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RELATORIO DE ACOMPANHAMENTO DE BOVINO LEITEIRO

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS - CAMPUS 
MUZAMBINHO 
Curso de Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELE CRISTINA ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE BOVINO LEITEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUZAMBINHO 
2018 
DANIELE CRISTINA ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DE TEMPERATURA, HIDRATAÇÃO, RUMINAÇÃO, 
COLORAÇÃO DAS MUCOSAS, PESO VIVO, PAPILOMATOSE, 
ECTOPARASITAS E ESCORE CORPORAL 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de acompanhamento de bovinos da 
disciplina de Bovinocultura de Leite, ministrada 
no curso de Medicina Veterinária no Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho. 
Com intuito de relatar os dados coletados em 
campo, durante o primeiro semestre de 2018. 
 
Orientador: Prof. Marcelo Simão da Rosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUZAMBINHO 
2018 
1. OBJETIVO GERAL 
 
 Analisar dados semiológicos em bovinos no Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia - Campus Muzambinho. 
 
 
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Analisar os dados semiológicos de temperatura retal, hidratação, ruminação, 
coloração das mucosas, peso vivo, incidência de papilomatose e ectoparasitas, 
movimentos ruminais e o escore corporal coletados durante o primeiro semestre de 
2018, em uma novilha do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho. 
 
 
3. O ANIMAL 
 
O animal a ser acompanhado foi uma novilha, registrada com o nome Senna, 
nº488, nascida em 20/03/2016 filha do Huxley (7H09766) e da Nathalia (452), da 
raça holandês, pura origem, selecionado pelo professor Marcelo Rosa que orientou 
durante o semestre como deveria ser realizada as avaliações semiológicas para 
determinação de temperatura, hidratação, ruminação, coloração das mucosas, peso 
vivo, papilomatose, ectoparasitas e escore corporal. Na ficha técnica do animal, 
indicava que ela já havia sido inseminada quatro vezes, porém o diagnóstico de 
gestação foi concluído somente na última inseminação, com parto previsto para 
meados de julho de 2018. 
No decorrer deste trabalho, será apresentado uma revisão da literatura e os 
dados que foram analisados durante os meses de fevereiro e maio de 2018.
4. TEMPERATURA RETAL 
 
Os ruminantes são animais homeotermos, ou seja, possuem funções 
fisiológicas capazes de manter a temperatura corporal em constância, 
independentemente da variação da temperatura ambiente. Em bovinos, os limites 
ideais de temperatura corporal para a produtividade e a sobrevivência devem ser 
mantidos entre 38°C e 39°C (PIRES et al, 1999). 
A manutenção da temperatura corporal é determinada pelo equilíbrio entre a 
perda e o ganho de calor. A referência fisiológica dessa variável é obtida mediante a 
mensuração da temperatura retal, que pode variar de 38,0ºC a 39,3ºC, para animais 
leiteiros (ROBINSON, 1999). A temperatura retal é usada como índice de adaptação 
fisiológica ao ambiente quente, pois seu aumento indica que os mecanismos de 
liberação de calor tornaram-se insuficientes para manter a homeotermia (MOTA, 
1997). 
O calor necessário para manter a temperatura corporal dos animais deriva do 
metabolismo e da absorção da radiação solar, direta ou indireta, enquanto a 
temperatura corporal depende do equilíbrio entre o calor produzido e o liberado para 
o ambiente (BACCARI, 1987). 
Segundo Baccari Jr.(1971), fatores extrínsecos atuam na variação da 
temperatura retal como a hora do dia, ingestão de alimentos e de água, estado 
nutricional, temperatura ambiente, densidade, sombreamento, velocidade dos 
ventos, estação do ano, exercício e radiação solar. E fatores intrínsecos estão 
relacionados com a individualidade, como por exemplo, idade, raça, sexo e estado 
fisiológico. Outro fator intrínseco importante na avaliação da temperatura retal é a 
capacidade de adaptação do animal ao ambiente. Bovinos zebuínos adaptados aos 
trópicos são menos sujeitos aos efeitos extremos da temperatura quando 
comparados aos bovinos taurinos, mais adaptados aos climas temperados 
(CARVALHO et al., 1995). 
O controle da temperatura corporal de um animal se dá pelo equilíbrio do 
calor produzido pelo organismo e do ganho do ambiente com o perdido para o 
mesmo ambiente. Para dissipar ou reter calor o animal utiliza-se de mecanismos 
fisiológicos e comportamentais. Tais mecanismos contribuem para a manutenção da 
homeotermia. Dentre esses mecanismos, para dissipar calor, podem-se citar: 
aumento de taxa respiratória, aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, 
aumento na ingestão de água, diminuição na ingestão de alimentos, a procura por 
lâminas de água, etc. (RODRIGUES, 2006). 
Nos ruminantes são formadas quantidades consideráveis de calor no rúmen 
através de transformações dos ácidos graxos voláteis. A extensão do calor obtido 
depende do volume de alimentos e da digestibilidade da ração. Com aumento 
temperatura ambiente acima de 30°C, diminui a ingestão de alimentos e a produção 
de leite cai. Animais mantidos no pasto procuram locais com sombra, reduzindo o 
pastejo e aumentando também a necessidade de água (ABREU, 2011). 
Outras respostas comportamentais são observadas quando do estresse por 
calor, dentre elas a redução no tempo de ruminação e aumento no tempo do ócio, 
numa tentativa do animal em restabelecer o equilíbrio térmico, através da diminuição 
de produção de calor metabólico excedente (ABREU, 2011). 
A temperatura retal foi mensurada semanalmente e obtida com o auxílio de 
um termômetro clínico digital inserido, aproximadamente, 7,5 cm no reto. Os dados 
das variáveis fisiológicas foram analisados e realizada a média. A média obtida foi 
de 38,9 graus Celsius e esse valor está dentro dos parâmetros normais de acordo 
com Robinson (1989) em que a temperatura pode variar de 38,0°C à 39,3°C. Nos 
dias em que o animal apresentou temperatura alta, provavelmente estava sofrendo 
estresse calórico, uma vez que o animal não apresentou nenhum tipo de patologia 
que viria a causar febre, durante todo o período avaliação. 
 
