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HUMANIDADE E TRANSCENDENCIA

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UNICAP
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: HUMANIDADE E TRANSCENDÊNCIA
RALDENY GOMES DA SILVA CALADO
ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO: Ética ambiental. 
RECIFE 23 DE MARÇO DE 2018
INTRODUÇÃO
 O autor, Josafá Carlos de Siqueira, em seu livro: “Ética e meio ambiente” expõe a relação da natureza, do ambiente, da ética ambiental com as várias esferas da vida em sociedade, como os movimentos sociais, a religião, a cultura, a relação grega entre homem e natureza, a visão teológica, a espiritualidade, o desenvolvimento sustentável e a educação ambiental. A fim de refletir a grave crise ética que vivemos nos distintos setores da sociedade civil, uma vez que tem repercussões também na relação da pessoa humana com a natureza e com Deus. Tendo em vista que, a temática do meio ambiente passou a integrar de maneira significativa as preocupações do Estado e da população na formação da cidadania. Mergulhada nos acertos e equívocos dos modelos políticos, sociais, e econômicos da sociedade pluralista contemporânea. Para fundamentar as suas convicções ele aborda questões e ideias de autores. Visando defender uma filosofia de natureza, na qual tem por finalidade criar uma conscientização da natureza não apenas numa mera condição de abjeto, mas como princípio e condutas normativas para melhorar a relação do homem com a natureza.
DESENVOLVIMENTO
A questão axiológica de uma ética ambiental. 
 Diante da grande crise nas relações do homem com a natureza, devem ser buscados novos rumos sustentados por profundo questionamento. Essa relação deve ser definida a partir de uma concepção sistêmica, reconhecendo-o como uma totalidade, um conjunto de ações e circunstâncias, naturais, culturais, sociais, físicas e econômicas. De acordo com Goméz-heras, uma filosofia da natureza qualitativa de natureza deve ser levar em consideração três elementos essenciais, a saber: subjetividade, teleologia e valor. Partindo, ainda, desta concepção a visão qualitativa de natureza pretende resgatar o mundo natural de sua mera condição de objeto, dando-lhe uma dignidade própria de sujeito de valor. 
Ética ambiental e ecocentrismo. 
 Ao falar da problemática ambiental, ele divide, para melhor compreender, em sete momentos marcantes na trajetória cultural da civilização ocidental. O primeiro ele remete ao pensamento grego, onde há um cosmo e, esse cosmo é o centro inspirador. No Segundo momento, a humanidade retira traços significativos do cristianismo e do islamismo, e essa fusão de culturas decorrente de contato continuado deram origem ao pensamento teocêntrico. No final da idade média, o chamado “O Século da Filosofia”, surge o terceiro momento, o das ideias, das artes, Logo abriu um grande espaço e, consequentemente surge o quarto momento: o das ciências modernas, nesse tempo, também, revolucionou a relação do homem com a natureza e a sociedade. Com o avanço das ciências, a tecnologia fica como a principal característica do quinto momento, e provoca uma grande reviravolta, uma vez que, atingi diretamente a cultura ocidental e cria um enorme horizonte sem fronteira. Com as grandes informações e com o avanço apreciável da ciência genética, a humanidade, por fim, visa à valorização da vida, chega ao momento em quer à vida é o centro de tudo. Finalmente, chega ao sétimo e ultimo momento: o ecocentrismo. Surge uma grande oposição ao pensamento antropocêntrico, diante da grave necessidade de visar à problemática ambienta na qual há uma grande inquietação com o meio ambiente, uma vez que surgem os fenômenos naturais, provocados pela ação irresponsável da humanidade, pelo rápido crescimento da população e do processo globalizante. A ética ambiental só fará sentindo quando as metas do ecocentrismo reconheçam as singularidades sócio-cultural-ambientais que são partes essenciais do processo global. 
A semântica da ética e do ethos e a questão ambiental. 
