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DIREITO DAS COISAS 
TURMA CNC UNIRITTER
2011/2
ATENÇÃO:
ESSE MATERIAL É UMA COMPILAÇÃO DAS AULAS MINISTRADAS NA UNIRITTER 
NA TURMA CNC 2011-2 SOBRE A MATERIA DIREITO DAS COISAS, FEITA POR 
ALUNOS.
SERVE APENAS DE DE PARÂMETROS PARA OS ESTUDOS PREPARATÓRIOS PARA 
O GRAU A, GRAU B1, GRAU B2 E GRAU C.
PORTANTO
AO PROFESSOR NÃO DEVE SER IMPUTADA RESPONSABILIDADE ALGUMA 
SOBRE O CONTEÚDO DESCRITO AQUI.
QUEM ESTIVER INTERESSADO PODE UTILIZAR PARA SI E, SE QUIZER, 
DISTRIBUIR DE FORMA GRATUITA.
UNIRITTER TURMA CNC 2011-2
DIREITO DAS COISAS
Posse originária: não há concordância da outra parte.
Posse derivada: oriunda de uma relação jurídica, havendo um acordo de vontades.
ex. posse locatário, arrendatário.
art. 1196 e 1198. 
Detentor: o empregado com o carro da empresa, embora esteja usando não é possuidor 
por que ele só tem em seu poder por exercer sua função.
Permissão não constitui posse.
Dia 02 de agosto de 2011
Posse direta e posse indireta: é ao quanto exercício de poder; art. 1197.
Ex.: proprietário (registrado no registro de imóveis e móveis – aluga o apto para outrem – 
chama-se de possuidor indireto) e possuidor direto é aquele que está com a coisa 
temporariamente (locatário – posse direta);
Poderá haver possibilidade de sublocações, tendo mais de um possuidor indireto e um só 
possuidor direto.
Sempre que o possuidor indireto violar os direitos do possuidor direto, este poderá se 
defender – art.1197.
Obs: Relação obrigacional: relação pessoal de fazer e dar, ex. locação.
Relação de direito real: estarão relacionadas no art. 1225 CC, relacionadas entre pessoa 
e coisa. Centro do contrato é a coisa, tem reflexo em toda comunidade, todas são 
inscritas em registros de imóveis.
Vícios da posse: a posse quando advém de uma relação jurídica, na origem ela é 
normalmente justa (é aquela livre de vícios) e derivada; será injusta quando na origem 
existir um dos seguintes vícios:
a) Vício da violência : está relacionado a tomada do bem na origem de forma violenta, 
tanto expressa quanto fática; violência física (cortar arames, bater no funcionário, 
bater nos animais que cuidam das coisas) e (tomar algo para si que não é seu).
b) Vicio da clandestinidade: é a posse que na origem é injusta, iniciada as 
escondidas, às escuras, às escondidas, sorrateiramente;
c) Vicio da precariedade : é a posse que tem origem em um abuso de confiança, ou 
seja, o possuidor precário recebeu a coisa mediante acordo com o dono do bem 
(acontece em relação negocial e de família); ex.: recebeu em comodato, locação 
(pagou um tempo e após inadimpliu), empréstimo.
• Quando a posse for originária (não há concordância do possuidor indireto) ela sempre 
será uma posse viciada na origem, por que ela é uma posse injusta.
Posse Jus Possessionis: está vinculada a autorização de ter a posse pelo tempo, lhe dá 
suporte por ter um direito a partir da própria posse. Ex.: invasão de ano e dia.
Obs.: se alguém se instala em um imóvel e nele se mantém, mansa e pacificamente, por 
mais de ano e dia, cria uma situação possessória, que lhe proporciona direito a proteção. 
Tal direito é chamado de Jus Possessionis ou posse formal, derivado de uma posse 
autônoma, independentemente de qualquer título. (...) O possuidor só perderá o imóvel 
para o proprietário, futuramente, nas vias ordinárias. Enquanto isso, aquela situação será 
mantida. E será sempre mantida contra terceiros que não possuam nenhum título nem 
melhor posse. CARLOS ROBERTO GONÇALVES.
Posse Jus Possedendi (a possuir): é o direito a possuir a coisa em função de uma 
autorização. Tem uma relação negocial da propriedade, o único a possuir é o proprietário.
