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Organelas e Transporte Celular

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MARCELO PEREIRA DE CARVALHO RA: 8032327
FISIOLOGIA HUMANA
Trabalho a presentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Fisiologia Humana como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrada pela professora Carmen Aparecida Malaguti de Barros.
 
Vilhena-RO
2018
Setembro
Fisiologia Humana
Com base nas leituras propostas, responda às questões a seguir e poste suas respostas no Portfólio para apreciação do tutor:
Fisiologia Celular
1) As organelas estão no interior das células e são delimitadas por membranas formadas, principalmente, por lipídeos, proteínas e, dependendo do tipo, desempenham diferentes funções. Explique qual a principal função dos: retículo endoplasmático liso e rugoso, complexo de Golgi, lisossomos e mitocôndria.
Retículo endoplasmático rugoso: É responsável pela síntese proteica.
Retículo endoplasmático liso ou agranular: É responsável pela síntese de substâncias lipídicas:
Complexo de Golgi: São estruturas membranosas e achatadas, cuja função é elaborar e armazenar proteinas vindas do reticulo endoplasmático; podem também eliminar substancias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora da estrutura celular que originou (enzimas por exemplo). Produzem ainda os lisossomos (suco digestivo celular).
Lisossomos: A função é a digestão intracelular, que consiste na quebra enzimática de substancias orgânicas dentro de bolsas membranosas conhecidas como vacúolos digestivos, estes podem resultar da fusão dos lisossomos com fagossomos ou pinossomos, que podem ser formados por lisossomos que englobaram partes desgastadas da célula, a medida que a digestão vai ocorrendo, as pequenas moléculas que se formam atravessam a membrana da bolsa digestiva e passa para o citosol.
Mitocôndria: Sua principal função é realizar o importante processo de respiração celular, onde ocorre um processo de reações químicas através das quais a célula obtém energia para suprir suas necessidades vitais. As reações químicas que ocorrem no processo de respiração celular são dinamizadas por enzimas do ciclo de Krebs (encontradas no centro do fluido mitocondrial).
2) São quatro tipos de transporte que ocorrem na membrana celular. Cite quais são, explique cada um e dê exemplos de substâncias que são transportadas em cada tipo de transporte.
Difusão Simples: Dá-se o movimento contínuo das moléculas através dos poros da membrana celular por meio de sua própria energia cinética. É um processo passivo, sedo assim não tem gasto de energia, e a força motriz é o próprio gradiente de concentração entre os dois lados da membrana. Exemplos: Gases, água, íons e moléculas pequenas.
Difusão Facilitada: A difusão simples e a facilitada tratam do mesmo processo de transporte passivo de substâncias através da membrana celular. A diferença é que na difusão facilitada existe o auxílio de proteínas, as permeases. Essas proteínas atuam como carreadoras de substâncias, elas capturam as moléculas e facilitam sua entrada na célula. Exemplos: Glicose e aminoácidos.
Osmose: É um tipo especial de difusão, pois se trata apenas da passagem de água através da membrana celular devido à espessura pequena do poro da membrana. A água passa de um meio menos concentrado (hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico). Exemplo: Água.
Transporte Ativo: É responsável pelo transporte de substâncias contra um gradiente de concentração. Esse processo é considerado ativo devido ao gasto de energia e necessita de um transportador ou carreador específico. Exemplos: Íons cálcio, sódio e potássio (bomba de sódio e potássio), ferro, hidrogênio, cloreto, alguns açúcares, aminoácidos, entre outros.
3) O potencial de ação é uma alteração na voltagem da membrana celular diante de um estímulo. É através dos potenciais de ação que os sinais nervosos são transmitidos por toda a membrana da fibra. Para a condução do impulso nervoso, esse potencial de ação deve percorrer toda a fibra nervosa. Quais as fases do potencial de ação? Explique cada uma.
