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Avaliação Psicológica: Entrevista e Princípios

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Avaliação do paciente com sofrimento mental
Profª Ana Barone
Paciente com sofrimento mental
Quem é?
Louco?
Pessoa que vive e tem sua inserção no mundo fora dos padrões? 
O que fazer para saber?
Acolher e avaliar
Como avaliar?
Entrevista Inicial
Avaliação das funções Psíquicas (EEM)
Quais princípios devem guiar o trabalho?
Avaliar para cuidar com precisão, evitando a cronificação.
Boa avaliação leva a bons encaminhamentos.
Roteiro
Entrevista Inicial
O que é, para que fazer e como fazer.
Avaliação das funções Psíquicas
Exame do estado mental
Funções psíquicas e síndromes psicopatológicas.
Estudo de casos clínicos com a finalidade de exercitar a avaliação.
A entrevista:o que é?
Entrevistar é direcionar a conversa para que essa nos dê informações das quais precisamos para ajudar os pacientes da melhor maneira.
Imprescindível ao entrevistador é saber trabalhar com uma variedade de personalidades e problemas: soltar as rédeas do paciente informativo, orientar o divagador, incentivar o silencioso e apaziguar o hostil. 
O Entrevistador
Existem diferentes contextos de entrevistas, realizadas por profissionais diversos, no entanto os bons entrevistadores compartilham de três características:
Obtém o maior número de informações precisas e relevantes para o diagnóstico e para o tratamento,
No menor período de tempo,
São eficientes em criar e manter uma boa relação de trabalho (rapport) com o paciente.
Questione-se sobre suas habilidades:
Você consegue conhecer toda a história do paciente?
Consegue sondar a profundidade dos sintomas e obter informações relevantes?
Consegue transmitir uma maneira de o paciente ser pertinente e exato em suas informações?
Sabe avaliar e responder aos sentimentos do paciente?
Se necessário, consegue estimular a motivação do paciente para revelar experiências embaraçosas?
Sabedoria para entrevistar: Aprender o básico, expandir e criar sua própria maneira de entrevistar.
Qual a finalidade da entrevista
Conhecer as queixas do paciente
O entrevistador, o clínico: se debruça sobre as queixas do paciente, avaliando:
As perspectivas biológicas, dinâmicas, sociais e comportamentais. 
Verifica-se as contribuições de cada um desses pontos para as queixas para serem incluídos no plano de tratamento. 
Importante relacionar o passado e o presente: Perceber como as experiências do passado contribuem para os problemas atuais. Se houve agravamento dos sintomas ou melhora, apesar da dificuldade persistir. 
Como realizar uma entrevista:
Apresentação: Explique seu papel de cuidado com o paciente, revele os objetivos da entrevista, explicite que ela é fundamental para ajuda-lo a ter o melhor atendimento. 
Facilite o paciente a sentir-se confortável, e oriente-o a responder o que irá perguntar. 
Mantenha fala calma, mas não seja artificial. 
Como realizar uma entrevista:
Investigando a queixa principal: inicie as perguntas questionando ao paciente porque procurou o tratamento, o que ele está sentindo que o fez buscar ajuda.
Sempre inicie a entrevista pela queixa principal, depois explore as secundárias.
Como realizar uma entrevista:
Depois de ser diretivo permita ao paciente que fale livremente, desenvolvendo as razões para vir ao atendimento. Fique com a escuta atenta às áreas de interesse clínico: 
Queixas de dificuldades de pensar, organizar o que vai falar, lembrar-se das coisas. 
Se tem feito uso de substâncias. 
Se demonstra oscilações de humor
Se está ansioso, se esquiva ou está excitado
Atenção às queixas físicas
Problemas sociais e de personalidades
Como realizar uma entrevista:
Durante essa fala livre estabeleça o rapport:
Ajuste-se às necessidades do paciente, monitore seus sentimentos, demonstre afeto positivo, use linguagem adequada à compreensão do paciente.
Resuma os problemas apresentados antes de continuar, corrigindo concepções equivocadas sobre sintomas físicos e mentais, e busque esclarecer informações que não foram respondidas. 
Demonstre empatia e segurança para o paciente, reaja e incentive silenciosamente sua fala, mantenha contato visual. 
Como realizar uma entrevista:
Depois preocupe-se com a história da doença atual:
Descrição dos sintomas: tipo, início, frequência, gravidade, duração, contexto, estressores.
Sintomas vegetativos: sono, apetite e peso
Episódios anteriores à doença atual: se foi tratado, qual o resultado, se houve uso de medicamentos.
