Aula de Biossegurança 7

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AULA 7
Desinfecção Meio líquido químico
Imergir o artigo totalmente
Enxaguar com água potável
Secar Acondicionar em recipiente desinfetado
Estocar
 É o processo de remoção ou destruição da 
maioria, mas não todos os organismos viáveis;
 Pode utilizar desinfetantes químicos, que 
matam os patógenos, mas não vírus ou esporos 
bacterianos;
 Na presença de matéria orgânica, os 
desinfetantes químicos têm sua atividade 
antimicrobiana reduzida ou mesmo inativada;
 Recipiente fechado: toxicidade dos vapores / alteração na 
concentração; 
 Temperatura/tempo: variáveis que interferem na ativação;
 Objetos / instrumentais: limpos e secos;
 Estabilidade: alteração no período de tempo de armazenagem; 
preparo na hora / marcadas com a data de vencimento;
 Produtos químicos (sabões /detergentes): alteração da 
concentração e inativação / neutralização;
 Classificação: nível alto / médio / baixo.
 Alto Nível: *matam todas as formas de vida
microbiana, inclusive os esporos;
 Desinfetantes usados em artigos que não suportam
os procedimentos de esterilização
 Ácido peracético (materiais de borracha butílica e nitrílica, vidro,
porcelana, PVC, polietileno e teflon); Glutaraldeído (ligas
metálicas, aço, inox, borrachas, plasticos, lentes ópticas);
Ortophtaldadeído a 0,55%.
*Somente matam esporos se utilizados com o tempo preconizado para
esterilização.
 1. A RDC 08 da ANVISA, de 27/02/2009, proíbe a esterilização 
de artigos de serviços de saúde utilizando soluções químicas 
sob imersão, reforçada pela RDC 31 de 04/07/2011. Desta 
forma, a descontaminação de artigos semicríticos 
termossensíveis é através do uso de desinfetantes de alto nível 
(ácido peracético, glutaraldeído a 2% e ortophtaldeído a 0,55%) 
no tempo preconizado para desinfecção. 
 2. Apesar da Resolução nº 431 da SESDEC (Secretaria de Estado 
de Saúde e Defesa Civil - RJ), de 29/08/2008 suspender, 
cautelarmente, o uso da solução de glutaraldeído a 2%, a 
Resolução nº 911 SESDEC (2009) revogou a interdição dos 
produtos a base de glutaradeído a 2%, alterando o parágrafo 
único do Artigo 2º da Resolução nº 500, podendo serem 
utilizados como desinfetantes/esterilizantes de artigos 
semicríticos.
 Mistura equilibrada de água/ácido acético/oxigênio/peróxido de hidrogênio;
 Ativo na presença de sangue, soro, fluidos corpóreos e gorduras; favorecendo 
a retirada dos artigos a serem processados; não necessita de pré-enxague; 
 Atóxico, irritante leve e não alergênico - porém necessita uso de EPI;
 Apresentação de uso: pó – frasco de 100 gramas rende 5 litros - misturado 
com água da torneira;
 Não substitui a esterilização por processo físico: não pode ser monitorada a 
qualidade da esterilização;
 Uso de fitas para avaliar a concentração: MEC(concentração mínima eficaz);
 Custo elevado;
 Pode corroer cobre, latão, ferro galvanizado e aço inoxidável;
 Biodegradável.
 Alta toxicidade e cancerígeno –irritação na pele, olhos e sistema respiratório: 
uso de luvas de borracha grossa, máscara, jaleco de manga longa e óculos;
 Ação biocida, bactericida, virucida, fungicida e esporicida;
 Odor forte: manipulação em ambiente bem ventilado;
 Soluções: concentração ativa (pH 7,5-8,5) de 14 a 28 dias;
 Tiras reagentes (MEC): controle da concentração da solução (até 20-25° dia); 
 Remoção completa: enxágue abundante;
 Recipiente com tampa para a solução: não metálico / não PVC; polietileno 
resistente ou similar; 
 Fixa proteínas – biofilme;
 Baixo custo.
 Concentração: 0,55%; 
 Não requer ativação – solução de pronto uso - estável em uma 
ampla faixa de pH (pH 3 a 9); 
 Evidencia a presença de matéria orgânica;
 Necessita enxágue (mínimo 3 x);
 Uso de fita teste (MEC) – uso de até 14 dias;
 Menos corrosivo e odor menos forte que o glutaraldeído; 
 Irritante para pele e olhos; ocasiona manchas em tecidos e pele: 
uso de EPI completo;
 Não requer monitorização ambiental.