 Partindo-se da ética em sua dimensão social, que é a ciência da ação concreta auxiliando as sociedades a buscar o que é bom e desejável para todos, visando um conjunto de condutas normativas que tem por finalidade a articulação das relações entre o homem e a natureza ou a natureza e cultura. Enquanto a moral ambiental está voltada para o indivíduo, a dimensão ética ambiental assume um papel importantíssimo se preocupando com o comportamento do individuo na sociedade. O hábito, sendo bom, nos conduz a uma nova práxis, ou seja, a novas posturas éticas, ecologicamente corretas. Ele sendo ruim nos conduz a postura ética incorreta e ecologicamente contraditória. Portanto, é de fundamental importância preservar os bons costumes, a fim de ajudar a relação do homem com a natureza. 
A ética ambiental nas culturas tradicionais. 
 Na maneira subjetiva de ver e entender o mundo as culturas tradicionais e primitivas acreditam que não há o bem e o mal na relação homem e natureza, o que existe é a interação extremamente intima entre a terra e as formas caracterizadas pela existência de vida e pelo meio no qual não há vida. O espaço geográfico não é simplesmente um lugar onde se amplia as múltiplas relações, mas a mãe geradora da vida. A relação homem natureza e tão forte que qualquer atitude antiética agride não só a terra, mas também o homem. Eles também defendem que outros traços dessa cosmovisão é a humanização, a natureza é profundamente humanizada, uma vez que todas as coisas de realização humana e social são produzidas por ela e pra ela. Antes recorriam à imaginação e criavam mitos e superstições retratando a crença de que alguns animais foram no passado homens, humanizando cada vez mais essa interação do homem com a natureza. Por fim, mas não menos importante outro aspecto dessas cosmovisão é a concepção sagrada de natureza, onde há interação do humano com o divino com Deus com deuses. Diante desses fundamentos subjetivos, dessas características culturais tradicionais foram particularizados cinco traços éticos ambientais importantes. O primeiro é a dependência, na qual o homem precisa indispensavelmente da natureza para sobreviver, logo o homem como ser dependente, precisa responsabiliza-se com a natureza, uma vez que, embora pertençam a diferentes espécies, são definidos como apenas um organismo. O segundo traço ético-ambiental tem relação aos costumes adquiridos com a natureza, ou seja, as condições ambientais influenciam o modo de vida. O terceiro traço concerne no valor dado ao espaço ou ao território. Não podemos comprar a terra, pois não somos dono dela. O quarto traço ambiental tem a ver com manter o equilíbrio ambiental. O princípio do controle natural. O quinto traço tem relação à dimensão da sacralidade da natureza, conduz uma postura ética de respeito e admiração por toda a forma de vida. Portanto temos muito a aprender com as culturas tradicionais. Ainda que o estilo de vida seja diferente compartilham com os mesmos valores. 
Ética ambiental na relação grega entre homem e natureza desafio ou questionamento? 
 Diante de vários princípios e incerteza os gregos por muito tempo conservava na religião popular, um naturalismo que levava em conta os elementos da natureza, sobretudo a natureza sendo vista como ordem inspiradora. Segundo Tales o princípio fundamental da natureza era úmido, uma vez que a vida surgiu na água, na umidade, e a medida que nos afastamos dela nos aproximamos da morte. Para Anaximandro, o principio fundamental de tudo é o ilimitado, o indeterminado, o eterno indestrutível. Ele acreditava que a natureza animal se compreende a origem do homem. Anaxímenes defendia que o princípio de tudo era o ar. Uma vez que o ar está presente em tudo. Diante do pensamento da escola pitagórica, podemos perceber outro ponto de vista, uma vez que eles defendiam que a relação homem-natureza deveria ser expressa, sobretudo pela preservação dos seres vivos. Pois eles acreditavam que a alma humana passavapor diversas criaturas, animais ou vegetais. Olhando para outra escola grega podemos analisar que diferentes das demais escolas, a Eleatas acreditava que o que existe é apenas o ser, sendo esse uno, eterno, imóvel e infinito. Também há dois importantes pré-socráticos, Heráclito defendia a natureza como parte de tudo, e esse ser todo não podemos conhecer. Já Empédocles acreditava que na natureza não ocorrem mudança, apenas mistura e separação dos elementos. Diante da discussão entre homem e natureza na cultura ocidental, Platão deu uma grande contribuição na formação do pensamento das ideias e o mundo sensível, uma fez que ele entendeu que a natureza não é somente o que se torna visível, mas o inteligível que nossa inteligência descobre no mundo sensível, na natureza. Mas diferente do pensamento platônico, Aristóteles, em sua cosmologia, defendia que a natureza é formada de seres sensíveis que são inteligíveis em si mesmos. 