Obs.: já o direito a posse, conferido ao portador de título devidamente transcrito, bem 
como ao titular de outros direitos reais, é denominado jus possedendi ou posse causal. 
(...) Em suma, no jus possidendi se perquire o direito, ou qual o fato em que se estriba o 
direito que se argüi. CARLOS ROBERTO GONÇALVES.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE QUANTO AO TEMPO:
Pensar na ótica do ofendido; está vinculado a liminar possessória.
Posse nova: é a posse iniciada e que conta no prazo de até ano e dia;
Posse velha: é a posse que conta após ano e dia;
Servem ou não a concessão liminar do art. 920 CPC;
Art. 920 - A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o 
juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela, cujos requisitos 
estejam provados.
Art. 1199 – composse: o exercício possessório de duas ou mais pessoa sobre a mesma 
coisa ou bem imóvel; compartilhada. Ex.: casamento sem um excluir o direito do outro. 
Dia 08 de agosto de 2011.
Revisão da aula anterior!
Art. 1196 – conceito possuidor. Todo aquele que tem de fato o direito de usufruir da coisa.
Art. 1198 – conceito detentor. Esta em seu poder mantendo a posse para outrem. Ex. 
vendedor que usa carro da empresa parece ser possuidor, mas ele não tem poder sobre o 
bem. Ele só usa a coisa nas restrições do possuidor.
Art. 1208 – não é considerado posse, é mera tolerância.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a 
violência ou a clandestinidade.
Art. 1197 – é diferente do art. 1199, há uma bipartição de poder, sendo um poder mais 
próximo chamado de direto ou imediato e outro indireto, que fica acima do direto. Ex. na 
locação quem está com o bem é o locatário e por isso ele tem a posse direta; como 
possuidor indireto é o proprietário. Só pode ocorrer em época temporária.
Art. 1200 posse justa e posse injusta. Toda posse originária será uma posse injusta. 
Posse originária tomada de forma unilateral, sem ter autorização do proprietário. Ex.: 
invasão.
Posse derivada: autoriza outro a tê-lo. Ex.: locação. A posse derivada pode ser injusta, 
acontece quando tem o conhecimento do vício originário. 
Princípio da relatividade do vício: o vício está entre as pessoas, o vício existente na 
origem da posse é em relação as pessoas e não na coisa em si.
Art. 1201 – posse de boa-fé, posse justa.
Quando não tem acordo entre as partes, sendo originária, não classifica a posse direta e 
indireta;
A posse própria é quando tem a disponibilidade do bem;
EXERCÍCIO:
1. Saturno dos Santos toma posse de um galpão pertencente a Tranquilo Santos, 
utiliza-o por dois meses tomando cuidado para que Tranquilo não perceba. Após 
este período oferece o galpão ao Sr. Vivaldo Nunes avisando-o para que só utilize 
a coisa sem a percepção de Tranquilo. Passados oito meses Vivaldo procura 
Tranquilo com o objetivo de locar o galpão. Classifique a posse de Saturno e 
Vivaldo.
Saturno: posse originária tomada de forma unilateral, injusta porque tem vício, vício de 
clandestinidade; ao dado subjetivo de má-fé, porque sabe que não lhe pertencia; posse 
nova. 
Vivaldo: posse derivada, pois tem a autorização do possuidor que tinha a posse; injusta, 
porque ele tem consciência do vício de clandestinidade; quanto ao dado subjetivo é de 
má-fé; posse nova porque não passou de 1 ano e um dia.
Vivaldo em relação ao Tranquilo: posse derivada; é justa e de boa-fé; poder da posse 
direta é de Vivaldo; indireta de Tranquilo.
2. Malvino Blanco toma a força a fazenda de Idolino Lopes, no mesmo dia instala na 
fazenda o Sr. Jacinto Santos, como capataz da fazenda, passados 4 meses 
quando Malvino vai a fazenda dar ordens quanto ao plantio Jacinto rechaça 
dizendo que aquela fazenda a partir deste momento é sua. A atitude de Jacinto 
aconteceu há 15 dias.Classifique a posse ou detenção.
Malvino: posse originária, injusta, vício de violência, subjetivo de má-fé, posse nova; 
Jacinto é detentor neste momento.
