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FACULDADES INTEGRADAS RUI BARBOSA CURSO DE ENGENHARIA – CEG – TURMA B EDUARDO MOREIRA BEZERRA PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO: OTIMIZAÇÃO E GERENCIAMENTO ATRAVÉS ROTINAS MÍNIMAS ANDRADINA 2015 EDUARDO MOREIRA BEZERRA PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO: OTIMIZAÇÃO E GERENCIAMENTO ATRAVÉS ROTINAS MÍNIMAS Trabalho apresentado na disciplina Metodologia Cientifica como requisito parcial de avaliação. Orientador: Prof. Msc Daniel A. Pando. ANDRADINA 2015 “Um programa, por melhor que tenha sido estudado, jamais se realizará exatamente de acordo com as previsões feitas. As previsões não são profecias, têm por objetivos reduzir o imprevisto.” (Henri Fayol, 1916) RESUMO Normalmente em algumas indústrias quando nos referimos a produção, pensamos estar falando da operação, uma interpretação equivocada, a produção engloba a manutenção e a operação, sendo que estas ocupam um mesmo nível hierárquico dentro de uma organização produtiva, que sem planejamento não há uma boa manutenção elevando os custos operacionais. Não há como ser infalível; o que um eficiente programa de controle de manutenção deve-se atingir a redução, a níveis aceitáveis, dos eventos imprevistos que podem ocorrer no transcorrer da execução de uma de uma manutenção. Com isso, foram desenvolvidas algumas ferramentas e programas que vem ser discutido com a finalidade de avaliar e complementar uma melhoria continua em todo o processo de gestão e organização da manutenção. Palavras-chave: PCM (Programa de Controle da Manutenção), manutenção, organização, ferramentas, custos, produção. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Equipe de MCC ....................................................................................... 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 06 2 OBJETIVO ............................................................................................................. 08 2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 08 2.2 Objetivo Específico .............................................................................................. 08 3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 09 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10 4.1 Introdução ........................................................................................................... 10 4.2 Plano de Inspeções Visuais ................................................................................ 10 4.3 Roteiros de Lubrificação ...................................................................................... 11 4.4 Plano Preventivo ................................................................................................. 11 4.5 Plano Preditivo .................................................................................................... 12 4.6 MCC: Manutenção Centrada em Confiabilidade ................................................. 12 5 METODOLOGIA .................................................................................................... 15 6 CRONOGRAMA .................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17 6 1 INTRODUÇÃO Com a presença de equipamentos cada vez mais sofisticados e de alta produtividade fez com que a exigência de disponibilidade ser cada vez mais alta, os custos de inatividade ou de subatividade se tornaram bem altos. O Planejamento e Controle d Manutenção (PCM) é uma implementação metodológica organizacional com qual não só se limita em corrigir problemas mais também a organização e melhoria para uma saúde financeira de uma companhia. Existem diversos tipos de manutenção no ramo industrial, sendo que as mais comuns são três, as manutenções em máquinas do tipo corretivas, preventivas e preditivas. Cada uma destas é possível associar um fator econômico como relação a recursos humanos, material, interferência na produção e perdas no processo. Logo após uma análise em um determinado equipamento é possível determinar uma ou mais destas três opções estratégicas. Escolhendo uma estratégia, pode-se estabelecer uma rotina de manutenção para e traçar um plano. Existem então rotinas de manutenção com as quais vamos destacar: inspeções periódicas visuais, análise de óleo lubrificante, roteiro de lubrificação, manutenção preditiva (acompanhamento de possíveis falhas), manutenção preventiva (conforme experiência técnica e recomendação de fabricante) e outras, como a inspeção em equipamentos estáticos conforme a Norma Regulamentadora NR13. Estas seriam as rotinas mínimas, nas quais é possível determinar um planejamento de manutenção de gerar Ordens de Manutenção (OM). Em uma OM deve estar explicito o seu número, o local de instalação do equipamento, a etiqueta identificação do equipamento (Tag), o tipo de atividade a ser realizada, etc.. Além disso, para um planejamento otimizado, é de fundamental importância que uma OM haja a sequência de execução com check list adequado, os materiais a serem utilizados e valor da duração com a capacidade de pessoal a ser executado a atividade, o HH (homem-hora). Portanto, para que de fato haja um bom planejamento e controle, é necessário e suficiente efetuar a intervenções no tempo recomendado, com o estoque de materiais necessários, pessoal capacitado. Logo, o ramo de planejamento de manutenção pode ser complexo e mais abrangente, mais neste trabalho desenvolveremos rotinas mínimas, que são aquelas exigidas pelas empresas da atualidade. 7 Problema: Qual seria a melhor estratégia ou planejamento de manutenção através de uma rotina para que uma indústria garantisse plena confiabilidade e disponibilidade de uma planta industrial com a finalidade de obtenção do produto final? Hipótese: De maneira geral, todas as industrias que possuem maquinário ou ferramental destinados a produzir algo, logo estes necessitam de manutenção. No entanto, nem todas estão se preocupadas em administrar a manutenção através de rotinas ou ciclos que o equipamento opera. Em geral, muitas empresas necessitam de rotinas de manutenção, principalmente aquelas que trabalham com produção em larga escala que requerem a garantia do produto final e no prazo solicitado. 8 2 OBJETIVO: 2.1 Objetivo Geral Estudar os principais tipos de manutenção industrial e os definir como Rotinas Mínimas para uma possível implementação no setor industrial através de planos de manutenção, levando em consideração os aspectos técnicos e um gerenciamento flexível. 2.2 Objetivo Específico Identificar algumas definições de manutenções incorporadas em indústrias; Definir os métodos mais utilizados para a mantenabilidade industrial; Propor, a partir dos métodos,a implementação de planos de manutenção ao setor industrial. 9 3 JUSTIFICATIVA Foi escolhido este tema porque são cada vez mais comuns as grandes empresas o estabelecimento de rotinas de manutenção para a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos para o atingimento de metas e garantia do produto final. O tema de planejamento de manutenção é na atualidade tratado como a administração de sistemas informatizados, isto é, de maneira geral, um planejador de manutenção tem que trabalhar com auxílio softwares para maior agilidade no trabalho, pois são inúmeros equipamentos para serem administrados fisicamente. Logo o a criação de planos mínimos para os equipamentos devem existir e ser direcionados para cada um em forma de uma Ordem de Manutenção. Verificaremos de forma positiva uma maior confiabilidade numa indústria através de planos de manutenção por rotinas mínimas antes que o equipamento falhe (quebra) e também o gerenciamento do tempo e capacidade ideal para cada atividade. De uma forma benéfica, esta pesquisa poderá ajudar algumas empresas a gerar planos de manutenção a determinadas classes de equipamentos para rotinas mínimas em ordens de manutenção, ou seja, estabelecer uma espécie de calendário de manutenção para intervenções preventivas de modo que a parada do equipamento tenha a menor probabilidade possível. Este tema poderá contribuir para a revisão de alguns planos já existentes ou até mesmo a geração de planos que possa dar origem às ordens de manutenção com as informações necessárias e tempo adequado para execução e encerramento. 10 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1 Introdução Para Viana (2002, p. 87) os Planos de Manutenção são um conjunto de informações necessárias para a orientação perfeita de atividade de manutenção preventiva. Os mesmos apresentam, na prática, o detalhamento da estratégia de manutenção assumida por uma empresa. A sua disposição no tempo e no espaço, e a qualidade das suas instruções, determinam o tratamento dado pelo organismo mantenedor para com sua ação. Em teoria, iremos abordar algumas categorias tratadas em diversas literaturas e trabalhos que são: plano de inspeções visuais, roteiros de lubrificação, plano de manutenção preventiva, plano de manutenção preditivo e Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC) para a gestão. Tais categoria chamaremos de Rotinas Mínimas, que são aquelas que uma empresa poderá implementar para a garantia de disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos para a obtenção do produto final. 4.2 Plano de Inspeções Visuais Em prática a inspeção consiste na observação de certas características dos equipamentos, tais como ruído, temperatura, condições de conservação, vibração, etc. O acompanhamento dos aspectos do funcionamento dos equipamentos consiste em uma periodicidade padronizada, desta forma detectando alguma mudança de pequena proporção. Para melhor eficiência deste acompanhamento é necessário estabelecer uma rota de inspeção. A rota de inspeção consiste em uma mapeamento dos equipamentos de uma seção, dividindo-os respeitando a sua natureza: elétrica ou mecânica, distribuindo-os de forma a garantir a sua inspeção por área, sem ultrapassar um tempo máximo de rota de uma hora e meia, verificando aspectos relevantes do maquinário tendo como ferramenta os sentidos do operador (característica do equipamento). Uma das periodicidades recomendada para tais rotas é de um mês observando também, o número de horas de operação do equipamento. 