 
5. MOVIMENTOS RUMINAIS 
 
Os movimentos do rúmen-retículo promovem mistura, esvaziamento, 
eructação dos gases e ruminação. Os movimentos são controlados por um sistema 
nervoso intrínseco em resposta a estímulos originados em receptores de distensão 
que existem na parede do rúmen-retículo. É importante o entendimento da anatomia 
do segmento ruminorreticular para compreender os efeitos da motilidade desse 
sistema. 
O rúmen é dividido em compartimentos (saco cranial, saco dorsal, saco 
ventral, saco cego caudal dorsal e ventral) e estas divisões são criadas por pilares 
musculares que são móveis, assim como as pregas reticulares. 
Durante as contrações do segmento ruminorreticular, os pilares se elevam e relaxam 
alternadamente acentuando e reduzindo as divisões dentro do lúmen do órgão. 
Durante as contrações, os movimentos dos pilares e das paredes são tão grandes 
que chegam a distorcer o formato do órgão e os pilares se elevam tanto que as 
divisões em compartimentos tornam-se quase completas. 
As contrações ruminais tem como função primeiramente, misturar os 
alimentos sólidos e líquidos, uma vez que o conteúdo ruminal é constituído de parte 
sólida, líquida e gasosa, produzida pela fermentação ruminal. É fundamental a 
mistura da parte líquida onde estão os protozoários e as bactérias com a parte sólida 
que são os alimentos recém consumidos pelo animal. Essa mistura faz com que as 
bactérias e os protozoários entrem em contato com a parte sólida. Essa 
movimentação ruminal auxiliana absorção dos ácidos graxos voláteis porque esses 
ácidos são absorvidos pelas papilas ruminais em todas as porções do rúmen não só 
na porção central. 
As movimentações ruminais são importantes também para empurrar o 
material mais pesado que está na porção central do rúmen para a porção dorsal o 
que vai fazer com que o animal regurgite esse alimento para a ruminação. Uma 
outra função importante é empurrar o gás para porção dorsal facilitando a eructação. 
Essas movimentações também ajudam a filtrar partículas finas de partículas 
grandes. 
Os dados foram coletados semanalmente, e a movimentação foi observada 
no animal pela palpação direta da região do vazio do flanco esquerdo. Foi 
pressionado o vazio do flanco esquerdo com o punho fechado e foi avaliado a 
movimentação do rúmen que de acordo com que ocorria, empurrava o punho para 
fora. A anotação feita foi em relação à quantidade de movimentos ruminais por 
minuto, e a média dessa movimentação foi de 2/minutos, estando esse parâmetro, 
dentro da normalidade em todas as avaliações realizadas. 
 
