Buscar

AULA 11 Imunidade contra patógenos vesiculares

Prévia do material em texto

Vitor Marinho da Costa 
1 
 Vitor Marinho da Costa 
 
 
Quarta-feira 16/05/2018 
 
1. PATÓGENOS INTRACELULARES – VESICULARES: 
• Vesiculares – replicam-se no interior de vesículas intracelulares. 
• Ativação de macrófagos dependentes de células T e NK. 
 
• Sabe quando um patógeno será intravesicular? 
 Quando ele usa de alguns mecanismos de evasão, que impedem a conclusão da 
digestão realizada pelos macrófagos. Ficando assim no interior de macrófagos e 
se replicando livremente. 
• Os mecanismos imunológicos que serão destinados para a eliminação desses 
patógenos, serão aqueles que aumentarão a atividade dos macrófagos. 
Ajudando essas células a terminar a digestão ou ainda aumentando a produção 
de macrófagos. 
• A ativação dos macrófagos se dá por meio das células T e das células NK, pelo 
simples fato dessas células produzirem as citocinas responsáveis pela ativação 
dos macrófagos. Principalmente células TCD4 TH1. 
 
2. ATIVAÇÃO DOS MACRÓFAGOS: 
• IFN-gama é a principal citocina que atuará sobre os macrófagos. 
• Aumento da expressão de co-estimuladores 
• Morte de microorganismos fagocitados. 
• Secreção de citocinas (TNF, IL1, IL2) 
• Aumento da expressão de moléculas do MHC. 
Vitor Marinho da Costa 
2 
 Vitor Marinho da Costa 
 
• Os parasitas intracelulares vesiculares serão apresentados usando MHC de 
classe II para o TCD4 TH1. As células TH1 estimuladas irão produzir várias 
citocinas, principalmente o IFN-gama (uma das principais citocinas que atuarão 
sobre os macrófagos). 
• As citocinas produzidas irão estimular a síntese de moléculas coestimulatórias 
(importante para a ativação dos linfócitos), induz a expressão de moléculas de 
MHC (aumento do potencial de apresentação antigênica do macrófago), induz a 
conclusão da digestão dos macrófagos e induz que aos macrófagos produzam 
mais citocinas pró-inflamatórias. 
• Essas citocinas também atuam na medula óssea influenciando na diferenciação 
de monócitos em macrófagos. 
• O INF-gama (ela não concluiu a frase). 
 
3. AÇÕES BIOLÓGICAS DO INF-GAMA: 
• Ativação macrofágica, aumento da atividade microbicida. 
• Troca de isotipo – anticorpos opsonizantes. 
• Desenvolvimento de células efetoras TH1. 
• Aumenta expressão MHC, apresentação antígenos. 
 
• O IFN-gama é produzido pelas células NK, TCD8 e C4TH1. 
• O INF-gama deve estar presente na diferenciação dos linfócitos TH0 para TH1. 
• O INF-gama induz a célula infectada por um vírus a entrar em um estado 
chamado ESTADO ANTIVIRAL, bloqueando a replicação do vírus no interior da 
célula. Alguns tratamentos para infecções crônicas virais consistem na 
administração de INF. 
 
4. EVASÃO AOS MECANISMOS IMUNES: 
• Infecção crônica. 
 
• Os mecanismos imunológicos citados, são muitas vezes, suficientes para a 
eliminação dos patógenos, porém, alguns patógenos desenvolvem mecanismos 
de escape. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitor Marinho da Costa 
3 
 Vitor Marinho da Costa 
5. MECANISMOS DE EVASÃO – BACTÉRIAS INTRACELULARES: 
 
• M. tuberculosis, L. pneumophila 
• Impede a ligação do fagossoma com o lisossoma. 
 
• M leprae: 
• Apresenta parede celular resistente ao conteúdo lisossomal 
 
• Listeria monocytogenes: 
• Ao ser fagocitada, consegue escapar do fagossoma e começa a se replicar no 
citoplasma. 
 
