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Penal II Questões

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No concurso de pessoas:
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de metade.
Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena do crime cometido, reduzida de um a dois terços.
As circunstâncias e as condições de caráter pessoal se comunicam, sejam, ou não, elementares do crime.
A instigação e o auxílio, em qualquer hipótese, são puníveis mesmo que o crime não ocorra.
No concurso de pessoas:
se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua periculosidade.
não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega a ser consumado.
se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída até metade.
Em matéria de concurso de pessoas:
todos os concorrentes respondem pelo mesmo crime, independentemente da culpabilidade de cada qual, pois adotada em nossa legislação a teoria monista.
o concurso é necessário quando o crime é plurissubjetivo.
a participação de menor importância constitui circunstância atenuante.
a coautoria prescinde da execução de comportamento que a lei define como crime.
é desnecessário vínculo subjetivo ou psicológico entre os concorrentes.
No que diz respeito a concurso de pessoas, assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores.
A cooperação dolosamente distinta não permite a aplicação diferenciada de penas para aqueles que participam do crime.
Só o servidor público pratica peculato, não podendo responder pelo crime o partícipe que não tenha a mesma condição pessoal.
É absolutamente impossível o concurso de pessoas nos crimes culposos.
Na sentença condenatória, o juiz deve sempre aplicar penas iguais para o autor, o coautor e o partícipe.
O crime de rixa, por ser plurissubjetivo, só se realiza com a participação de três ou mais pessoas.
No concurso de pessoas, o Código Penal diferencia o "co- autor" do "partícipe", propiciando ao juiz que aplique a pena conforme o juízo de reprovação social que cada um merece, em respeito ao princípio constitucional da individualização da pena (art. 5º, XLVI da Constituição Federal). Relativamente ao concurso de pessoas, assinale a alternativa incorreta.
A pessoa que conduz um inimputável à prática de uma conduta delituosa responde pelo resultado na condição de autor mediato.
Na autoria colateral, há divisão de tarefas para a obtenção de um resultado comum.
Quanto à natureza jurídica do concurso de agentes, o Código Penal adotou a teoria unitária ou monista.
Admite-se a co-autoria no crime culposo.
As circunstâncias objetivas comunicam-se, desde que o co-autor e o partícipe delas tenham conhecimento.
No caso de crime praticado em concurso de pessoas, se algum concorrente quis praticar crime menos grave, não sendo previsível o resultado mais grave, ele receberá a pena
do crime menos grave.
igual a dos outros comparsas.
do crime mais grave, reduzida de metade.
do crime menos grave aumentada de metade.
do crime mais grave reduzida de dois terços.
Em caso de concurso de pessoas para a prática de crime, se algum dos concorrentes participar apenas do crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsível o resultado mais grave.
( ) certo
( ) errado
Sobre o concurso de pessoas, considere as seguintes afirmações:
Quem executa, juntamente com outras pessoas, a ação ou omissão que configura o delito.
Aquele que colabora para a conduta do autor com a prática de uma ação que, em si mesma, não é penalmente relevante. 
Estas afirmações correspondem, respectivamente, ao
co-autor e partícipe.
partícipe e autor mediato.
cúmplice e co-autor.
co-autor e autor mediato.
autor mediato e co-autor.
A (funcionário público da União Federal) desvia, atendendo solicitação de B, farmacêutico, sem qualquer vínculo com a União Federal, objeto confiado à sua guarda. A hipótese descreve:
concurso de agentes.
A pratica um crime e B outro crime.
A pratica mera infração administrativa.
B pratica furto qualificado.
crime de concurso necessário.
No tocante a aplicação da pena, concurso de crimes e causas de exclusão de ilicitude e de culpabilidade, assinale a opção correta.
A legítima defesa sucessiva é inadmissível como causa excludente de ilicitude da conduta.
A coação física irresistível configura causa excludente da culpabilidade.
No que se refere ao concurso de pessoas, configuram exceções à teoria dualista a previsão expressa de conduta de cada concorrente em tipo penal autônomo e a cooperação dolosamente distinta.
Conforme o STJ, aquele que, ao juiz, admite a autoria de um crime, ainda que alegue, em seu favor, a existência de causa excludente de ilicitude, pode se beneficiar da atenuante genérica relativa à confissão espontânea.
De acordo com a jurisprudência do STJ, em se tratando de delitos ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas, não se admite a continuidade delitiva.
O CP adotou o conceito restritivo de autor, assim considerado aquele que realiza o núcleo do tipo. O referido código ainda previu circunstância agravante da pena, no concurso de pessoas, em relação ao agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
( ) certo
( ) errado
Sobre o concurso de pessoas no Código Penal Brasileiro, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
A hipótese em comento trata:
das circunstâncias incomunicáveis.
dos casos de impunibilidade.
do desvio subjetivo de conduta.
da participação de menor importância.
da participação de menor relevância.
José, com vinte anos de idade, e seu primo, Pedro, de quinze anos de idade, saíram para conversar em um bar. José, que estava ingerindo bebida alcoólica, ficou muito bêbado rapidamente em razão do efeito colateral provocado por medicamento de que fazia uso. Pedro, percebendo o estado de embriaguez do primo, fez que este praticasse um ato que sabia ser tipificado como delituoso.