11 4.3 Roteiros de Lubrificação Elementos mecânicos possíveis de lubrificação são engrenagens, mancais, cilindros superfícies planas deslizantes, etc. Observa-se que elementos não fazem parte da mesma família, com características comuns, sendo esta discordância um dos pontos em consideração a formular um roteiro de lubrificação. Para a formulação do roteiro e a distinção de onde será aplicado o lubrificante. Existem lubrificantes gasosos, como o ar, e sólidos como a grafita e a mica, no entanto, na indústria usamos em larga escala os líquidos (óleos) e semissólidos (graxas), Focando em lubrificantes de óleo e graxa, devemos subdividir estes dois grupos de acordo com o seu tipo e periodicidade de ação do lubrificante. O roteiro de lubrificação será aglutinado em um conjunto de equipamento primeiro por localização na planta (Tag), depois por tipo de lubrificação a ser aplicado e por fim, o método de aplicação. Em uma Ordem de Manutenção deverá estar explicito a localização do equipamento, a tarefa, a parte do equipamento a ser lubrificado, o data a descrição do lubrificante, quantidade, e grandeza física desta quantidade (quilograma, litro, etc.). 4.4 Plano Preventivo O plano de manutenção preventivo consiste em um conjunto de atividades (tarefas), regularmente executadas com o objetivo de manter o seu melhor estado operacional. A ideia de se ter um plano preventivo e conseguirmos gerar Ordens de Manutenção periódicas de forma automática (software). De início, deve-se atender o conteúdo do plano, na qual será explicitadas as discriminação das tarefas, ou seja, o que e como fazer a manutenção. Vale ressaltar que o plano de manutenção bom é aquele que se encontra sempre em revisão, pois os mantenedores podem e devem propor alterações nas pautas, à medida que as executam, melhorando-as constantemente, de forma a termos o melhor conteúdo possível. Logo é de fundamental importância o conhecimento técnico do mantenedor e do manual de instruções do equipamento para um plano plenamente eficaz. 12 Logo para a geração de um plano de manutenção uma ordem deve conter: título do plano de manutenção, grupo de máquina, periodicidade, tipo de dia (dia útil), data de ativação, equipe de manutenção, planejador, material de consumo, especialidades, equipamentos de proteção individual (EPI), ferramentas, equipamentos de apoio, etc.. 4.5 Plano Preditivo Planos preditivos não devem diferir quanto à forma, dos planos preventivos. A diferença será no conteúdo, já que, enquanto um estabelece ações de intervenção real nos equipamentos, o outro tem proposta de monitorar a maquinaria, de forma a acompanhar os seus “sintomas”, avaliando-os na busca possíveis anormalidades. O conteúdo de tarefas do plano será basicamente no procedimentos adotados por cada técnica preditiva, no acompanhamento de um equipamento, com uma nuança as várias máquinas presentes na planta. Fica evidenciado que um programa preditivo rentável não e alcançado de uma hora para outra; é preciso que muitas variáveis estejam presentes, como instrumentos eficazes, profissionais gabaritados, e uma excelente organização no gerenciamento destes recursos. As organizações de tais ações devem ser encaminhadas pela engenharia da manutenção, mais como o vínculo estreito como o PCM, pois as coletas e avaliações preditivas nos equipamentos necessariamente devem estar presentes na rotina e histórico do planejamento, bem como devem ser eficazes a programação e a execução das medidas corretivas propostas pelos técnicos preditivos. 4.6 MCC: Manutenção Centrada em Confiabilidade Ao falar de aviação comercial nos dias de hoje, imediatamente nos vem a ideia de segurança, e a certeza de estarmos diante do meio de transporte mais seguro existe, e no entanto nem sempre foi assim. Por volta da metade do século passado, o número de acidentes na avaliação civil era de 60 por milhão de decolagens, um índicede altíssimo; fazendo um comparativo, seria o mesmo que dois acidentes por dia na época atual. 