Como realizar uma entrevista:
Tratamento anterior: Qual tipo, com qual profissional, por quanto tempo, e há quanto tempo o tratamento foi interrompido.
Consequências da doença: conjugais, sexuais, familiares, sociais, profissionais, interesses.
Sentimentos sobre os sintomas: Explore os sentimentos que acompanham a descrição dos sintomas.
“Fale-me sobre sua depressão”
Como realizar uma entrevista:
Mecanismos de defesa: 
Demonstre preocupação e empatia pelo que o paciente apresenta, ofereça pistas na voz e linguagem corporal, para que a resistência dele ao falar do que pensa e sente diminua.
Histórico pessoal e social: Infância, vida familiar, vida adulta, situação atual, profissional, religiosa, problemas legais, atividade de lazer, preferências sexuais e afetivas (idade, natureza).
Como realizar uma entrevista:
Uso indevido de substâncias (uso passado e uso atual)
Tentativas de auto-extermínio.
Traços de personalidade (padrões de comportamento ao longo da vida) 
História médica
Como realizar uma entrevista:
Exame do Estado Mental
Aparência: Idade aparente, roupas, higiene, adornos, estilo do cabelo.
Atenção: plena? Estupor? Tupor?
Consciência: turvação, ausência
Comportamento geral: voz, tremores, maneirismos, nível de atividade.
Postura para com o entrevistador
Humor: Instabilidade, inadequação, Intensidade
Fluxo do pensamento: Associações das palavras, velocidade e ritmo da fala.
Conteúdo do pensamento: delírios, alucinações, ansiedades, fobias, obsessão, suicídio e violência.
Passos de uma entrevista:
Finalize a entrevista sempre deixando uma oportunidade de o paciente completar ou questionar alguma coisa: Você tem alguma pergunta para mim?
Funções Psíquicas
Elementares, complexas, estruturas psíquicas.
Quais alterações podem ser conhecidas primeiro quando se avalia um paciente com sofrimento mental?
As funções psíquicas elementares:
psíquicas elementares:
Como avaliar as funções psíquicas?
Não existem funções psíquicas isoladas ou alterações compartimentalizadas, pois a pessoas adoece na sua totalidade.
Facilidade:
Funções psíquicas relacionam-se a quadros nosográficos
O conhecimento do elementar e do global
Estruturas básicas em estruturas totalizantes.
Atenção aos dados objetivos e subjetivos do sujeito avaliado;
Atenção aos riscos.
Quadro Nosológico das Síndromes Psiquiátricas
Síndrome: agrupamento de sintomas recorrentes que se agrupam
Características
Depressiva
Alterações de Humor
Maníaca
Aumento da atividade Psíquica
Ansiosa
Ansiedade generalizada, recorrente e persistente
Neurótica
Ansiedade, fobia, obsessão, frustração
Psicótica
Ideiasdelirantes e alucinações auditivas, com conteúdo persecutório, e pensamento e comportamento desorganizado.
Transtornos e funções psíquicas alteradas
TranstornosPsico-orgânicos
Transtornos Afetivos, Neuróticos, de personalidade
Transtornos Psicóticos
Nível de Consciência
Atenção*
Orientação
Memoria
Inteligência
Linguagem**
Afetividade
Vontade
Psicomotricidade
Personalidade
Atenção*
Sensopercepção
Pensamento
Juízo da realidade
Vivência do Eu
Linguagem**
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA (CS)
Definição Consciência (CS): 
Refere-se ao conhecimento compartilhado e conhecimento de si.
Estado de vigília
Campo da CS, experiência do indivíduo em um dado momento, delimita foco e margem(automatismos mentais)
Dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito.
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA (CS)
Normais: 
Sono
Sonho: vivências visuais, com percepções olfativas, auditivas e táteis.
Inconsciente: não é o fora da consciência, sendo
para Freud, a estrutura mental mais importante da CS. Tem como características: atemporalidade, isenção de contradição, principio do prazer e processo primário.
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA (CS)
Patológicas: Quantitativas e qualitativas
Quantitativas: Presente em quadros neurológicos e psicopatológicos, em que o nível da CS diminui de forma progressiva, do estado normal ao coma, sem qualquer atividade consciente.
Obnubilação: rebaixamento leve a moderado da consciência, paciente é sonolento, com dificuldade de concentração e compreensão. As vezes perplexo, com pensamento confuso, decorrente da dificuldade de integrar as informações sensoriais do ambiente. 
Sopor: estado marcante de turvação da CS, podendo o paciente ser despertado apenas por estimulo elétrico. Paciente evidentemente sonolento, incapaz de ação espontânea.
