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31_10_2012 a 14_11_2012 - DISFUNÇÕES ORTOPÉDICAS DE QUADRIL

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Prof. Ms. André Luis Maierá Radl 
 
 
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ANTERIOR POSTERIOR 
3 
 
ÂNGULO DE INCLINAÇÃO: 
 
> 125° = coxa valga 
< 125° = coxa vara 
 
Retroversão (ângulo < 12°) 
tendência à rot. lat. 
Anteversão (ângulo > 12°) 
tendência à rot. med. 
 
4 
Longitudinal 
 
Horizontal Rotação 
medial/lateral 
Ântero-Posterior Frontal Adução 
Ântero-Posterior Frontal Abdução 
Látero-lateral Sagital Extensão 
Látero-lateral Sagital Flexão 
Eixo Plano Movimento 
5 
INSTÁVEL 
R.E.+FLEXÃO 
+ADUÇÃO 
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DISPLASIA 
“CONGÊNITA” 
(DO DESENVOLVIMENTO) 
DO QUADRIL 
•LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL (LCQ)- ANTIGA 
alguns quadris, aparentemente normais ao nascimento, se tornam 
progressivamente subluxados ou luxados tardiamente. 
•DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL (DDQ) 
Mais ampla 
AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons, AAP – American Academy of Pediatrics, POSNA – Pediatric Orthopaedics 
Society of North America, EPOS – European Pediatric Orthopaedics Society SBOP – Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica 
•LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL(LDQ) 
•Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 
NOMENCLATURA 
Alteração do desenvolvimento dos ossos da articulação 
do quadril = falta de cobertura acetabular 
 
Luxação Congênita do Quadril 
(apenas ao nascimento) 
 
Displasia 
Anomalias relacionadas ao desenvolvimento de um 
órgão ou tecido, intimamente relacionadas ao 
código genético (humano ou não); 
 
Anormalidade no tamanho, na morfologia, na 
orientação anatômica ou na organização da cabeça 
femoral, na cavidade acetabular em ambos.[ 
Rev Bras Ortop. 2010;45(2):116-21 
 
• um em cada 1.000 recém-nascidos - quadril 
luxado 
• cerca de 10 em 1.000 - quadril subluxado 
(instável). 
 
INCIDÊNCIA 
7 
ETIOLOGIA 
Desconhecida 
Fatores étnicos e genéticos (displasia/ frouxidão) 
Fatores mecânicos (posição intra-uterina e hábitos pós-
natais/ aumento do peso da criança...) 
Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 
Rev Bras Ortop. 2010;45(2):116-21 
usualmente, o quadril esquerdo da criança está 
comprimido contra o sacro da mãe, levando 
à maior adução, o que favoreceria, logo 
após o parto, o aumento da instabilidade do 
quadril. Tal fato poderia explicar a maior 
incidência no quadril esquerdo. 
Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 
Avaliação 
• Diagnóstico clínico 
• Manobra de Ortolani (até o terceiro mês) 
 
• Manobra de Barlow 
– Manobra provocativa de luxação 
– Oposto ao Ortolani 
 
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QUADRIL INSTÁVEL ! 
•Os quadris podem ser 
instáveis, mas sem luxação!! 
•Ortolani negativo 
•A manobra de Barlow positiva 
demonstra que o quadril está 
reduzido, mas é deslocável; 
enquanto a manobra de Ortolani 
positiva demonstra que o quadril 
está deslocado, mas é redutível. 
-Sinais tardios: 
-sinal de Trendelemburg e marcha 
claudicante 
-encurtamento do membro (sinal de Lloyd 
-Roberts), 
-Hipotrofia muscular, 
-saliência do grande trocânter, 
-assimetria das pregas inguinais e glúteas, 
-limitação da abdução, 
-escoliose 
Outros testes: 
• Galeazzi e Telescopagem 
• Sinais tardios 
galeazzi 
 - Raio X, 
- US***precoce, 
- Artrografia, 
- TC (não permite visualizar 
osteonecrose), 
- RM 
Diagnóstico por Imagem 
9 
RADIOGRAFIA 
• epífises femorais 
proximais (cabeças dos 
fêmures) não estão 
ossificadas até os quatro/ 
seis meses de vida. 
 
nos primeiros meses de vida, a articulação coxo-
femoral é totalmente cartilaginosa, portanto 
radiotranparente e de difícil avaliação!! 
 
