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PSICOLOGIA AULA 2

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Aula 02 – A Questão da Inclusão e Exclusão no Campo Educacional
Ao final desta aula, você será capaz de:
comparar o comportamento normal e o patológico no cotidiano escolar;
definir as características que envolvem a teoria da carência cultural e diferenças linguísticas;
explicar as questões relacionadas à inclusão e à exclusão escolar.
Você se lembra de ter se sentido excluído em alguma situação no espaço escolar? Conhece sujeitos que vivenciaram o fracasso escolar? Atire a primeira pedra quem não tem conhecimento de alguma situação como estas!
Nesta aula, abordaremos a questão da exclusão no campo educacional e seus principais motivos.
A poeta Hilda Hilst nos ajuda  a fazer uma reflexão sobre a questão da exclusão na escola.
As freiras, onde eu estudava, ficavam desesperadas. A que ensinava aritmética chegava e dizia:
- Tenho três galinhas. Uma, enquanto estava caminhando se perdeu. A outra morreu. Quantas galinhas sobraram?
Aí eu começava:
- Mas  por que a galinha morreu? E a outra? Como se perdeu? Como é que alguém perde uma galinha? Mas quem estava tomando conta delas não sabe dar explicações!
Aí criava uma situação!
A Freira respondia:
- Não precisa saber o porquê!
Eu queria a história desta galinha perdida, morta ...
Rui, aluno de onze anos, que frequentava a 3a. série de uma escola pública e residia na favela, ia mal na escola, porque não prestava atenção em nada, "não aprendia". Para algumas professoras, era retardado; para outras, imaturo; para outras, ainda, era vítima de uma família desestruturada. Não tinha mesmo jeito e Rui desistiu da escola. Rui, Fabiano, Vanessa, Rose, Eric, Antônio... Imaturidade, fome, pais separados, pobreza, falta de estimulação, deficiência mental, problema de aprendizagem... Muitos nomes, muitas justificativas, muitos rótulos. Diversos rótulos têm sido utilizados frequentemente nos meios escolares para justificar os números altamente elevados de retenção, exclusão e encaminhamentos (os mais diversos) de alunos.
Pare e pense na realidade brasileira:
Quais as formas de exclusão?
Quantos são os excluídos? 
Quem são os excluídos?
Onde estão os excluídos?
A exclusão pode ocorrer em duas esferas: exclusão da escola e exclusão na escola.
O número médio de anos de estudo segundo categorias selecionadas no Brasil no período 1992–2007 está apresentado na Tabela 1. Analise os dados e compreenda as taxas de evasão, repetência e exclusão escolar. 
Durante muito tempo, a tese da carência cultural acabou sendo a resposta para o fracasso escolar, ou seja, a pobreza dos alunos (como fator exterior à escola) é considerada como a principal causa do seu insucesso escolar.
Em nome da carência cultural, foram organizados, no Brasil, inúmeros projetos de educação compensatória, mas que não apresentaram resultados satisfatórios, servindo para marcar ainda mais a discriminação e a consequente seletividade social.
A análise das noções da carência cultural levou Soares a agrupar a teoria em duas versões: do déficit e da diferença. Dessa forma, a diferença cultural acaba se transformando em deficiências.
Em geral, a escola reluta em trabalhar com as diferenças culturais, de respeitar os saberes dos alunos e contextualizar a prática pedagógica com a realidade do aluno e de sua identidade sociocultural.
Muitas vezes, é forte o preconceito e a discriminação com a linguagem do aluno, pela forma como as variações linguísticas vêm sendo tratadas pela escola.
A produção do fracasso escolar é decorrente de uma questão social mais ampla, que envolve quatro concepções. Veja quais são.
O fracasso escolar como problema psíquico: a culpabilização das crianças e de seus pais
Entende-se que a criança é portadora de uma organização psíquica imatura, que resulta em ansiedade, dificuldade de atenção, dependência, agressividade etc., que causam, por sua vez, problemas psicomotores e inibição intelectual que prejudicam a aprendizagem escolar.
O fracasso escolar como um problema técnico: a culpabilização do professor
O foco muda de lugar: não se localiza nos problemas individuais dos alunos, mas na técnica de ensino do professor. Está presente nessa concepção o pressuposto de que os alunos possuem dificuldades de ordem emocional, cultural etc., que podem ser sanadas pelo professor se ele utilizar a técnica de ensino adequada.
O fracasso escolar como questão institucional: a lógica excludente da educação escolar
Parte do princípio de que o fracasso escolar é um fenômeno presente desde o início da instituição da rede de ensino público no Brasil. Nesse sentido, a produção do fracasso deve considerar a escola como instituição inserida em uma sociedade de classes regida pelos interesses do capital; a própria política pública encontra-se entre os determinantes do fracasso escolar.
O fracasso escolar como questão política: cultura escolar, cultura popular e relações de poder
A escola como instituição social é regida pela mesma lógica constitutiva da sociedade de classes. O foco, entretanto, incide nas relações de poder estabelecidas no interior da instituição escolar, mais especificamente na violência praticada pela escola ao estruturar-se com base na cultura dominante e não reconhecer — e, portanto, desvalorizar — a cultura popular.