A respeito dessa situação hipotética e considerando o concurso de pessoas e a imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
José e Pedro cometeram crime em concurso de pessoas, e, haja vista que Pedro foi o mentor, a ele deverá ser imputada punição mais grave que a de José.
( ) certo
( ) errado
É certo afirmar:
I. No concurso de pessoas as circunstâncias e as condições de caráter pessoal nunca se comunicam.
II. Tipicidade conglobante é a comprovação de que a conduta legalmente típica está também proibida pela norma, o que se obtém desentranhando o alcance da norma proibitiva, conglobada com as restantes normas da ordem normativa.
III. O sujeito ativo, geralmente, pode ser qualquer um, mas em certos tipos são exigidas características especiais no sujeito passivo. Quando qualquer um pode ser sujeito ativo, os tipos costumam enunciar “o que” ou “quem”.
IV. O erro de tipo não afasta o dolo.
Analisando as proposições, pode-se afirmar: 
Somente as proposições II e IV estão corretas. 
Somente as proposições I e III estão corretas.
Somente as proposições I e IV estão corretas.
Somente as proposições II e III estão corretas. 
Indivíduo que se utiliza de crianças para subtrair bens e valores de pessoas distraídas, em via pública, responde por furto:
como partícipe moral de menor importância, se a sua colaboração para o crime ficoumeramente no plano psicológico. 
como autor direto, se foi dele a iniciativa e seria dele o proveito do crime. 
como partícipe material, já que auxiliou a execução material do crime por terceiros. 
como autor mediato, pois cometeu o crime se prevalecendo de executores inimputáveis
como autor colateral, já que a sua responsabilidade se baseia no Código Penal e a das crianças, no Estatuto da Criança e do Adolescente.
João, casado com Sônia, ambos com sessenta anos de idade, e sabendo que esta havia recebido uma verba trabalhista, convenceu a Caio, seu amigo de infância, a furtar parte do dinheiro que estava guardado na residência do casal. Para que o crime fosse perpetrado, certa noite João deu a cópia da chave da casa ao seu amigo, que adentrou a residência e levou todo o dinheiro que ali estava. É correto afirmar:
João e Caio respondem pelo crime, sendo que a ação penal em relação ao cônjuge somente se procede mediante representação.
A ação penal será proposta apenas contra Caio, sendo João isento de pena, uma vez que o crime foi cometido na constância da sociedade conjugal.
João e Caio respondem pelo crime, não havendo necessidade de representação.
João e Caio respondem pelo crime, sendo que a ação penal em relação aos dois somente se procede mediante representação.
Sobre autoria e participação, assinale a alternativa incorreta: 
O autor mediato pode utilizar, como instrumento para a prática do crime, por exemplo, imputável em erro de tipo, imputável em erro de proibição, imputável em inexigibilidade de comportamento diverso ou inimputável. 
A moderna teoria do domínio do fato, também denominada teoria objetivo-subjetiva, integra critérios objetivos e subjetivos para definir as categorias de autor e partícipe do tipo de injusto.
O excesso praticado por pessoa utilizada como instrumento para a prática do crime, não é atribuível ao autor mediato, por ausência de controle deste sobre o excesso do instrumento.
A e B combinam a prática do crime de furto, mas durante a execução A se excede em relação ao dolo comum e emprega violência contra a vítima, praticando o crime de roubo: se tal resultado era previsível, B responde pelo crime de furto qualificado pelo concurso de agentes (CP, art. 155, § 4º, inciso IV), com causa de aumento de pena.
A e B, em decisão comum, praticam o crime de roubo contra C, pai de B: a relação de parentesco entre B e C, conhecida previamente por A, determina a responsabilidade de ambos – A e B – por prática do crime de roubo majorado pelo concurso de agentes (CP, art. 157, § 2º, inciso II), com a agravante de ter sido cometido contra ascendente. 
A maioria dos casos de coparticipação encontra satisfatória resposta nos limites do artigo 29 do CP. Ocorre, todavia, que existem casos-limite nos quais o legislador não pensou. Assim, cumpriria decidir sobre a aplicabilidade da norma proibitiva do artigo 29, em cada situação concreta. Logo, para a solução prática desses casos penais, poderíamos apoiar a respectiva decisão: 
I – Na utilização do princípio da idoneidade, no caso concreto.
II – No princípio da proibição de regresso.
III – Na utilização disfuncional da teoria da imputação objetiva.
IV – Na simples observância da co-culpabilidade, em matéria de crime omissivo.
V – Na observância do critério da melhora relevante da situação do bem jurídico concreto.
Somente a alternativa I está correta.
Somente a alternativa II está correta.
As alternativas I e V estão corretas.
As alternativas II e V estão corretas.
As alternativas III e V estão corretas.
Necessariamente, autores e partícipes recebem
Penas idênticas.
Penas, respectivamente, mais e menos graves.
Penas, respectivamente graves, mas de espécies distintas.
Penas igualmente graves, salvo se diversa for sua culpabilidade.
Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir.
