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18/08/2018 1 METABOLISMO E SISTEMAS ENERGÉTICOS. Profº M.Sc. Klebson Almeida UNIDADE I EXERCÍCIO FÍSICO O exercício físico, uma das atividades mais comuns da vida diária, envolve um processo biológico bastante complexo, pois, durante a sua realização há o desencadeamento de ajustes hemodinâmicos e metabólicos envolvendo a participação de todos os sistemas que compõem o organismo. Estes ajustes ocorrem com a finalidade de permitir condições necessárias para que ocorra e se mantenha a contração muscular. Fisiologia do Exercício Físico Compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos na realização do exercício físico Interação dos diferentes sistemas biológicos frente ao exercício físico Mensuração de parâmetros fisiológicos que caracterizam os diferentes tipos e níveis de atividade física Fisiologia do Exercício Físico Metabolismo Figura coração Bioquímica Fisiologia Exercício físico 18/08/2018 2 Fisiologia do Exercício Físico Compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos na realização do exercício físico Interação dos diferentes sistemas biológicos frente ao exercício físico Mensuração de parâmetros fisiológicos que caracterizam os diferentes tipos e níveis de atividade física EXERCÍCIO FÍSICO Fisiologia do Exercício Físico Compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos na realização do exercício físico Interação dos diferentes sistemas biológicos frente ao exercício físico Mensuração de parâmetros fisiológicos que caracterizam os diferentes tipos e níveis de atividade física Inspiração ExpiraçãoTranp. O2 Transp. CO2 Prod. CO2 Cons. O2 Circulação periférica Circulação pulmonar VCO2 . VO2 . Exercício Físico Adaptado de Wasserman et al. (1999) Fisiologia do Exercício Físico Consumo de oxigênio (VO2) . Definição Medida de capacidade aeróbia (VO2 máx) Classificação Evolução do treinamento físico . Capacidade máxima ou próxima da máxima de um organismo captar, transportar, liberar e utilizar o oxigênio, principalmente pela musculatura ativa Wasserman et al., 1999 Homens Consumo máximo de oxigênio (ml/kg/min) Idade (anos) Muito fraca Fraca Razoável Boa Excelente 20-29 25 25-33 34-42 43-52 53 + 30-39 23 23-30 31-38 39-48 49 + 40-49 20 20-26 27-35 36-44 45 + 50-59 18 18-24 25-33 34-42 43 + 60-69 16 16-22 23-30 31-40 41 + Exercise testing and training of apparently healthy individuals: A handbook for physicians. Dallas: American Heart Association, 1972. 18/08/2018 3 Mulheres Consumo máximo de oxigênio (ml/kg/min) Idade (anos) Muito fraca Fraca Razoável Boa Excelente 20-29 24 24-30 31-37 38-48 49 + 30-39 20 20-27 28-33 34-44 45 + 40-49 17 17-23 24-30 31-41 42 + 50-59 15 15-20 21-27 28-37 38 + 60-69 13 13-17 18-23 24-34 35 + Exercise testing and training of apparently healthy individuals: A handbook for physicians. Dallas: American Heart Association, 1972. Fisiologia do Exercício Físico Consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) . Conceito Saturação do sistema cardiorrespiratório Platô do VO2 Problemas Influências externas (motivação, estímulos) Obtenção do platô do VO2 Limitação: dores musculares/articulares Exposição ao estresse máximo . . ENERGIA • É definida como a capacidade de realizar trabalho ou de gerar calor. • Plantas Autótrofos • Humanos Heterótrofos Wilmore & Costil, Fisiologia do Exercício e Esporte, Edit. Manole, 2000 O ATP fornece a energia química para a contração ATP Nucleotídeo composto por uma base purínica (Adenina), um açúcar com cinco carbonos (Ribose)- ADENOSINA e um unidade trifosfato. O ATP fornece a energia química para a contração O ATP fornece a energia química para a contração 18/08/2018 4 VIAS ENERGÉTICAS RECONVERTEM O ADP ATP ADP ATP = ADP + Pi + H+ + ENERGIA LIBERA: 7,3 Kcal AÇÃO DA ENZIMA: Atpase , Na presença de um cofator metálico : Mg2+ HIDRÓLISE