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1 1. IMUNIDADE ADAPTATIVA: • A imunidade adaptativa pode ser dividida em dois tipos de resposta – Humoral ou celular. • Chamamos de humoral, aquela que é mediada pelos linfócitos B e a imunidade celular é aquela mediada pelos linfócitos T. ▪ A imunidade adaptativa é lenta, pois demora um pouco para que as células sejam ativadas. ▪ As respostas da imunidade adaptativa também podem ser chamadas de linhas de defesa. 2. IMUNOGLOBULINAS: • Glicoproteínas globulares • Produção pelas células B: • De membrana • Secretadas ▪ Os anticorpos são molécula solúveis encontradas na circulação. ▪ As imunoglobulinas podem ser de membranas ou secretadas. As Ig de membrana são receptoras de membrana dos linfócitos B, usados para reconhecerem os seus antígenos. As Ig secretadas, aquelas que são produzidas por uma célula e secretadas são chamadas de anticorpo. ▪ Anticorpo é uma imunoglobulina produzida pelo linfócito B e secretada na circulação. 2 ▪ São produzidos pelos linfócitos B. 3. DEFINIÇÃO DE ANTICORPOS: • Anticorpos são moléculas solúveis produzidas por linfócitos B após a estimulação por um antígeno. ▪ O linfócito B só produz anticorpo após o contato com o antígeno. 4. ESTRUTURA DE UM ANTICORPO: • Pode ser dividida em duas regiões: • Região variável do anticorpo (duas perninhas do Y) – Está relacionada com a especificidade com a molécula do anticorpo. • Região constante – Está relacionada com a função efetora do anticorpo. Essa função efetora é basicamente a ligação com a célula. • Cada região é formada por 2 cadeias polipeptídicas: • Cadeia leve (L) – k (kappa) e Lambda. • Cadeia pesada (H) – micra, gama, alfa, delta e Epson. • Existe a região variável da cadeia leve e a região variável da cadeia pesada • Existe a região constante da cadeia leve e a região constante da cadeia pesada. • O fragmento do anticorpo, que corresponde aos bracinhos se chama porção FAB • O fragmento do anticorpo, que corresponde as perninhas se chama porção FC. ▪ A região variável está relacionada com a especificidade do anticorpo, sendo a região onde o anticorpo se liga ao antígeno. ▪ A cadeia leve é a menor cadeia da estrutura da imunoglobulina. ▪ Tipos de cadeia leve não precisa saber. Saber apenas as cadeias pesadas. 3 ▪ Por que saber essas letras gregas? Pois cada tipo de cadeia pesada corresponde a uma classe de anticorpo. Cadeia pesada do tipo alfa (IgA). ▪ A porção do anticorpo que se liga ao antígeno é chamada de porção FAB, e está localizada na região variável do anticorpo. Tendo assim especificidade pelo antígeno. Chamamos de fragmento Fab (fragmento de ligação do antígeno). ▪ A região da perninha é chamada de Fc (fragmento cristalino, pois tende a cristalizar em solução), e consiste na região onde o anticorpo se liga a célula. ▪ No meio da molécula encontramos a região de dobradiça, que permite a movimentação da molécula no espaço. 5. VARIAÇÃO ESTRUTURAL NAS REGIÕES VARIÁVEIS: • São diferentes para cada anticorpo. • A região variável é diferente para cada anticorpo, porém ela está concentrada em alguns pontos do anticorpo. • Concentrada em pontos de região V (variável). • 3 regiões de hipervariabilidade. • HV1, HV2 e HV3. • HV1, HV2 e HV3: Regiões determinantes de complementaridade (CDRs). • EPÍTOPOS: Região do antígeno que é reconhecida pelo anticorpo. • Interações não covalentes: Eletrostáticas, pontes de hidrogênio, vander Walls e hidrofóbicas). ▪ O anticorpo se encaixa perfeitamente no seu antígeno, desse modo precisamos ser capazes de produzir um grande número de anticorpo, uma vez que entramos em contato com milhares de antígenos ao longo da vida. A variabilidade de um anticorpo é garantida pela região variável, que onde o antígeno se encaixa no anticorpo. ▪ A região variável possui três pontos chamamos de regiões de hipervariabilidade, que se diferenciam pelos aminoácidos que as formam. Assim em cada anticorpo diferente, existe uma sequência diferente de aminoácidos. ▪ A ligação do antígeno acontece com os aminoácidos da região variável, principalmente nos pontos de hipervariabilidade. ▪ Cada anticorpo apresenta Três pontos de hipervariabilidade, que são pontos onde a sequencia de aminoácidos é extremamente diferente. Chamados de HV1, HV2 e HV3. 4 ▪ O antígeno só encosta nos pontos de hipervariabilidade. ▪ As regiões de hipervariabilidade podem ser chamadas de regiões determinantes de complementaridade. É o sítio de ligação do anticorpo com o antígeno. Assim, a ligação do antígeno com o anticorpo se dá na CDR. ▪ A região constante não varia, porém ela apresenta uma pequena variação quanto ao tipo de cadeia pesada que a forma. Cada cadeia pesada corresponde a uma classe de anticorpos. 