Coma: profundo rebaixamento da CS.
SÍDROMES ASSOCIADAS ÀS ALTERAÇÕES QUATITATIVAS DA CS
Delirium: 
quadro confusional agudo, com rebaixamento da CS, acompanhado de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade, agitação, lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso, ilusões e /ou alucinações(visuais).
Estado Onírico: 
Turvação da CS acompanhada de um estado semelhante a um sonho vivido, com atividade alucinatória visual intensa, com caráter cênico e fantástico, e intensa carga emocional. Estado de amnésia consecutivo, agitação psicomotora e sudorese. Comum em psicoses tóxicas, síndromes de abstinência e quadros febris tóxico-infecciosos.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA CONSCIÊNCIA (CS)
Quadros Crepusculares: 
Obnubilação da CS acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada. Afunilamento da CS, caracteriza-se por aparecer e desaparecer de forma abrupta e variável, sendo frequente em atos explosivos violentos, de grande descontrole emocional, acompanhados de amnésia lacunar.
Estado segundo: 
Semelhante ao crepuscular, mas a atividade motora é estranha a personalidade do sujeito, com natureza psicogenética decorrente de choques emocionais intensos.
Dissociação da CS: 
fragmentação ou divisão do campo da CS, perda da unidade psíquica, frequente em quadros histéricos e em crises de ansiedade, desencadeadas por evento psicológico significativo.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA CONSCIÊNCIA (CS)
Transe: 
Dissociação da CS semelhante a sonhar acordado, mas com presença de atividade motora automática e estereotipada. Casos de transe histérico decorrentes de conflitos interpessoais diferentes de transe religioso que ocorre em certos contextos religiosos.
Estado hipnótico: 
CS reduzida e estreitada, com atenção concentrada que pode ser induzido, por meio de técnica refinada de concentração da atenção.
EQM: 
Estado especial da CS verificado em situações críticas de ameaça a vida.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Atenção
É a direção a CS: conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidade controláveis e significativas. 
Relação próxima à CS.
Natureza da Atenção: 
Voluntária(concentração) 
Espontânea (interesse momentâneo)
Direção: 
Externa 
Interna (processos psicológicos mentais próprios ao sujeito)
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Amplitude: 
Focal (campo determinado) 
Dispersa (espalhada)
Tenacidade e Vigilância: 
Capacidade de fixar a atenção e mudar o foco de um objeto a outro.
Caracterizada por 4 aspectos:
Foco da atenção: concentração e focalização.
Atenção Seletiva: Seleção das informações.
Seleção de resposta e controle externo: intenção, planejamento e tomada de posição.
Atenção constante ou sustentada: atenção concentrada ao longo do tempo.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
ANORMALIDADES (presentes em distúrbios neurológicos, neuropsicológicos e transtornos mentais).
Hipopresexia: diminuição global da CS, perda da capacidade de concentração, com dificuldade de percepção de estímulos do ambiente.
Aprosexia: perda total da capacidade de atenção.
Hiperprosexia: Atenção exacerbada.
Distração: sinal de superconcentração ativa da atenção.
Distrabilidade: atenção concentrada em aspectos irrelevantes.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
Orientação: 
Capacidade de situar-se quanto a si mesmo (autopsíquica) e quanto ao ambiente (alopsíquica), sendo elemento básico da atividade mental. 
Relaciona-se ao nível de CS e a capacidade de orientação tempero-espacial, e também a déficits de memória(demências).
Alterada em transtornos mentais graves que desorganizam o funcionamento psíquico global.
Orientar-se requer a integração de capacidade de atenção, percepção e memória.
Orientação espacial: quem é você, lugar (tipo, nome, onde).
Orientação temporal: momento cronológico e duração dos eventos. 
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
Alterações de base: Relaciona-se no início ao tempo, com agravamento do transtorno, o indivíduo desorienta-se quanto ao espaço e a si mesmo.
Desorientação por redução do nível de CS: Rebaixamento da CS com alteração da atenção e da capacidade de perceber e reter estímulos ambientais.
Desorientação por déficit de memoria imediata e recente: não consegue reter informações básicas do ambiente, perdendo a noção de fluir do tempo e do espaço.
Desorientação apática: decorre da alteração de humor e volição, comum em quadros depressivos.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
Desorientação delirante: própria a indivíduos em estado delirante com convicção plena de estar no lugar e/ou tempo de seus delírios. Pode ocorrer dupla orientação, a falsa e a correta.