Ética ambiental na visão teológica 
 O homem um ser fechado em si mesmo, com pensamento antropocentrista arrogante, individualista e egoísta se considerando senhores absoluto da natureza, desconsidera a presença de deus na criação, apenas por ter a liberdade humana constituída em sua pluralidade. Porem sendo Deus um ser criador, da liberdade ao homem para dominar a terra no sentido de administrar, zelar, preservar e cuidar, não no sentido do domínio predador, destruidor e devastador, portando é necessário ver a dimensão da criação de maneira integral e profunda. Na bíblia há duas tradições interpretativas: na primeira é em função da salvação, o ponto de vista maior é dado ao homem. Na segunda tradição o homem é visto como parte fundamental no cosmo na qual o homem é compreendido na sua participação com deus e com o cosmo. Há também três princípios fundamentais dentro da visão espiritual, subjetiva, social e físico de ver o mundo. O primeiro é ver a criação com um olhar de bondade e amor. O segundo princípio é o da solidariedade, uma vez que na multiplicidade existencial estão solitárias com deus, em sua pluralidade criacionista. O terceiro princípio e da salvação integral. Portanto precisamos saber olhar a natureza com bondade e reconhecer o amor de Deus. 
Ética ambiental e espiritualidade 
 A ausência de valores espirituais causa uma crise moral da humanidade, diante disso é possível afirmar que há uma preocupação com a espiritualidade, pois somente ela nos ajudaria a incorporar uma nova visão de totalidade na relação do homem com a natureza. Francisco de Assis foi um dos grandes inspiradores da ética espiritualmente ecológica, deu uma enorme contribuição na formação da reflexão do amor a natureza. Além dele, outros metres espirituais do catolicismo procuraram viver, e também transmitir e desenvolver uma relação com a natureza unida às experiências espirituais. Alguns princípios fundamentais: recuperar o seu lugar e seu papel na criação, reconhecendo-se a si mesmo criaturas entre criaturas, a ética do respeito pela natureza exige que se preste atenção e consideração moral só bem de todas as criaturas. 
Ética ambiental nos movimentos ambientalistas 
 Diante do contexto de uma sociedade contemporânea pluralista, envolvida no desenvolvimento em defesa do meio ambiente, é de fundamental importância relacionar os princípios, a fim de equilibrar a relação do homem com o meio. Os movimentos ambientais fazem forte critica a sociedade tecnológico-ambiental, uma vez que essa evolução conseguiu homogeneizar as diferentes culturas e destruir a natureza em uma escala de tempo historicamente muito curta, visando apenas o lucro, a economia, deixando em segundo planos a relação do homem com a natureza e com Deus. Na relação entre sociedade e natureza, é possível perceber que os problemas ambientais estão ligados aos problemas sociais, tendo em vista que o homem é a natureza e esta é o seu mundo, admite-se que não se pode compreender a natureza separada da historia humana e vice-versa. 
Ética ambiental e desenvolvimento sustentável 
 O desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade abordam a associação de variáveis sociais, ambientais e econômicas como forças conjuntas para o crescimento e o desenvolvimento de um país, uma região ou um local. Os agentes sociais tem um papel transformador, sobretudo os mais excluídos como o índio, os oprimidos, a mulher, os jovens, é algo bastante inovador em um documento de caráter universal sobre o desenvolvimento sustentável. É talvez um apelo em favor dos valores éticos que esses agentes conservam. Tanto a justiça social como a justiça ambiental exige nova reorientação profunda, principalmente quando se fala em desenvolvimento sustentável. Em prol da almejada sustentabilidade ambiental é irremediavelmente necessário que os seres humanos se comportem de forma responsável.
