Buscar

9_Energia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Alimentação Energética dos Animais
*
1-INTRODUÇÃO
Função dos alimentos energéticos:
Nos animais, a energia é requerida na dieta como fonte de combustível para: 
mantença,
Crescimento,
Produção,
reprodução 
*
2 - Definições 
Energia: capacidade de um sistema para levar um trabalho adiante,
Trabalho: resultado da ação de uma força sobre uma determinada distancia.
*
3 – Formas de energia
Energia potencial
Cinética,
Térmica,
Elétrica,
Química,
Magnética,
Nuclear,
Etc.
*
4 – avaliação do valor energético dos alimentos:
Energia bruta: 
É a energia na forma que está contida nos alimentos
Medida em caloria
Medida de aferição – quilocaloria
Kcal: quantidade de calor necessária para elevar de 1ºC, a massa de 1 kg de água na temperatura de 14,5ºC
*
Tabela-1
Classificação dos nutrientes baseada no conteúdo energético:
*
Calculo do valor de energia bruta do alimento, quando se conhece a composição:
Suponhamos que o alimento apresente os seguintes valores:
Umidade				10%
PB					 9%
EE					 4%
FB					 5%
Resíduo mineral			 5%
ENN					 67%
Total					100%
*
Considerando que o EE representa os lipídios totais e que as frações FB e ENN representam os glicídios, podemos calcular a energia bruta do alimento.
			 %	 cal/g	E. Bruta
Umidade		10	 -		-
PB			 9	 5,65	50,85
EE			 4	 9,40	37,60
FB			 5	 4,15	20,75
Resíduo mineral	 5	 -		 -
ENN			 67	 4,15 278,05
							 387,25
> O alimento apresenta 387,25 Cal/100g ou 3.872,5 cal/Kg
*
Energia digestível
ED = diz-se da energia que fica retida no animal.
ED=EB (INGERIDA) – EF
Coeficiente de digestibilidade:
CDe= EB-EF X 100
	EB
ED= CDe*EB
			100
*
ENERGIA DIGESTIVEL REAL
EDr = EB – (EF-EFm)
onde:
EDr= energia real
EFm= energia contida nas substancias fecais de origem metabólica
EB= energia bruta
EF= energia fecal
*
Da mesma forma que calculamos a energia bruta, podemos calcular a energia digestível do alimento, desde que sejam conhecidos os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes.:
Ex: Nutrientes			CD%
Proteína 				85
E. etéreo				90
F. bruta				05
ENN					92
________________________________
*
Temos portanto:
 % C. dig Fraç. Dig. Cal (g) ED (cal)
Umidade	 10 - - - - 
PB		 9 85 7,65 	5,65 43,23
EE		 4 90 3,60 9,40 33,84
FB		 5 5 0,25 4,15 1,04
Resíduo mineral 5 - - - -
ENN		 67 92 61,64 4,15 255,81
O alimento “A” tem 333,92 cal por 100g ou 3.339,2 cal/Kg de energia digestivel
*
Fatores que afetam o valor da energia digestível:
O coeficiente de digestibilidade depende de numerosos fatores que influenciam direta ou indiretamente sobre a ingestão voluntária, a digestão e a absorção da energia dos alimentos. Estes fatores podem ser agrupados em dois grandes grupos:
Relacionados diretamente com o alimento,
Ligados diretamente ao animal.
*
Relacionados diretamente ao alimento:
Nível de alimentação,
Composição química,
Estado vegetativo da planta,
Método de conservação do alimento,
Influência de um alimento sobre outro da ração.
*
Ligados diretamente ao animal:
Somente a espécie tem importância, já que a raça, idade e o estado fisiológico não parece ter grande importância sobre a digestibilidade dos alimentos
*
Energia metabolizável
EM = é a diferença entre a energia digestível e a energia perdida sob forma de gases (metano) e urina.
