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REFERENCIAL REFORMA TRABALHISTA

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A história do trabalho no Brasil tem início no trabalho escravo de nativos indígenas e negros trazidos da África. Na relação de escravidão não havia legislação para reger o trabalho.  Esta situação perdurou até a aprovação da Lei Áurea em 1.888. A partir deste momento iniciou-se a vinda de trabalhadores livres da Europa como italianos e alemães. 
Segundo Figueira (2005), os índios foram os primeiros trabalhadores brasileiros. Primeiramente as relações de trabalho eram regidas pelo escambo (troca de mercadorias). Com o tempo os colonizadores passaram a escravizar os índios, e mais tarde importaram escravos africanos. Os escravos eram tratados de forma desumana, principalmente os africanos. Eram afastadas das famílias, as condições de trabalho eram péssimas e estavam sujeitos a castigos físicos. Os maus tratos geraram resistência, através dos quilombos, que eram vilas escondidas onde os escravos podiam se abrigar dos maus tratos e da violência. 
Os maus tratos e as condições indignas dos escravos levaram setores da sociedade a questionar e a se rebelar contra a escravidão. Os movimentos pela libertação dos escravos se espelharam e forçaram a Princesa Isabel a assinar leis que foram abolindo gradativamente a escravidão no Brasil. (FIGUEIRA, 2005).
A escravidão no Brasil perdurou até por volta de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea. Esta lei foi composta de dois artigos somente. O primeiro declarou extinta a escravidão no Brasil e o segundo revogou as disposições em contrário. A Princesa Isabel não se preocupou em criar mecanismos para introduzir o trabalho assalariado no Brasil.(FIGUEIRA, 2005).
Segundo vários historiadores, a Lei Áurea não criou mecanismos para reger as relações de trabalho com o fim da escravatura. Os trabalhadores libertos continuaram sob péssimas condições de trabalho e sem dignidade.
Segundo Kielwagen e Krautler (2015), o fim da Primeira Guerra Mundial e o surgimento da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em 1919, foram os fatos responsáveis pelo incentivo a criação de uma legislação trabalhista Brasileira. A criação desta legislação foi ainda mais pressionada quando chegaram os imigrantes europeus ao Brasil, que já traziam consigo uma ideologia de direitos trabalhistas. Os imigrantes europeus foram os primeiros a criar manifestações por melhores condições de vida e de trabalho.
 Segundo Kielwagen e Krautler (2015), a Constituição Federal de 1934 foi a primeira a tratar especificamente do Direito do Trabalho. Esta constituição foi resultado direto da Revolução Constitucionalista de 1932.
Conforme Figueira (2005), a partir de 1847 houve a entrada de imigrantes europeus para trabalhar no Brasil, principalmente nas fazendas de café. O problema que surgiu é que os imigrantes eram tratados como escravos. Os maus-tratos infligidos aos colonos geraram revoltas, como ocorreu na fazenda Nicolau Vergueiro, e a posterior proibição de imigração para o Brasil pelos governos dos países de origem destes colonos como a Itália.
Segundo o Ministério da Justiça (2014), a partir dos genocídios da Segunda Guerra Mundial e das crescentes lutas por direitos trabalhistas oriundas da Revolução Industrial, em 1948, a Organização das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Segundo Figueira (2005), o presidente Getúlio Vargas promulgou uma vasta legislação trabalhista, que se mantem até hoje. Ele criou em 1º de maio de 1940 o salário-mínimo, e em 1943 agrupou as leis trabalhistas dispersas na CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. A CLT estabeleceu regras para as relações patrões-empregados, horários de trabalho, férias, descanso remunerado, aposentadoria, pagamento de aviso prévio, jornada de 8 horas.
Existiam várias normas esparsas sobre os mais diversos assuntos trabalhistas. Houve a necessidade de sistematização dessas regras. Para tanto, foi editado o Decreto lei nº. 5452, de 1º-5-1943, aprovando a consolidação das leis do trabalho (CLT). O objetivo da CLT foi apenas o de reunir as leis esparsas existentes na época, consolidando-as. Não se trata de um código, pois este pressupõe um Direito novo. Ao contrário, a CLT apenas reuniu a legislação existente na época, consolidando-a. (MARTINS, 2006, p. 10).
A Constituição Federal de 1946 trouxe a participação dos trabalhadores nos lucros, o repouso semanal remunerado, a estabilidade e o direito de greve. A partir deste momento as leis ordinárias passaram a instituir direito como: participação dos trabalhadores nos lucros, repouso semanal remunerado, estabilidade e direito de greve. (KIELWAGEM e KRAUTLER, 2015, on-line).
   Segundo Martins (2006) o termo direito do trabalho passou a ser utilizado no Brasil a partir da Constituição de 1946, seguindo o modelo mundial. Essa definição consta na Constituição, no incisivo I do art. 22. (MARTINS, 2006).
Conforme Kielwagen e Krautler (2015), a Constituição Federal de 1967 manteve os direitos trabalhista anteriores, com apenas algumas modificações: sobre o trabalho dos empregados domésticos, o trabalhador rural, o trabalhador temporário, as férias.
Para SUBLEGE (2015) com o fim da Ditadura Militar inicia-se outra fase na vida dos brasileiros, principalmente no plano trabalhista. A legislação trabalhista começou a crescer quantitativamente. Essas leis foram influenciadas pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, A Carta Social Européia, A carta Internacional Americana de Garantias Sociais, a Convenção sobre os Direitos da Criança. A partir de agora o Brasil começa a ver o direito de justiça social, a valorização do trabalho, a supressão das desigualdades sociais.
