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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO DISCIPLINA RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS TORÇÃO E OS EIXOS João Vítor Bezerra Recife, Dezembro de 2014. Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 João Vítor Bezerra TORÇÃO E OS EIXOS Trabalho acadêmico realizado com intuito de subsidiar a avaliação na disciplina Resistência dos Materiais. Recife, Dezembro de 2014. Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 SUMÁRIO Introdução - Páginas 4 e 5; Torção e os eixos - Página 6; Momento Torsor - Página 7; Ensaio de Torção - Páginas 8, 9 e 10; Referências Bibliográficas - Página 11; 4 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 INTRODUÇÃO Quando uma barra reta é submetida, exclusivamente, a um momento em torno do eixo da barra, diz-se que estará submetida a um momento torçor(ou torque). O estudo dos esforços torçores, é de fundamental importância, assim como o estudo correlato dos esforços de tensão, pois uma peça que não é modelada adequadamente a suportar os esforços torçores na estrutura pode romper causando problemas. Os esforços torçores estão presentes ativamente em nossa vida, como pode exemplo nos eixos de transmissão de nossos veículos, em uma máquina de fazer milkshake um virabrequim de automóvel, dos eixos de máquinas, polias, molas helicoidais e brocas, em todos estes produtos, o maior esforço mecânico é o de torção, ou seja, quando esses produtos quebram é porque não resistiram a esses esforços. Ensaios de torção são realizados para testar a resistência de determinada peça aos esforços torçores, com base em regras pré-estabelecidas são executados em materiais para determinar se propriedades como o módulo de elasticidade em cisalhamento, resistência ao escoamento sob torção e módulo de ruptura. O ensaio de torção pode ser também realizado em peças prontas, como eixos e brocas, sujeitos a torção em serviço. É usado frequentemente para ensaios em materiais frágeis, como aços ferramenta e em temperaturas elevadas para avaliar a forjabilidade de materiais. O ensaio de torção não é tão padronizado quanto o de tração e raramente é citado em especificações de materiais. O equipamento de ensaio de torção consiste numa cabeça rotativa, com um dispositivo para prender o corpo de prova e aplicar o momento torsor, ou torque, ao mesmo. A deformação medida é a deformação angular, feita por um dispositivo especial, chamado troptrômetro. Faz se a determinação do deslocamento angular em um ponto perto de uma extremidade da seção sob ensaio em relação a um ponto sobre o mesmo elemento longitudinal na extremidade oposta. Um corpo de prova para ensaio de torção tem geralmente uma seção reta circular, uma vez que isto representa a geometria mais simples para o cálculo da tensão. Uma vez que, na fase elástica, a tensão de cisalhamento varia linearmente, de um valor zero no centro da barra até um valor 5 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 máximo na superfície, frequentemente usa se uma barra tubular como corpo de prova, cuidando para que não tenha espessura de parede muito fina, para que não haja colapso. 6 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 A TORÇÃO E OS EIXOS O eixo de transmissão dos caminhões é um ótimo exemplo para ilustrar como atua este esforço uma ponta do eixo está ligada na roda, por meio do diferencial traseiro. A outra ponta está ligada ao motor, por intermédio da caixa de câmbio. O motor transmite uma força de rotação a uma extremidade do eixo. Na outra extremidade, as rodas oferecem resistência ao movimento. Como a força que o motor transmite é maior que a força resistente da roda, o eixo tende a girar e, por consequência, a movimentar a roda. Esse esforço provoca uma deformação elástica no eixo, como mostra a ilustração ao lado. 7 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 MOMENTO TORSOR Um artifício simples ajuda a reduzir bastante a dificuldade de realizar a tarefa de afrouxar os parafusos de um pneu, basta encaixar um cano na haste da chave, de modo a alongar o comprimento do braço Fica claro que o alongamento do braço da chave é o fator que facilita o afrouxamento dos parafusos, sob efeito do momento da força aplicada. Momento de uma força é o produto da intensidade da força (F) pela distância do ponto de aplicação ao eixo do corpo sobre o qual a força está sendo aplicada (C). Em linguagem matemática, o momento de uma força (Mf) pode ser expresso pela fórmula: Mf = F x C. De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de momento é o newton metro (Nm). Quando se trata de um esforço de torção, o momento de torção, ou momento torsor, é também chamado de torque. ENSAIOS DE TORÇÃO A partir do momento torsor e do ângulo de torção pode-se elaborar um gráfico semelhante ao obtido no ensaio de tração, que permite analisar as seguintes propriedades: 8 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 Estas propriedades são determinadas do mesmo modo que no ensaio de tração e têm a mesma importância, só que são relativas a esforços de torção. Isso significa que, na especificação dos materiais que serão submetidos a esforços de torção, é necessário levar em conta que o máximo torque que deve ser aplicado a um eixo tem de ser inferior ao momento torsor no limite de proporcionalidade. Este ensaio é bastante utilizado para verificar o comportamento de eixos de transmissão, barras de torção, partes de motor e outros sistemas sujeitos a esforços de torção. Nesses casos, ensaiam-se os próprios produtos. Quando é necessário verificar o comportamento de materiais, utilizam-se corpos de prova. Para melhor preciso do ensaio, empregam-se corpos de prova de seção circular cheia ou vazada, isto é, barras ou tubos. Estes últimos devem ter um mandril interno para impedir amassamentos pelas garras do aparelho de ensaio. Em casos especiais pode-se usar outras seções. Normalmente as dimensões não são padronizadas, pois raramente se escolhe este ensaio como critério de qualidade de um material, a não ser em situações especiais, como para verificar os efeitos de vários tipos de tratamentos térmicos em aços, principalmente naqueles em que a superfície do corpo de prova ou dapeça é a mais atingida. Entretanto, o comprimento e o diâmetro do corpo de prova devem ser tais que permitam as medições de momentos e ângulos de torção com precisão e também que não dificultem o engastamento nas garras da máquina de ensaio. O ensaio de torção é realizado em equipamento específico: a máquina de torção. Esta máquina possui duas cabeças às quais o corpo de prova é fixado. Uma das cabeças é giratória e aplica ao corpo de prova o momento de torção. A outra está ligada a um pêndulo que indica, numa escala, o valor do momento aplicado ao corpo de prova. 9 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 Falhas por torção são diferentes de falhas sob tração no sentido de que há pouca redução localizada de área ou alongamento. Um metal ductil falha por cisalhamento ao longo dos planos de máxima tensão cisalhante. Geralmente, o plano de fratura é normal ao eixo longitudinal. Um material frágil falha por torção ao longo do plano perpendicular à direção de máxima tensão de tração. Isto resulta numa fratura helicoidal. Os dois casos podem ser vistos na figura a seguir: 10 Universidade de Pernambuco - UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Rua Benfica, 455 • Madalena • Recife - Pernambuco • CEP 50.720-001 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Resistência dos Materiais para entender e gostar, Manoel Botelho, 2008; Resistência dos Materiais para entender e gostar, Manoel Botelho, 1998; Resistência dos Materiais, Ferdinand P. Beer, 2007;
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