EM = ED – (E. Gases + E. Urina)
Ou seja:
EM = EB – (E. FEZES + e Gases + E. Urina)
*
Energia produtiva:
EP = EM – perdas através das atividades metabólicas e ação dinâmico específicas (equilíbrio de Minerais , vit. e AA)
EL = descontadas as perdas referentes ao metabolismo e ação dinâmico específicas, a atividade passa a ter gasto energético juntamente com a produção.
*
Carboidratos como fonte de energia
Algumas espécies de bactérias, como as que vivem no rúmen dos animais, obtêm a energia para seu crescimento pela fermentação no rúmen, onde os CHO são quebrados em açúcares simples (glicose) e esses em metano, dióxido de carbono, água e ácidos graxos voláteis (AGVs).
AGVs 	 acético, butírico e propionico.
*
Carboidratos como fonte de energia
Carboidratos estruturais:
Celulose e hemicelulose
Aproximadamente 30 a 50% da Celulose e Hemicelulose ingerida pelos ruminantes é de fermentação lenta no rúmen.
Dietas ricas em fibras são pobres em energia, por isso os ruminantes tem que consumir grandes quantidades de fibras para suprir sua necessidades energéticas.
*
Carboidratos como fonte de energia
Carboidratos não fibrosos
Amido: 
60 a 100% é fermentado no rúmen
Fermenta mais rápido e requer menos espaço no rúmen
Estimula o reflexo de ruminação
Diferentes tipos de amido degradam em diferentes velocidades.
O amido que escapa da fermentação do rúmen pode ser digerido pelas enzimas do intestino delgado,
Se algum amido escapar da digestão intestinal, poderá ser digerido no intestino grosso, entretanto trará pouco benefício ao animal.
*
Carboidratos como fonte de energia
Carboidratos não fibrosos
Açucares simples (glicose, frutose, sacarose)
São fermentados rapidamente no rúmen. A fermentação é completa e os AGVs formados são os mesmos da fermentação da celulose, hemicelulose e amido.
*
Lipídios como fonte de energia
Existem poucos lipídios nas partes vegetativas das plantas. Normalmente uma pequena quantidade se encontra nas sementes.
As sementes de algumas plantas são chamadas de oleaginosas. Elas podem acumular até 20% da MS como lipídios.
*
Lipídios como fonte de energia
Tipicamente as dietas dos ruminantes adultos não contêm mais do que 3 a 5% de lipídios na MS.
Lipídios contem em torno de 2,25 vezes mais energia do que carboidratos.
Os lipídio não são utilizados como fonte de energia pelos microorganismos do rúmen.
Entretanto, os lipídios insaturados passam por um processo de saturação (microbiana) no rúmen. 
*
Lipídios como fonte de energia
Adição de lipídios na dieta:
Ação bernéfica:
Diminui o pó
Aumenta a concentração de energia
Ação limitante:
Excesso de gordura:
Pode causar depressão na ingestão de MS
Pode causar depressão das concentrações de gordura e proteína do leite
Pode causar diarréia.
*
Lipídios como fonte de energia
Observações:
Quando não protegidas as gorduras apresentam efeito negativo sobre a digestibilidade da fibra,
As sementes oleaginosa são normalmente melhores fontes de lipídios porque o óleo está no interior da planta,
Os óleos vegetais são mais insaturados do que a gordura animal,
Quando ambos não estão protegidos, o óleo vegetal deprime mais a digestibilidade da fibra do que a gordura animal.
*
Proteínas como fonte de energia
Compostos de uma ou mais cadeias longas de aa fortemente ligadas entre si.
Proteínas dos alimentos ↠ 16% de nitrogênio sendo o restante denominado de “esqueleto carbônico” 
↠ o esqueleto carbônico contem átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio que podem servir como fontes de energia da mesma forma que os CHO e lipídios.
*
Proteínas como fonte de energia
Os alimentos ricos em proteína são normalmente mais caros, portanto, não é recomendável sua utilização como fonte de energia, sob pena de elevação dos custos de produção dos animais.
*
Perguntas!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais