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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO INTERNACIONAL

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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO INTERNACIONAL
                        Princípios segundo Sundfeld (1995, p.18) são as "ideias centrais de um sistema, ao qual dão sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de se organizar", com esse conceito vemos que o papel dos princípios é a orientação do conteúdo de leis e normas, e os princípios gerais  do direito internacional não são diferentes disso, pois como vimos anteriormente eles fazem parte das fontes do direito internacional, ou seja ajudam na criação das leis internacionais.
            Os princípios do direito internacional, junto com as demais fontes do direto internacional foram estabelecidas  no Estatuto da Corte internacional de justiça, em seu artigo 38, que tem a seguinte redação:
“Artigo 38.º
1 - O Tribunal, cuja função é decidir em conformidade com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
a) As convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) O costume internacional como prova de uma prática geral aceite como direito;
c) Os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) Com ressalva das disposições do artigo 59 as decisões judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
            Ao falar dos princípios gerais do direito internacional o art. 38 utiliza a expressão nações civilizadas, essa expressão causou criticas por que foi acusada de segundo Mazzuoli (2004)  revelar uma potencial discriminação dos então redatores do estatuto da CIJ, em relação aos Estados não pertencentes ao eixo Europeu”. Mas conforme Rezek (1996, p.137)
“O uso do termo nações civilizadas não teve substrato discriminatório ou preconceituoso, tal como ficou desde logo esclarecido. A ideia é a de que onde existe ordem jurídica--da qual se possam depreender princípios --, existe civilização. Dessarte, quedem excluídas a penas as sociedades primitivas –que, de todo modo, porque não organizadas sob a forma estatal, não teriam como oferecer qualquer subsídio.”
2.2 Classificações dos Princípios gerais
            Os princípios gerais principais do direito internacional em que se refere o art. 38 são:
Igualdade soberana: Esse princípio presume que todos os Estados são iguais em face da lei. “Ele certifica o respeito entre os países, seja qual for seu porte, cultura, números de habitantes ou regime de governo”. (VARELLA, 2012 p.26)
Autonomia: Princípio que estabelece que o Estado tenha autonomia para se governar de acordo com seu próprio interesse.
Não ingerência nos assuntos dos outros Estados: Princípio estritamente ligado com o princípio da Autonomia,neste princípio é estabelecido a não intervenção de um Estado em outro.
Respeito aos direitos humanos: Princípio que significa que todos os estados devem proteger os direitos humanos. Esse princípio tem grande importância pois é um pressuposto do direito internacional para o reconhecimento de Estados.
Cooperação internacional: Esse princípio estabelece que os Estados devem atuar concomitantes na busca de propósitos comuns.
CONCLUSÃO
            Com esse artigo vemos a importância das fontes do direito internacional como formadoras do organismo internacional. Os tratados, ou os costumes ou os princípios gerais do direito internacional não podem ser analisados separadamente, eles tem que ser analisados sempre em conjunto, porque possuem como já visto nesse artigo  uma estreita ligação em que os tratados não se formam sem os costumes e os princípios gerais.
            Os princípios gerais do direito internacional, que foi a fonte de direito focada nesse artigo, possui elevada importância, pois tem atribuição  constituinte e interpretativa do direito. Os princípios definem o caminho que as normas jurídicas devem tomar e o alcance que elas têm que chegar.
Princípio da segurança jurídica
Sobre a segurança, cumpre dizer que é das necessidades básicas do ser humano, é consagrado que o homem prefere segurança à liberdade, haja vista que essa foi uma das principais razões para a vida em sociedade. Já a segurança jurídica implica na garantia de efetivação de direitos declarados pelo Estado.
Para a defesa do argumento de que o Princípio da Segurança Jurídica é mais do que um princípio, porque contém nele a razão de ser do Estado Democrático de Direito, não nos caberá fazer um estudo histórico evolutivo, mas situar o conceito: aexpressão Estado de Direito, como conhecemos, é fruto das Revoluções Americana e Francesa, que consistia, basicamente na limitação do arbítrio dos detentores do poder a partir de princípios como o da legalidade, da liberdade e da igualdade. É o nascer do anseio pelo reconhecimento do Estado à dignidade humana, o início das teorias do Estado do Bem Estar Social, as reações pelo socialismo, comunismo. E mais, o Estado de Direito passa a ser associado com a democracia política.