Desorientação por déficit intelectual: ocorre em indivíduos com deficiência mental grave, decorrente de dificuldades e/ou incapacidade em compreender o ambiente e interpretar as convenções sociais.
Desorientação por dissociação: alterações da identidade pessoal, comum em quadros histéricos.
Desorientação por desagregação: desagregação profunda do pensamento com atividade mental desorganizada, o que impede a orientação de forma adequada.
Desorientação quanto a própria idade: discrepância de idade, comum em pacientes esquizofrênicos.
ALTERAÇÕES DAS VIVÊNCIAS DE ESPAÇO E TEMPO
São dimensões fundamentais à experiência humana, com conteúdo objetivo e subjetivo, tempo e espaço cronológico e real, e dimensões subjetivas.
ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO TEMPO
Taquipsiquismos: aceleração das funções psíquicas, quadro maníacos.
Bradipsiquismo: diminuição e lentificação das funções psíquicas, quadro depressivos
ALTERAÇÕES DAS VIVÊNCIAS DE TEMPO
Atomização do tempo: dificuldade em acompanhar o fluir do tempo, alteração da sucessão dos acontecimentos, ocorre em estados de exaltação e agitação maníaca, acompanhada de fuga de ideias e distrabilidade intensa.
Inibição da sensação de fluir do tempo: perda do sincronismo entre o tempo objetivo e o fluir do tempo interno, presente em síndromes depressivas graves, ansiosas e obsessiva-compulsivas.
ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
Estado de êxtase: perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior, sujeito fundido ao mundo.
Estado maníaco: espaço dilatado, amplo.
Quadro depressivo: espaço encolhido, escuro, contraído.
Quadro paranoide: invasão, ameaça, hostilidade, perigo, medo.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Sensação: fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados dentro ou fora do organismo, que levam a alterações nos órgãos receptores, estimulando-os- Canal Neuronal-Passivo.
Percepção: Tomada de CS pelo indivíduo dos estímulos sensoriais (transformação de estímulos em fenômenos perceptivos conscientes). Canal ativo e elementar da sensopercepção. 
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Sensoperção
Imagem: Características
Nitidez
Corporeidade
Estabilidade
Extrojeção 
Iminuflurência Voluntária
 Completude
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Representação: 
imagem representada, sem o objeto original;
Representação de uma imagem na CS
Caracteriza-se
Pouca Nitidez
Pouca Corporeidade
Instabilidade
Introjeção
Incompletude 
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Imaginação:
Atividade psíquica geralmente voluntária, que consiste na evocação de imagens percebidas no passado ou criação de novas imagens.
Fantasia: produção imaginativa decorrente de desejos, temores e conflitos, que por vezes ajudam os sujeitos a lidarem com frustrações e conflitos.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Alterações Quantitativas
Alterações da intensidade das imagens
Hiperestesia: imagens anormalmente aumentadas em intensidade e duração.
Hipoestesia: imagens de um mundo mais escuro, esfumaçado, cores pálidas e sem brilho, alimentos sem sabor.
Anestesia: perda da sensação tátil
Analgesia: perda das sensações dolorosas.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Qualitativas
As mais importantes em psicopatologia, pois correspondem às ilusões, alucinações e pseudo-alucinações.
Ilusão: percepção deformada de um objeto real e presente.
Três condições:
Rebaixamento da CS, Fadiga grave ou inatenção marcante e estados afetivos(acentuada ansiedade)
Ilusões Visuais e Auditivas.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Alucinações: percepção de um objeto sem que ele esteja presente.
Alucinações auditivas simples
Alucinações audioverbais
Sonorização do pensamento:
Eco do próprio pensamento
Introdução de pensamentos
Importante no diagnóstico da esquizofrenia, transtornos de humor, alcoolismo crônico, transtornos de personalidade e dissociativos.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Alucinoses: estranheza em relação à alucinação, não há a crença de que isso é real.
ATIVIDADE:
Identificar os tipos de alucinações e seu valor diagnóstico para o transtorno mental referente.
Alterações da Memória
Memória
Relaciona-se ao nível de consciência, atenção e interesse afetivo.
Papel central da memória na definição e constituição do ser humano.
 
Campo de estudo da memória amplo, com diversas definições.
 
Alterações da Memória
Fases da Memória 
FIXAÇÃO: depende da CS, atenção, sensopercepção preservadas, interesse afetivo. 
CONSERVAÇÃO: repetição e associação. 
EVOCAÇÃO: Recuperar e atualizar dados fixados 
RECONHECIMENTO: identificação do conteúdo mnimêmico como lembrança e diferenciá-la das representações e imaginações.