 
 
 
5.1 RUMINAÇÃO 
 
As vacas leiteiras mostram sinais de seu bem-estar e possíveis doenças, que 
em alguns casos podem ser diagnosticados através de observações das alterações 
no comportamento. O termo comportamento define-se como todas as reações de 
um animal sobre o ambiente que o cerca. Os aspectos de comportamentos naturais 
mais importantes para saúde, bem-estar e produtividade das vacas são o repouso, 
alimentação e ruminação (KRAWCZEL, 2009). 
Avaliações do comportamento animal são de fundamental importância na 
produção e nutrição de ruminantes, tendo em vista que existem interações entre 
animal e ambiente. Em vacas leiteiras, a alimentação juntamente com a ruminação 
predomina no comportamento animal e suas respectivas eficiências são fatores que 
podem influenciar a produção de leite e mudanças de condição corporal durante a 
lactação. O tipo, os constituintes, as características químicas e físicas da dieta são 
fatores que podem influenciar de formar direta e indireta o consumo do alimento pelo 
animal. 
 A ruminação exerce um efeito importante na redução do tamanho das 
partículas dos alimentos e sobre o material sólido. O início da ruminação ocorre 
entre meia e uma hora e meia após a ingestão do alimento. O número e a duração 
dos ciclos de ruminação dependem do teor da fibra e tamanho das partículas, 
número das refeições e da quantidade de alimento ingerido (SILVA et al., 2005). 
Quando tem alterações nos comportamentos, principalmente na ruminação, 
devemos ficar em alerta, pois isso pode estar indicando algo de errado que esteja 
acontecendo com os animais. À medida em que os riscos na fazenda leiteira são 
reconhecidos, a atividade pode ser trabalhada para evitar futuros problemas, ao 
invés do uso de tratamentos, tornando-a assim mais segura e com menos gastos. 
Durante o acompanhamento do animal, não foi em todas as avaliações que o 
animal estava ruminando, porém isso não quer dizer que esteja acontecendo algo de 
errado. Alguns fatores como teor da fibra e tamanho das partículas da alimentação, 
número das refeições e a quantidade de alimento ingerido, pode ter interferido nas 
avaliações, uma vez que as avaliações foram feitas em horários variados nos 
diferentes dias. Um outro fator que também pode ter interferido, é a temperatura 
ambiente, pois em dias em que a temperatura é mais elevada, esse índice também 
diminui devido ao estresse térmico. Vê-se então a importância da avaliação desse 
índice dentro de uma propriedade leiteira e o quanto isso pode ajudar na redução de 
gastos posteriores. 
 
 
6. ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 
 
Vacas leiteiras apresentam constantes alterações na composição corporal 
durante a lactação e no período seco, refletindo, primariamente, a mobilização ou 
reposição de tecidos corporais quando as dietas contêm energia insuficiente ou em 
excesso para o atendimento das exigências nutricionais. Os tecidos corporais 
envolvidos (principalmente tecido adiposo interno e externo) são comumente 
denominados de reservas corporais (NRC, 2001). 
 A taxa e a extensão da mobilização de reservas corporais são dependentes 
de diversos fatores, como a produção de leite, a composição corporal no parto, o 
estágio de lactação, a idade da vaca, a ordem de partos, e o tipo de dieta (BAUMAN 
& CURRIE,1980). 
 Apesar de existirem diversos métodos de avaliação do ECC em bovinos, para 
gado de leite e de corte, para vacas leiteiras os métodos mais conhecidos são os 
desenvolvidos por Wildman et al. (1982) e Edmonson et al. (1989). 
A grande pressão de seleção por animais de maior desempenho resultou em 
diferenças fisiológicas marcantes no metabolismo de vacas leiteiras que resultaram 
em maior facilidade de haver grande mobilização de reservas corporais, 
notadamente reservas de energia (tecido adiposo), em relação a outras espécies de 
mamíferos (CHAGAS et al., 2009). 
A habilidade para estimar as reservas corporais de forma rápida e acurada e 
relacionar este fator com a produção de leite, reprodução, ocorrência de doenças e 
bem estar animal pode auxiliar produtores de leite a aumentarem a eficiência de 
seus sistemas de alimentação e criação (ROCHE et al., 2009). 
A avaliação da condição corporal de vacas leiteiras ao parto é de extrema 
importância para a produção de leite, reprodução, saúde e bem estar, discutindo 
também os efeitos da condição corporal ao parto sobre a mobilização de reservas 
corporais e saúde desses animais. O ECC é um método aceitável, não invasivo, 
rápido e de baixo custo para estimar a quantidade de reservas corporais em vacas 
leiteiras (WALTNER et al., 1993). 
O sistema utilizado foi baseado em avaliações visuais e táteis das reservas 
corporais em pontos específicos do corpo da vaca, sendo desenvolvido a partir de 
uma escala biológica de 1 a 5, com subunidades de 0,25 pontos, onde 1 representa 
uma vaca muito magra e 5 muito gorda, sendo utilizado independentemente do peso 
corporal ou do tamanho (altura, perímetro toráxico, comprimento) de vacas leiteiras 
(WILDIMAN et al., 1982). 
De acordo com Ferguson & Otto (1989), o escore de condição corporal ideal 
para o animal em avaliação seria de 3,00, devido a ela ainda ser uma novilha em 
fase de crescimento, que não teve nenhum parto. Porém, ao analisar a ficha técnica, 
foi observado que essa novilha foi inseminada cerca de quatro vezes e a 
inseminação não foi efetivada com sucesso, ou seja, a novilha perdeu cios ou não 
foi inseminada no período correta ou o semên não estava em condições de uso, o 
que atrasou significativamente o parto. Esse pode ser um dos fatores que explicam o 
escore elevado desse animal. Durante todas avaliações o animal apresentou uma 
média no escore de 4,50 na escala biológica. Esse valor obtido, pode acarretar em 
efeitos da condição corporal relacionada ao parto, que poderá causar uma séries de 
problemas futuros, como problemas pré e pós-partos, ou seja, doenças metabólicas 
como hipercalcemia, acidose metabólica dentre outras doenças que estão 
relacionadas com o alto peso. Vê-se então que a avaliação da condição corporal de 
vacas leiteiras é de extrema importância tanto para a produção de leite, quanto para 
reprodução, saúde e bem estar dos animais uma vez que isso pode levar a doenças 
futuras aumentando os gatos da propriedade com medicamentos e 
consequentemente reduzindo os lucros. 
 