FONTES ENERGÉTICAS Substratos Energéticos Reserva energética Carboidratos, Gorduras e Proteínas FONTES ENERGÉTICAS • Carboidratos (Açúcares) - Átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. - Forma mais simples glicose (C6H12O6) - Fontes: açúcar; doces, amido, encontrado no arroz, milho, farinhas, pães, biscoitos, batatas e fibras. Hespanha, 2004. FONTES ENERGÉTICAS • Carboidratos (Açúcares) - A glicose quando em excesso é armazenada no fígado e no músculo na forma de glicogênio. - Encontrado no citoplasma das células hepáticas e musculares (principalmente) sob forma de grânulos GLICOSE ENERGIA Hespanha, 2004. FONTES ENERGÉTICAS • Gorduras (Lipídios) - Fornecem uma fonte concentrada de energia, que pode ser armazenada. - Quando ingeridas na alimentação são armazenadas no tecido adiposo e nos músculos sob a forma de triglicerídeos. • Fontes : gema de ovo, carnes gordurosas, frutos do mar, mortadela, salame, lingüiça, salsicha bacon, creme de leite, manteiga, queijos, leite integral, cacau, coco, óleos, margarina. Hespanha, 2004. FONTES ENERGÉTICAS • Gorduras (Lipídios) - Estoques de gordura - Estoques de carboidratos - Metabolismo celular Triglicerídeos Glicerol e Ác. Graxos Livres ATP 18/08/2018 5 FONTES ENERGÉTICAS Fornecimento de O2 Glicogênio Muscular e Glicose Sanguínea (Principal fonte energética) Hespanha, 2004. FONTES ENERGÉTICAS GORDURAS X CARBOIDRATOS FONTES ENERGÉTICAS GORDURAS X CARBOIDRATOS FONTES ENERGÉTICAS • Proteínas - São moléculas construídas por compostos denominados aminoácidos. - Estas representam cerca de 15% do peso corporal e cerca de 23% da reserva energética orgânica. - Fontes: - Origem animal: carnes, ovos (clara), leite e derivados (queijo, coalhada, iogurte, requeijão) Origem vegetal: feijão, lentilha, ervilha, soja, grão-de-bico. FONTES ENERGÉTICAS • Proteínas - Contribuem com menos de 10% do suprimento energético total. - Unidades básicas Aminoácidos ENERGIA Glicose (glicogênese) Ác. Graxo Livres (lipogênese) Mc. Ardle, Katch e Katch, 2002. UTILIZAÇÃO DO ATP Mc. Ardle, Katch e Katch, 2002. 18/08/2018 6 Alimentação Nutrientes ATP Energia VIAS METABÓLICAS PARA FORMAÇÃO DO ATP • AERÓBIOS • É a via metabólica para a ressíntese do ATP que utiliza oxigênio. Engloba a glicose, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. É utilizado em esforços de baixa ou média intensidade de longa duração. • ANAERÓBIOS • É a via metabólica para a ressíntese do ATP que independe do oxigênio. Pode ser dividida em duas partes: alático ou lático, respectivamente, sem ou com produção final de ácido láctico. É utilizado em atividades de curta duração e grande intensidade. VIAS ENERGÉTICAS 1. VIA ANAERÓBIA ALÁTICA A ressíntese do ATP se da com a ação da creatina fosfato (CP) ATP ADP + Pi + E ADP + CP ATP + C + E Sem oxigênio e sem ácido lático 2. VIA ANAERÓBIA LÁTICA OU GLICOLÍTICA A ressíntese do ATP se dá através da decomposição do glicogênio muscular em ácido pirúvico. GLICOGÊNIO ATP + ÁCIDO PIRÚVICO 3. VIA OXIDATIVA OU AERÓBIA A ressíntese se dá através da oxidação do glicogênio em reserva no fígado e dos ácidos graxos localizados no tecido adiposo. Hidrólise anaeróbia da creatina-fosfato (Sistema ATP-CP) Glicólise anaeróbia Glicólise aeróbia DIFERENTES MECANISMOS PARA FORMAÇÃO DE ATP: HIDRÓLISE ANAERÓBIA DA CREATINA-FOSFATO • É utilizado em atividades de curta duração, para suprir as necessidades energéticas dos músculos por apenas 3 a 15 segundos. Hidróliseanaeróbia da creatina-fosfato Creatina- fosfato Creatina quinase Creatina Pi + Energia ADP Pi ATP 18/08/2018 7 Hidrólise anaeróbia da creatina-fosfato SISTEMA ANAERÓBICO ALÁTICO (SISTEMA DO FOSFAGÊNIO) Esquema de funcionamento do sistema anaeróbico alático. VANTAGENS: 1) Disponibilidade imediata de energia; 2) Mantém [ATP] constante nos primeiros segundos de atividade; 3) Não requer oxigênio; DESVANTAGEM: Estoque limitado – depleção rápida: 3-15 s. SISTEMA CREATINA-FOSFATO METABOLISMO DA GLICOSE No organismo, os carboidratos ingeridos na comida são transformados em frutose, galactose e, principalmente, no açúcar simples glicose (ou glucose). pode ser utilizado imediatamente sob esta forma, ou, por intermédio da glicogênese, pode transformar-se em glicogênio, ficando armazenado nos músculos e no fígado para posterior utilização. O 2 presença ausência GLICOSE-6-P GLICÓLISE (Fígado) (Músculo) GLICOSE (sangue) Mantém a glicemia Fornece ATP METABOLISMO DA GLICOSE Glicogênio Ciclo de Krebs Glicólise Aeróbia Ácido Láctico Beta oxidação O2 O2 não é necessário Alta produção de ATP Glicólise Anaeróbia Sem O2 Baixa produção de ATP Ácido Pirúvico Glicose-6-P GLICÓLISE ANAERÓBIA • Fornece a energia necessária para o minutos iniciais do exercício físico. • Produz acúmulo de Ac. Láctico nos músculos e líquidos corporais déficit na contração muscular. 12 reações enzimáticas SISTEMA ANAERÓBICO LÁTICO (SISTEMA DO GLICOGÊNIO) CICLO DE EMBDEN-MEYERHOF 18/08/2018 8 GLICÓLISE ANAERÓBIA Glicólise anaeróbica. Há um ganho líquido de 3 moles de ATP se o substrato inicial for o glicogênio; e 2 moles de ATP se for a glicose. DESFOSFORILAÇÃO DO GLICOGÊNIO. GLICÓLISE ANAERÓBIA Ausência de O2 Formação de lactato 2/3 ATP VANTAGENS: 1) Sistema rápido de produção de ATP; 2) Não requer oxigênio; DESVANTAGEM: 1) Baixa eficiência de produção de ATP - 2 ATP/glicose - 3 ATP/glicogênio 2) Mantém atividade muscular por períodos curtos (seg a min); 3) Gera ácido lático (produto final da Glicólise) (podendo aumentar em até 25 x); - ácido lático: leva à acidez muscular e plasmática; inibe a atividade de enzimas; inibe ligação do cálcio às miofibrilas GLICÓLISE ANAERÓBIA GLICÓLISE AERÓBIA • Pode ser produzido até 38 moléculas de ATP a partir das seguintes reações : 1- Glicose Aeróbia; 2- Ciclo de Krebs; e 3- Sistema de Transporte de Elétrons. • É utilizado em atividades de longa duração e moderada intensidade. Metabolismo da glicose Glicóse Aeróbia O2 presença ausência 2 ATP Ciclo de Krebs Presença de O2 2 ATP 18/08/2018 9 Ciclo de Krebs SISTEMA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS Fosforilação oxidativa Presença de O2 ATP 34 ATP VANTAGENS: 1) Alta eficiência: 38/39 ATPs por glicose/glicogênio; 2) Duradoura: até várias horas; DESVANTAGEM: 1) Mais lenta que os demais sistemas; 2) Requer oxigênio CICLO DE KREBS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 10 seg 30seg 2min 5min Ressíntese do ATP100% C a p a c id a d e p e rc e n tu a l d o s s is te m a s d e e n e rg ia DURAÇÃO DO EXERCÍCIO Sistema a curto prazo (glicólise) Sistema imediato (ATP-CP) Sistema a longo prazo (aeróbio) CONTRIBUIÇÃO DE PRODUÇÃO AERÓBIA/ANAERÓBIA DE ATP DURANTE O EXERCÍCIO MÁXIMO COMO FUNÇÃO DA DURAÇÃO DO EVENTO DURAÇÂO DO EXERCÍCIO MÁXIMO 10’’ 30’’ 60’’ 2’ 4’ 10’ 30’ 60’ %Aeróbio 10 20 30 40 65 85 95 98 %Anaeróbio 90 80 70 60 35 15 5 2 VIAS DE ENERGIA E SUA PARTICIPAÇÃO NA DURAÇÃO DO ESFORÇO Esforço máximo (duração) Via anaeróbica alática (%) Via anaeróbica lática (%) Via oxidativa (%) 5 seg. 85 10 5 10 seg. 50 35 15 30 seg. 15 65 20 1 min. 8 62 30 2 min. 4 46 50 4 min. 2 28 70 10 min. 1 9 90 30 min. desprezável 5 95 1h desprezável 2 98 2h desprezável 1 99 18/08/2018 10 TEMPO NECESSÁRIO PARA A CONCLUSÃO DE ALGUNS PROCESSOS BIOQUÍMICOS NO PERÍODO DE DESCANSO PROCESSO TEMPO DE RECUPERAÇÃO Recuperação das reservas de oxigênio no organismo 10 a 15 segundos Recuperação das reservas de lactatos anaeróbias nos músculos 2 a 5 minutos Pagamento da dívida de lactato 3 a 5 minutos Eliminação do ácido lático 0,5 a 1,5 horas Ressíntese das reservas intramusculares de glicogênio 12 a 48 horas Recuperação das reservas de glicogênio no fígado 12 a 48 horas Reforço da síntese de proteínas enzimáticas e estruturais 12 a 72 horas Fonte: Vólkov (1986) apudZakharov(1992) TEMPO DE RECUPERAÇÃO DO SISTEMA ATP-PC 30 seg 70% 1minuto 80% 2-3 minutos 90% 5- 10 minutos 100% RESSÍNTESE DO GLICOGÊNIO MUSCULAR Recuperação das reservas de O2 do organismo 10 a 15 seg. Recuperação das reservas anaeróbio nos músculos 02 a 05 min Eliminação do ácido lático 30 a 90 min. Ressíntese das reservas intra- musculares de glicogênio 12 a 48 horas Recuperação das reservas de glicogênio no fígado 12 a 48 horas VIAS ENERGÉTICAS NAS PROVAS DO ATLETISMO ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO AERÓBIO • Potência aeróbia ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO AERÓBIO • Adaptações Musculares • Tipo de fibra muscular • Suprimento capilar • Conteúdo de mioglobina • Função mitocondrial • Enzimas oxidativas 18/08/2018 11 MICROCIRCULAÇÃO Atletas apresentam um aumento de 30% na densidade capilar quando comparados a indivíduos sedentários. Fibras do tipo I são as que apresentam maior densidade capilar. Tempo de trânsito é reduzido: a troca gasosa e o fornecimento de substratos energéticos é mais eficaz. EFEITOS DO TREINAMENTO SOBRE O SANGUE Do no. total de eritrócitos, da quantidade de hemoglobina e do volume do sangue. Da capacidade de neutralização e de tamponamento. De níveis elevados de triglicérides e colesterina no sangue. Do gradiente arteriovenoso de O2. Do nível de lactato e da concentração hidrogeniônica ADAPTAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DE FONTES ENERGÉTICAS TEMPO DE EXERCÍCIO X % METABÓLICO 18/08/2018 12 TEMPO DE EXERCÍCIO X SISTEMA ATP-CP TAXA DE PRODUÇÃO DE ATP X METABOLISMO ANAERÓBIO TAXA DE PRODUÇÃO DE ATP X METABOLISMO ANAERÓBIO Lactato sanguíneo Lactato sanguíneo FADIGA MUSCULAR •Tópicos centrais na investigação em fisiologia do exercício; •A incapacidade do músculo esquelético gerar elevados níveis de força muscular ou manter esses níveis no tempo designa-se por fadiga neuromuscular ; •A fadiga tem sido, igualmente, sugerida como um mecanismo de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular esquelética ; 18/08/2018 13 FADIGA MUSCULAR •A fadiga muscular pode resultar de alterações da homeostasia no próprio músculo esquelético, ou seja, o resultado do decréscimo da força contrátil independentemente da velocidade de condução do impulso neural, habitualmente designada de fadiga com origem predominantemente periférica; •A fadiga muscular depende do tipo, duração e intensidade do exercício, da tipologia de fibras musculares recrutadas, do nível de treino do sujeito e das condições ambientais de realização do exercício FADIGA MUSCULAR As alterações do pH, da temperatura e do fluxo sanguíneo, a acumulação de produtos do metabolismo celular, particularmente dos resultantes da hidrólise do ATP (ADP, AMP, Pi, amónia), A perda da homeostasia do íon Ca2+, o papel da cinética de alguns íons nos meios intra e extra-celulares nomeadamente, o K+, Na+, Cl-, Mg2+, a lesão muscular; Principalmente a induzida pelo exercíciocom predominância de contrações excêntricas e o stress oxidativo têm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga muscular..................................................................... FADIGA MUSCULAR Fadiga muscular é a diminuição da capacidade do músculo em desenvolver força máxima e/ou manter determinado nível de força. Músculo fatigado não consegue gerar força suficiente para realizar movimentos de forma adequada. CARACTERIZADA POR: Redução na força; Redução na velocidade de encurtamento; Aumento do intervalo entre potenciais de ação TIPOS DE FADIGA FADIGA DE ORIGEM CENTRAL FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA FADIGA DE ORIGEM CENTRAL Falha voluntária ou involuntária na condução do impulso que promove: (1)Redução do número de unidades motoras ativas e (2) Diminuição da frequência de disparo dos motoneurônios; Inibição da taxa