Fase ascendente: Rápida despolarização da membrana, até que ela atinja -40 mV(a mudança do potencial de -80 para -65 não possui efeito sobre os canais de Na+. A mudança de -65 para -40 é que deflagra o limiar, provocando a abertura dos canais). Essa fase decorre da abertura dos canais de Na+, que entram na célula à favor do seu gradiente de concentração.
Pico de ultrapassagem: Parte do potencial em que o lado de dentro do neurônio está carregado + em relação ao lado externo. 
Fase descendente: É a repolarização até a membrana ficar mais negativa do que o potencial de repouso. É deflagrada pela abertura dos canais de K+, sendo que estes saem de dentro para fora do neurônio. A abertura ocorre devido à despolarização obtida pela entrada de Na+. Vale lembrar que vários canais de K+, que ficam permanentemente abertos, já estavam abertos, havendo simplesmente o aumento do número de canais de K+ abertos).
Pós-hiperpolarização: Os canais de K+ dependentes de voltagem adicionam maior permeabilidade ao potássio, causando uma hiperpolarização em relação ao potencial de membrana de repoiso, até que os canais de K+ fechem completamente. Logo após, ocorre à restauração gradual do potencial de repouso. (Essa fase é mais longa, pois as bombas de Na+/K+ estão atuando contra a movimentação desses íons). 
Período refratário absoluto: Durante esse período, os canais iônicos ficam inativos, impossibilitando a passagem de um novo potencial de ação. Uma vez iniciado um potencial de ação, é impossível iniciar outro durante cerca de 1ms. Quando o potencial adequado é reestabelecido, os canais voltam a ficarem ativos, podendo ou não abrir. 
Período refratário relativo: Durante ele, a corrente necessária para que o limiar seja atingido é muito maior, mas já é possível deflagrar novamente o potencial de ação.
Princípio do Tudo ou Nada: Determina que o estímulo que será recebido pela célula deva ser forte o suficiente para desencadear um potencial de ação para que este possa propagar-se a todas as regiões da membrana, ou, então, esse potencial não acontece. Após a propagação de um potencial de ação, é necessário o restabelecimento do gradiente de concentração entre o meio celular interno e externo. Isso ocorre devido à ação da bomba de sódio e potássio por meio da energia liberada a partir de moléculas de adenosina trifosfato (ATP).
Bomba de Sódio e Potássio: Ela trabalha para reestabelecer as concentrações de Na+ e K+ que foram alteradas durante a despolarização/repolarização. Ela atua jogando o Na+ que entrou pra fora, e jogando pra dentro o K+ que saiu.
4) Mais de 40 substâncias neurotransmissoras já foram descobertas. Quais as mais conhecidas? Para responder, divida em: neurotransmissores periféricos e neurotransmissores centrais.
Neurotransmissores Periféricos: Acetilcolina, adrenalina e noradrenalina.
Neurotransmissores Centrais: GABA (ácido gama-aminobutírico), glutamato, glicina, serotonina, substância P, encefalinas, hormônios peptídicos (entre outros). Portanto, a sinalização sináptica atribui-se às formas pelos quais os neurônios fazem a regulação de suas células-alvo.
Sistema Nervoso
1) O Sistema Nervoso Central (SNC) é capaz de realizar inúmeras atividades complexas. Qual é a sua função básica? E quais as suas funções superiores?
Sua função básica é receber informações sobre as variações externas e internas e produzir respostas por meio dos músculos e glândulas. As funções superiores são memória, que corresponde à capacidade de armazenar informações e depois resgatá-las. Entre suas funções superiores estão o aprendizado, intelecto, pensamento, personalidade.
2) A organização do Sistema Nervoso (SN) pode ser classificada, morfológico e funcional, em três vias. Quais são estas vias? Explique cada uma.
Vias de associação: além de analisar as informações, armazenam-nas sob a forma de memória para elaborar os padrões de respostas ou as respostas espontâneas.