• Os exemplos apresentados são mecanismos que dificultam a ação dos 
macrófagos. 
• A bactéria da tuberculose, por exemplo, impede a ligação do fagossoma ao 
lisossoma. A bactéria fica dentro do fagossoma se replicando tranquilamente. 
• A bactéria da hanseníase, possui uma parede celular resistente ao conteúdo 
liossomal. Mesmo que acontece a fusão do lisossoma com o fagossoma, a 
bactéria não é digerida. 
• A bactéria Listeria consegue fugir o fagossoma e começa a se replicar no 
citoplasma. 
 
6. MECANISMOS DE EVASÃO – VÍRUS: 
• Inibição do processamento do antígeno: 
• Bloqueia do transporte da TAP. 
• Remoção das moléculas de classe I do MHC. 
• Produção de citocinas imunossupressoras. 
• Infecção de células imunocompetentes. 
• Variação gênica. 
 
• Os vírus são capazes de bloquear a TAP durante seu processamento intracelular 
e ainda são capazes da remoção dos MHC de classe I, logo não são 
apresentados. 
• Alguns vírus podem produzir citocinas que diminuem a ação do sistema imune, 
sendo assim um fator de proteção para eles. 
• A infecção de células imunocompetentes é o que acontece com o vírus HIV, que 
infecta as células TCD4 e macrófagos, logo, ele tem como alvo células do sistema 
imunológico. 
• A variação antigênica são mutações na superfície do vírus, no envelope por 
exemplo, causando alterações nas proteínas, fazendo com que os anticorpos 
produzidos no inicio da infecção não reconheçam o mesmo vírus novamente. 
 
Vitor Marinho da Costa 
4 
 Vitor Marinho da Costa 
 
IMUNOLOGIA DE TUMORES 
 
7. TUMORES: 
• Aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido. 
• TUMOR = NEOPLASIA. 
• Lesão expansiva formada por proliferação celular. 
• Benigno 
• Maligno: Câncer/carcinoma. 
• Carcinoma, sarcoma, leucemia e linfoma. 
 
• Os tumores são também chamados de NEOPLASIAS e correspondem ao aumento 
anormal de uma parte ou totalidade de um tecido, sendo ainda definido como 
uma lesão expansiva formada por proliferação celular. 
• Podem ser classificados em BENIGNO (normalmente limitado a uma camada de 
tecido conjuntivo, ficando encapsulado, sendo retirado por inteiro durante uma 
cirurgia, não sofrendo metástase, sem potencial de se disseminar para outros 
tecidos) ou MALIGNO (células que se proliferam e chegam a outros tecidos, 
sofrendo metástase, sendo também chamamos de câncer). 
• Carcinoma é um tumor de células epiteliais. Sarcomas envolvem o tecido ósseo e 
muscular. Leucemia envolve medula óssea. Linfoma envolve linfonodo. 
 
8. COMO SURGEM OS TUMORES? 
• Um tecido composto por células normais e por algum evento mutagênico uma das 
células sofre uma mutação, fazendo com que essa célula se multiplique nesse 
tecido, perdendo a capacidade de inibição por contato, se proliferando de 
forma desorganizada. 
• O surgimento de um câncer é multifatorial. 
 
 
9. TUMOR é MULTIFATORIAL: 
• Predisposição genética. 
• Meio ambiente: alimentação e estilo de vida. 
• Agentes carcinogênicos: Físicos (Luz ultravioleta), químicos (substancias químicas, 
formol) e biológicos (vírus como o HPV, vírus do hérpes). 
 
 
 
 
Vitor Marinho da Costa 
5 
 Vitor Marinho da Costa 
10. TUMORES E SISTEMA IMUNE: 
• Sistema imune tem um papel preponderante contra o crescimento de células 
neoplásicas. 
• Células tumorais possuem antígenos que estão presentes nas células normais. 
• Histologia de tumores sólidos: Infiltrado celular heterogêneo de fagócitos 
mononucleares, linfócitos, plasmócitos e mastócitos. 
 