 
7. HIDRATAÇÃO 
 
Os distúrbios hidroeletrolíticos são frequentes nos bovinos e acompanham o 
curso de muitas doenças. A desidratação é a alteração do equilíbrio hídrico corporal, 
ela ocorre quando a perda de água e de eletrólitosé maior que a absorção, levando 
conseqüentemente à redução do volume de sangue circulante e à diminuição dos 
fluidos dos tecidos. São muitas as doenças que levam à desidratação, dentre elas 
podem ser destacadas: diarréia, acidose metabólica, doenças respiratórias, renais, 
cardíacas, torção de abomaso, entre outras. Os principais sinais clínicos da 
desidratação são a sede, febre, presença de mucosas ressecadas, falta de 
elasticidade da pele, olhos fundos, colapso circulatório, desânimo e depressão 
(MILKPOINT, 2005). 
A desidratação pode ser classificada em hipertônica, isotônica e hipotônica. A 
hipertônica é a mais suave e possui discreta manifestação clínica; ocorre, 
geralmente, quando o animal permanece certo período sem ingerir água. A isotônica 
é observada nos casos de diarréia não muito grave. Caracteriza-se por perdas de 
água e sódio e, nestes casos, já podem ser observados sinais de desidratação. A 
hipotônica é o tipo mais severo e é observada nas diarréias graves, onde há grande 
perda de líquidos e eletrólitos. Nos casos mais graves de desidratação o organismo 
perde água, sódio (Na+), cloreto (Cl-), potássio (K+), bicarbonato (HCo3), glicose e, 
em menores proporções, o magnésio, o cálcio, os fosfatos e as proteínas 
plasmáticas (MILKPOINT, 2005). 
 Determinar o grau de desidratação do animal é muito importante para se 
definir o esquema para a recuperação dos fluidos corporais. Todavia, deve-se 
destacar que o ideal é que a fluidoterapia em bovinos seja iniciada antes do 
aparecimento dos sintomas de desidratação, desta forma, é possível recuperar o 
animal com maior eficiência, bem como reduzir os custos com o tratamento 
(MILKPOINT, 2005). 
Quando a intenção é determinar o grau de desidratação deve-se voltar a 
atenção para alguns parâmetros clínicos que auxiliam a estimativa da gravidade do 
quadro. A endoftalmia, ou retração do globo ocular é um sinal muito fácil de ser 
avaliado e muito importante. A avaliação da elasticidade da pele é um outro sinal 
fácil e prático para ser avaliada (MILKPOINT, 2005). 
Considera-se como leve a desidratação na qual é observada a diminuição da 
elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação leve quando 
a prega formada na pele volta ao normal após 5 a 8 segundos. Além disso, há leve 
endoftalmia e as mucosas estão ainda úmidas. A estimativa da quantidade de fluido 
necessário para reposição de líquidos em um bovino com estas características é de 
5 à 7 % do peso vivo do animal (MILKPOINT, 2005). 
Considera-se como grave a desidratação na qual é observada a significativa 
redução da elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação 
grave quando a prega formada na pele volta ao normal após 10 a 15 segundos. 
Além disso, há evidente endoftalmia e mucosas secas. A estimativa da quantidade 
de fluido necessário para reposição de líquidos em um bovino com estas 
características é de 8 à 10 % do peso vivo do animal (MILKPOINT, 2005). 
Considera-se como muito grave a desidratação na qual é observada a perda 
da elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação muito 
grave quando a prega formada na pele volta ao normal após 20 a 30 segundos. 
Além disso, há evidente endoftalmia, mucosas muito secas, reflexos diminuídos, 
extremidades frias e prostação. A estimativa da quantidade de fluido necessário para 
reposição de líquidos em um bovino com estas características é de 11 à 12 % do 
peso vivo do animal (MILKPOINT, 2005). 
Para determinar o grau de desidratação nos bovinos foi utilizado os dados da 
Tabela 1. 
Tabela 1 
Classificação Turgor cutâneo (segundos) 
1- Normal (hidratado) <2 
2- Leve (desidratado) 2 a 3 
3- Moderada (desidratado) 3 a 5 
4- Grave (desidratado) >5 
 