Esses transtornos de comportamento são questões patológicas que precisam de diagnóstico e tratamento, de uma atenção psicológica e às vezes de um tratamento psiquiátrico, principalmente quando uma manifestação psíquica incomoda o sistema sociocultural vigente ou faz sofrer o indivíduo.
Conheça, resumidamente, alguns desses transtornos de comportamento que interferem no desenvolvimento e na aprendizagem do sujeito.
O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. 
Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam possível a intimidação da vítima. 
Clique aqui para saber mais.
A característica essencial do transtorno desafiador opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos seis meses e se caracteriza pela ocorrência frequente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos: perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos, deliberadamente fazer coisas que aborreçam outras pessoas, responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros (Critério A6), mostrar-se enraivecido e ressentido, ser rancoroso ou vingativo.
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a vida. 
Caracteriza-se por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. É chamado às vezes de DDA (distúrbio do déficit de atenção).
padrão de comportamento no transtorno de conduta, anteriormente (e apropriadamente) chamado delinquência, caracteriza-se por um padrão repetitivo e persistente de conduta antissocial, agressiva ou desafiadora. 
Esse comportamento pode ser agrupado em quatro tipos principais: conduta agressiva que causa ameaça ou danos a outras pessoas e/ou animais; conduta não-agressiva, mas que causa perdas ou danos a propriedades; defraudação e/ou furto; e violações habituais de regras.
O transtorno depressivo infantil é um transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir em seu processo de maturidade psicológica e social.
Estes são mais alguns dos transtornos de comportamento que interferem no desenvolvimento e na aprendizagem do sujeito.
O transtorno bipolar caracteriza-se pela ocorrência de episódiosde “mania” (caracterizados por exaltação do humor, euforia, hiperatividade, loquacidade exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da crítica) comumente alternados com períodos de depressão e de normalidade. 
Com certa frequência, os episódios maníacos incluem também irritabilidade, agressividade e incapacidade de controlar adequadamente os impulsos.
característica essencial do transtorno de ansiedade de separação é a ansiedade excessiva envolvendo o afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação. Esta ansiedade está além daquela esperada para o nível de desenvolvimento do indivíduo. 
Normalmente causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico (ocupacional) ou outras áreas importantes na vida do indivíduo.
O transtorno do pânico é definido como crises recorrentes de forte ansiedade ou medo. 
As crises de pânico são entendidas como intensas, repentinas e inesperadas que provocam nas pessoas sensação de mal-estar físico e mental juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto-socorro, seja buscando ajuda de quem está próximo.
Crianças pouco incentivadas na infância e que, por isso, não aprenderam a lidar com seus erros e acertos são candidatas a sofrer de baixa autoestima na vida adulta. 
Essa doença, cada vez mais comum, pode ser diagnosticada quando se verifica que a pessoa não consegue enfrentar os problemas, evitando tudo e todos, fugindo das situações, dando desculpas e transferindo para os outros a responsabilidade por tudo de errado que lhe acontece. Pode apresentar: depressões fortíssimas, fobias, incapacidade de buscar saídas para os problemas e até dependência química estão na lista dos principais sintomas. 
A autoestima baixa faz com que a pessoa, de forma inconsciente, se julgue incompetente por não saber administrar sua capacidade, seu poder interno.
PROBLEMAS CAUSADOS POR VIOLENCIA DOMESTICA ABUSO SEXUAL
Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer a nenhum nível social, econômico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns. A violência doméstica inclui a violência física, psicológica e verbal, a negligência precoce e o abuso sexual, que podem impedir o bom desenvolvimento físico e mental da vítima.
Dica de filme: Episódio “A coroa do imperador”, da série Cidade dos Homens.
Laranjinha e Acerola estão aprendendo na escola sobre a fuga da corte portuguesa para o Brasil e vai haver uma excursão da turma para Petrópolis. Eles querem conhecer a coroa do imperador. A condição imposta pela professora é que todos passem por uma chamada oral sobre o assunto. Para fazer o passeio é preciso pagar uma taxa de R$ 6,50 e, para conseguir esse dinheiro, os dois acabam se envolvendo com os traficantes do morro onde moram. Para complicar, na véspera da excursão o morro é invadido por uma facção inimiga e, em meio à confusão, os dois finalmente entendem o que levou Napoleão a atacar a Inglaterra e por que D. João VI teve que sair correndo para o Brasil.
Vamos finalizar esta aula fazendo uma reflexão.
Mesmo dentro de uma condição social desfavorável é possível aprender? 
Como articular a realidade do aluno à realidade social?
Saiba que pensar sobre questões como estas tem uma importância fundamental na sua formação como futuro educador.
erifique o que aprendeu!
Leia as afirmativas e assinale a sequência correta.  
A - O fracasso escolar começa, muitas vezes, em situações nas quais os saberes e interesses dos alunos não são valorizados.  
B - A exclusão da escola envolve o não-acesso à escola, os alunos evadidos ou que tiveram sua matrícula cancelada. Já a exclusão na escola é operada por meio de mecanismos como reprovação e repetência. 
C - O fracasso escolar sempre tem um culpado que deve assumir individualmente sua responsabilidade.
D - O fracasso escolar pode ser visto como um problema psíquico, um problema técnico, uma questão institucional ou uma questão política. 
Verifique o que aprendeu!
Arraste as caixas para completar corretamente as quatro concepções sobre a produção do fracasso escolar.

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