Vias eferentes: São centrífugasa partir dos centros efetores, geram impulsos, e esses impulsos irão estimular a contração muscular, levando a resposta que foi elaborada pelo sistema nervoso central (SN) ao órgão efetuador da resposta, que pode ser um músculo ou uma glândula.
Vias aferentes: São vias sensitivas e sensoriais, centrípetas, que nascem na periferia, e fornecem todos os tipos de informações aos centros receptores, trazem as informações ao sistema nervoso central (SNC).
3) A manutenção do equilíbrio corporal é de responsabilidade do cerebelo e é devido a ele que ações complexas podem ser executadas. Quais são estas ações? Por que isso ocorre?
Andar de bicicleta ou tocar violão podem ser executadas. Isso ocorre devido às diferentes informações sensoriais (como posição articular e grau de estiramento muscular), auditivas e visuais que chegam ao cérebro.
Uma diferença entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é a secreção de hormônios pelas fibras pós-ganglionares. Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático secretam qual substância? E, por isso, como é chamado? E qual substância o Sistema Nervoso Simpático secreta? E por isso, como é chamado?
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático secretam acetilcolina e, por isso, são chamados de colinérgicos. Os do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina e são chamados de neurônios adrenérgicos.
5) A parte responsável pela análise dos estímulos internos e externos ao organismo é o Sistema Nervoso Sensorial. Essas informações são utilizadas para atender quais funções?
Percepção e interpretação, controle do movimento, regulação de funções de órgãos internos e manutenção de consciência.
6) O que é fadiga sináptica? Por que ela é importante?
É o meio pelo qual o sistema nervoso (SN) permite que uma reação nervosa desapareça para dar lugar a outras. Por meio dela, o excesso de excitabilidade do cérebro durante uma convulsão epitética pode ser finalmente superado para que cesse.
7) O que é placa motora e unidade motora?
A placa motora é o local em que um estímulo eléctrico tem de ser transformado em movimento, através de alguns mediadores químicos. Unidade motora é composta por um único cartilaginoso neurônio motor alfa e todas as fibras musculares que ele inerva.
8) As fibras musculares são classificadas de acordo com sua velocidade de contração e resistência à fadiga. Existem três tipos de fibras que são predominantes na composição dos músculos. Quais são? Explique cada uma.
Fibras oxidativas de contração lenta: Elas maximizam a difusão do oxigénio até as mitocôndrias no interior da célula. Além disso, naturalmente, estas têm uma alta capacidade de oxidar aerobicamente os carboidratos e os ácidos graxos de modo a gerar ATP e permitindo exercícios duradouros.
Fibras glicolíticas oxidativas de contração rápida: São fibras de contração rápida, cuja energia é obtida quase exclusivamente por glicólise anaeróbica, por usarem apenas glicose e glicogénio, o que acaba por originar uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. Além disso, o componente aeróbico é reduzido.
Fibras glicolíticas de contração rápida: São também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, no entanto, no caso destas, existe já uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga. Essas fibras são extremamente adaptáveis.
9) O que é tônus muscular?
O músculo esquelético possui a propriedade de transmitir, na maior parte do tempo, impulsos nervosos contínuos a todos os músculos, especialmente às unidades motoras menores, mantendo nelas uma leve tensão, evitando que se tornem flácidos e também, permitindo que o músculo reaja a um estímulo forte muito mais rápido do que faria se não existisse essa leve tensão.
10) Quais os tipos de contração muscular? Explique cada uma.
Contração isométrica: Quando um músculo contrai-se e produz força sem alteração macroscópica no ângulo da articulação, a contração é dita isométrica. As contrações isométricas são muitas vezes chamadas de contrações estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da postura. Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações. Por exemplo, para alcançar à frente com a mão, a escápula precisa ser estabilizada de encontro ao tórax. 
Contração isotônica: Caracteriza-se como uma contração em que as fibras musculares se encurtam ou alongam enquanto exercem uma força constante correspondente a uma carga ou resistência. Essa força acarreta em uma alteração no tamanho do músculo, gerando assim, um movimento na articulação envolvida.