Jacinto: possuidor originário, injusta, vício de precariedade, subjetivo de má-fé, posse 
nova.
Dia 09 de agosto de 2011
Posse “ad interdicta”: se utiliza no dia-dia forense, uma posse passível de cuidados de 
defesa judicial, mediante ações possessórias adequadas.
 É aquela posse onde o possuidor (direto ou indireto) pode lançar mão das ações 
possessórias caso ocorra ofensa a sua posse. Se o direto não agir o indireto poderá agir.
Posse “ad usucapionem”: é a posse qualificada pela aquisição do bem (propriedade) 
através da usucapião. Analisar a posse ap. dos artigos 1240, 1238, 1239 e 1242. 
Preencher o tempo e os outros requisitos do artigo. Exige moradia. 
Em invasão, o esbulhado que só tem legitimidade ativa numa ação possessória. Terceiros 
não tem legitimidade. Após ano e dia o que esbulhou só sairá da posse mediante 
sentença.
II - EFEITOS DA POSSE
Art. 1210 CC c/c artigo 926 e 927 CPC.
1210: ofensa à posse. 
*Gravíssima esbulho = perda da posse. Agente ativo = esbulhador. Aquele que sofre a 
ação = esbulhado. Ação correspondente reintegração da posse.
*Mediana turbação: incomodação no exercício da posse; o possuidor não consegue 
exercer a posse livre de incômodos. Ação correspondente: manutenção de posse.
*fraca ameaça: objetivo de ameaçar (contra coisa ou contra a pessoa) para que ele 
(possuidor) desista, objetivo final a posse daquela coisa. Esta ameaça deve ser sempre 
ilegal. Ação correspondente: Interdito Proibitório, uma ordem que proíbe o cumprimento 
do que vai fazer.
Nas ações possessórias a comprovação da propriedade é irrelevante. Ele deve 
comprovar que ele é possuidor. Comprovar mediante comprovantes (água, luz, contas, 
correspondências...) e testemunhas.
O art. 927, III CPC deve ser lido com o artigo 924. 
As ações possessórias tem procedimentos especiais. A cognição das ações possessórias 
é referente somente sobre as posses e os prejuízos decorrentes dela – art. 921 e 924 
CPC. O ofensor de após ano e dia perde o caráter liminar.
Art. 921 - É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho;
III - desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento
III - Reflexo nas benfeitorias: art. 1214 até 1222: indenização das benfeitorias, verificar 
quando foi feito as benfeitorias, e se foi feito de boa-fé; 
*Possuidor de boa-fé: art. 1214, 1217, 1219, 1222 (2ª parte).
*Possuidor de má-fé: art. 1216, 1218, 1220, 1222 (1ª parte).
Benfeitorias Necessárias: benfeitorias são imprescindíveis para a manutenção da própria 
coisa, realizadas com objetivo de manter a própria coisa. Ex: trocar telha onde tem 
goteira, uma pintura onde não tinha outra para conservar a coisa. 
Analisar na ótica do proprietário.
Benfeitorias úteis: comodidade maior a coisa. 
Benfeitorias voluptuárias: benfeitorias em exageros, desnecessárias.
beaborges@ibest.com.br
Dia 15 de agosto de 2011
Direito de ascensão e benfeitorias. 
A Ascensão ocorre quando se constrói algo totalmente novo. Ex.: construção de uma casa 
numa invasão que não havia nada. *As ascensões nunca serão consideradas como 
necessárias. *A análise das espécies de benfeitorias sempre é feita pelo destino dado 
pelo dono (ou possuidor próprio) da coisa.
Benfeitorias são melhoramentos realizados sobre algo já existente.
Obs.: A indenização é computada de acordo com perdas e danos, conta-se o que perdeu 
se fosse alugada ou morasse, sobre a benfeitoria feita.
IV - Aquisição da propriedade através da usucapião.
Requisitos gerais para usucapião:
a) Posse com “animus domini”: tem a coisa pra si, utilizando em seu nome se vendo 
como proprietário fosse. Querer e se comportar como se dona fosse e não 
respeitar (não submeter-se) o proprietário da coisa.
