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FCE - FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
GRADUAÇÃO 
 debora.chabes@fce.edu.br
1º Semestre dos Cursos de 
Administração e Ciências 
Contábeis 
 FORMAS DE CONHECIMENTO – O QUE É CIÊNCIA. 
 
 Também denominado “empírico”,o conhecimento vulgar é o que 
todas as pessoas adquirem na vida cotidiana,ao acaso,baseado 
apenas na experiência vivida ou transmitida por alguém. Em geral é 
resultante de repetidas experiências casuais de erro e acerto,sem 
observação metódica nem verificação sistemática,ou seja,não possui 
caráter científico.Pode também resultar de simples transmissão de 
geração para geração,e assim,fazer parte das traduções de uma 
coletividade. 
 
 Exemplificando: não é necessário estudar Medicina para verificar que 
alguém encontra-se resfriado - você conhece os aspectos 
apresentados de quem está com os sintomas, porque empiricamente 
já passou por muitas experiências de contato com pessoas ou até 
mesmo já se sentiu resfriado. 
 
 É produto da fé humana na existência de uma ou mais entidades divinas – 
um deus ou muitos deuses. Provém das revelações do mistério,do oculto, 
por algo que é interpretado como mensagem ou manifestação divina. Tais 
revelações são transmitidas por alguém por tradição acumulada, ou por 
escritos sagrados. 
 
 Apoia-se em doutrinas que contém proposições sagradas (valorativas), 
por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse 
motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis. É um 
conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e 
destino) como obra de um criador divino: suas evidências não são 
verificadas, pressupondo sempre uma atitude de fé perante o 
conhecimento revelado. Se exemplificamos podemos dizer que o 
conhecimento teológico supõe: Acreditar que alguém foi curado por um 
milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar 
em espírito e etc. 
 
 
 Tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por 
instrumento exclusivo o raciocínio, assim entendemos que como a 
Ciência não é suficiente para explicar o sentido do Universo, o homem 
tenta essa explicação através da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa 
os limites da Ciência – delimitados pela necessidade de comprovação 
concreta – para compreender ou interpretar a realidade em sua 
totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral 
do mundo. 
 Tendo o Homem como tema permanente de suas considerações,o 
filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o 
qual refletir, por isso apóia-se nas ciências,mas sua aspiração 
ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento 
filosófico é a busca do “saber” e não a sua posse. 
 
 
 O conhecimento científico se aprofunda da investigação, usando-se 
da metodologia e sistemas apresentados em uma realidade. Uma 
experiência bastante bacana para perceber o que acabamos de falar é 
assistir o programa de televisão “Mythsbusters”, veiculado pela TV 
Cultura. Os apresentadores partem de um fato, e através deste fato se 
utilizam de leis da física, química e diversas outras para elucidar se 
aquele fenômeno é verdadeiro ou falso. 
 
 Sendo assim o conhecimento científico, neste caso, é muito 
importante pois, a equipe se aprofunda na investigação de 
determinado fenômeno, transcendendo-os em si para conseguir 
analisar e descobrir que aquele fato é possível ou não,suas causas e 
concluir as leis gerais que os regem. 
 
 
 Como o objeto da Ciência é o universo material, físico, naturalmente 
perceptível pelos órgãos dos sentidos ou mediante a ajuda de 
instrumentos de investigação, o conhecimento científico é verificável na 
prática, por demonstração ou experimentação. Com o propósito de 
desvendar os segredos da realidade, ele os explica e demonstra com 
clareza e precisão, descobre suas relações de predomínio, igualdade ou 
subordinação com outros fatos ou fenômenos, criando suas leis gerais, 
universalmente válidas. 
 
 “É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. 
Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na 
metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento 
Científico: É racional e objetivo. Atém-se aos fatos. Transcende aos fatos. 
É analítico. Requer exatidão e clareza. É comunicável. É verificável. 
Depende de investigação metódica. Busca e aplica leis. É explicativo. Pode 
fazer predições. É aberto. É útil”. (GALLIANO, 1979, p. 24-30). 
 
 
 Diversos autores definem Ciência, porém a maioria dos autores 
usam a definição de Trujillo que afirma a ciência como: “um 
conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao 
sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser 
submetido à verificação”(1974, p.8). Seguindo esta linha de 
raciocínio, com relação a natureza da ciência podemos verificar duas 
vertentes que funcionam em conjunto, estas são nomeadas como 
compreensiva (utiliza-se da vertente contextual ou de conteúdo) e a 
metodológica (uso mais operacional), que abrange aspectos lógicos 
e técnicos. 
 