A Comunidade Internacional, através dos Estados que a compõe, tal seja, as Nações Unidas, tem o Estado de Direito como seu primado e a democracia se apresenta como valor a ser perseguido. Muito embora a Carta das Nações Unidas não traga em seu teor o termo “Democracia”, o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos sinaliza os fundamentos jurídicos e os princípios da democracia, notadamente em consonância com o direito internacional, tais como: 
É, portanto, o Princípio da Segurança Jurídica o corolário do Estado Democrático de Direito, porque dele deriva o fato de que todos os atos que derivam do Estado, quer sejam eles da esfera administrativa, legislativa ou judiciária deve estar baseado num fundamento de legalidade, no caso, na Constituição. As intervenções do Estado na vida daqueles que lhe são subordinados (cidadãos) obedece a um quadro de limitações, qual seja, o respeito pelos direitos e liberdades individuais, que são seus pressupostos, mas vai além, imputa aos Estados as obrigações do diploma que lhe confere status.
Concordamos com o posicionamento do Prof. Jorge Reis Novais, que também explicitou opinião neste sentido:
“Mesmo que a Constituição não institua expressamente um princípio da segurança jurídica e da protecção da confiança, ele é, seguramente, um princípio essencial na Constituição material do Estado de Direito, imprescindível como é, aos particulares, para a necessária estabilidade, autonomia e segurança na organização dos seus próprios planos de vida. De resto, a luta pela Constituição e pelo Estado de Direito era também, desde os primórdios das revoluções liberais, uma luta pela segurança jurídica no sentido de um projecto de organização racional do Estado e da sua actuação que mantivesse a esfera dos particulares, nomeadamente no domínio da sua actividade económica, ao abrigo das arbitrariedades típicas de um exercício ilimitados dos poderes de autoridade que caracteriza o Estado absoluto.
ATOS UNILATERAIS no Direito Internacional
http://br.groups.yahoo.com/group/oab_provas_dip/ 
São aqueles em que a manifestação de vontade de uma pessoa de direito vai produzir efeitos na Ordem Internacional. Quem pode formular Atos Unilaterais são os Estados e as Organizações Internacionais. O Indivíduo não poderá formulá-lo.
Além da pessoa do direito, deve-se observar também se o órgão daquela pessoa é competente para formular Atos Unilaterais (neste caso, o Poder Executivo), que deverão por sua vez ter um objeto lícito e possível, além de não conter vícios de consentimento. Não poderão ferir a moral internacional nem a norma imperativa do DI (Jus Cogens).
O Ato Unilateral tem sido considerado pelos modernos doutrinadores do DI como uma de suas fontes, embora não se encontre entre as fontes a serem aplicadas pela Corte Internacional de Justiça, conforme a enumeração do art. 38 do seu Estatuto (Estatuto da CIJ). É considerado fonte de 3º grau, uma vez que eles tiram o seu fundamento do Costumeou Tratado Internacional.
. Atos jurídicos internacionais
	1.1 Atos Unilaterais
Atos unilaterais são manifestações ou declarações de vontade de um único sujeito de Direito Internacional, que têm o condão de gerar direitos e/ou deveres para si e para os outros. Ou seja, a manifestação de vontade de um único sujeito de direito é suficiente para que se produzam efeitos jurídicos. São obrigatórios para seu autor, e os Estados que confiaram nele têm o direito de exigir seu cumprimento.
Segundo Von Liszt, trata-se de declaração de vontade, encaminhada a produzir um efeito internacional, sendo este a criação, modificação ou extinção de uma relação jurídica, devendo ser feita por um órgão estatal que tenha reconhecimento para tal ato, e declarado de maneira expressa ou tácita ou por meio de atos manifestos.
De acordo com Virally, devem ser atos jurídicos que tenham significação internacional, ou seja, atos realizados com a intenção de afetar as relações jurídicas em âmbito internacional.
São atos jurídicos que produzem conseqüências jurídicas e criam, eventualmente, obrigações. Entretanto, deve-se observar que isso não impede que haja concorrência de outra vontade, como, por exemplo, um protesto que não seja aceito; porém, isso não terá força para impedir a eficácia da vontade já manifestada.
Os atos unilaterais têm seu fundamento no costume, surgindo nos espaços onde não há regulamentação do Direito. Os Estados podem regulamentar através deles situações, mesmo que localizadas no estrangeiro, mas que possam produzir efeitos no seu território, assim como podem regular matéria a respeito da qual ele tenha interesse especial, e que esse também exista para a sociedade internacional. Como exemplo desse caso, temos a lei canadense de 1970, que regula sobre a prevenção da poluição nas águas do Ártico até a distância de 100 milhas da costa.
Alguns doutrinadores de Direito Internacional não conferem aos atos unilaterais caráter de fonte de Direito, considerando-os como direito transitório surgido na ausência de tratado ou costume, com os Estados exercendo livremente sua soberania desde que não atinja a de outro Estado. Também entendem o ato unilateral como apenas um instrumento de execução.