13 A aviação civil buscou o bloqueio destes acontecimentos, e foi através da aplicação do MCC que ela alcançou os melhores resultados. Este processo foi desenvolvido nas décadas de 1960 e 1970, mas foi em 1978 que se deu seu marco inicial, coma publicação, por parte dos funcionários da United Airlines, Howard Heap e Stanley Nowlan, do livro Reliability-Centered Maintenance, publicado pelo Departamento de defesa dos Estados Unidos. No livro, os autores lançam as diretrizes para um eficiente gerenciamento de equipamentos, através de análise de suas possíveis falhas. A proposta do livro foi bem aceita que vários seguimentos assimilaram seus conceitos e decidiram implantar políticas mantenedoras balizadas pela MCC. Resultou desta opção do mercado pelo processo e seu aprofundamento e evolução, sendo John Moubray o principal estudioso e divulgador pelo mundo da MCC, chegando a incorporar à forma inicial novas premissas e melhoramentos na sua aplicabilidade, o que resultou em uma nova versão no processo, batizada de RCM2. Segundo Aladon (1996, apud VIANA, 2002, p. 101), a MCC consiste em um processo usado para determinar os requisitos da manutenção de qualquer item físico ou no seu contexto operacional. Esta técnica visa estudar as diversas formas de como o componente pode vir a falhar, visualizando através disto as ações de bloqueios pertinentes e serem tomadas. Na verdade a MCC se coloca como um importante instrumento para a tomada de decisão gerencial, sobre quais diretrizes da politica de manutenção a serem seguidas por um processo industrial. O primeiro passo pra procedermos com a implementação de um trabalho baseado na MCC é a seleção de um sistema operacional a ser estudado, como por exemplo, um lavador de garrafas de uma indústria alimentícia. O passo seguinte é a formação de equipe de MCC onde deverá se fazer presente a um representante de cada área que tenha influencia sobre o sistema escolhido, sendo coordenados por um facilitador que possa excelente conhecimento técnico, pois o mesmo dependerá do sucesso do empreendimento, é ele que orientará a equipe na aplicação correta da filosofia da MCC, organizará o escopo dos trabalhos, de forma a abranger todos os equipamentos pertinentes, presidirá todas as reuniões da equipe premiado pelo caminho da objetividade e foco no resultado, e, por fim reunirá todas as informações levantadas e condensadas em uma única documentação, que se constituirá como sendo o trabalho final da revisão MCC daquele sistema escolhido. 14 Figura 1 - Equipe de MCC Fonte: dados da pesquisa. Montada a equipe de MCC, ela buscará o alcance dos quadros objetivos da manutenção centrada em confiabilidade. Segundo Smith “ I – Preservar as funções do sistema; II – Identificar modos de falha que influenciam tais funções; III – Identificar a importância de cada falha funcional; IV – Definir tarefas preventivas em relação às falhas funcionais’’. (SMITH, 1997). De acordo com o mesmo Smith, para se chegar à concretização destes quatro objetivos, devemos desenvolver nosso trabalho em MCC, seguindo alguns passos. São eles: Seleção de Sistema e Lavantamento de Dados; Definição das Fronteiras do Sistema; Descrição do Sistema e Subsistemas; Identificação das Funções e Falhas Funcionais; Análise de Modos de Falhas (FMEA); Diagrama de Decisão. 15 5 METODOLOGIA Para a aplicação dos procedimentos metodológicos, terão por base pesquisas bibliográficas do tipo qualitativa e explorativa em bibliografias relacionadas ao tema além de pesquisas em rede internacional de computadores (internet) e a observações de empresas de grande, médio e pequeno porte com relação a mantenabilidade baseados em rotinas mínimas conforme proposto neste projeto. Informações coletadas com base em referências bibliográficas e verificação de procedimento de manutenção aplicado às empresas da atualidade, fornecerão subsídios para a concretização dos objetivos propostos. Os dados empíricos e teoria base estabelecem uma relação entre a diversas bibliografias publicadas com relação ao tema deste projeto aqui proposto A pesquisa bibliográfica é posso inicial na construção efetiva de um projeto, quer dizer, após a escolha do assunto é necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado. Esta pesquisa auxilia na escolha de um método mais apropriado, assim com num conhecimento das variáveis e na autenticidade da pesquisa. Segundo Kant (1689-1755): “Sou, por meu gosto pesquisador. Experimento toda a sede de conhecer e ávida inquietude de progredir, do mesmo modo que a satisfação que toda aquisição proporciona." 16 6 CRONOGRAMA Atividades Meses Ano 2015 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Levantamento das fontes bibliográficas X X Leitura da bibliografia X X X Análise de rotinas de manutenção nas indústrias X X X X X Levantamento de intervenções às máquinas para a proposta de Planos de Manutenção X X X Análise de dados X X X Redação e texto X X Entrega do trabalho X 17 REFERÊNCIAS VIANA, H. R. G.PCM – Planejamento e Controle da Manutenção. 1. ed, Rio de Janeiro, 2002. 5ª Reimpressão, 2013. BRANCO FILHO, G. A Organização, o Planejamento e o Controle da Manutenção. 1. ed. 2008. NOVO TELECURSO. Administração da Manutenção. 1 ed. Rio de Janeiro, 2009 NOVO TELECURSO. Manutenção. 1 ed. Rio de Janeiro, 2009 LAFRAIA, J. R. B. Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade. 1. ed.2001.