Obs.: terras devolutas (terras do Estado) não é possível usucapir. Somente as 
posses anteriores a 88.
b) Posse mansa e pacifica: por todo período deve ser tranquila, seja passível que o 
proprietário não quis mais a coisa;
c) Posse continua: posse sem intervalos, utilizando por vários anos sem abandonar;
d) Posse sem interrupção: sem interrupção judicial, nunca teve uma ação judicial que 
a pessoa tenha perdido este bem;
Requisitos específicos para cada modalidade:
1) Usucapião especial urbana ou urbana constitucional (art. 1240 CC e 183 CF e art. 
9º da Lei nº 10.257/2001):
a) Área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados - ou edificações no 
art. 9º da lei 10.257/01;
b) possuir por cinco anos;
c) moradia sua ou de sua família;
d) não ser proprietário de outro imóvel seja na área urbana seja na área rural; obs.: 
comprovar que não sou a proprietária mediante registro imobiliário; comprovar que 
não possui bens dentro da comarca que está a coisa; não pode ser proprietária de 
bens em outros estados;
2) Usucapião constitucional rural ou especial rural (art. 1239 e 191 CF e art. 7º e 4º da 
Lei 6969/81):
a) Área rural até 50 hectares;
b) Cinco anos;
c) Moradia e produtividade (produtividade para manter sua família – a família deve 
trabalhar podendo ter funcionários); se mantem da produção;
d) Não ser proprietário de outro imóvel seja na área urbana, seja na área rural; obs.: 
comprovar que não sou a proprietária mediante registro imobiliário; comprovar que 
não possui bens dentro da comarca que está à coisa; não pode ser proprietária de 
bens em outros estados; qualquer pessoa pode trazer prova de propriedade ao 
processo;
3) Usucapião extraordinária (art. 1238 CC):
a) tempo de 15 anos (único requisito);
b) independentemente de título e boa-fé (invasor);
c) área urbana e rural sem restrição de “tamanho da área”;
d) pode ter outros imóveis;
4) Usucapião extraordinária “especial” (§único do art. 1238)
a) tempo de 10 anos, com moradia habitual, ou algo que tenha retorno para 
sociedade (alugar para outrem, comércio – fins de lucros), ou produtividade (fins 
econômicos para o bem);
b) independentemente de título e boa-fé (invasor);
c) área urbana e rural sem restrição de “tamanho da área”;
d) pode ter outros imóveis;
Dia 22 de agosto de 2011
5) Usucapião ordinária (art. 1242): 
a) Justo título: é um documento palpável que no entanto tem algum vício que o torna 
anulável - posicionamento majoritário. Significa que usucapiente adquiriu daquele 
que “aparentemente” estava autorizado ou tinha poderes para vender. No entanto o 
documento é anulável.
Posição minoritária: incluí entre o título justo também aquele que é nulo, 
exemplo: venda “non domino” de quem não é o dono, sendo que jamais poderá 
ser utilizada como justo título
b) boa-fé;
c) Possuir por 10 anos;
Obs.: no caso concreto é melhor usar a modalidade do extraordinário especial, pois há 
divergência na doutrina quanto ao justo título (por nulo ou anulável), juntar no processo 
este título como prova.
6) Usucapião especial urbana (Art. 9º da Lei 10.257/01):
a) Mesma modalidade do 1.240, ela complementa a constituição no art. 183;
7) Usucapião coletiva (art. 10 da Lei do Estatuto da Cidade – 10.257/01):
a) Área superior de 250 m²;
b) Impossibilidade (difícil neste molde) de identificar os terrenos de forma individual;
c) Os possuidores não podem ser proprietários de nenhum outro imóvel nem na área 
urbana, nem rural, prova pelo próprio usucapiente dentro da comarca;
PROCEDIMENTO INDIVIDUAL (941 CPC):
RÉUS: proprietário registral e confinantes/lindeiros(vizinhos, eles são chamados para 
dizer se foi invadido alguma parte deles, e se for positivo deve se defender neste 
momento);
COLETIVO:
RÉUS: confinantes que fazem divisa com o local (vila); será fracionada a área entre os 
possuidores. 
Depois de feito a divisão do condomínio, se por ventura tiver a necessidade 
implementação de ruas ou entidades a divisão devera ser feita novamente após a 
construção de tal:
Dia 30 de agosto de 2011
CAUSAS QUE IMPEDEM (ART.197CC), CAUSAS QUE SUSPENDEM (ART. 198) E 
CAUSAS QUE INTERROMPEM (ART. 202 C/C 219 CPC): O PRAZO PARA A 
AQUISIÇÃO DA COISA ATRAVÉS DA USUCAPIÃO.
