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26/8/2012 1 PROFª : CLEIDE MARIANO TITULAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO Análise Titrimétrica ou Volumetria? � O termo “análise titrimétrica” refere-se à análise química quantitativa feita pela determinação do volume de uma solução, cuja concentração é conhecida com exatidão. Este termo nos remete à titulação. � O termo “análise volumétrica” ainda é muito usado, apesar de não ser o mais correto pois pode referir-se simplesmente à medida de volumes, como no caso de gases. � A análise titrimétrica tem vantagem sobre a gravimetria por ser realizada de maneira mais rápida. 2 Titrimetria ou Volumetria Inclui um grupo de métodos analíticos clássicos baseados na medição de uma quantidade de um reagente de concentração exatamente conhecida que é necessária para reagir completamente com o analito. 3 26/8/2012 2 Vantagens dos métodos volumétricos � A precisão (0,1%) é melhor do que na maior parte dos métodos instrumentais. � São mais adequados para análises eventuais ou nas quais o número de amostras é pequeno. � O equipamento não requer calibração constante. � São relativamente baratos, com baixo custo unitário. � São comumente empregados para calibrar ou verificar a exatidão de análises de rotina feitas com instrumentos. �Podem ser automatizados. 4 Desvantagens dos métodos volumétricos � São menos sensíveis e menos seletivos do que os métodos instrumentais. � O volume de trabalho é muito grande quando é necessário analisar grande número de amostras. �Neste caso, os métodos instrumentais tornam-se mais rápidos e de baixo custo. 5 Como é efetuado? T I T U L A Ç Ã O Titulante Titulado ou analito 6 26/8/2012 3 Titulação É uma operação analítica utilizada em análise volumétrica com o objectivo de determinar a concentração de soluções. 7 Como se executa uma titulação? Titulante (bureta) – solução de concentração desconhecida com volume conhecido titulado (erlenmeyer) – solução com concentração conhecida, mas de volume conhecido. Titulação consiste na adição de uma solução de concentração rigorosamente conhecida e uma solução com concentração desconhecida 8 Solução Padrão 9 TITULAÇÃO .SOLUÇÃO PADRÃO PADRONIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO CONHECIDA 26/8/2012 4 Determinação da concentração da solução padrão T I T U L A Ç Ã O SOLUÇÃO A SER PADRONIZADA PADRÃO PRIMÁRIO 10 Padrão Primário O padrão primário é um composto suficientemente puro e estável que permite preparar uma solução padrão (primária) por pesagem direta do composto e diluição até um determinado volume de solução 11 Requisitos De Um Padrão Primário: � Alta pureza � Estabilidade ao ar � Disponível, custo acessível � Ausência de água de hidratação � Solubilidade no meio de titulação � Composição não deve variar com umidade � Alta massa molar: erro relativo associado a pesagens é minimizado 12 26/8/2012 5 Determinação da concentração da solução padrão � Solução padrão preparada que terá sua concentração determinada por volumetria. � Volume conhecido de uma solução padrão cuja concentração foi determinada pelo método direto (massa de padrão primário). � Concentração conhecida. T I T U L A Ç Ã O Padronização - exemplo 13 Determinação da concentração da solução padrão 14 O que é padrão secundário em volumetria? � É um composto cuja pureza pode ser estabelecida por meio de análise química quantitativa e que serve de referência para os métodos titrimétricos . � Não preenche todos os requisitos exigidos para um padrão primário, mas sua pureza pode ser adequadamente estabelecida, assegurando as condições da análise volumétrica. Reação Ao adicionar uma solução conhecida em outra desconhecida acontecerá uma reação. Como poderei utiliza-la? Estequiometria da reação 15 26/8/2012 6 Para que uma reação seja utilizada 1. Reação simples e com estequiometria conhecida 2. Apresentar mudanças químicas ou físicas (pH, temperatura, condutividade), principalmente no ponto de equivalência 3. Reação rápida 16 Pontos estequiométrico e final de uma titulação � O ponto estequiométrico, de equivalência ou final teórico de uma titulação é aquele calculado com base na estequiometria da reação envolvida na titulação. � O ponto final de uma titulação é aquele determinado experimentalmente. 