Ética e educação ambiental 
 
 A espécie humana, desde a sua origem, buscou formas de influir no meio ambiente e de transformá-lo no sentido de atender às suas necessidades, mesmo que em certas ocasiões essa transformação tenha se mostrado desfavorável, o processo de educação ambiental é um dos desafios mais históricos que nos estimulam a refletir e a repensar as praticas correta. Os diferentes impactos ambientais ocorrem principalmente em função do tipo de relação que o ser humano estabelece com o meio ambiente. Ao longo de sua evolução enquanto espécie biológica, o homem desenvolveu sua organização social e, junto com ela, criou sua cultura, gerando novas formas de relacionamento com a natureza. Logo, a forma como a humanidade atua, produz e vive é produto de um modo de pensar e agir em relação à natureza e aos outros seres humanos que remete há muitos séculos. Há quatro valores fundamentais a se seguir, do ponto de vista de uma ética ambiental, a saber: o reconhecimento do valor da natureza, o respeito pela natureza, o imperativo da conservação da natureza e a responsabilidade ética de administrar a natureza. Portanto é possível perceber que existem vários desafios éticos para a consolidação do processo de educação ambiental. 
Ética ambiental e doutrina social da igreja 
 Dada a emergencial da problemática social, A consciência humana deve esta voltada em dominar a sua dominação. Chegou a hora de o homem modificar sua postura ética, uma vez que o homem levou milhares de anos dominando a natureza, essa postura antiética, ocasiono uma verdadeira catástrofe ecológica. É de fundamental importância que a humanidade procure aprender a dominar sua espirito dominador sobre a criação. Na carta apostólica, o pontífice lembra que eticamente o ser humano já tem a consciência de que uma exploração desenfreada da natureza acaba não só por destruí-la, mas por fazer o próprio homem vitima desta degradação. Muitos ecologistas cristãos acreditam em três principio fundamentais: anterioridade teológica, dignidade criacional e a relação ontológica. Diante disso podemos concluir que a doutrina social da igreja tem procurado contribuir para a questão ecológica. 
 
Ética ambiental na perspectiva das novas gerações 
 A problemática ambiental abriu um processo de transformação do conhecimento, expondo a necessidade de gerar um método capaz de pensar de forma integrada e não como uma coleção de partes dissociadas, deste sentido a humanidade tem um papel importante na formação da mentalidade das gerações futuras. Para enfrentar os problemas globais e complexos, assim como a articulação de processos de diferentes ondem de materialidade. Levando em considerações sete pontos fundamentais e importantes: responsabilidade e humanidade, apreciar a beleza da natureza, união do espaço social e do espaço ambiental, ética ambiental e justiça, desenvolvimento e ecologia, princípios fundamentais de uma ética ambiental, e uma atitude de respeito e aceitação. Portanto, o novo paradigma pode ser chamado de uma visão holística, que idealiza o mundo como um todo, e não como um conjunto de partes desconexas. Neste sentido,também pode ser denominado de uma visão ecológica. Isto é, este sentido amplo e profundo.
CONCLUSÃO 
 O ser humano vem passando por inúmeras transformações comportamentais ao longo de sua existência na face da Terra. Atualmente, identifica-se uma desestruturação que se instalou tanto no que diz respeito às praticas morais e sociais, quando na relação do homem com o meio ambiente. Assim, a emergência de uma nova reflexão ética é de extrema urgência nos dias de hoje, sobretudo de uma Ética Ambiental que possa refletir e reagir aos diversos danos causados ao meio ambiente. 
REFERÊNCIAS
Carlos. J.S “Ética e meio ambiente.” Ed. Loyala, São Paulo, SP.

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