Causa impeditiva: a pessoa tem acesso à coisa por uma situação jurídica com o dono da 
coisa. O que impede a prescrição: I – cônjuge reside na casa do cônjuge não corre a 
prescrição por estar lá devido ao casamento; II – moram por serem parentes do 
proprietário; III - teve acesso em função da curatela ou tutela que esta exercendo; 
obs: impeditiva e suspensiva protege o proprietário da coisa;
Causa suspensiva: suspende o prazo para usucapir. I – contara a partir da maioridade dos 
possuidores, não importando os anos anteriores que residiram. Ex. dado em aula dos 
menores de João e Maria proprietários de um bem com quatro anos de idade, espera-se a 
maioridade dos proprietários para começar a contar a posse requisitada para usucapir; ex. 
de morte passando a coisa por herança para descendente menor, conta-se o prazo que 
haviam cumprido até a morte do de cujus suspendendo até a maioridade do herdeiro 
contando-se após para completar o tempo faltante.
Interrupção: extintiva antes de fechar o prazo de prescrição. Na usucapião depois de 
passar o prazo para usucapir. Interrompe o prazo após citação válida.
Aula 05 de setembro de 11
POSSIBILIDADE DE USAR A POSSE DOS ANTERIORES PARA USUCAPIR:
Art. 1243 - O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos 
antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto 
que todas sejam contínuas, pacíficas. 
*Há posicionamentos que não pode usucapir na modalidade de 5 anos, tendo o possuidor 
uma posse única. Há outros posicionamentos que afirmam que pode usucapir na 
modalidade de 5 anos se preencher os requisitos que a lei exige.
OBS.:Ao ajuizar a ação de usucapião é necessário comprovar e provar a posse dos 
cessionários anteriores!
Art. 1238, §único: deve ser preenchido um dos requisitos expostos neste dispositivo; a 
prova deverá ser feita de todos os possuidores de boa-fé.
Usucapião urbana coletiva (Art. 10 da Lei 10.257): deixa claro que se soma a posse.
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos 
caracteres. *recebem da mesma forma que o falecido deixou, com as mesmas 
características e vícios. Nunca desvinculam os herdeiros e legatários.
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor (mantem o 
vício – continua o do art. Antecedente); e ao sucessor singular (terceiro possuidor) é 
facultado unir sua posse à do antecessor (corre o risco – depende do caso), para os 
efeitos legais. *Exemplo dado do vício de precariedade, para usucapir somando a posse 
do antecessor é necessário provar que não houve vício. Há dois posicionamentos quanto 
a usucapião com o vício.
Obs.: o juízo para ajuizar a ação é sempre no lugar da coisa – art. 95 CPC. Pelo principio 
de imediatidade.
Exercício:
1) Claudionor Fernandes possui de forma mansa, pacífica e ininterrupta com “animus 
domini” uma área urbana de 1.500m², em Lajeado, desde o ano de 1990 (invadiu a 
área). Em 2011 quando procurou um profissional para regulariza-la descobriu no 
registro de imóveis que a área pertence a Antenor Ramos nascido em 1989. É 
possível Claudionor Fernandes usucapir a área? Por quê? Em tese levando os 
dados da questão qual seria a modalidade da usucapião?
Ap. 2005 começa a contar para o possuidor usucapir, pois a partir deste ano o 
proprietário adquiriu a maioridade. 
Claudionor não pode usucapir, porque deveria preencher os requisitos da 
Usucapião extraordinária “especial” (§único do art. 1238). Não preenche o requisito 
do tempo de posse e nem específica no teor desta questão se Claudionor tinha 
uma moradia habitual conforme prevê esta modalidade.