Para Kielwagen e Krautler (2015), a Constituição Federal de 1988 introduziu a inclusão dos direitos sociais e dos direitos e garantias individuais, o que antes não ocorria. As constituições anteriores viam a Legislação Trabalhista de ordem econômica e social.
Segundo Duarte (2014) o trabalho é um elemento ligado a vida do homem e, portanto  está relacionado a própria dignidade do homem.
A Constituição de 1988 trata de direitos trabalhistas nos artigos 7º a 11. O art. 7º determina direitos individuais e tutelares. O artigo 8º versa sobre direitos coletivos, sindicato único, garantia de emprego do dirigente sindical. Estabelecem o art. 9º regras sobre o direito de greve. Dispõem o art. 10º sobre a participação em colegiados pelos trabalhadores e empregadores em que sejam discutidos assuntos profissionais e previdenciários. Prescreve o art. 11 sobre a eleição de um representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados visando promover o entendimento direto com os empregadores. (MARTINS, 2012, p. 5).
Segundo o SENADO (2003), o Brasil só reconheceu em 1995 que ainda havia cidadãos brasileiros submetidos a trabalho escravo. Mesmo depois do reconhecimento e de muitas denúncias de entidades públicas e civis, foi necessário a realização de um processo junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o país tomasse atitudes para coibir o problema.
Em 2003, foi lançado o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, e para o seu acompanhamento foi criada a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), com a participação de instituições da sociedade civil pioneiras nas ações de combate ao trabalho escravo no país. (SENADO, 2003, on-line.)
  Em dezembro de 2003, o Congresso alterou o Código Penal de forma a caracterizar melhor o trabalho escravo. Trabalho escravo passou a ser aquele em que há submissão a trabalhos forçados, jornada exaustiva ou condições degradantes, e restrição de locomoção em razão de dívida contraída, a chamada servidão por dívida. A pena foi estipulada de 2 a 8 anos de prisão, podendo chegar a 12 anos se o crime for cometido contra criança ou por preconceito. (SENADO, 2003, on-line).
Esta iniciativa acompanhou a legislação internacional sobre o trabalho escravo. Porém, com o passar dos anos, a legislação não foi aplicada e ficou uma sensação de impunidade no ar, a maior causa do problema no mundo atualmente. (SENADO, 2003, on-line).O Brasil é uma potência emergente, que tem se destacado no cenário mundial. Porém esse destaque não é maior devido aos problemas sociais, que ainda são de grande relevância. Temos uma pobreza muito acentuada, grandes diferenças sociais e a lei, que na maioria das vezes, não é cumprida. A legislação trabalhista não é diferente, pois abusos por parte de empregadores também são corriqueiros.Os cidadãos brasileiros são pouco letrados e desconhecem seus direitos. Ainda temos trabalho escravo e falta de direitos básicos aos cidadãos.
A diferença marcante que vislumbramos no trabalho escravo do negro do século XVII em relação ao trabalho escravo branco do século XXI é que a escravidão negra era legalizada até ser abolida em 1888, porém a de hoje, apesar de não ser legalizada, na maioria das vezes, a sua prática permanece impune, mesmo com o combate ostensivo dos órgãos governamentais. Tal prática é vista com certa indiferença pela sociedade que a considera um “mal menor”. Não se atém para o fato de que, quando um corpo social está doente, toda a comunidade é atingida. (SIQUEIRA, 2010, p.130).
 As queixas e reclamações não cessam mesmo no setor público. Em órgãos públicos são comuns reclamações de más condições de trabalho e desrespeitos á dignidade e aos direitos dos servidores que atuam nestes órgãos ou instituições. No caso específico da radiologia médica, são várias as denúncias de irregularidades, como pode ser visto. São ignorados pisos salariais, insalubridade, direitos sociais e outros benefícios inerentes á profissão.
Hoje, o direito do trabalho, é visto como uma ciência que tem o dever de regulamentar o trabalho de todos os ângulos e regular o trabalho de acordo com sua complexidade. O conceito do direito do trabalho se modernizou e segundo o governo e para melhorar a qualidade dos funcionários muitos nem sabem ao menos o que mudou para isso existem advogados trabalhistas e escritórios de contabilidade para explicar ao funcionários seus direitos e deveres perante a justiça do trabalho.
REFORMA TRABALHISTA 
Férias
Regra atual
As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono.
Nova regra
As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 15 dias corridos.
Jornada
Regra atual
A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia.
Nova regra
Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais.
Tempo na empresa
Regra atual
A CLT considera serviço efetivo o período em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens.
Nova regra
Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme.
Descanso
Regra atual
O trabalhador que exerce a jornada padrão de 8 horas diárias tem direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação.
Nova regra
O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido.
Remuneração
Regra atual
A remuneração por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários.
Nova regra
O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório na remuneração por produção. Além disso, trabalhadores e empresas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisam fazer parte do salário.
Plano de cargos e salários
Regra atual
O plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho.
Nova regra
O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente.
Transporte
Regra atual
O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho.
Nova regra
