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1 Prof. Ms. André Luis Maierá Radl 2 ANTERIOR POSTERIOR 3 ÂNGULO DE INCLINAÇÃO: > 125° = coxa valga < 125° = coxa vara Retroversão (ângulo < 12°) tendência à rot. lat. Anteversão (ângulo > 12°) tendência à rot. med. 4 Longitudinal Horizontal Rotação medial/lateral Ântero-Posterior Frontal Adução Ântero-Posterior Frontal Abdução Látero-lateral Sagital Extensão Látero-lateral Sagital Flexão Eixo Plano Movimento 5 INSTÁVEL R.E.+FLEXÃO +ADUÇÃO 6 DISPLASIA “CONGÊNITA” (DO DESENVOLVIMENTO) DO QUADRIL •LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL (LCQ)- ANTIGA alguns quadris, aparentemente normais ao nascimento, se tornam progressivamente subluxados ou luxados tardiamente. •DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL (DDQ) Mais ampla AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons, AAP – American Academy of Pediatrics, POSNA – Pediatric Orthopaedics Society of North America, EPOS – European Pediatric Orthopaedics Society SBOP – Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica •LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL(LDQ) •Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 NOMENCLATURA Alteração do desenvolvimento dos ossos da articulação do quadril = falta de cobertura acetabular Luxação Congênita do Quadril (apenas ao nascimento) Displasia Anomalias relacionadas ao desenvolvimento de um órgão ou tecido, intimamente relacionadas ao código genético (humano ou não); Anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação anatômica ou na organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular em ambos.[ Rev Bras Ortop. 2010;45(2):116-21 • um em cada 1.000 recém-nascidos - quadril luxado • cerca de 10 em 1.000 - quadril subluxado (instável). INCIDÊNCIA 7 ETIOLOGIA Desconhecida Fatores étnicos e genéticos (displasia/ frouxidão) Fatores mecânicos (posição intra-uterina e hábitos pós- natais/ aumento do peso da criança...) Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 Rev Bras Ortop. 2010;45(2):116-21 usualmente, o quadril esquerdo da criança está comprimido contra o sacro da mãe, levando à maior adução, o que favoreceria, logo após o parto, o aumento da instabilidade do quadril. Tal fato poderia explicar a maior incidência no quadril esquerdo. Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2000 Avaliação • Diagnóstico clínico • Manobra de Ortolani (até o terceiro mês) • Manobra de Barlow – Manobra provocativa de luxação – Oposto ao Ortolani 8 QUADRIL INSTÁVEL ! •Os quadris podem ser instáveis, mas sem luxação!! •Ortolani negativo •A manobra de Barlow positiva demonstra que o quadril está reduzido, mas é deslocável; enquanto a manobra de Ortolani positiva demonstra que o quadril está deslocado, mas é redutível. -Sinais tardios: -sinal de Trendelemburg e marcha claudicante -encurtamento do membro (sinal de Lloyd -Roberts), -Hipotrofia muscular, -saliência do grande trocânter, -assimetria das pregas inguinais e glúteas, -limitação da abdução, -escoliose Outros testes: • Galeazzi e Telescopagem • Sinais tardios galeazzi - Raio X, - US***precoce, - Artrografia, - TC (não permite visualizar osteonecrose), - RM Diagnóstico por Imagem 9 RADIOGRAFIA • epífises femorais proximais (cabeças dos fêmures) não estão ossificadas até os quatro/ seis meses de vida. nos primeiros meses de vida, a articulação coxo- femoral é totalmente cartilaginosa, portanto radiotranparente e de difícil avaliação!! Kleinberg em 1936 - é o ângulo formado pela linha de Hilgenreiner e uma segunda, traçada tangente ao teto acetábulo. • os ângulos maiores que 30 graus sugerem a existência de displasia. Tratamento a) recém-nascido até aos três meses de vida redução e estabilização b) três meses de vida até a idade da marcha • redução incruenta (fechada) • imobilização em aparelho gessado pelvipodálico • Tenotomia dos músculos adutores do quadril. c) após a idade da marcha • redução aberta (cruenta) • osteotomias RN: órteses abdutoras - dinâmicas (aparelho de Pavlik) – primeiras semanas - abd. 60 ° flx. 110 ° ALÇAS/SUSPENSÓRIO DE PAVLIK 1957. •Diagnóstico e utilização precoce • Flexão + abdução • 6 a 8 semanas de uso •Permitir a remodelagem do acetábulo Beaty, J.H.: “Congenital and developmental anomalies of the hip and pelvis”, in Canale, S.T. & Beaty, J.H.: Operative pediatric orthopaedics, St. Louis, Mosby, 1995. p. 135-139. Bertol, P.: Uso do suspensório de Pavlik no tratamento da luxação congênita do quadril. Rev Bras Ortop 22: 163-168, 1987. Pavlik, A.: The functional method of treatment using a harness with stirrups as the primary method of conservative therapy for infants with congenital dislocation of the hip. 1957 [classical article]. Clin Orthop 281: 4-10, 1992. 