• As células tumorais possuem antígenos que não estão nas células normais, logo, 
células alteradas podem despertar mecanismos imunológicos. Células tumorais 
possuem um infiltrado de células heterogêneas, células que participam da 
resposta imune, mostrando a tentativa de combater essas células alteradas. 
 
11. TEORIA DA VIGILÂNCIA IMUNE: 
• Fase de eliminação. 
• Fase de equilíbrio. 
• Fase de escape. 
 
• Essa teoria diz que o sistema imune está em constante vigilância contra o 
surgimento de tumores. As células de defesa ficam vigiando qualquer alteração 
que aconteça nas células. 
 
• Essa teoria é dividida em três fases: 
• FASE DE ELIMINAÇÃO – É a fase que diz respeito a identificação de alterações 
nas células. Acontecem alterações na expressãoantigênica das células, que 
começam a se multiplicar e o nosso sistema de defesa iniciam os mecanismos de 
eliminação. Essa fase pode terminar nessa fase (alterações nos tecidos podem 
ter acontecido sem que saibamos). 
 
• FASE DE EQUILÍBRIO – Caso a fase de eliminação não tenha sucesso, avançamos 
para a próxima fase, onde as células sensíveis (susceptíveis) foram eliminadas 
pelo sistema imune, mas algumas células resistentes continuaram. Existem assim 
um equilíbrio, entre a presença de células alteradas resistentes e mecanismos 
imunes destruindo células sensíveis. Essa fase tende a evoluir para a terceira fase. 
 
• FASE DE ESCAPE – As células resistentes, não eliminadas, começam a se 
proliferar, fugindo do sistema imune. 
 
 
 
 
 
 
 
Vitor Marinho da Costa 
6 
 Vitor Marinho da Costa 
12. ANTÍGENOS TUMORAIS: 
• Proteínas das células tumorais reconhecidas por células T e MHC. 
• Várias propriedades distinguem as células tumorais das normais. 
• Capacidade invasiva/ perda de crescimento por inibição de contato/ diferenças 
qualitativas e quantitativas nos seus antígenos. 
 
• Oncogenes – estritamente específicos do tumor. 
• Agentes de diferenciação – Expressos somente em certos tipos de tecidos. 
• Expressão gênica anormal – Super expressão do antígeno. 
• Expressão de proteínas alteradas. 
• Oncogenes virais. 
• Agentes de rejeição tumoral podem ... (incompleto). 
 
• O que faz o nosso sistema imune se despertar para a presença de células tumorais? 
Justamente a presença dos chamamos antígenos tumorais. 
 
• Quem são os antígenos tumorais? 
São proteínas das células tumorais que serão reconhecidas por células do 
sistema imune, principalmente por células T, por meio de MHC. Várias 
propriedades irão diferenciar as células tumorais, das células normais. 
 
• Quais propriedades diferenciam as células tumorais das células normais? As células 
tumorais possuem a capacidade de invadir o tecido onde está se replicando, 
perdem a inibição proliferativa por contato, diferenças qualitativas dos 
antígenos (tipos de antígenos) e quantitativas (quantidade de antígenos 
expressa). 
 
• Os principais antígenos tumorais são: 
• Antígenos derivados de oncogenes - (estritamente específicos de tumores, são 
genes de proliferação celular, que quando são ativados levam a proliferação 
indevida deum grupo celular). 
• Antígenos de diferenciação – São expressos em apenas alguns tipos de tecidos. 
que as células alteradas começam a expressar antígenos que não deveriam 
fazer parte da sua composição madura, como a expressão de um antígeno 
embrionário, que deveria ser expresso apenas no inicio do processo de 
maturação dessa célula. 
• Expressão gênica normal – Acontece uma superexpressão de um antígeno normal. 
Sendo assim, acontece uma expressão anormal de um antígeno presente em 
células normais. 
• Expressão de proteínas alteradas – As proteínas presentes na superfície das 
células passam a serem expressas de forma incorreta, com alteração em sua 
estrutura. 
 
• Oncogenes virais – São proteínas expressas após uma infecção viral, por um vírus 
que induza a proliferação celular. São proteínas virais.

Continue navegando

Outros materiais