11) O músculo esquelético possui vários tipos de receptores sensoriais, como os quimiorreceptores, os fusos musculares e os órgãos tendinosos de Golgi. Explique como cada um funciona.
Os quimiorreceptores são terminações nervosas livres especializadas em enviar ao sistema nervo central	(SNC)	informações sobre alterações	de pH	no músculo, concentrações de potássio extracelular e alterações das concentrações de O2 e CO2. Eles são importantes na regulação cardiopulmonar no exercício.
O fuso muscular é uma estrutura sensorial pequena e alongada, em forma de fuso, disposto entre as fibras musculares. É formado por 3 à 12 fibras musculares modificadas, as fibras intrafusais, circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo. Sua porção central é envolta por um neurônio sensitivo, sendo incapaz de se contrair. O mesmo não acontece nas extremidades que são dotadas de proteínas de actina e miosina e são inervadas por neurônios motores mais finos que as fibras musculares convencionais, esses são chamados de motoneurônios gama.
O órgão tendinoso de Golgi (OTG) localiza-se no tendão e está em série com as fibras musculares extrafusais. Essencialmente, o OTG serve como um dispositivo de segurança que ajuda a impedir uma geração de força excessiva durante a contração muscular.
Fisiologia Cardíaca
1) O que é infarto do miocárdio? O que pode acontecer no infarto leve e grave?
Infarto do miocárdio é quando ocorre a morte de células de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutriente e oxigênio ao coração. O infarto leve do miocárdio pode lesar apenas uma pequena porção do coração, já o infarto grave do miocárdio pode destruir um grande número de células cardíacas.
2) Explique como ocorre o potencial de ação do músculo cardíaco. Pelo menos duas diferenças importantes entre as fibras musculares esqueléticas e as cardíacas provocam o potencial de ação mais prolongado e a presença do platô. Quais são estas diferenças?
Potencial de ação é uma alteração transitória e rápida do potencial transmembrana que aparece quando o tecido miocárdico é adequadamente estimulado sendo de 105 mV, o que quer dizer que o potencial de membrana se eleva de seu valor normalmente muito negativo para um valor ligeiramente positivo, de +20 mV. A membrana permanece despolarizada por cerca de 0,2s no músculo atrial, e 0,3s no músculo ventricular, formando o platô. No final do platô, ocorre a repolarização abrupta. A presença desse platô no potencial de ação faz a contração muscular durar de 3 a 15 vezes mais no músculo cardíaco do que no músculo esquelético.
As duas grandes diferenças estão nas características das membranas do músculo esquelético e do músculo cardíaco, explicando o PA prolongado, e o platô encontrado no miocárdio. Primeiro, o PA do músculo esquelético é causado quase que inteiramente pela súbita abertura de grande quantidade dos chamados canais rápidos de Na+, que permite influxo imenso de íons de Na+ nas fibras do músculo esquelético, vindo do líquido extracelular (LEC). Permanecem abertos por milésimos de segundos, e então se fecham de modo abrupto. Ao final desse fechamento, ocorre a repolarização, e o PA termina dentro de aproximadamente um milissegundo.
No músculo cardíaco, o PA é originado pela abertura de canais de dois tipos: os mesmos canais rápidos de Na+ (igual o m. esquelético)-DESPOLARIZAÇÃO - e um grupo completamente diferente, os canais lentos de Ca2+, ou canais de Ca2+-Na+ (POTENCAL DE PLATÔ). Esses canais diferem dos canais rápidos de Na+ por serem mais lentos e o mais importante, por continuarem abertos por vários décimos de segundo. Durante esse tempo, grande quantidade de íons Ca2+ e Na+ penetra nas fibras miocárdicas através desses canais mantendo o período de despolarização prolongado, causando o potencial de platô. A segunda grande diferença é que imediatamente após o início do PA, a permeabilidade da membrana celular miocárdica aos íons K+ diminui, aproximadamente por cinco vezes que no músculo esquelético. Essa permeabilidade reduzida ao K+ diminui seu efluxo, durante o platô do PA, e assim, impede o retorno rápido do PA para o nível basal (Isso ocorre por conta do Ca2+ que está entrando, e este é um estabilizador de membrana). Quando se fecham os canais lentos de lentos de Ca2+ - Na+, ao final de 0,2 - 0,3 segundo, e o influxo de Ca2+ e Na+ cessa, a permeabilidade da membrana para os íons K+ aumenta rapidamente; essa perda rápida de K+ do interior da fibra provoca o retorno imediato do potencial de membrana da fibra a seu nível de repouso (REPOLARIZAÇÃO), encerrando assim, o PA.
