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Evolução histórica do trabalho - Psi organizacional e do trabalho

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Evolução histórica do trabalho
TRABALHO do latim TRIPALIUM.
Instrumento composto de três 
paus que servia para torturar 
réus e segurar cavalos por 
ocasião de ferrar .
Entre seus significados 
podem estar o sofrimento, 
o esforço, mas também o 
prazer, a criatividade.
Sociedades primitivas
• Nas sociedades primitivas o homem ainda não 
produzia seu próprio alimento. Eram nômades 
que caçavam, pescavam, colhiam e dividiam os 
alimentos entre membros de sua própria tribo.
• Com o passar do tempo, essas tribos começaram 
a se fixar nos territórios, desenvolvendo a 
agricultura e a criação de animais. Desse modo, 
os homens começaram a ter noção de território, 
surgindo toda uma divisão de trabalho: uns 
plantavam, outros trabalhavam na criação, outros 
na elaboração de utensílios, e alguns tinham a 
tarefa de defender as terras. 
“O trabalho na Antiguidade (por volta de 
4.000 A.C.), representava punição, 
submissão, em que os trabalhadores eram 
os povos vencidos nas batalhas, os quais 
eram escravizados. O trabalho não era 
dignificante para o homem. A escravidão 
era tida como coisa justa e necessária. Para 
ser culto, era necessário ser rico e ocioso”
(Jorge Neto e Cavlcante, Direito do Trabalho, p. 3).
Sociedade Greco-Romana: Escravismo
• Com o surgimento da propriedade privada, houve 
um aumento das famílias nobres, tornando-se 
necessário mais terras e mais gente para 
trabalhar no cultivo. Problema, em parte, 
resolvido com guerras: guerreava-se com os 
povos vizinhos e as terras conquistadas eram 
repartidas entre os nobres. O povo derrotado era 
escravizado e se tornava propriedade do Estado, 
que a concedia aos nobres. 
• Assim, o trabalho passou a ser uma 
exclusividade dos escravos (apesar de haver 
pequenos camponeses ). 
• O trabalho escravo se tornou a base da 
economia dessa época. 
• SENHORES - Donos das terras, das 
ferramentas e da força de trabalho dos 
escravos. 
• ESCRAVOS - Não possuem nada, nem a si 
mesmos. 
Feudalismo 
• A sociedade feudal era composta por três 
grupos (ou classes) sociais com status fixo: o 
clero, a nobreza e os camponeses. A 
mobilidade social entre esses grupos quase 
não existia. 
• Os servos trabalhavam e 
produziam em terras pertencentes 
ao senhor feudal, que expropriava 
uma grande parte do que era 
produzido por seu servo, como 
troca por moradia e proteção.
• Produção manufatureira caseira, 
doméstica e artesanal, voltada 
para o abastecimento da família.
• Surgem novas técnicas de cultivo, novas 
formas de utilização dos animais e das 
carroças. 
• Com as inovações no campo, a produção 
agrícola teve um aumento significativo e 
surgiu a necessidade de comercialização dos 
produtos excedentes. 
• A partir do século XI, há um renascimento do 
comércio e um aumento da circulação 
monetária, o que valoriza a importância social 
das cidades.
• Nasce um novo modo de trabalho e produção 
de riqueza: a compra e venda de mercadorias. 
• As relações entre os senhores feudais e os 
servos vão se transformando: a terra passa a 
poder ser arrendada.
• A organização feudal vai sendo enfraquecida, 
sob pressão da economia.
O trabalho vai migrando do campo para 
as cidades (burgos), onde as 
condições de vida eram precárias.
Cresciam as rotas de comércio terrestres e as 
feiras de artesãos foram se transformando em 
pequenas cidades que eram chamadas de 
“burgos”. 
Nos burgos, começaram a surgir ricos 
comerciantes que eram chamados de 
“burgueses”. 
O crescimento do comércio, principalmente 
através das expansões marítimas (originando o 
descobrimento de novos continentes) foi um 
impulsionador do capitalismo, caracterizando-
se uma nova era de dominação humana. 
• Criam-se as corporações de ofício, que 
regulamentavam a produção de bens, com 
monopólio sobre o serviço
• O trabalhador, que no campo era dono de 
suas ferramentas de trabalho, passa a 
trabalhar para o outro, que é dono do 
processo de produção e das ferramentas de 
trabalho.