Requisitos:
a) tempo de 10 anos, com moradia habitual, ou algo que tenha retorno para 
sociedade (alugar para outrem, comércio – fins de lucros), ou produtividade (fins 
econômicos para o bem);
b) independentemente de título e boa-fé (invasor);
c) área urbana e rural sem restrição de “tamanho da área”;
d) pode ter outros imóveis;
Dia 06 de setembro de 11
2) Rosélia e Virgílio Japur são proprietários e possuidores do lote urbano nº 114 da 
quadra 10 do loteamento porque. Do Sabiá, em Bento Gonçalves, e que, em uma 
extensão de 16m faz divisa com o terreno de propriedade de Volmir Riva. Este em 
15 de setembro de 2010 procedeu na remoção da cerca do terreno de Rosélia e 
Virgílio e adentro no lote dos mesmos em 25m², fato que foi objeto de ocorrência 
policial. Tudo foi fotografado, e as fotografias comprovam o deslocamento da cerca 
do terreno para o lado esquerdo sentido norte, e Volmir construiu um canil 
aproveitando inclusive a antiga taipa de pedras, marco divisor dos dois terrenos, ao 
lado do qual foi elidida (construída) a cerca. Hoje o casal Japur procura a sua 
orientação jurídica a fim de resolver este impasse. (fazer classificação e após 
resolver).
Volmir tem posse “ad interdicta” somente contra aos terceiros.
Pode-se ingressar com uma ação de reintegração de posse ou reinvincatoria por 
serem possuidores e proprietários do bem imóvel.
A ação de reintegração de posse neste caso tem caráter de liminar por ser uma 
posse nova do ofensor.
Dia 12 de setembro de 2011
RESPOSTAS DO EXERCÍCIO DADO EM AULA:
1) A demanda de usucapião não terá hesito, uma vez que não preenche um dos 
requisitos previsto no art. 1239 CC, qual seja manter-se de proventos derivados de sua 
moradia.
2) É possível Vicente usucapir o imóvel por preencher os requisitos da usucapião 
extraordinária prevista no art. 1238 CC. Cabe salientar que o tempo previsto neste artigo 
referente à posse só será possível, desde que haja a soma da posse entre o possuidor 
anterior totalizando 15 anos de posse. Obs: pode se enquadra no § único por Vicente 
trabalhar e morar na propriedade. 
3) Poderá desde que Catarina não possua outro imóvel na zona rural ou urbana.
4) Para regularizar é necessário entrar com uma ação de Usucapião sendo as irmãs 
partes ativas do processo, e passiva as proprietárias legitimas do imóvel, buscando este 
dado no registro de imóveis da comarca. Soma-se a posse com base no art. 1243 CC, 
enquadrando a usucapião especial urbana.
5) Houve interrupção de prazo a partir do ajuizamento da demanda ajuizada por Vera 
Lúcia, que foi na data 10 de março de 2008, pois houve a citação válida de Orlando para 
o processo. 
A suspensão do prazo foi na compra do imóvel, uma vez que Vera Lúcia (pelos dados) 
não consentiu com a venda da casa por sua menoridade.
Haverá defesa para Orlando, pois ele poderá ajuizar uma ação de usucapião 
extraordinária especial prevista no art. 1238 CC, § único.
6) 
Dia 26 de setembro de 11
DIREITO DE PROPRIEDADE
Art. 1.228/1.245/1.246/1.247;
Trabalho em dupla – feito à mão, valendo até 0,5pts. Entregar no dia 15/10.
A função social é um limitador ao direito da propriedade? Por quê?
(Autores: Roger Raupp Rios e Ivan Schemeris)
Dia 27 de setembro de 2011
DA AQUISIÇÃOPOR ACESSÃO
Aluvião – algo que começa aos poucos
Avulsão – algo da natureza que acontece de uma vez só. Art. 1.251
Da ocupação: 1263. Ligada a coisa móvel. 
1264 (tesouro plantado pelo homem) – 1230.
Art. 1267 e ss: coisa móvel.
Ap. art. 1269 - especificador: é aquele que pega algo e transforma em algo novo. Ex.: 
artesão com uma barra de ferro. 
PENHOR:
É uma garantia vinculada a bens móveis.
Entrega do bem para o credor – só fica com a coisa como garantia.