10 95% de bons resultados –diag. Precoce. previnem a extensão ativa e passiva dos quadris mas permitem todos os outros movimentos RN: órteses abdutoras - estáticas (aparelho de abdução fixa) - Tratamento Ortopédico: centrar a cabeça e deixá-la estável (depende da idade) abd.+- 60° flx. 90/110° 6° mês: (sem solução com Pavlik) tração cutânea prévia - 2 semanas( pouco sucesso na prevenção de osteonecrose) redução incruenta sob anestesia geral imobilização em gesso (4 a 5 meses) 9°/10° ….mês: insucesso dos tratamentos anteriores…. tratamento cirúrgico: (tenotomia de adutores e iliopsoas )= Secção cirúrgica de um tendão, imobilização em GPP (4 sem.) osteotomia pélvica: 11 Complicações • Rigidez articular • Osteonecrose das epífises – deformidades do colo - normalização da ADM - normalização da FM - estimulação do DNM - treino de marcha e funcionalidade Fisioterapia DOENÇA DE LEGG-CALVÉ- PERTHES • necrose asséptica da cabeça femoral • Afecção autolimitada, • Isquemia do núcleo ósseo epifisário proximal do fêmur da criança, • etiopatogenia obscura • Prognóstico controverso • Incidência: 1/1200 sexo masculino (4:1) 2 -12 anos Características DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES Necrose avascular central idiopática da cabeça femural, que acomete o esqueleto imaturo, auto-limitante 12 DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Fases: 1- Necrose 2- Fragmentação 3- Reossificação 4- Definitivo • Fases: 1- Necrose 2- Fragmentação 3- Reossificação 4- Definitivo Claudicação, Dor, Atrofia, Encurtamento do membro, Quadro clínico limitação da ADM (rot.int.) Limite para a abdução Thomas positivo contratura em flexão 13 sinal de Trendelemburg + - Raio X (fase evolutiva e extensão da lesão) - Cintilografia óssea (diagnóstico precoce) - Artrografia e RM Diagnóstico • Tratamento Ortopédico: centrar a cabeça no acetábulo Conservador (lesões pouco extensas, < 50%) - gessos ou órteses de abdução Cirúrgico (lesões extensas, > 50%) - osteotomias femorais ou pélvicas - imobilização PO por 4/6 semanas *** - fisioterapia PO* artrodistrator 14 EPIFISIÓLISE OU EPIFISIOLISTESE • Enfraquecimento/espessamento da epífise • Estresse- Deslocamento póstero-inferior da placa epifisária da cabeça do fêmur • Traumática ou idiopática, uni ou bilateral (25%) • sexo masculino (2:1), 9 -16 anos Características • Adolescentes obesos • Fatores traumáticos, mecãnicos ou endócrinos ? Incidência e etiologia - Insidioso - dor inguinal e irradiada - marcha antálgica (claudicante) - atrofia muscular - Postura do membro inferior em rotação externa/ adução - Encurtamento do membro - Limitação para flexão, abdução e rot. int. - Qc estável – deambulação com muletas - QC instável – incapaz de andar Quadro clínico SANTILI, C. Rev Bras Ortop _ Vol. 36, Nº 3 – Março, 2001 - Pré-Deslizamento (Alargamento da placa e perda do aspecto serrilhado) - Deslizamento (1/3, metade, mais da metade) - Deformidade física (consolidação ) Fases 1. ESPESSAMENTO 2. PERDA DO ASPECTO SERRILHADO 3. ESCORREGAMENTO 4. OSTEOPENIA Raio-X 15 • Cirúrgico : Fixação com pinos ou parafusos Osteotomia com fixação • Pós-operatório • Conservador Tratamento • Tratamento Ortopédico : - Pré-deslizamentos – parafuso único - evitar a progressão - deslizamento= epifisiodese Risco de necrose! Condrólise ! • Reabilitação (precoce): - ADM e FM (imediato) - Carga no membro operado - 4ª/6ª sem PO BURSITE TROCANTERIANA • 14 a 20 bursas nesta região • Bursas maiores e uma menor; • Bursa do glúteo máximo- entre suas fibras e o trocanter maior. • Bursa do