Kleinberg em 1936 - é o 
ângulo formado pela 
linha de Hilgenreiner 
e uma segunda, 
traçada tangente ao 
teto acetábulo. 
 
• os ângulos maiores 
que 30 graus sugerem 
a existência de 
displasia. 
Tratamento 
a) recém-nascido até aos três meses de vida 
redução e estabilização 
b) três meses de vida até a idade da marcha 
• redução incruenta (fechada) 
• imobilização em aparelho gessado pelvipodálico 
• Tenotomia dos músculos adutores do quadril. 
c) após a idade da marcha 
• redução aberta (cruenta) 
• osteotomias 
 
 
 RN: órteses abdutoras 
 - dinâmicas (aparelho de Pavlik) – primeiras semanas 
 - abd. 60 ° flx. 110 ° 
 ALÇAS/SUSPENSÓRIO DE PAVLIK 1957. 
•Diagnóstico e utilização precoce 
• Flexão + abdução 
• 6 a 8 semanas de uso 
•Permitir a remodelagem do acetábulo 
 
 
 
Beaty, J.H.: “Congenital and developmental anomalies of the hip and pelvis”, in 
Canale, S.T. & Beaty, J.H.: Operative pediatric orthopaedics, St. Louis, Mosby, 1995. 
p. 135-139. 
 
Bertol, P.: Uso do suspensório de Pavlik no tratamento da luxação congênita do 
quadril. Rev Bras Ortop 22: 163-168, 1987. 
 
Pavlik, A.: The functional method of treatment using a harness with stirrups as the 
primary method of conservative therapy for infants with congenital dislocation of 
the hip. 1957 [classical article]. Clin Orthop 
281: 4-10, 1992. 
10 
95% de bons resultados –diag. Precoce. 
 
 
previnem a extensão ativa e 
passiva dos quadris mas 
permitem todos os outros 
movimentos 
 
 RN: órteses abdutoras 
 - estáticas (aparelho de abdução fixa) 
 
- Tratamento Ortopédico: 
 centrar a cabeça e deixá-la estável (depende da idade) 
 
 abd.+- 60° 
 flx. 90/110° 
 
 6° mês: (sem solução com Pavlik) 
 tração cutânea prévia - 2 semanas( pouco sucesso na prevenção de 
osteonecrose) 
 redução incruenta sob anestesia geral 
 imobilização em gesso (4 a 5 meses) 
 
 9°/10° ….mês: insucesso dos tratamentos anteriores…. 
 tratamento cirúrgico: 
 (tenotomia de adutores e iliopsoas )= Secção cirúrgica de um tendão, 
 imobilização em GPP (4 sem.) 
osteotomia pélvica: 
 
 
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Complicações 
• Rigidez articular 
• Osteonecrose das epífises – deformidades do colo 
 
 
 - normalização da ADM 
 - normalização da FM 
 - estimulação do DNM 
 - treino de marcha e 
 funcionalidade 
Fisioterapia 
DOENÇA DE 
LEGG-CALVÉ-
PERTHES 
• necrose asséptica da cabeça femoral 
• Afecção autolimitada, 
• Isquemia do núcleo ósseo epifisário proximal do 
fêmur da criança, 
• etiopatogenia obscura 
• Prognóstico controverso 
• Incidência: 
 1/1200 sexo masculino (4:1) 2 -12 anos 
 
Características 
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES 
Necrose avascular 
central idiopática da 
cabeça femural, que 
acomete o esqueleto 
imaturo, auto-limitante 
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DOENÇA DE 
LEGG-CALVÉ-PERTHES 
• Fases: 
1- Necrose 
2- Fragmentação 
3- Reossificação 
4- Definitivo 
 
• Fases: 
1- Necrose 
2- Fragmentação 
3- Reossificação 
4- Definitivo 
 
Claudicação, 
Dor, 
Atrofia, 
Encurtamento do 
membro, 
Quadro clínico 
limitação da ADM (rot.int.) 
 