17 Ponto Estequiométrico A altura da relação entre o número de mols do titulante adicionadas e o número de mols do titulado é a prevista pela estequiometria da reação: nácido = nbase 18 26/8/2012 7 Detecção do Ponto Estequiométrico Existem dois métodos: Instrumental Colorimétrico 19 Cálculos volumétricos Equações importantes 1) nA = mA MMA onde: nA = número de móis mA = massa da substância química MMA = massa molar da substância química 2) M1V1 = M2V2 onde: M = molaridade das soluções V= volumes de cada solução, respectivamente. 20 Cálculos volumétricos 21 Equações importantes 3) nA = CA x VA onde: nA = número de móis CA = concentração da solução VA = volume da solução 4) Fator estequiométrico - exemplo Na2 CO3↔ 2Na+ + CO3 2- (um mol de carbonato de sódio para dois mols de íon sódio). 26/8/2012 8 Cálculos volumétricos 22 No fim da titulação: Titulante(A) Concentração: conhecida, CA Volume: conhecido, VA Titulado(B) Concentração: desconhecida Volume: conhecido, VB Classificação das reações químicas em volumetria 1. Reações de neutralização: entre ácidos e bases Ex: NaOH e HCl 2. Reações de precipitação: entre íons que formam precipitados. Ex: íon prata e íon cloreto formando AgCl(s) 3. Reações de oxirredução Ex: determinação de hipoclorito com tiosulfato de sódio 4. Reações de formação de complexos Ex: determinação de cálcio com EDTA 23 Volumetria de Neutralização São métodos de análise química clássica amplamente empregados para determinar quantidades de ácidos e de bases. 24 26/8/2012 9 Reação de Neutralização ... ocorre uma reação completa entre um ácido e uma base ácido + base → sal + água Por exemplo: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) 25 Titulações ácido-base pH varia durante uma titulação 26 Como varia o pH durante uma titulação? Titulações ácido-base 27 As titulações ácido base podem ser de três tipos: �Ácido forte-base forte �Ácido fraco-base forte �Ácido forte-base fraca e distinguem -se pelo pH no ponto de equivalência. 26/8/2012 10 Curvas de titulação 28 A curva de titulação é o gráfico que mostra como a concentração de um dos reagentes varia quando o titulante é adicionado. Esboço de uma curva de titulação de um ácido 29 pH inicial Ponto de equivalência Volume de titulante gasto até ao ponto de equivalência Curvas de titulação 30 O ponto de equivalência da titulação não corresponde obrigatoriamente a uma solução neutra (pH = 7 a 25ºC). O pH no ponto de equivalência depende da força relativa das espécies envolvidas na reação. Assim: Ácido Forte + Base Forte � Sal Neutro + Água (pHeq = 7) Ácido Forte + Base Fraca � Sal Ácido + Água (pHeq < 7) Ácido Fraco + Base Forte � Sal Básico + Água (pHeq > 7) 26/8/2012 11 31 50 mL de ácido acético 0,1 M Curva de Titulação 32 � Ler o volume de titulante gasto até ao ponto de equivalência � Identificar titulante/titulado � Identificar a titulação Propriedades Ácido-Base dos Sais 33 �Hidrólise salina: descreve a reação de um anion ou de um cation de um sal, ou de ambos, com a água. A hidrólise de um sal emgeral afeta o pH da solução. Sais que produzem soluções neutras: NaNO3(aq) � Na+(aq)+NO3- (aq) Sais que produzem soluções básicas: CH3COONa(s) � Na+(aq)+CH3COO-(aq) CH3COO-(aq)+H2O � CH3COOH(aq)+OH-(aq) Sais que produzem soluções ácidas: NH4Cl(aq)�NH+4 + Cl- NH+4 + H2O�NH3+H3O+ 26/8/2012 12 Propriedades Ácido-Base dos Sais 34 Sais em que o cations e o anions se hidrolisam Kb>Ka. Se Kb do anion é maior do que Ka do cation, então a solução deve ser básica, porque o anion se hidrolisa em maior extensão do que o cation. No equilíbrio haverá mais íons OH- do que íons H+. Kb<Ka. Inversamente se Kb do anion é menor do que Ka do cation, então a solução deve ser ácida, porque o cation se hidrolisa em maior extensão que o anion; Ka ≈ Kb. Se Ka é aproximadamente igual a Kb, a solução será práticamente neutra. Propriedades Ácido-Base dos Sais 35 Sais em que o cations e o anions se hidrolisam Identificação do ponto estequiométrico 36 Adiciona-se ao titulado um indicador ácido-base que muda de cor quando se atinge o ponto de equivalência. 