glúteo médio- entre o tendão do músculo e a parte súpero-lateral da superfície anterior do trocanter. • Bursa menor do glúteo mínimo - entre o tendão deste músculo e a parte medial da superfície anterior do grande trocanter. • A banda iliotibial move-se anteriormente com a flexão e posteriormente com a extensão. • mobilidade comprometida- irritação da bursa. • Desequilíbrio muscular entre adutores e abdutores (atleta / pelve larga). • Corrida: desgaste do calçado na região póstero-lateral. Etiopatogenia 16 Desgaste no calcanhar Aumento da supinação no toque de calcanhar Transmitido à superfície lateral da perna Aumento da tração do glúteo máximo através da banda iliotibial. Bursite Trocantérica EXEMPLO: • Teste de Ober positivo. • Abdução e extensão contra resistência irá acentuar os sintomas. Avaliação • Dor: • palpação da superfície lateral do quadril e coxa • irradiação • deambulação • cruzar as pernas na posição sentada • deitar sobre o lado afetado • Teste de Ober positivo - dor à abdução de quadril • Abdução e extensão contra resistência irá acentuar os sintomas. Quadro clínico • Terapêutica analgésica e antinflamatória • Técnicas de Alongamento (banda iliotibial/ glúteos) • Massagens profundas (músculos/ aponeuroses) • Orientação de calçados • Reeducação esportiva e postural • palmilhas (diferenças de comprimento dos membros)... Tratamento 17 SÍNDROME DO PIRIFORME Tipo 1 (87,5% ), quando o nervo passa debaixo do músculo piriforme Tipo 2 (11,54% ), quando o nervo isquiático emerge dividido e passa pelo meio e debaixo do músculo Tipo 3 (0,96%), quando o nervo isquiático passa acima do nervo • Irritação do nervo Ciático quando este passa abaixo ou entre as fibras do músculo Piriforme. • Em pequena parte da população, o nervo passa entre as fibras musculares. • Mais freqüente em homens – 6:1 SLUMP TEST LASEGUE TESTE SD. PIRIFORME 18 • Queixa de dor profunda e localizada na superfície posterior do quadril. • Dormência e formigamento em direção à perna • Dor na RE resistida • Dor no estiramento passivo de RI Quadro clínico • Mobilização neural* • Alongamento (cautela) • Reequilíbrio muscular • Reeducação postural • Reorganização ergonômica • Massagem • Ultrassom • laser Tratamento PUBALGIA (PUBEÍTE) (OSTEÍTE PÚBICA) região de baixo suprimento sanguíneo ! anfiartrose, com fina camada de cartilagem hialina, separada por um disco de fibrocartilagem comum em esportes que requerem o apoio constante sobre uma perna e mudança rápida de direção ! Futebol Atletismo Judô rugby 19 • processo inflamatório Progressivo que acomete a sínfise púbica, produzindo alterações condrais e ósseas • Dor na região da sínfise púbica e/ou na inserção dos adutores (virilha) • normalmente unilateral • Piora com esforço • Melhora com repouso Características etiologia • encurtamento de isquiotibiais- maior elevação da púbis do lado do chute • fraqueza de rotadores internos overuse de adutores (longo) - sobrecargas (“overuse”) - Chute - Corrida - exerc. Abdominais - Terreno - calçado forças de cisalhamento criadas na sínfise púbica, pela contração antagônica simultânea de adutores e abdominais durante o movimento do chute. 20 Comportamento da pelve em apoio unipodal Exame físico - dor pubiana - dor em adutores - Manobra de Grava DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: - Raio X: hipertrofia óssea, desinserção - Cintilografia óssea - TC - RM • Tratamento Conservador: - repouso (+- 30 dias) - Anti-inflamatórios e relaxantes musculares - Gelo / US - Após 5/10 dias: iniciar fortalecimento de adutores e abdominais - Retorno às atividades sem sintomas Alongamento de adutores e abdominais 21 Tratamento Cirúrgico: - tenotomia de adutores/ liberação de abdominais- aponeurose - debridamento da sínfise púbica, - pubectomia parcial. - artrodese Pós-Operatório: - 2 dias com dreno - Deambulação com muletas por +- 5 dias - Após 5° dia: alongamentos (adutores e abdominais) - Após 10°dia: iniciar FM e bicicleta Pós-Operatório: - Após 3ª/4ª semana: trote – corrida propriocepção gestual esportivo - Após 5 ª/6ª semana: retorno gradual ao esporte
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