 
PROCEDIMENTOS QUE VALIDAM O CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO
 
 
 
 
 
 Experimentação – observação, registro sistemático e experimentos 
acerca um problema. 
 Formulação de hipóteses – relações de causa e efeito e 
determinantes no fenômeno estudado. 
 Repetição – em diferentes condições e sob outro controle; 
 Testagem das hipóteses – buscam-se novos dados, elementos e 
variáveis que a confirmem; 
 Formulação de generalizações e leis – fundamentadas nas 
evidências constatadas, generalizando suas explicações para 
fenômenos de mesma natureza. 
 
 
Existem diversas classificações, porém, objetivou-se 
escolher a de Mario Bunge(1976, p.41), por ser a mais 
aceita atualmente: 
 
“O conhecimento científico, no âmbito das ciências 
factuais, caracteriza-se por ser: racional, objetivo, 
factual, transcendente aos fatos, analítico, claro e 
preciso, comunicável, verificável, dependente de 
investigação metódica; é sistemático, acumulativo, 
falível, geral, explicativo, aberto e útil”. 
 
 
 
 
O “poder” da ciência deve ser objeto de constante vigília do 
pensamento, pois a mesma pode estar a serviço do homem 
ou contra o mesmo. 
 
Não há a neutralidade da ciência - a mesma está sempre 
imersa no debate ético e político das sociedades. 
 
Todos nós, com lugar especial dado aos cientistas e aos 
governos, temos responsabilidade pelos rumos que são 
dados a partir das inúmeras descobertas que nos assolam 
diuturnamente. 
 
 
MÉTODOS CIENTÍFICOS 
PRINCIPAIS MÉTODOS
MÉTODO DEDUTIVO – século XVII 
Corrente Racionalista 
Privilegia a supremacia da razão sobre todas 
faculdades humanas. 
- René Descartes – Penso, logo existo. 
- Descartes defende a dúvida como método, uma vez 
que os sentidos podem induzir ao erro, é necessário 
pautar-se na razão. 
- Teoria inatista do conhecimento. 
 
 Todo mamífero tem um coração. 
 Ora, todos os cães são mamíferos. 
 Logo, todos os cães têm um coração. 
 
 
PRINCIPAIS MÉTODOS
MÉTODO INDUTIVO – século XVII 
Corrente Empirista 
 
A fonte do conhecimento provém da experiência 
empírica 
- Francis Bacon, Locke, Hume. 
- Um fato ou fenômeno só existe e pode ser 
explicado se percebido pelos sentidos. 
- Se uma premissa é verdadeira, a conclusão que se 
chegará é verdadeira. 
 
 Cobre conduz energia. 
 Zinco conduz energia. 
 Cobalto conduz energia. 
 Ora, cobre, zinco e cobalto são metais. 
 Logo (todo) metal conduz energia. 
 
 
PRINCIPAIS MÉTODOS
 
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO – século XX 
- Karl Popper – o que constitui uma teoria científica é que ela 
seja capazde ser falseada ou demonstrada como errônea 
pela experiência. 
 
 
 
 
- O método hipotético-dedutivo prevê um momento de análise 
e síntese que visa, por meio de procedimento de tentativa e 
erro, passar o objeto de estudo e o próprio método ao teste 
do falseamento. 
 
Todo cisne que vejo é branco. 
Todos os cisnes são brancos. 
PRINCIPAIS MÉTODOS
MÉTODO DIALÉTICO - século XIX 
 
Idealismo Materialismo Histórico/Dialético 
 
 
 Hegel Karl Marx e Friedrich Engels 
-A perspectiva dialética considera que todos os aspectos da 
realidade prendem-se por laços necessários e específicos, 
não podendo ser analisados como se dado elemento estivesse 
apartado do contexto histórico e do ambiente. 
 