Art. 1431 – garantias do penhor;
CARACTERISTICAS DO PENHOR:
O PENHOR LEGAL NÃO DEPENDE DE VONTADE DO CREDOR
HIPOTECA:
Características:
É o proprietário do imóvel;
É um direito real de garantia que da sobre bens imóveis, exceto navios e aeronaves;
O bem permanece com o devedor hipotecário ou com o terceiro, se este deu a garantia;
Com a hipoteca assegura-se preferencialmente ao credor o pagamento de uma divida;
Enquanto não vencida a divida o devedor permanece com todos os atributos dominiais – 
O devedor só será desapossado após a excussão do bem diante do inadimplemento da 
obrigação;
Invalidade de clausula comissória – art. 1428 CC;
Pode haver a constituição de outras hipotecas do bem móvel (desde que o valor do 
imóvel comporte) – 1476.
Modalidades de hipotecas:
1. Hipoteca convencional: resulta de negocio jurídico bilateral, dispensa a tradição e 
requer escritura publica para sua validade – exceção: art. 108, bem como em 
independentemente do valor do bem nas hipotecas do SFH; 
*A garantia hipotecaria abrange também o valor da divida + juros legais do capital + 
as penas pecuniárias estipuladas e as custas com execução da divida hipotecaria; 
*Se a garantia for concedida em moeda estrangeira devera ser fixada o seu 
equivalente em moeda nacional na data do registro;
REQUISITOS DA MODALIDADE (HIP. CONVENCIONAL – SENDO TBM 
APLICAVEL A OUTRAS):
ART. 104 CC + o devedor hipotecante ser proprietário do imóvel e ter capacidade 
para hipotecar.
Não pode ser hipotecado bens inalienáveis; 
Excepcionalmente o absolutamente incapaz poderá hipotecar o imóvel (de sua 
propriedade) desde que haja a demonstração da necessidade e autorização 
judicial.
Dia 18 de outubro de 11
Usufruto – 
a) é um direito real constituído sobre uma coisa alheia. Art. 1390.
A pessoa que é o titular do direito é o usufrutuário e o que concede nu-proprietário;
O nu proprietário concede o direito de usar e fruir ao usufrutuário – pode morar e locar a 
propriedade;
Usufruto esta bem vinculada a família; garantir a sobrevivência daquele patrimônio 
protegendo o direito de dispor;
Conceito: é um direito real de desfrutar o bem alheio na totalidade das suas relações, 
como deles se fosse proprietário, mas com a obrigação de lhe conservar a substancia. 
Manter a coisa da forma que recebeu, com os frutos que rendeu dá o destino que quiser.
 *O usufruto pode ser gratuito ou oneroso, podendo ficar com termo (data certa) ou 
condição (evento).
Objeto: art. 1390;
b) É um direito temporário, porque o máximo não pode exceder a vida do usufrutuário; 
ou então 30 anos se for para pessoa jurídica;
c) É um direito intransmissível e inalienável – essa posse só pode beneficiar ao 
usufrutuário, e não se transmite aos herdeiros ou então através da alienação; 
OBS.: o usufrutuário pode DAR O BEM EM comodato, pode dar em arrendamento, 
dar em locação, dar em empréstimo; O direito de exercício DE USUFRUTO ser 
cessionado ou dado como garantia – art 1393.
A constituição do usufruto:
É através de escritura pública com o respectivo registro imobiliário;
FORMAS/MODALIDADES: 
a) Convencional: por acordo de vontades;
b) Legal: decorrente de lei; ex: usufruto indígena – 231,§2º CF; usufruto do poder 
familiar – do pai ou da mãe sobre os bens dos filhos, 1689, I.
c) Judicial: satisfação do credor por quantia certa – 716 a 729 CPC. A morte do credor 
não extingue o usufruto, pois haverá a suspensão do processo ate que os 
sucessores se habilitem continuando o usufruto com sucessores processuais ate 
que o credor seja pago o principal, custas e honorários;
**** existe a possibilidade de o usufruto ser adquirido através da usucapião 
(usando e fruindo sem se sentir dona) ex: permaneceu no bem depois do 
falecimento da usufrutuário permanecendo por 15 anos. Art. 1391.
Regra de acrescer – art. 1411. Acrescenta a parte do que faleceu a aquele 
usufrutuário em comum. Obs: esta regra deve estar expressa na constituição do 
usufruto, caso contrário é devolvido ao proprietário.
O proprietário resolúvel pode constituir usufruto sobre o bem resolúvel. No entanto, 
em ocorrendo a resolução da propriedade resolve-se quaisquer direitos reais (art. 
1225) constituídos sobre o mesmo.