O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho.
Trabalho intermitente (por período)
Regra atual
A legislação atual não contempla essa modalidade de trabalho.
Nova regra
O trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diária. Ele terá direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. No contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função.
O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes.
Trabalho remoto (Home Office)
Regra atual
A legislação não contempla essa modalidade de trabalho.
Nova regra
Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa.
Trabalho parcial
Regra atual
A CLT prevê jornada máxima de 25 horas por semana, sendo proibidas as horas extras. O trabalhador tem direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não pode vender dias de férias.
Nova regra
A duração pode ser de até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais, ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro.
Negociação
Regra atual
Convenções e acordos coletivos podem estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei.
Nova regra
Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores.
Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá haver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item negociado.
Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS (R$ 5.531,31) prevalecerão sobre o coletivo.
Prazo de validade das normas coletivas
Regra atual
As cláusulas dos acordos e convenções coletivas de trabalho integram os contratos individuais de trabalho e só podem ser modificados ou suprimidos por novas negociações coletivas. Passado o período de vigência, permanecem valendo até que sejam feitos novos acordos ou convenções coletivas.
Nova regra
O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho. Os sindicatos e as empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade dos acordos e convenções coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos direitos ali previstos quando expirados os períodos de vigência. E, em caso de expiração da validade, novas negociações terão de ser feitas.
Representação
Regra atual
A Constituição assegura a eleição de um representante dos trabalhadores nas empresascom mais de 200 empregados, mas não há regulamentação sobre isso. Esse delegado sindical tem todos os direitos de um trabalhador comum e estabilidade de dois anos.
Nova regra
Os trabalhadores poderão escolher 3 funcionários que os representarão em empresas com no mínimo 200 funcionários na negociação com os patrões. Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos continuarão atuando apenas nos acordos e nas convenções coletivas.
Demissão
Regra atual
Quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar.
Nova regra
O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.
Danos morais
Regra atual
Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos morais.
Nova regra
A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do ofendido.
Contribuição sindical
Regra atual
A contribuição é obrigatória. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador.
Nova regra
A contribuição sindical será opcional.
Terceirização
Regra atual
O presidente Michel Temer sancionou o projeto de lei que permite a terceirização para atividades-fim.
Nova regra
Haverá uma quarentena de 18 meses que impede que a empresa demita o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado. O texto prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e qualidade de equipamentos.
Gravidez
Regra atual
Mulheres grávidas ou lactantes estão proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não há limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez.
Nova regra
É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê nem à mãe. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez.
Banco de horas
Regra atual
O excesso de horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas. Há também um limite de 10 horas diárias.
Nova regra
O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês.
Rescisão contratual
Regra atual
A homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos.
Nova regra
A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter assistência do sindicato.
Ações na Justiça
Regra atual
O trabalhador pode faltar a até três audiências judiciais. Os honorários referentes a perícias são pagos pela União. Além disso, quem entra com ação não tem nenhum custo.
Nova regra
O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arcar com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença.
O trabalhador que tiver acesso à Justiça gratuita também estará sujeito ao pagamento de honorários de perícias se tiver obtido créditos em outros processos capazes de suportar a despesa. Caso contrário, a União arcará com os custos. Da mesma forma, terá de pagar os honorários da parte vencedora em caso de perda da ação.
Além disso, o advogado terá que definir exatamente o que ele está pedindo, ou seja, o valor da causa na ação.
Haverá ainda punições para quem agir com má-fé, com multa de 1% a 10% da causa, além de indenização para a parte contrária. É considerada de má-fé a pessoa que alterar a verdade dos fatos, usar o processo para objetivo ilegal, gerar resistência injustificada ao andamento do processo, entre outros.
Caso o empregado assine a rescisão contratual, fica impedido de questioná-la posteriormente na Justiça trabalhista. Além disso, fica limitado a 8 anos o prazo para andamento das ações. Se até lá a ação não tiver sido julgada ou concluída, o processo será extinto.
Multa
Regra atual
A empresa está sujeita a multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
Nova regra 
A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. 2ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2005. 432 p.
 