Contudo, não pode ser negado a tais atos o caráter de fonte do Direito Internacional, pois normas jurídicas pelas quais os Estados devem pautar a sua conduta, ou seja, são um dos modos pelo qual os Estados se autolimitam.
	Para que tenham eficácia, os atos unilaterais devem atender a duas condições:
Deve ser público, ou seja, de conhecimento da comunidade internacional
Deve haver intenção do Estado que o elabora de se obrigar, pois não é possível fazer um ato unilateral que obrigue outro Estado.
Silêncio
	O silêncio é o ato unilateral tácito por excelência, sendo assimilado à aceitação. Ocorre quando um sujeito de Direito Internacional não se manifesta em relação a um determinado ato unilateral, dessa forma, acatando-o.
	Para que isso ocorra, o ato unilateral deve obedecer a três condições:
O Estado interessado (o que guarda o silêncio) deve conhecer o ato
O objeto do ato unilateral deve ser um interesse jurídico
Deve ser concedido um prazo razoável para que o Estado interessado tenha a possibilidade de se manifestar
Atos Unilaterais dos Estados e sua classificação
Os atos unilaterais dos Estados não são todos e quaisquer atos isolados imputáveis a um Estado que têm o poder de produzir efeitos jurídicos no Direito Internacional, mas unicamente aqueles que o Direito Internacional reconhece com tais faculdades e dentro das hipóteses que por este são previstas.
Alguns atos, entretanto, podem ser considerados como sendo de pura cortesia internacional – sugestão a outro Estado de adotar ou não um comportamento, consultas recíprocas, convites para se iniciar uma negociação internacional. Porém, se tais atos estiverem revestidos de forma jurídica, ou seja, se têm previsão em tratados ou convenções multilaterais, sendo obrigações, serão atos jurídicos unilaterais dos Estados, com o reconhecimento do Direito Internacional dessa sua posição.
	Não existe um único critério para a classificação dos atos unilaterais, havendo divergência entre os doutrinadores. Uma das classificações mais aceitas é a formulada por Charles Rousseau:
Tácitos: silêncio
Expressos: protesto, notificação, renúncia, reconhecimento e promessa.
Além desses atos, existe uma série de outros, tais como autorização, advertência, oferta de bons ofícios, anexação, ruptura de relações diplomáticas, aquiescência (atitude puramente passiva de um Estado perante uma situação de fato determinada, em circunstâncias que exigiriam em geral uma reação de sua parte), entre outros. 
A principal característica dos atos unilaterais é sua atipicidade, e podemos acrescentar a existência de outros atos unilaterais, tomados no sentido amplo da expressão, como a adesão, as decisões das organizações internacionais, entre outros.
Além da classificação entre tácitos e expressos, os atos unilaterais também podem ser classificados como escritos (forma mais utilizada) e orais (podem apresentar o problema de se verificar os termos em que foram feitos).
Atos unilaterais de organizações intergovernamentais/internacionais
As resoluções de organizações são uma das mais poderosas fontes do Direito Internacional, surgindo como um ato unilateral. Segundo definição proposta em 1956 à Comissão de Direito Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), podem ser entendidas como uma coletividade de Estados estabelecida por um tratado, com uma constituição e órgãos comuns, possuindo uma personalidade distinta de seus Estados-membros, e sendo um sujeito de direito internacional com capacidade para concluir acordos.
A doutrina considera separadamente os atos das organizações intergovernamentais: os que dizem respeito ao seu funcionamento interno e os que se referem à regulação das relações internacionais dos seus membros uns com os outros ou mesmo com terceiros. Estes últimos tem suscitado mais reflexão em relação aos efeitos jurídicos internacionais que visam produzir sobre os Estados e suas relações.
Quando as organizações intergovernamentais são constituídas, os Estados transmitem a elas sua força normativa, mediante uma série de poderes que se acham formalizados num tratado multilateral, o tratado-fundação, que também pode ser chamado de “carta”, “constituição” ou “estatuto”. Desses atos podem ser verificados três tipos de normas, sendo que duas regulam sua própria existência e finalidade: normas destinadas a efeitos internos da organização, dirigidas a dar-lhes características próprias, como a descrição de sua finalidade, a instituição de órgãos e seus poderes; normas destinadas a regular o funcionamento da organização intergovernamental, enquanto pessoal do Direito Internacional.
As organizações intergovernamentais contribuem para a formação do costume internacional; essa idéia, porém, não era aceita no passado, quando se acreditava que somente os órgãos estatais teriam tal poder; se fosse assim, não lhes seria possível atribuir poder de concluir acordos.

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