Foi realizada no animal a avaliação da elasticidade da pele, por meio de uma 
beliscada em uma das dobras da pele do pescoço e observado o tempo em que a 
mesma se manteve elevada. O animal apresentou-se hidratado em todas as 
situações, uma vez que durante todas as análises, a pele voltou ao normal 
instantaneamente em menos de 2 segundos. Isso indica que o animal teve uma boa 
hidratação, por ter disponibilidade de água à vontade e que não teve nenhum tipo de 
distúrbio eletrolítico durante esse período. 
 
 
 
 
 
8. PESO CORPORAL 
 
A determinação do peso corporal dos animais é importante para avaliar o 
crescimento e o estado nutricional, administrar adequadamente remédios e 
parasiticidas, estabelecer o valor de venda do animal de corte e ajustar o 
arraçoamento. Entretanto, a realidade econômica das fazendas leiteiras do Brasil 
muitas vezes não permite a aquisição de balanças para realizar a pesagem dos 
animais. Para minimizar tal deficiência, pode ser utilizada a alternativa de se predizer 
o peso por meio de algumas medidas corporais (REIS, et al., 2008). 
 As medidas corporais mais mencionadas na literatura para predizer o peso 
são o perímetro torácico, o comprimento corporal, a altura da cernelha e da garupa e 
o comprimento da garupa. Embora existam discrepâncias sobre qual medida 
individual deve ser utilizada para predizer o peso, a acurácia da predição tem sido 
geralmente alta especialmente quando mais de uma medida for considerada 
(HEIRINCHS et al., 1992) 
 O método mais acurado para se determinar o peso corporal é a utilização de 
uma balança calibrada. Porém, o tempo e trabalho envolvidos na movimentação de 
novilhas tornam este método pouco prático para empregar na rotina da fazenda. 
 A avaliação do perímetro torácico pode ser utilizada para predizer com 
acurácia o peso corporal. Nessa avaliação foi utilizada uma fita barimétrica, 
específica para gado de leite. Foi colocada logo atrás dos membros anteriores e 
atrás da paleta da novilha. A fita foi esticada sobre o corpo do animal e a medida, 
então anotada. Durante as pesagens o animal apresentou uma média de 577 kg, um 
peso acima do normal para sua categoria. Ao analisar a ficha técnica, foi observado 
que essa novilha foi inseminada cerca de quatro vezes e a inseminação não foi 
efetivada com sucesso, ou seja, a novilha perdeu cios ou não foi inseminada no 
período correta ou o semên não estava em condições de uso, o que atrasou 
significativamente o parto, um dos fatores que explicam o peso elevado desse 
animal. 
 
 
 