Quando dois indivíduos, um ignorando a participação do outro, concorrem, por imprudência, para a produção de resultado lesivo, respondem, ambos isoladamente, pelo resultado, antes a ausência de vínculo subjetivo.
( ) certo
( ) errado
Assinale a alternativa correta:
Admite-se a co-autoria no crime culposo.
Pela teoria da equivalência das condições, o mero partícipe, ainda que não tenha diretamente realizado nenhum ato típico ou contribuído de qualquer modo para sua realização, responderá pelo crime em igualdade com os demais. Pela teoria da equivalência das condições, o mero partícipe, ainda que não tenha diretamente realizado nenhum ato típico ou contribuído de qualquer modo para sua realização, responderá pelo crime em igualdade com os demais.
Considera-se como participação de menor importância a atuação daquele que dá cobertura para o furto.
O agente cuja atuação se restringe a dar cobertura para o roubo tem direito à redução da pena prevista no § 1º do art. 29 do CP, com a redação que lhe deu a Lei n. 7.209/84.
João revelou a Pedro que estava pensando em subtrair dinheiro do cofre da repartição pública em que trabalhava, mas não sabia como abri-lo. Pedro, então, informou-lhe que ouviu o chefe do setor dizer que o segredo do cofre estava escrito num dos quadros que decoravam a parede. De posse dessa informação, João abriu o cofre e retirou dinheiro do seu interior, gastando-o em proveito próprio. Nesse caso, João responderá por crime de peculato e Pedro 
responderá como partícipe.
responderá como co-autor.
responderá como autor principal.
responderá como autor mediato.
não responderá pelo delito praticado por João.
Com base nessa situação hipotética, julgue os próximos itens. 
Rômulo agiu em coautoria e deve responder pelo mesmo crime cometido por Marcos, não se aplicando a ele, entretanto, a qualificadora baseada no motivo do crime (torpeza), já que ignorava o motivo por que o seu comparsa queria a morte de Ricardo.
( ) certo
( ) errado
Cleverson, vulgarmente conhecido como “Pão com Ovo”, antigo traficante de drogas ilícitas, continuou a dar as ordens a sua quadrilha, mesmo estando encarcerado em um presídio de segurança máxima. Logo, “Pão com Ovo”:
deve responder como autor intelectual do crime de tráfico de drogas, mesmo não praticando atos de execução deste crime.
deve responder como partícipe por cumplicidade material do crime de tráfico de drogas, em face de não praticar atos de execução deste crime.
deve responder como autor direito do crime de tráfico de drogas, mesmo não praticando atos de execução deste crime.
deve responder como partícipe por cumplicidade intelectual do crime de tráfico de drogas, em face de não praticar atos de execução deste crime.
não pode responder por crime algum, em face de estar preso.
Lucas foi denunciado por infringir o art. 121, § 2.º, inciso II (homicídio qualificado por motivo fútil), do CP, por ter disparado arma de fogo contra Mauro, levando-o a óbito. Na denúncia, consta que Lucas e seu irmão Carlos estavam em um bar na comarca de Pacajus, onde, em dado momento, Carlos discutiu com Mauro. A discussão acabou resultando em luta corporal. O dono do bar afirmou que a discussão se deu porque Carlos se recusou a pagar uma bebida para Mauro; Lucas acudiu o irmão e Mauro, estando sozinho, foi embora, mas retornou, minutos depois, com uma faca do tipo peixeira na mão. O dono do bar afirmou que chegou a trancar a porta, tentando evitar a tragédia, mas a vítima conseguiu arrombá-la, entrou no bar e partiu para cima de Carlos com a peixeira em riste.
O depoente viu que Lucas sacou um revólver e atirou duas vezes, atingindo Mauro na altura do tórax. Vendo-o caído, Lucas fugiu do local e escondeu-se em uma mata, onde foi encontrado doze horas depois, ainda com a arma do crime. A vítima foi socorrida no hospital municipal e, no dia seguinte, foi transferida para o Hospital Geral de Fortaleza, onde, devido à gravidade dos ferimentos, faleceu depois de ser submetida a cirurgia.
Considerando a situação hipotética acima descrita, julgue os itens subsequentes.
Lucas foi o autor de homicídioe Carlos figurou como partícipe do crime
( ) certo
( ) errado
No que se refere à teoria do domínio do fato, é correto afirmar que
a teoria do domínio do fato objetiva oferecer critérios para a diferenciação entre autor e partícipe, sem a pretensão de fixar parâmetros sobre a existência, ou não, de responsabilidade penal.
um agente criminoso que dirija o automóvel essencial e imprescindível para a fuga de um grupo de criminosos que rouba um banco, de acordo com a teoria do domínio do fato, pratica roubo, em coautoria, por domínio da vontade.
a teoria do domínio do fato equivale à teoria objetivo-formal de autoria.
o domínio do fato se manifesta em três diferentes formas: domínio da ação, na modalidade autoria mediata; domínio da vontade, na forma de autoria imediata; e domínio funcional do fato, como coautoria.
a teoria do domínio do fato contribui para a diferenciação entre autor e partícipe no caso de crimes omissivos próprios e de crimes culposos.

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