Limite para a 
abdução 
Thomas positivo 
contratura em flexão 
 
13 
 
sinal de Trendelemburg + 
 
 - Raio X (fase evolutiva e extensão da lesão) 
 - Cintilografia óssea (diagnóstico precoce) 
 - Artrografia e RM 
Diagnóstico 
• Tratamento Ortopédico: 
 centrar a cabeça no acetábulo 
 
 Conservador (lesões pouco extensas, < 50%) 
 - gessos ou órteses de abdução 
 
 Cirúrgico (lesões extensas, > 50%) 
 - osteotomias femorais ou pélvicas 
 - imobilização PO por 4/6 semanas *** 
 - fisioterapia PO* 
artrodistrator 
 
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EPIFISIÓLISE 
OU 
EPIFISIOLISTESE 
• Enfraquecimento/espessamento da epífise 
• Estresse- Deslocamento póstero-inferior da placa 
epifisária da cabeça do fêmur 
• Traumática ou idiopática, uni ou bilateral (25%) 
• sexo masculino (2:1), 9 -16 anos 
Características 
• Adolescentes obesos 
• Fatores traumáticos, mecãnicos ou 
endócrinos ? 
Incidência e etiologia 
- Insidioso 
- dor inguinal e irradiada 
- marcha antálgica (claudicante) 
- atrofia muscular 
- Postura do membro inferior em rotação 
externa/ adução 
- Encurtamento do membro 
- Limitação para flexão, abdução e rot. int. 
- Qc estável – deambulação com muletas 
- QC instável – incapaz de andar 
Quadro clínico 
SANTILI, C. Rev Bras Ortop _ Vol. 36, Nº 3 – Março, 2001 
- Pré-Deslizamento (Alargamento da placa e perda do 
aspecto serrilhado) 
- Deslizamento (1/3, metade, mais da metade) 
- Deformidade física (consolidação ) 
Fases 
1. ESPESSAMENTO 
2. PERDA DO ASPECTO 
SERRILHADO 
3. ESCORREGAMENTO 
4. OSTEOPENIA 
Raio-X 
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• Cirúrgico : 
Fixação com pinos ou parafusos 
Osteotomia com fixação 
 
• Pós-operatório 
 
• Conservador 
Tratamento 
• Tratamento Ortopédico : 
- Pré-deslizamentos – parafuso único 
- evitar a progressão 
- deslizamento= epifisiodese 
Risco de necrose! 
 
Condrólise ! 
• Reabilitação (precoce): 
- ADM e FM (imediato) 
- Carga no membro operado - 4ª/6ª sem PO 
BURSITE 
TROCANTERIANA 
• 14 a 20 bursas nesta região 
• Bursas maiores e uma menor; 
• Bursa do glúteo máximo- entre suas fibras e o trocanter maior. 
• Bursa do glúteo médio- entre o tendão do músculo 
e a parte súpero-lateral da superfície anterior do trocanter. 
 
• Bursa menor do glúteo mínimo - entre o tendão deste músculo 
e a parte medial da superfície anterior do grande trocanter. 
 
• A banda iliotibial move-se anteriormente 
com a flexão e posteriormente com a 
extensão. 
• mobilidade comprometida- irritação da 
bursa. 
• Desequilíbrio muscular entre adutores e 
abdutores (atleta / pelve larga). 
• Corrida: desgaste do calçado na região 
póstero-lateral. 
Etiopatogenia 
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Desgaste no 
calcanhar Aumento da supinação 
no toque de calcanhar 
Transmitido à superfície 
lateral da perna 
Aumento da tração do 
glúteo máximo através 
da banda iliotibial. 
Bursite 
Trocantérica 
EXEMPLO: 
• Teste de Ober positivo. 
• Abdução e extensão contra resistência irá 
acentuar os sintomas. 
 