 
9. PAPILOMATOSE 
 
A papilomatose cutânea bovina é uma enfermidade infectocontagiosa, de 
origem viral, crônica, de caráter tumoral benigno e de natureza fibroepitelial, 
caracterizando-se por tumores localizados na pele e na mucosa (RICHTZENHAIN & 
RIBEIRO, 1982). 
 Alguns animais podem apresentar cura espontânea, no entanto, na maioria 
das vezes, o tratamento é necessário, posto que, quando o número de papilomas é 
muito grande ou há uma grande quantidade de animais acometidos dentro da 
propriedade, há necessidade de se realizar tratamentos sistêmicos, alguns deles 
descritos a seguir (CORRÊA & CORRÊA, 1992). 
 O BPV (Papilomavírus bovino) é adquirido com maior frequência, por contato 
direto (animal/animal) ou indireto (cercas, bebedouros, corda, moscas e carrapatos, 
ordenhadeiras e fômites contaminados) (SILVA et,al., 2001). 
 No início do acompanhamento, haviam muitos papilomas nos tetos do animal, 
e pouco distribuído pelo corpo. Durante duas semanas consecutivas foi realizada a 
auto-hemoterapia. 
 Para a auto-hemoterapia, foram coletados 20 mL de sangue venoso, 
mediante vasopunção da veia jugular externa, com garroteamento manual do vaso, 
utilizando-se seringas plásticas descartáveis de 20 mL, sem anticoagulante e 
agulhas descartáveis. Imediatamente após a colheita, o sangue era aplicadopor via 
intramuscular na região glútea do animal. 
 Uma semana antes de acabar o acompanhamento, os papilomas foram 
facilmente destacáveis por tração manual e nenhuma hemorragia foi observada. Não 
foi necessária a utilização de ácido-acético, uma vez que com a auto-hemoterapia 
 os papilomas já foram facilmente destacáveis. 
 
 
10. CONTROLE DE ECTOPARASITAS 
 
Entre os que mais atingem aos bovinos, o carrapato (Boophilus microplus) e o 
berne (Dermatobia hominis) são os de maior importância econômica, Além de 
causarem grandes danos à produtividade do rebanho, provocam também perdas 
incomensuráveis às peles, através das perfurações pelo berne e de reentrâncias 
crateriformes produzidas pelos carrapatos (OLIVEIRA, 1983, 1985, 1988). 
O controle de parasitos visa uma forma eficaz e inteligente para diminuir, na 
maior escala possível, a população de parasitos no ambiente e, em consequência, 
reduzir as agressões nos animais. Vários são os parasitos que causam prejuízos 
nos bovinos leiteiros. Em sequencia, o enfoque será sobre os que mais atingem aos 
bovinos, o carrapato (Boophilus microplus) e o berne (Dermatobia hominis) por 
serem os de maior importância econômica e também por ser os que foram 
analisados durante o acompanhamento do animal. Além de causarem grandes 
danos à produtividade do rebanho, provocam também perdas incomensuráveis às 
peles, através das perfurações pelo berne e de reentrâncias crateriformes 
produzidas pelos carrapatos (OLIVEIRA, 1983, 1985, 1988). 
 