 O PENSAMENTO ORIENTAL 
 O PENSAMENTO OCIDENTAL 
 HISTÓRIA DO PENSAMENTO OCIDENTAL 
 FILOSOFIA OCIDENTAL 
 
Movimentos como Budismo (busca do Nirvana), 
Confucionismo (uso prático e político) e Taoísmo (o 
caminho). 
Filosofia Japonesa: filosofia tardia que se possui a fusão 
de elemento nativos como xintoísmo com o budismo. 
Filosofia Indiana: um de seus propósitos é o da não 
violência, muito difundida por Mahatma Gandhi. 
Filosofia Chinesa: filosofia pratica que até hoje molda a 
sociedade chinesa, tendo como um de seus elementos 
basicos os escritos no “Livro das Mutações”. 
Filosofia Antiga: Grécia Antiga. Já ouviu falar em Sócrates, 
Platão e Aristóteles? 
Filosofia Medieval: Idade Média. Santo Agostinho, Tomás 
de Aquino. 
Filosofia Moderna: Renascimento. Empirismo, Iluminismo, 
Idealismo. Descartes, Pascal, Spinoza e Leibniz. 
Filosofia Contemporânea: a partir do século XVIII. Surge 
uma reação ao Idealismo. Schopenhauer, Nietzsche, Marx 
e outros. 
 Pré-socráticos: Origem e destino do Universo. 
 Principais Pré-socráticos: 
 Tales de Mileto: A realidade se reduz a apenas um elemento – 
Água. 
 Anaximandro de Mileto: O infinito é o elemento que originou 
o Universo. 
 Anaximenes de Mileto: Ao contrário de Tales, acredita ser o Ar 
o elemento original. 
 Pitágoras: Os números explicam o Universo. A alma é imortal 
e reencarna. Teorema de Pitágoras - “a² + b² = c²”. 
 Heráclito de Éfeso: Sendo a tensão, o combate entre os 
opostos, o Fogo é então o elemento primordial. Primeiro 
Antropólogo. 
 
 Zenão de Eleia: Fundador da Dialética. A grande corrida entre a 
Tartaruga e Aquiles. Paradoxos. 
 Empédocles de Agrigento: O universo é determinado por 
quatro elementos: Água, Ar, Terra e Fogo. 
 Anaxágoras de Clazomena: As substâncias podem ser divididas 
ao infinito. 
 Leucipo e Demócrito: são considerados atomistas. Os 
elementos primordiais do Universo são partículas indivisíveis e 
invisíveis. 
 
 
 Sócrates: Utilizou o diálogo para transmitir todo o seu 
conhecimento aos discípulos. Um dos mais importantes 
filósofos que já existiu. 
 Platão: Discípulo de Sócrates´. Até hoje suas obras influênciam o 
Mundo. “Amor Platônico”. 
 Aristóteles: Discipulo de Platão. A finalidade de toda a ação, o 
bem do homem, é a felicidade, que significa viver bem, ter uma 
vida boa. 
 
 A reflexão filosófica aparece na Idade Média (Idade das Trevas) quase sempre 
determinadas em função da Teologia. 
 
 Santo Agostinho buscou uma conexão entre a filosofia clássica e o 
cristianismo. 
 
 Tomás de Aquino buscou unificar a filosofia e a teologia, valorizando o mundo 
sensível como fonte de conhecimento. 
 Leibniz: seu pensamento deixou uma marca nos campos do 
cálculo e lógica, contribuindo muito para a geologia, linguística, 
historiografia e física. 
 Empirismo: a única fonte de nossas ideias são as experiências 
sensíveis. 
 No século XVIII, a razão passa a ser um instrumento para o ser 
humano e a sociedade alcançarem a liberdade e a felicidade. 
 Iluminismo: Movimento político, social, cultural e filosófico. 
Conhecido como o Século das Luzes. 
 Immanuel Kant e Friedrich Hegel: O idealismo alemão é um 
movimento essencial na história da teoria do conhecimento. 
 Kant foi um marco da filosofia moderna, tentando superar a 
dicotomia entre o racionalismo e o empirismo. 
 Hegel é considerado por alguns como filósofo contemporâneo. 
Desenvolveu o último grande sistema da história da filosofia. 
 Quase toda a filosofia contemporânea é uma reação ao 
idealismo. Dentre os filósofos contemporâneos temos, Charles 
Darwin, Albert Einstein, Freud, Marx. 
 Estruturalismo: A realidade como entendemos é composta por 
estruturas. 
 Fenomenologia: Também conhecida como existencialismo, 
questiona o sentido e o significado da vida. 
 Principais filósofos existencialistas: Dostoievski, Heidegger, 
Sartre, Albert Camus. 
 Nietzsche: Mais importante filósofo contemporâneo. Chama a 
atenção para a vida na terra, em oposição ao mundo das ideias 
ou à vida cristã pós-morte.