Avaliação 
 
• Dor: 
• palpação da superfície lateral do quadril e coxa 
• irradiação 
• deambulação 
• cruzar as pernas na posição sentada 
• deitar sobre o lado afetado 
• Teste de Ober positivo - dor à abdução de quadril 
• Abdução e extensão contra resistência irá acentuar os sintomas. 
Quadro clínico 
 
• Terapêutica analgésica e antinflamatória 
• Técnicas de Alongamento (banda iliotibial/ glúteos) 
• Massagens profundas (músculos/ aponeuroses) 
• Orientação de calçados 
• Reeducação esportiva e postural 
• palmilhas (diferenças de comprimento dos membros)... 
Tratamento 
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SÍNDROME DO 
PIRIFORME 
Tipo 1 (87,5% ), quando o nervo 
passa debaixo do músculo 
piriforme 
Tipo 2 (11,54% ), quando o 
nervo isquiático emerge dividido 
e passa pelo meio e debaixo do 
músculo 
Tipo 3 (0,96%), quando o nervo 
isquiático passa acima do nervo 
• Irritação do nervo Ciático 
quando este passa abaixo ou 
entre as fibras do músculo 
Piriforme. 
• Em pequena parte da população, 
o nervo passa entre as fibras 
musculares. 
• Mais freqüente em homens – 6:1 
SLUMP TEST LASEGUE 
 
TESTE SD. PIRIFORME 
 
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• Queixa de dor profunda e localizada na 
superfície posterior do quadril. 
• Dormência e formigamento em direção à perna 
• Dor na RE resistida 
• Dor no estiramento passivo de RI 
Quadro clínico 
• Mobilização neural* 
• Alongamento (cautela) 
• Reequilíbrio muscular 
• Reeducação postural 
• Reorganização ergonômica 
• Massagem 
• Ultrassom 
• laser 
Tratamento 
PUBALGIA 
(PUBEÍTE) 
(OSTEÍTE PÚBICA) 
região de baixo suprimento 
sanguíneo ! 
anfiartrose, com fina camada de cartilagem 
hialina, separada por um disco de 
fibrocartilagem 
comum em esportes que requerem o apoio constante 
sobre uma perna e mudança rápida de direção ! 
Futebol 
Atletismo 
Judô 
rugby 
 
 
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• processo inflamatório Progressivo que acomete a sínfise 
púbica, produzindo alterações condrais e ósseas 
• Dor na região da sínfise púbica e/ou na inserção dos 
adutores (virilha) 
• normalmente unilateral 
• Piora com esforço 
• Melhora com repouso 
 
Características 
etiologia 
• encurtamento de 
isquiotibiais- maior 
elevação da púbis do 
lado do chute 
• fraqueza de rotadores 
internos 
 
overuse de 
adutores 
(longo) 
- sobrecargas (“overuse”) 
- Chute 
- Corrida 
- exerc. Abdominais 
- Terreno 
- calçado 
 
forças de cisalhamento criadas na sínfise púbica, 
pela contração antagônica simultânea de adutores 
e abdominais durante o movimento do chute. 
 
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Comportamento da pelve em apoio unipodal 
 
Exame físico 
- dor pubiana 
- dor em adutores 
- Manobra de Grava 
 
 
DIAGNÓSTICO POR 
 IMAGEM: 
- Raio X: hipertrofia 
óssea, desinserção 
- Cintilografia óssea 
- TC 
- RM 
 
• Tratamento Conservador: 
 
- repouso (+- 30 dias) 
- Anti-inflamatórios e relaxantes musculares 
- Gelo / US 
- Após 5/10 dias: iniciar fortalecimento de 
adutores e abdominais 
- Retorno às atividades sem sintomas 
 
 
Alongamento de 
adutores e 
abdominais 
 
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Tratamento Cirúrgico: 
 
- tenotomia de adutores/ liberação de abdominais- aponeurose 
- debridamento da sínfise púbica, 
- pubectomia parcial. 
- artrodese 
 
 
 
 
Pós-Operatório: 
 
- 2 dias com dreno 
- Deambulação com muletas por +- 5 dias 
- Após 5° dia: alongamentos (adutores e abdominais) 
- Após 10°dia: iniciar FM e bicicleta 
 
 
 
Pós-Operatório: 
 
- Após 3ª/4ª semana: trote – corrida 
 propriocepção 
 gestual esportivo 
 
 
 
 
 
- Após 5 ª/6ª semana: 
retorno gradual ao esporte

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