FOLHA CENTRO SUL. Trabalho decente, salário decente e direitos respeitados é o que exigem os trabalhadores. Paraná, 2013, on-line. Acesso em:04 maio 2018. Disponível em: <http://folhacentrosul.com.br/mundo/trabalho-decente-salario-decente-e-direitos-respeitados-e-o-que-exigem-os-trabalhadores>.
 
KIEALGEN, Edson Klaus; KRAUTLER, Edwin.História do Direito do Trabalho no Brasil. Acesso em: 04 maio 2018. Disponível em: <http://cursosnocd.com.br/direito-do-trabalho/historia-do-direito-do-trabalho-no-brasil.htm>.
 
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2006. 875p.
 
_________, Sergio Pinto. Fundamentos de Direito do Trabalho. 13ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 183 p.
 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. Brasília, 2014. Acesso em: : 04 maio 2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-universal-dos-direitos-humanos-garante-igualdade-social>.
 
SENADO. Trabalho escravo atualmente - O que é o trabalho escravo atualmente?. Brasília. 2013. Acesso em: : 04 maio 2018.. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-escravo/trabalho-escravo-atualmente.aspx>.
 
SIQUEIRA, Túlio Manoel Leles de. O Trabalho escravo perdura no Brasil do século XXI. Belo Horizonte, 2010. Acesso em: : 04 maio 2018. Disponível em: <http://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_82/tulio_manoel_leles_siqueira.pdf>.
 
SUBLEGE. História do Direito do Trabalho. 2015. Acesso em : 04 maio 2018. Disponível em: <http://www.sublege.com/HISTORIADODIREITODOTRABALHO.htm.
https://examedaoab.jusbrasil.com.br/noticias/477395550/reforma-trabalhista-e-aprovada-no-senado-confira-o-que-muda-na-lei . Acesso em 04 maio de 18.

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