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Orientação Vocacional

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VOCAÇÃO 
Inclinação para uma atividade profissional ou artística definida. 
HISTÓRICO
Idade Média (Feudalismo) – ocupações hereditárias - nível e campo ocupacional eram determinados pelo nascimento, aprendizagem com as famílias. Não há mobilidade social, determinação pela vontade de Deus. 
Revolução Francesa 1789 – Liberdade de escolha – Ocasionadas pela igualdade dos direitos dos homens. 
Revolução Industrial (Capitalismo) – transformação do agrário para o industrial complementando as relações de trabalho. Geração de lucros. “O homem certo no lugar certo”.
- O indivíduo “pode” escolher/ mudar, desde que lutar , estude, trabalhe e se esforce. (Bock)
- Objetivo detectar trabalhadores mais aptos para a realização de determinadas tarefas buscando a eficiência industrial. 
1902-1907 – Orientação vocacional como disciplina cientifica na psicologia. Primeiros escritórios de seleção e orientação profissional. (Munich e Boston)
1907- OV com marco inicial - Vocational Bureau of Boston por Frank Parsons. (3 passos: Conhecimento das habilidades, interesses, ambições, limitações e outras características pessoais; conhecimento das possibilidades e características das diversas profissões; e uma integração adequada entre todas essas informações.)
- Teoria de Traço e Fator. Favorecer o autoconhecimento, informações de profissões e mercado de trabalhos. Verificar as diferenças das habilidades e das ocupações. 
1909 – 1º Livro sobre Orientação Profissional (Escolher uma profissão de Frank Parsons)
1917- 1ª Guerra mundial, orientação profissional para recrutamento do exército, testes de aptidões, habilidades, interesses e personalidades. 
Até 1950 – Orientação ligada à PSICOMETRIA (testagens para medição da inteligência, habilidades e capacidades) e às analise ocupacional (o que o indivíduo poderia fazer dentro das habilidades medidas)
TEORIA Traço e fator – características da pessoa para ser emparelhadas com a da profissão. 
TEORIAS NÃO-PSICOLÓGICAS 
Escolha profissional é causada por elementos externos a ele, o sujeito é direcionado pelas contingências do ambiente, determinantes externos. 
TEORIA PSICOLÓGICAS 
Analisam os determinantes internos do indivíduo que explicariam seus movimentos de escolha. 
TEORIAS PSICODINÂMICAS (Sem repercussão nas práticas no Brasil) 
Como os indivíduos constituem sua personalidade e por isso como se aproximam das profissões. Causa da escolha profissional é interna (Interesse e motivação) as externas estão em segundo plano. 
“Instintos” – as experiencias infantis até 6 anos de idade, são decisivas na formação da personalidade e na criação das necessidades que expressarão mais tarde na conduta vocacional. 
Fundamenta-se na psicanalise considerando o desenvolvimento afetivo sexual, para entender as aptidões, interesses e características de personalidade. Representam a superação de uma visão inatista de personalidade, considerando que é a partir da relação com o meio que o indivíduo constitui sua individualidade. 
- Relações mantidas na infância com as profissões. 
Principais autores – Holland, Roe, Bordin, Nachman & Segall
TEORIAS DESENVOLVIMENTISTAS 
Desenvolvimento vocacional, os indivíduos desenvolvem-se vocacionalmente e este processo dura por toda a sua vida. 
- Compatibilização entre as características pessoais e oportunidades ocupacionais.
- Processo de diferenciação e integração da personalidade frente à necessidade de optar. 
(DONALD SUPER)
- Escolha se fará em função do autoconceito, a partir de escolhas anteriores e sucessivas, considerando suas características pessoais. 
- Individuo torna-se mais maduro (Pelletier, Noiseaux e Bujold). O orientador profissional pode planejar e submeter o indivíduo a experiencias de aprendizagem que lhe permitam cumprir as tarefas de seu desenvolvimento vocacional. 
- Estágios evolutistas: Crescimento, Exploração, Estabelecimento, Manutenção e Declínio. 
EXPLORAÇÃO: Descoberta de problemas e tarefas no meio e na sociedade; acumulo de informações sobre si e o meio; reconhecimento da importância da orientação; acredita na possibilidade de educar “treinar” as habilidades necessárias ao desenvolvimento de uma boa escolha profissional. 
CRISTALIZAÇÃO: Constatação da necessidade de se fazer escolhas; multiplicidade dos pontos de vista associados às ocupações; grade de habilidades e talentos; encontro de alguns atributos essenciais; identificação de atividades que mostram interesses duradouros; organização do mundo do trabalho com base nos componentes da identidade pessoal. 
ESPECIFICAÇÃO: identificação de valores.
REALIZAÇÃO: Revisão de todas as etapas da decisão, considerando sua estabilidade e certeza, antecipando as dificuldades; proteção da decisão e formulação de escolhas substitutivas. 
TEORIAS DECISIONAIS 
Metade do século XX – racionalidade das escolhas profissionais – entendimento do processo da escolha, melhor e mais ponderada e racional decisão. 
Etapas: PREDITIVA (Identificação das possibilidades e análise das consequências); AVALIATIVA (“desejabilidade” das consequências listadas); DECISÓRIA (decisões e escolha)
TEORIAS TRADICIONAIS (lado indivíduo) 
Anteriormente psicológicas. Indivíduo é autônomo e responsável por suas ações, é livre para desenvolver seus talentos e aptidões, ajustando-se à sociedade que dá a todos as mesmas oportunidades para obterem sucesso.
- Adaptação das profissões ao seu perfil, 
- Determinismo individual (RESPONSABILIDADE DA ESCOLHA) – escolha de acordo com a vocação do indivíduo. 
- Ideia de VOCAÇÃO individual – esconde e justifica as desigualdades sociais, responsabilizando apenas o indivíduo pela sua escolha, seu fracasso profissional e social, excluindo os fatores econômicos, culturais, sociais, políticos etc. 
TEORIAS CRITICAS (lado sociedade)
Crítica as teorias que apoiam o INATISMO vocacional e no DETERMINISMO individual, visa uma concepção reprodutivista cujo determinantes são econômicos, políticos, sociais, culturais e tecnológicos. 
Surgem no brasil final da década de 70 e início 80 no momento da ditadura militar. Conscientização que leve à transformação social.
- Desigualdade na escolarização, aptidões não são inatas, mas resultado das condições materiais de vida.
- Levar o indivíduo a refletir as questões ideológicas, analise crítica da orientação profissional de visão liberal, por considera-la ideológica. 
- As profissões e ocupações modificam no tempo em função das variáveis 
TEORIAS ALÉM CRITICAS (indivíduo e sociedade) 
TEORIA SÓCIO-HISTORICA - Compreende a relação indivíduo-sociedade de forma dinâmica e dialética. 
- Multideterminação do ser humano, o indivíduo escolhe e não escolhe a sua profissão. 
- Não acredita na natureza humana inata. 
- O homem se constitui nas relações sociais, com o outro. Age na natureza, produz cultura; ser social, e relaciona com o outro pelo trabalho; ser histórico na medida que relação e produção se constituem de formas diferentes em cada período histórico. 
- O homem atua sobre o mundo, modificando-o e modificando-se. 
- Imagem de uma profissão é construída e pelas quais o indivíduo se identifica com ela.

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