3) Explique sobre o mecanismo de Frank-Starling.
É um conceito da cardiologia para se referir à capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo. Quando aumenta o volume de sangue que chega ao coração (retorno venoso), aumenta a distensão do miocárdio. Quanto mais o miocárdio é distendido durante o enchimento ventricular, maior a força de contração (por que a actina e a miosina ficam dispostas numa distância ideal para a contração. Isso não é infinito, se o sarcômero alongar demais, a força começa a diminuir) mais sangue é bombeado para a aorta. A força de contração é diretamente proporcional ao comprimento inicial da fibra muscular, dentro de limites fisiológicos. 
4) Além do sistema especializado para a geração e condução rápida de impulsos rítmicos no coração, muitas fibras cardíacas têm a capacidade de auto excitação, um processo que pode causar descarga automática rítmica e contração. Esse é o caso de quais fibras? Em condições normais, qual a função do nodo sinoatrial?
Fibras cardíacas do nodo sinoatrial, que em condições normais controla a frequência dos batimentos de todo o coração.
5) O eletrocardiograma normal é composto por uma onda P, um "complexo QRS" e uma onda T. Explique como é formada cada uma destas ondas.
A onda P é produzida por potenciais elétricos gerados à medida que os átrios se despolarizam, antes de contrair-se. O complexo QRS se deve aos potenciais gerados quando os ventrículos se despolarizam, antes de contrair-se. Assim, tanto a onda P quanto os componentes do complexo QRS são ondas de despolarização. A onda T é devida aos potenciais gerados durante a recuperação dos ventrículos do estado de despolarização, sendo uma onda de repolarização.
6) Explique o que é volume diastólico final, volume sistólico final e débito cardíaco.
Volume diastólico final é volume final dos ventrículos a pós seu enchimento, que varia de 110 a 120 ml (volume dos ventrículos cheios). 
Volume sistólico final é a quantidade de sangue restante em cada ventrículo após sístole/ejeção (o que sobra dentro do ventrículo), sendo em média de 40 a 50 ml, visto que a fração de ejeção varia em torno de 60% -70 ml. Débito sistólico é quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo (em média 70 ml).
Débito cardíaco (DC) é o volume de sangue que o coração bombeia num dado intervalo de tempo na pequena ou na grande circulação. É expresso em litros por minuto (L/min). Também pode ser conceituado como a quantidade de sangue que é bombeado para a aorta a cada minuto. 
7) Explique o que é e como ocorre a primeira e a segunda bulha cardíaca.
As Bulhas cardíacas são os sons produzidos após o fechamento das válvulas cardíacas. A primeira Bulha é a responsável pelo som, que ocorre no início da sístole após o fechamento das valvas mitral e tricúspide, no momento em que o sangue atrita com a parede do ventrículo, a segunda Bulha é responsável pelo som que ocorre no final da sístole após o fechamento das valvas cardíacas e pulmonar, então ocorre uma pressão fazendo com que o sangue que foi para as artérias retorne causando um fluxo retrógrado, causando um impacto nas valvas já fechadas.
8) Como ocorre o controle nervoso do coração? Para responder esta pergunta, explique sobre os componentes simpático e parassimpático.