 
10.1 CARRAPATOS 
 
O carrapato comum dos bovinos, Boophilus microplus (CANESTRINI, 1887) 
(ACARI, IXODIDAE), é atualmente um dos maiores entraves existentes na pecuária 
bovina dos países localizados em zonas tropicais e subtropicais do planeta. 
O B. microplus acarreta diversos danos econômicos, tornando-se o principal 
alvo de programas de controle e erradicação nos rebanhos da América do Sul, pois 
um carrapato suga em média, de 2 a 3mL de sangue do seu hospedeiro, o que 
reflete em grandes perdas de leite e carne. O carrapato pode atuar também como 
vetor de doenças, como a tristeza parasitária bovina, causada por protozoários do 
gênero Babesia e pela rickétsia do gênero Anaplasma. Além disso, existem diversos 
prejuízos relacionados à mão de obra necessária para o controle desse parasita, 
despesa com instalações, compra de equipamentos adequados para aplicação de 
carrapaticida nos rebanhos e aquisição de carrapaticidas (LEAL et al. 2003). 
O controle. do carrapato é bastante complexo em virtude da interação de 
vários fatores, como raça do bovino, a época do ano, as condições ambientais, o 
manejo, entre outros. 
O controle de carrapatos se baseia, principalmente, no uso de produtos 
químicos acaricidas (LONC et al., 2014). 
Esta espécie apresenta, no seu ciclo biológico, duas fases: uma de vida 
parasitária, e outra de vida livre. A primeira, dura entre 18 a 22 dias e se caracteriza 
por apresentar evoluções morfológicas sobre o hospedeiro, passando pelos estádios 
de larvas, ninfas e adultos, e a segunda caracterizada pelos períodos de pré-
postura, postura, eclosão e fortalecimento da cutícula das larvas. Em condições 
adequadas a fase de vida livre se completa em 35 dias e podem sobreviver por mais 
um período de 30 a 90 dias (PIRES et al., 2010). 
Devido à importância dos males causados pelo carrapato Rhipicephalus 
(Boophilus) microplus entende-se a importância de um controle eficiente que seja 
capaz de solucionar os problemas e eliminar os prejuízos causados pelo mesmo. 
Para isso contamos com drogas de efeito carrapaticida, principal forma de combater 
a parasitose a partir de estratégias de tratamentos. Os mais utilizados são: 
tratamento curativo, controle estratégico e tratamento tático (FERNANDES et al., 
2010). 
No tratamento curativo a administração de carrapaticidas é realizada somente 
quando se visualiza o carrapato sobre o animal, tendo o nível de infestação como 
parâmetro de indicação do tratamento. Uma prática com grande número de banhos 
carrapaticidas, sendo administrados indiscriminadamente, sem o conhecimento do 
ciclo e interação parasito-hospedeiro-ambiente, tornando o tratamento cada vez 
menos eficaz (PEREIRA et al., 2008). 
Já o controle estratégico, consiste na administração de produtos 
carrapaticidas a longo prazo em determinada época do ano, a partir do 
conhecimento biológico do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, de 
maneira que a população se mantenha em níveis economicamente aceitáveis 
durante os outros períodos do ano. Para obter resultados eficientes nesse método 
de tratamento, é necessária uma infraestrutura mínima que permita a administração 
correta e segura dos produtos carrapaticidas. A escolha do produto a ser utilizado é 
outro fator a ser levado em consideração, já que os parasitos têm a capacidade de 
desenvolver resistência contra os mesmos, o biocarrapaticidograma é um teste 
simples de se realizar e auxilia esta decisão (PEREIRA et al., 2008). 
As administrações devem ser inicializadas antes da época de maior 
infestação por carrapatos no ano, prosseguindo por mais 150 dias de tratamento 
(sudeste e centro-oeste normalmente em outubro até março) com intervalos entre 
aplicações de acordo com indicação do produto utilizado, respeitando a dose 
terapêutica para cada categoria animal (PEREIRA et al., 2008). 
A principal causa de insucesso deste tratamento é a interrupção das 
aplicações carrapaticidas quando não é possível visualizar carrapatos sobre os 
animais, onde equivocadamente o produtor entende que o parasito já está 
controlado em sua propriedade (PEREIRA et al., 2008). 
O tratamento tático é aplicado dentro de um controle estratégico com 
vigilância constante sobre o nível de infestação, sendo administrado quando 
necessário. Animais de compra a serem introduzidos na propriedade, devem ser 
tratados e acondicionados em quarentena com o intuito de impedir a introdução de 
carrapatos resistentes a algum carrapaticida no local (PEREIRA et al., 2008). 
 
 
10.2 BERNE 
 
Dermatobia hominis (Linnaeus Jr. 1781) é o agente causal de uma miíase 
cutânea de bovinos e demais animais domésticos e selvagens, da América tropical e 
subtropical. As infestações causadas em bovinos pelas larvas dessa mosca, 
conhecida por berne no Brasil, constituem um grande obstáculo para a pecuária em 
muitos paises da América Latina. De modo geral, a Dermatobia encontra-se desde o 
sul do México até o norte da Argentina. O Chile é o único pais latino-americano livre 
deste parasito (Creighton & Neel 1952). 
As perdas ocasionadas pelo parasitismo dessas larvas no tecido subcutâneo 
dos bovinos são traduzidas pela diminuição da produção de leite e carne e 
desvalorização comercial das peles e couros (Costa & Freitas 1960/1961 e Mateus 
1967). 
Mullison & Shaver (1960) calcularam que este parasito causa, na América 
Central, aproximadamente cinco milhões de dólares de prejuízos, por ano. 
 
 
 
 
 
10.3 ANÁLISE 
 
Foram utilizados como valores de indicação de infestação de acordo com a 
Tabela 2. Durante o acompanhamento o animal não apresentou altos índices de 
infestação tanto de carrapatos quanto do berne, sendo que em todas as avaliações 
havia um número relativamente baixo distribuído pelo corpo do animal. Isso deve-se 
ao animal passar pelo controle tático desses parasitos regularmente, porém, em 
comparação com outros animais, indica que este apresenta uma resistência maior. 
Tabela 2 
Valores Classificação 
0 Muito baixo 
1 Baixo 
2 Infestado 
3 Muito infestado 
 
O recomendado seria a elaboração de um controle estratégico, a partir 
 da biologia dos parasitos,por ser mais eficaz e reduzir os gastos com 
medicamentos. 
 