de descarga dos motoneurônios devido a um mecanismo de feedback reflexo proveniente dos mecanorreceptores, nomeadamente dos fusos neuromusculares e/ou dos orgãos tendinosos de Golgi, ou das terminações nervosas do tipo III e IV, que parecem ser sensíveis à acumulação de alguns metabolitos a nível muscular durante o exercício; Relação entre o tempo de exercício até à exaustão e a variação da síntese e libertação cerebral de alguns Neurotransmissores, normalmente associados a estados/fatores de natureza psicológica como a motivação, a atenção, o humor e a depressão e também à coordenação neuromuscular (Serotonina, Dopamina e Acetilcolina). FADIGA DE ORIGEM CENTRAL Sistema Nervoso Central (SNC) Diminuição da intensidade/número de impulso nervoso vindo do SNC e enviados aos Motoneurônios (MN) Motoneurônios Redução no estoque de Ach nos Motoneurônios PROPAGAÇÃO NEUROMUSCULAR Processos envolvidos na conversão de um Potencial de Ação(PA) do axônio do MN para um PA no sarcolema; PA não é transmitido para todos os ramos dos axônios dos MN; Redução na de Ach na fenda sináptica Diminuição da excitabilidade da membrana pós-sináptica (sarcolema). 18/08/2018 14 FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA Fadiga de baixa frequência (FBF) e Fadiga de alta frequência (FAF); FADIGA DE BAIXA FREQUÊNCIA (FBF) : Caracteriza-se: (1) Por uma acentuada diminuição da força relativa gerada pelas fibras, quando estimuladas a baixa frequência (10-30 Hz), comparativamente com frequências de estimulação elevadas (100Hz); (2) Por uma recuperação lenta da força e (3) Pela persistência de sinais de fadiga; Relacionada com a taxa de turnover protéico necessário para a regeneração e reparação das estruturas protéicas musculares lesadas durante e após o exercício. Alguns autores sugerem que a perda de homeostasia celular ao ion Ca2+; FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA Fadiga de baixa frequência (FBF) e Fadiga de alta frequência (FAF); FADIGA DE ALTA FREQUÊNCIA(FAF) : Diminuição da força, acompanhada pela diminuição da amplitude e duração do potencial de ação e pela diminuição da força, acentuada pelo aumento das concentrações de Na+ intracelulares e K+ extracelulares; Este aumento poderá resultar da incapacidade de manter o gradiente iônico em torno da membrana sarcoplasmática das fibras musculares esqueléticas. FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA Fatores que afetam a ciclagem das pontes transversas entre actina e miosina são: Redução no ritmo de liberação e, principalmente, captação de cálcio intracelular pelo retículo sarcoplasmático; Redução da afinidade pelo cálcio da troponina, tropomiosina para poder ocorrer a ligação entre actina e miosina; Reduções no suprimento de energia ao músculo (ATP); FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA Durante a atividade física o fluxo sanguíneo nos músculos exercitados deve aumentar para: Suprimento de substrato energético; Remoção de metabólitos; Dissipação de calor PORÉM, … Quando um músculo está ativo aumenta a pressão intramuscular que … Comprime os vasos sanguíneos e diminui … Ocorre mais durante contrações isométricas sustentadas; Força acima dos 15% do máximo FADIGA DE ORIGEM PERIFÉRICA PRINCIPAIS CAUSAS: Depleção energética; A diminuição da liberação de Ca2+ pelo Retículo Sacorplasmático; A acidose metabólica induzida pelo exercício (PH, fosfato, lactato ). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ROBERGS, R. A.; ROBERTS, S. O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Phorte Editora, 2002; POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 6.ed.São Paulo: Manole Editora, 2009............................... McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 7.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011....
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