6. VARIAÇÃO ESTRUTURAL DAS REGIÕES CONSTANTES: • Regiões CH: Determinam os isotipos do anticorpo. • Recrutamento de células na resposta ao antígeno (pois cada classe está relacionada com uma função?????????). 7. CLASSES DE ANTICORPOS: • IgG: • Maior quantidade no soro e espaço extravascular. • Ação de cura ou fase crônica. ▪ 70 a 80% dos anticorpos que estão presentes na corrente sanguínea. ▪ A presença do IgG significa cura ou convalescência. ▪ Pode acontecer de ter IgG e IgM elevados quando se trata de uma doença crônica. ▪ O IgG está presente no soro e nos tecidos. • IgE: • Baixas doses séricas • Presentes em alergias e resposta a parasitas ▪ Na normalidade o IgE encontra-se em baixas concentrações no sangue. ▪ O IgE é um anticorpo de aumento agudo em duas ocasiões da nossa vida: Alergias e parasitoses. ▪ IgE para proteína do ovo, IgE para camarão (usados em testes de alergia). • IgA: • Anticorpo de mucosa e secreção ▪ Ele é conhecido como anticorpo da mucosa. Estando presente na mucosa oral, no leite materno, na saliva. 5 ▪ Ele pode ser encontrado na forma de monômero, mas principalmente na superfície das mucosas ele se apresenta na forma de dímero. • IgD: • BCR (Receptor de célula b). ▪ É uma imunoglobulina de membrana, estando presente na membrana das células B. ▪ Nenhuma função foi atribuída ao IgD, a não ser a de receptor de célula B. • IgM: • Indicam infecção recente. • Monomero: BCR • IgM é o maior anticorpo produzido pelo corpo, pois ele é um pentâmero. Os demais anticorpos são formas monoméricas. • Devido ao seu tamanho ele não é passado da mãe para o filho durante a gestação. • O IgM monomérico é encontrado na superfície do linfócito b. Sendo um tipo de imunoglobulina de membrana. • Na corrente sanguínea ele se encontra na forma pentamérico. • Durante uma infecção ele é o primeiro a ser produzido. Um elevado número de IgM indica uma infecção recente. 8. RESPOSTA IMUNE HUMORAL: • Para que o linfócito B seja ativado ele precisa entrar em contato com o antígeno. • Os linfócitos B ficam localizados nos linfonodos, onde se apresentam na forma de maturidade (não atingiu o seu último estágio de especialização). Ela só entra no seu ultimo estágio de especialização quando ele entra em contato com o antígeno. • O contato com o antígeno envia sinais para que os linfócitos sofram proliferação e diferenciação. O evento de proliferação dos linfócitos é chamado de EXPANSÃO CLONAL. Após o evento de expansão clonal o linfócito B passa a ser chamado de plasmócito. • LINFÓCITO B + ANTÍGENO – DIFERENCIAÇÃO EM PLASMÓCITO OU CÉLULAS PLASMÁTICAS (possui a função de produzir anticorpo). 6 9. FUNÇÕES DOS ANTICORPOS: • Neutralização (anticorposneutralizantes): • Bloqueio da ligação do antígeno na superfície celular (Previne invasão) • Bloqueio da ligação de toxinas bacterianas nas células (Previne a ação de toxinas). • Ex: IgA, IgG e IgM. • Opsolização: • Marca a bactéria • Ligação na porção Fc do macrófago para que a fagocitose possa ocorrer. • Ativação do sistema complemento: • A formação do imocomplexo ativa a cascata da via clássica (Permite a ligação de C1 e a ativação da tesoura bioquímica). • Somente IgG e IgM ativam a via clássica. ▪ Neutraliza a ligação do antígeno na superfície celular. ▪ O macrófago apresenta um receptor chamado Fc, que se liga a porção FC do anticorpo. A bactéria que foi opsolizada pelo anticorpo agora pode ser fagocitada pelo macrófago, pela ligação da porção FC do anticorpo com o receptor FC do macrófago. 10. CARACTERISTICAS DE UMA REPOSTA HUMORAL: • É aquela mediada pelos anticorpos • Quando a célula B entra em contato com o antígeno, ela entra em uma fase de diferenciação. Durante esse evento são geradas duas populações de linfócitos (plasmócitos e linfócitos B de memória). Os linfócitos B de memória guardam a informação do antígeno, não indo para o combate, ficando no linfonodo em um estado de latencia. Caso o indivíduo entre em contato uma segunda vez com o mesmo antígeno, essas células B de memória reconhecem o antígeno e 7 prontamente viram plasmócitos e produzem anticorpos muito mais rápido que no primeiro contato. Assim, o que confirma que repetidos contatos com o antígeno melhoram a eficiência da resposta imunológica. • Resposta primária humoral – Leva de 5 a 10 dias para a produção de anticorpo. A afinidade do anticorpo pelo antígeno é menor. • Resposta secundária humoral – Leva de 1 a 3 dias para a produção de anticorpo. Resposta mais eficiente. • As três doses de uma vacina explicam a necessidade de tornar a resposta mais eficiente.