Quanto ao objeto o usufruto divide-se:
a) Próprio: usufruto que tem por objeto coisas inconsumíveis e infungíveis, cujas 
substancias podem ser conservadas e restituídas ao nu- proprietário. Art. 1390. Vai 
utilizar e pode devolver.
b) Impróprio “quase usufruto”: é o que recaí sobre bens consumíveis ou fungíveis; art. 
1392, §1º. porque a sua natureza não corresponde a essência do instituto. No 
impróprio o usufrutuário adquire a propriedade da coisa, sem o que não poderia 
consumi-la, devolvendo, por ocasião do termino do usufruto, coisa equivalente em 
gênero, qualidade e quantidade, ou sendo impossível, o seu valor. Vai usar a coisa 
restituindo por outras “acessórios”.
Quanto a sua extensão:
a) Universal: recai sobre a totalidade dos bens, como herança, patrimônio todo;
b) Particular: recai sobre um determinado bem; quando tem por objeto uma ou varias 
coisas individualmente determinadas;
c) Pleno: quando abranger todos os frutos e utilidades da coisa sem exceção;
d) Restrito: quando se excluí do gozo do bem algumas de suas utilidades. Ex: 
restrição de usufruir e usar do pomar...
Dia 31 de outubro de 2011
Já vimos:
Garantias
Anticrese
Usufruto
Uso, habitação e superfície
O direito de uso é restrito, art. 1412 e 1413.
 A habitação – art. 1414 – é para usar como habitação, é restrito a moradia, a habitação é 
uma espécie dentro do uso. 
No usufruto, o usufrutuário ele decide o que fazer com a coisa em usar e fruir.
Quem da o destino economicamente da coisa é o proprietário, o usurário só pode usar 
não podendo dispor. Ex: a proprietária deixa eu utilizar a lancheria dela para vender 
pasteis, eu não posso mudar e nem aumentar a utilidade da coisa que me foi atribuída.
Na habitação a pessoa só pode habitar.
Características do uso:
No direito privado:
Direito de uso é um direito real (está vinculada a coisa, a constituição do direito real se dá 
no registro, sempre com a publicidade), temporário (ele não é perpetuo no sentido de 
passar do pai para o filho e tem um tempo determinado – mesmo sendo vitalício). O 
usuário tem a permissão de usar a coisa de forma restrita aos limites de sua necessidade 
e da família, mas com o aproveitamento econômico previamente determinado pelo dono.
É indivisível e incessível – não pode um terceiro usar a coisa sem ser o usuário e nem ser 
emprestado, é um direito personalíssimo (olhar na ótica do usuário).
Não existe o “uso legal” ou “uso judicial” que tem no usufruto. O uso só é constituído com 
a autonomia da vontade, ou seja, por testamento ou negócio jurídico.
No direito público:
No direito administrativo o decreto lei 271/67, art 7º, instituí a modalidade de concessão 
de uso de terras públicas – para urbanização de interesse social – industrialização e 
cultivo. 
A concessão do direito real de uso veio na concessão na medida provisória 22/01.
O uso é diferente do usufruto.
HABITAÇÃO:
Art. 1414 CC;
Características:
• Utilizado somente para moradia;
• É gratuito, se for oneroso perco esse direitode habitação;
• Pode ter rendimentos para sua própria moradia, como por exemplo: costureira 
artesã;
• É inacessível, ou seja, veda-se a transferência de qualquer forma;
• É um direito temporário (ele é predeterminado por termo ou condição, não sendo 
hereditário, ele pode ser vitalício não passando para seus herdeiros);
• Ele pode ser vendido, porque o comprador saberá o tempo estipulado para o uso 
da coisa constando no registro imobiliário, o comprador não pode tomar posse da 
coisa enquanto estiver em vigência o estipulado;
• São as mesmas características do uso, a única coisa que muda que a habitação é 
gratuita.
Constituição:
Registro público + o registro imobiliário, também é possível por testamento.
Na um direito real de habitação legal por que a lei prevê no art. 1831.
Os deveres são os mesmos no uso e habitação.
As formas de extinção são os mesmos do usufruto, art. 1410.
DIREITO DE SUPERFÍCIES:
Pode ser usucapido
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Tem mais matéria, porem ainda não foi digitada 
aqui.
Gláucio JPS

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