 Glutaraldeído: 2% - 3,2% ; A SC: I - 30 min.;
*E A C: I -10/12 h);
 Ácido peracético: 2%; pó/líquido: A SC - I / S – F : 
15 min. ; *E A C: I – 30 min;
 Ortophtaldeído: 0,55%; A SC – I / 5-12 min. 
(20°C)
(S – superfície; A – artigo; F – fricção; I – imersão; SC -semicrítico; 
C – crítico; E – esterilização)
* Ver observações importantes (1) 
 Matam o bacilo da tuberculose, fungos, 
bactérias na forma vegetativa e vírus;
 Não atuam nos esporos bacterianos /outros 
microrganismos altamente resistentes;
 Compostos clorados (materiais plásticos e borrachas);
 Álcoois (etílico 70 – 77º; propílico / 
isopropílico); Digluconato de clorexidina.
 Atividade antimicrobiana: bactérias, fungos, vírus, HIV / 
HBV; pouco ativos: bacilos ácido-álcool resistentes / 
esporos;
 Descontaminação de superfície: limpeza prévia (água e 
sabão) / enxague /secagem da superfície;
 Desinfecção de artigos: prévia limpeza - ação bactericida 
diminui com presença de restos necróticos e sangue;
 Ação descolorante em tecidos; 
 Alta toxicidade (pele e olhos) – uso de EPI (luva, máscara 
e óculos);
 Nomes comerciais: Milton a 1%, Virex a 1%. Clorolabor, 
Virucid a 1% e 5%.
 Concentrações entre 70° e 90°- eficientes (formas vegetativas 
das bactérias);
 Concentração recomendada pelo MS (1994) em torno de 77° -
> atividade e ação residual; abaixo de 60% -< atividade 
bactericida;
 Álcoois propílico / isopropílico em concentrações de 40° a 80%: 
bactericidas para células vegetativas, substituem o álcool 
etílico;
 Iodo + álcool 70% em peso, na proporção de 0,5 a 1% (p/v): 
aumentam a atividade e ação residual;
 Contra indicado para materiais de acrílico, enrijece borrachas e 
tubos plásticos, corrosivo para alguns metais;
 Inflamáveis, causam irritação e ressecamento da pele; etanol e 
isopropanol são irritantes para os olhos / tóxicos.
 Efeito bactericida / bacteriostático;
 Antisséptico de ação oral / pele;
 Ação imediata / efeito residual / baixa toxicidade
 Solução hidroalcoólica de digluconato de 
clorexidina- concentrações a partir de 1%;
 Lenços de papel umedecidos para serem 
esfregados nas superfícies por 1 min.;
 Nome comercial: Bacti Buster, Bacti Kill, Bactidesc.
 Hipoclorito: 1% - 10 min (S – F); 1-1,5% - 30 min
(A SC – I); 3 ppm (0.3 ml – 500 ml – reservatório 
de água do equipo – para uso diário); 500 ppm
(25 ml-475 ml – reservatório de água do equipo 
– limpeza das linhas de água); 
 Digluconato de clorexidina: solução 
hidroalcoólica – > 1% - 1min. (S – F);
 Álcool etílico 70° - 90°: fricção 3x (espera secar) 
(S – F);
(S – superfície; A – artigo; F – fricção; I – imersão; SC-
semicrítico; C – crítico) 
 Não matam os esporos bacterianos, bacilo da 
tuberculose ou vírus não lipídicos em um 
tempo aceitável;
 Em tratamento de instrumentais e dispositivos 
não críticos;
 Quaternário de amônio; Fenóis.
 Nível intermediário ou baixo (microbicida) dependendo da 
concentração – bactericida ou bacteriostático;
 Absorvidos por material poroso / efeito residual / podem ser 
irritantes na pele e olhos (uso de luvas, óculos e máscara na 
manipulação, );
 Desinfecção de áreas críticas (bancadas, equipamentos, pisos 
etc) e artigos (metal, vidro, borracha e plástico);
 Ação por fricção - permanecer por 10 min, remover o excesso 
com toalhas de papel 
 Nomes comerciais: Duplofen a 5%, Biofen, Lisol, Duocide, 
Germepol, Free-germ 2100, Germekill.
 Somente para limpeza de pisos e paredes;
 Bactericidas para bactérias Gram +;
 Devem ser friccionados, com tempo de 
exposição de 10 min.;
 Apesar de baixa toxicidade: irrita pele - uso 
de EPI (luvas de borracha);
 Nomes comerciais: Desinlabor,Duocid Plus.
 Composto fenólico: Duplofen 5%: 25 ml – 475 
ml; 10 min; (S – F; A NC - F); 
 Quaternário de amônio: 10 min; somente 
piso/paredes (S – F).
(S – superfície; A – artigo; F – fricção; NC – não crítico)