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PEDAGOGIA UNIVESP – 1º BIM Teorias do curriculo sem3

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PEDAGOGIA – UNIVESP – 1º BIMESTRE
TEORIAS DO CURRÍCULO
Atividade para avaliação - Semana 3
 Descreva o cenário e os elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas do currículo.
Seria impossível descrever os elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas do currículo sem retomar, ainda que de maneira breve, às teorias tradicionais do currículo. Assim sendo, no início do século XX, período entre as grandes guerras e com o crescimento da industrialização, muitos países passaram a visualizar a necessidade de reorganizar as instituições escolares, numa tentativa de transformar a educação em um processo mais eficiente e que atendesse às necessidades que a sociedade enfrentava. Nasciam, então, as Teorias Tradicionais do Currículo. De uma maneira geral, nesta época, o Brasil sofreu fortes influências dos grandes teóricos norte-americanos: Dewen, Bobbitt e Tyler. Em suma, as Teorias Tradicionais defendiam que os currículos escolares deveriam compor-se de forma técnica e ensinar saberes específicos, a fim de formarem cidadãos para trabalharem no que era preciso naquele determinado momento. Presavam pelo eficientismo e a aprendizagem dos conhecimentos científicos. 
A partir da década de 1960, em diversos países, com destaque para França, Inglaterra, EUA e posteriormente, também no Brasil, vários movimentos foram surgindo em busca de mudanças e melhores condições sociais. No Brasil, entre as décadas de 1970 e 1980, o país enfrentava mudanças no regime político, saindo de uma ditadura militar e reiniciando um duro processo de redemocratização. Isso gerou um cenário desastroso na economia, com juros altos, inflação descontrolada e desvalorização monetária. Estes problemas se refletiram em toda a sociedade brasileira. Somada a esta situação, estava a total insatisfação com a realidade educacional do país. Mesmo com um certo crescimento do acesso à escola para as camadas populares, o fracasso escolar era recorrente entre as crianças de famílias mais pobres, o que gerava um forte índice de abandono. Além disso, o próprio conteúdo do ensino era totalmente fora de contexto e utilidade para essa camada de alunos, fortalecendo esta imagem de ineficiência dos modelos tradicionais de ensino.
 Inspirados pelas publicações de Paulo Freire, Louis Althusser, Pierre Bourdie, Bernstein, Michael Young, Michael Apple, entre outros, levantaram-se diversos questionamentos acerca das teorias tradicionais no Brasil e em diversos países. Foram se formando movimentos em busca de transformações e melhores condições também na educação, como o “movimento de reconceptualização” da teoria curricular, ou a “nova sociologia da educação”, por exemplo.
Estes movimentos apontavam a escola como uma instituição que visava manter e reproduzir as desigualdades sociais, além de pregar o pensamento de ideologia dominante, fazendo a separação de quem planeja e de quem executa as tarefas, pela diferenciação das classes sociais e pelo desempenho obtido no percurso escolar. Os sistemas tradicionais tinham objetivos vocacionalistas e buscavam formar mão de obra, apenas. Não se preocupavam com o futuro da sociedade, apenas com o momento presente. Ainda assim, algumas camadas populares tentavam se rebelavam contra as culturas de domínio, mesmo que sofressem sanções e punições. Nasciam assim, as Teorias Críticas do Currículo que, por sua vez, pregavam uma ideologia libertadora.
As teorias críticas do currículo buscam a transformação do indivíduo pela educação. Que a escola passe a se interessar mais pelos personagens que a compõem do que com os objetivos técnicos, como dar mais voz aos professores e integrar o cotidiano e a cultura dos alunos. Seu principal objetivo é fazer com que a escola deixe de ser uma instituição de perpetuação do pensamento dominante, para se tornar um espaço onde as crianças possam desenvolver-se plenamente e buscar melhores condições, estimulando o desenvolvimento crítico e as descobertas do mundo, o que traria o verdadeiro progresso para toda a sociedade.
 
REFERÊNCIAS
PAULA, D.H. L.; PAULA, R. M. P. Currículo: das teorias do currículo ao currículo na escola. In: ______. Currículo na escola e currículo da escola. Reflexões e proposições. Curitiba: Intersaberes, 2016. p. 15-41.
SILVA, T.T. Das teorias tradicionais às teorias críticas. In: ______. Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo. 3. ed.; 8. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2016. p. 21-81.
TEORIAS do Currículo – Aula 04 – O que é o conhecimento curricular? Professor responsável e ministrante: Marcos Neira. In: Pedagogia – Teorias do currículo. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Univesp TV, 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HYUSnBdXvrM&index=7&list=P LxI8Can9yAHfhoT4hpvoRGTya_qfDc9yG>. Acesso em: 10 set. 2018. 
TEORIAS do Currículo – Aula 05 – As teorias tradicionais do currículo. Professor responsável e ministrante: Marcos Neira. In: Pedagogia – Teorias do currículo. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Univesp TV, 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iJWTuAnKgUc&list=PLxI8Can9 yAHfhoT4hpvoRGTya_qfDc9yG&index=6>. Acesso em: 10 set. 2018. 
TEORIAS do Currículo – Aula 06 – As teorias críticas do currículo. Professor responsável e ministrante: Marcos Neira. In: Pedagogia – Teorias do currículo. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Univesp TV, 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HYUSnBdXvrM&index=7&list= PLxI8Can9yAHfhoT4hpvoRGTya_qfDc9yG>. Acesso em: 10 set. 2018.

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