 
11. COLORAÇÃO DS MUCOSAS 
 
Uma das primeiras abordagens realizadas na clínica de grandes animais é o 
exame semiológico das mucosas, que dependendo do estado em que ela se 
apresenta durante o exame, pode indicar parâmetros clínicos muito importantes. 
Isso acontece por ela apresentar delgada espessura da pele e grande 
vascularização, e que por muitas vezes demonstra o estado de saúde do animal 
Esse exame simples revela a presença de enfermidades como inflamação, 
tumor e edema, auxilia a obter conclusões sobre a possibilidade de alterações que 
reflitam comprometimento do sistema circulatório ou a existência de doenças em 
outra parte do corpo, como a icterícia em virtude de problemas hepáticos, por 
exemplo. As mucosas visíveis que geralmente são examinadas são oculopalpebrais, 
nasal, bucal, vulvar. 
Avaliação da coloração depende de vários fatores como quantidade e 
qualidade do sangue circulante, sua qualidade, das trocas gasosas, da presença ou 
não de hemoparasitos, da função hepática adequada, da medula óssea e outros. As 
mucosas normalmente se apresentam úmidas e brilhantes. A tonalidade, de maneira 
geral, é rósea clara com ligeiras variações, vendo-se pequenos vasos. Existem 
várias tonalidades de uma mesma cor, que na maioria das vezes, refletem 
proporcionalmente a intensidade do processo em evolução. Quando se avalia a 
palidez de mucosa, deve-se observar se isso ocorre por uma hipofunsão ou por 
anemia, na maioria dos casos. Já a congestão das mucosas, ocorre devido ao 
ingurgitamento dos vasos, por processo infeccioso ou inflamatório, local ou 
sistêmico, e principalmente indica o estado circulatório do animal. A cianose, já é 
uma coloração azul, que além de atingir as mucosas, também pode atingir a pele, 
causada pelo aumento absoluto de hemoglobina reduzida no sangue, portanto, 
indica um estado de hematose (troca gasosa que ocorre nos alvéolos) e também 
quando o coração não consegue proporcionar ao organismo uma circulação 
sanguínea adequada (problemas cardiovasculares). A icterícia é o resultado da 
retenção de bilirrubina nos tecidos, e ocorre com o aumento da bilirrubina sérica. No 
entando, deve-se ressaltar que a icterícia é uma alteração que aparece com 
frequência não só nas doenças hepáticas e biliares, mas também em afecções 
hemolíticas. O parâmetro de avaliação das mucosas utilizado foi de acordo com a 
Tabela 3. 
Tabela 3 
Coloração Estado 
Rósea (1) Normal 
Amarelada (2) Indício de doença (observar) 
Pálida (3) Presença de doenças 
Violeta-azulada (4) Presença de doenças 
Avermelhada (5) Inflamação e/ou irritação na mucosa 
 
Para realização deste procedimento, foi observada a mucosa da vagina. 
Durante as avaliações o animal sempre apresentou a coloração normal (1), sempre 
úmidas e brilhantes, significando que o animal estava normal e não apresentou 
nenhuma enfermidade nesse período. 
CONCLUSÃO 
De acordo com os dados obtidos no acompanhamento, conclui-se que os 
índices de temperatura retal, coloração de mucosas, hidratação, ectoparasitas, e 
ruminação sempre se manterão dentro dos parâmetros normais, ao contrario do 
peso vivo e do escore de condição corporal, que para a categoria deste animal, 
estão elevados. Conclui-se que a avaliação de dados semiologicos é de extrema 
importância dentro da bovinocultura leiteira, bem como para a medicina veterinária 
atuante nessa área. Pois através desses dados é possível ter um controle, além de 
eles indicarem possíveis doenças que possam acometendo o rebanho leiteiro, 
reduzindo possíveis perdas na produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS COLETADOS 
Data Peso 
vivo 
Movimentos 
ruminais 
Tª retal Hidratação Mucosa Ectoparasitas Escore 
22/02/2018 577 2 39,4 1 1 1 4,5 
01/03/2018 577 2 38,9 1 1 1 4,5 
08/03/2018 577 2 38,8 1 1 1 4,5 
15/03/2018 577 2 38,9 1 1 1 4,5 
21/03/2018 577 2 39,8 1 1 1 4,5 
27/03/2018 577 2 38,9 1 1 1 4,5 
05/04/2018 577 2 - 1 1 1 4,5 
12/04/2018 577 - - 1 1 1 4,5 
19/04/2018 577 2 38,8 1 1 1 4,5 
26/04/2018 577 2 38,3 1 1 1 4,5 
02/05/2018 577 2 39,1 1 1 1 4,5 
10/05/2018 577 2 38,8 1 1 1 4,5 
17/05/2018 577 2 38,9 1 1 1 4,5 
24/05/2018 - - - - - - - 
Moda 577 2 38,9 1 1 1 - 
Média 577 2 38,9 - - - 4,5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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