O coração também é regulado através de nervos simpáticos e parassimpáticos. Os nervos simpáticos promovem o aumento da frequência cardíaca do coração, e o estímulo parassimpático (vagal) promove a diminuição dos batimentos. Os nervos parassimpáticos (os vagos) distribuem-se principalmente para os nodos sinusal e A-V, em menor escala para o músculo dos dois átrios e menos ainda para o músculo ventricular. Os nervos simpáticos, em contrapartida, distribuem-se a todas as partes do coração, especialmente o músculo ventricular, assim como para todas as outras áreas.
9) Qual a relação entre o fluxo sanguíneo, a pressão e a resistência?
O fluxo é a quantidade de sangue que passa por um determinado ponto da circulação durante determinado intervalo de tempo. Pressão é a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso. Resistência é o impedimento ao fluxo de sangue pelo vaso. A intensidade do fluxo em um vaso é determinada pela diferença de pressão entre as extremidades do vaso e pela resistência do vaso ao fluxo que por sua vez é proporcional à diferença de pressão, mas é inversamente proporcional à resistência.
10) O que é pressão arterial sistólica e diastólica? Quais valores são encontrados no repouso? O que é hipertensão?
A pressão sistólica, ou máxima, é aquela que marca a contração do músculo cardíaco, quando ele bombeia sangue para o corpo. A diastólica, por sua vez, é a do momento de repouso, em que os vasos permanecem abertos para o sangue passar. O valores normais da pressão sistólica é de 120 mmHg e pressão diastólica de 80 mmHg, já a hipertensão é o aumento anormal e por longo período da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo.
11) A pressão arterial de pulso ou diferencial é a diferença de pressão entre pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) (120-80 = 40 mm Hg). O que ocorre quando ela chega até zero?
Se ela estiver próxima de zero, a circulação sanguínea está prejudicada, e, se ela for zero, a circulação para.
12) O duplo produto (DP) é definido como o produto da frequência cardíaca pela pressão arterial sistólica (FC X PAS). Como ele pode ser utilizado?
O duplo produto, entre outras indicações, geralmente é utilizado para a prescrição de exercícios físicos.
13) A pressão arterial sistólica (PAS) normal é de aproximadamente 120 mmHg e a diastólica (PAD) é próxima de 80 mmHg. Quais os procedimentos para aferir a pressão arterial?
Explicar o procedimento ao paciente. 
Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos e não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. 
Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. A PA é medida com o paciente sentado, com o braço repousado sobre uma superfície firme. 
Localizar a artéria braquial por palpação. 
Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubial, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente. O quadro abaixo mostra a correção dos níveis de pressão arterial pela largura do manguito (cm) e a circunferência do braço (cm) medida no 1/3 médio. 
Manter o braço do paciente na altura do coração.Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 
Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento no nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente. 
Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente. 
Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubial, evitando compressão excessiva. 
Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição. 
Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial. 
Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. Procede-se neste momento, à ausculta dos sons sobre a artéria braquial, evitando-se compressão excessiva do estetoscópio sobre a área onde está aplicado. 
Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento da velocidade de deflação. 
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento completo dos sons (fase 5 de Korotkoff), exceto em condições especiais . Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase 4 de Korotkoff). 
Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica. Deverá ser sempre registrado o valor da pressão obtido na escala do manômetro que varia de 2 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”. 
Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas, recomendando-se a elevação do braço para normalizar mais rapidamente a estase venosa, que poderá interferir na medida tensional subseqüente.
Referências Bibliográficas
DI FIORE, M. S. H. Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 229 p.
FARINATTI, Paulo de Tarso Veras. Aspectos da prescrição do exercício para hipertensos. Revista brasileira de siologia do exercício Vol. 01 Nº 01, 2002.
GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Mádica. Guanabara Koogan. 9º Edição. São Paulo, [sd].
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, 556 p.
MCARDLE, W.; KATCH, F.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. v. 82, (suplemento IV), 2004.
SPENCER, Alexander P. Anatomia Humana básica. – São Paulo: Manole, 1991.

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