentação: Ração – mas não está se alimentando HIPOREXIA NORMODIPSIA Desverminação: Atualizado – fev 2016 com reforço 15 dias após Vacinação – nunca vacinou Ectoparasitas – não observado e não tratado CASO CLÍNICO EXAME FÍSICO: Prostração Mucosas hipocoradas TPC – 2’’ Linfonodos – normais Temperatura – 38,6 Pele e ouvidos – normais CASO CLÍNICO EXAME FÍSICO: Turgor cutâneo – diminuído FC – 180 FR – 32 Avaliação de Sistemas: Musculoesquelético – anormal Gastrintestinal – anormal Palpação abdominal – normal Sistema nervoso – normal Olhos e anexos – normal CASO CLÍNICO HEMOGRAMA: Hematócrito: 45 ( 37 – 55) Plaquetas: 441 ( 200 – 500) Leucócitos: 1200 ( 6000 – 17000) Proteínas: 5,6 ( 6 – 8) CASO CLÍNICO Diagnóstico presuntivo? Conduta terapêutica?