26/8/2012 13 37 Indicadores ácido/base Um indicador ácido/base é um ácido orgânico fraco ou uma base orgânica fraca, cuja forma não dissociada possui cor diferente daquela exibida por sua base conjugada ou seu ácido conjugado. 38 Indicadores ácido/base Exemplo: indicador tipo ácido orgânico fraco HInd +H20 ↔↔↔↔ H30+ + Ind- Cor ácida Cor básica Forma não Forma dissociada dissociada Base conjugada Ka = [H30+] [Ind-] [H30+] = Ka [Hind] [Hind] [Ind-] 39 Indicadores ácido/base Exemplo: indicador tipo base orgânica fraca In + H20 ↔↔↔↔ InH + + OH- Cor básica Cor ácida Forma não Forma dissociada dissociada Ácido conjugado 26/8/2012 14 40 Indicadores ácido/base FENOLFTALEÍNA 41 Indicadores ácido/base Teoria de Ostwald mudança de cor de um indicador deve-se modificações estruturais, que incluem formas ressonantes. VERMELHO DE FENOL 42 Indicadores ácido/base Faixa de pH onde ocorre a mudança de cor O olho humano não é muito sensível a diferenças de cor provocadas pela ação dos indicadores ácido/base quando: 0,1 > [HInd] > 10 [Ind-] 26/8/2012 15 43 Indicadores ácido/base Faixa de pH onde ocorre a mudança de cor [H30+] = Ka [HInd] [Ind-] [H30+] = 10 Ka (máximo) ou [H30+] = 0,1 Ka (mínimo) 44 Indicadores ácido/base Faixa de pH onde ocorre a mudança de cor [H30+] = 10 Ka (máximo) pH (cor ácida) = - log 10 Ka = - log 10 – log Ka pH (cor ácida) = pKa - 1 pH (cor básica) = - log 0,1 Ka = - log 0,1 – log Ka pH (cor básica) = pKa + 1 Faixa de pH de um indicador é igual a pKa ±±±± 1 Exemplo: indicador com Ka = 1 x 10-5, pKa = 5 Faixa de mudança de cor estará entre pH 4 e 6. 45 Indicadores ácido/base Zona de Transição ou Ponto de Viragem É a variação de um indicador que corresponde a um meio ácido para a cor que corresponde a um meio básico não é brusca, mas ocorre num certo intervalo de pH. 26/8/2012 16 46 Indicadores ácido/base Fatores que afetam a Zona de Transição � Concentração � Temperatura � Pressão 47 48 Indicadores ácido/base [ ] [ ] [ ] [ ] básicacor a predomina0 ácidocor a predomina0 ⇒≥ ⇒≥ − − HIn In In HIn Indicador Em ácido Em base Gama de pH Azul de timol Vermelho Amarelo 1,2-2,8 Azul de bromofenol Amarelo Purpura 3,0-4,6 Laranja de metilo Laranja Amarelo 3,1-4,4 Vermelho de metilo Vermelho Amarelo 4,2-6,3 Azul de clorofenol Amarelo Vermelho 4,8-6,4 Azul de bromotimol Amarelo Azul 6,0-7,6 Vermelho de cresol Amarelo Vermelho 7,2-8,8 Fenolftaleína Incolor Rosa 8,3-10,0 26/8/2012 17 49 Indicadores ácido/base 50 Indicadores ácido/base Escolha do indicador Estes passos de análise teórica devem ser executados antes da análise no laboratório, visto que, a não observância da relação pH do ponto de equivalência/ pH do ponto final poderá levar a um considerável erro. Calcular o pH : 1. Antes de iniciar a titulação. 2. Entre o início da adição do titulante e o ponto de equivalência. 3. No ponto de equivalência. 4. Entre o ponto de equivalência e o final da titulação. Erro de titulação 51 A diferença entre o ponto final (observado pela mudança de cor) e o ponto de equivalência é o inevitável erro de titulação. Quanto mais perto do pH do ponto de equivalência for a da mudança de cor do indicador, menor o erro do indicador ou erro de titulação. OBS: Nunca usar mais do que algumas gotas do indicador para uma titulação, pois eles são preparados em soluções ácidas ou básicas, e assim se for utilizado um volume muito grande, ele poderá interferir na análise. 26/8/2012 18 Erro de titulação 52 Ponto de equivalência e ponto final Entretanto, essa diferença existe é determina o erro de titulação: Et = Vpf – Vpe Et = erro de titulação Vpf= volume gasto até a identificação do ponto final Vpe= volume teórico para atingir o ponto de equivalência
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