• Tal divisão do trabalho proporcionou um 
aumento enorme da produção, em 
comparação com o sistema anterior ancorado 
na produção artesanal. 
• Foi a partir da manufatura que também 
operou-se uma nova divisão social do 
trabalho, onde cada trabalhador, através de 
uma tarefa simples, fazia apenas uma parte do 
produto final. 
• A divisão do trabalho proporcionou o 
aumento da produção, em comparação com o 
sistema anterior, de produção artesanal. 
• As corporações de ofício eram responsáveis 
por treinar jovens para serem profissionais. 
Havia uma hierarquia, que foi se 
estabelecendo, dificultando cada vez mais a 
ascensão de aprendiz à mestre.
• Surgem as organizações que vão se 
transformar nos primeiros sindicatos de 
trabalhadores.
Gubbio, Itália
• Praça dos 40 mártires: Situada fora das muralhas 
da cidade, na Praça dos 40 Mártires, a Loggia dei 
Tiratori é um testemunho da Guilda de lã em 
Gubbio. As Guildas eram associações de artesãos 
de um mesmo ofício que garantiam os interesses 
da classe e foram importantes na Idade Média.
• A imensa varanda servia para secar a lã à sombra 
de onde eram processados produtos de excelente 
qualidade e exportado para toda parte. 
Atualmente é um mercado de vegetais. 
Surgimento do Capitalismo
Os burgueses, que já controlavam o trabalho 
dos artesãos, passaram a organizar 
manufaturas. 
Manufaturas são formas de produção 
realizadas em oficinas, onde os burgueses 
disponibilizavam matéria prima e instrumentos 
de produção, e os artesãos trabalhavam em 
troca de um salário (surgindo o empregado). 
Entretanto, toda a produção era de 
propriedade do burguês. 
Revolução Industrial 
• O surgimento da máquina a vapor, na Grã-
Bretanha, foi o passo que permitiu a 
transformação da manufatura em maquinofatura 
(indústria). 
• Exploração de novas fontes de energia (carvão e 
petróleo)
• Inovações tecnológicas (máquinas à vapor)
• Telégrafo (moderno sistema de comunicação)
• Instituições financeiras (bancos, bolsa de valores, 
moeda)
• No capitalismo, o trabalhador não possui nem 
as ferramentas, nem o produto do trabalho. 
• Além da liberdade de escolher trabalhar 
(diferentemente do escravo, do servo ou do 
soldado), o empregado tem apenas a sua 
força de trabalho para vender como 
mercadoria, em troca de um salário. 
2ª Rev.Industrial
Século XIX
✓Aperfeiçoamento tecnológico.
✓Petróleo e energia elétrica como principais 
fontes.
✓Avanços na área de telecomunicações e 
transportes.
✓Ciência e tecnologia aproximam-se: mais 
conhecimento aplicado à produção.
✓Rádio, telefone, antena, automóvel, 
lâmpada elétrica, raio x, máquina de escrever, 
telégrafo.
3ª Revolução Industrial
• A partir da década de 1970, de acordo 
com alguns autores ocorreu a terceira 
Revolução Industrial, alterando o 
panorama produtivo mundial, com o 
surgimento de tecnologias 
microeletrônicas, redes de comunicação, 
automatização e robotização dos 
processos produtivos. 
• Surgem novos ramos industriais: indústria de 
computadores e softwares,telecomunicações, 
química fina, robótica e biotecnologia, com 
utilização de mão de obra qualificada.
• Com a automação a função do trabalhador se 
restringe à vigilância do processo produtivo.
• O controle do processo de trabalho ganha 
importância devido ao fato de os 
trabalhadores produzirem através de formas 
cada vez mais avançadas de divisão do 
trabalho.
• As indústrias se difundem por todo o mundo 
(globalização) em busca de mercado consumidor, 
matéria-prima mais barata.
•Com a evolução tecnológica do 
processo de produção, há alterações na 
organização do trabalho, com o objetivode aumentar a produtividade para 
garantir o lucro.
•Aprimoramento das formas de gestão 
trabalho, visando redução de custos e de 
tempo de produção.
•Acentua-se a precarização do trabalho.

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