Processo temporal de aquisição da memória:
Memória imediata, memória recente, memória remota
 
Alterações da Memória
Esquecimento: Normal, repressão e recalque.
Processo de esquecimento da memória: Lei de Ribot:
 Perde-se a ordem e o sentindo, depois elementos recentes e só depois os mais antigos, primeiro os mais complexos e depois os menos complexos. Primeiro os conteúdos mais neutros depois os mais afetivos.
Alterações da Memória
Valor diagnóstico das alterações da memória: Demências 
Memória semântica: perda em nomear objetos, empobrecimento marcante dos conhecimentos gerais.
Memória de Procedimento: Alterações de procedimentos e habilidades motoras.(demências).
Alterações da Memória
QUANTITATIVAS 
AMNÉSIAS ( RETRÓGRADA, ANTERÓGRADA) Psicogênica e Orgânica
HIPERMNÉSIAS: aumento da memória e perda da qualidade 
QUALITATIVAS 
ILUSÕES MNEMICAS (falsificação retrospectiva) 
ALUCINAÇÃO DE MEMÓRIA 
FABULAÇÃO 
CRIPTOMNÉSIAS 
LEMBRANÇA OBSSESSIVA
ECMNÉSIA 
Alterações da Memória
Alterações de reconhecimento: Agnosias
Dificuldades de associar estímulos sensoriais à objetos, decorrente de déficit sensorial, distúrbios da linguagem e perdas cognitivas globais. 
Táteis, Visuais, auditivas.
Falso desconhecimento(delirantes): pessoas não reconhecidas, ou identificadas como outras pessoas, ou idêntica à ele mas não a é, ou pessoas estranhas como se fossem próximas. 
Não delirantes: déjá- vu
Afetividade
Sentimentos: 	
Estados afetivos estáveis, associados a conteúdos intelectuais, valores, representações. Tem sentido cultural, podendo ser divididos em esfera e não sentimentos. Sentimentos da esfera da tristeza, da esfera da raiva, da alegria.
Afetos: 
qualidade e tônus emocional relacionado à representação mental.
Paixões: 
estado afetivo extremo e intenso, dominante na atividade psíquica, dirigindo o interesse do indivíduo e inibindo-o em outras direções.
Afetividade
Afetividade: dimensão afetiva das experiências humanas.
Refere-se ao Estado de ânimo, emoções, sentimentos, afetos e paixões.
Estado de ânimo ou Humor: tônus afetivo, dimensão de base e difusa presente na pessoa e que penetra toda a experiência psíquica.
Emoções: Reações afetivas agudas e momentâneas. Curtas e desencadeadas por estímulos psicológicos significativos.
Características da Afetividade
Catatimia: 
refere-se a influencia das emoções sobre a atividade psíquica.
Reação afetiva:
 reações do Eu na relação com o mundo, variando de acordo com as circunstâncias.
Relação entre reações afetivas e corporais
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Estado de Humor
Distimia: alteração básica do humor, podendo ser hipotímica ou hipertímica. Varia nos extremos e não ser confundida com o transtorno de distimia que é um transtorno depressivo leve.
Disforia: distimia acompanhada de sensação desagradável, irritabilidade e agressividade.
Euforia: Humor morbidamente exagerado(mania) podendo estar acompanhada de elação (sensação subjetiva de garndeza) e de poder.
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Estado de Humor
Pueribilidade: afetividade infantil, simplória, empobrecida. Vida afetiva superficial.Irritabilidade Patológica: hiperatividade desagradável, hostil e eventualmente agressiva(relação com quadros orgânicos) 
Ansiedade: estado de humor desagradável, desconfortável, com apreensão em relação ao futuro, desencadeado até mesmo reações somáticas e fisiológicas.
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Sentimentos
Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Reconhece os afetos, mas não os sente. Próprio a quadros depressivos.
Hipomodulação do afeto: não modula a resposta afetiva, age com rigidez na relação com o mundo.
Paratmia: inadequação do afeto, incongruente com as situações.
Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivos: Perda progressiva e patológica das vivências afetiva (síndromes psico-orgâncias, demências e algumas esquizofrenias).
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Sentimentos
Embotamento afetivo: perda profunda da vivência afetiva (esquizofrenia)
Sentimento de falta de sentimento: incapacidade de de sentir emoções é experimentada de forma penosa pelo paciente.
Anedonia: perda total ou parcial de sentir prazer. Sintoma de síndromes depressivas, formas graves de neurose, transtornos de personalidade e esquizofrenia. Ocorre de forma simultânea À apatia.
Indiferença afetiva: frieza afetiva em relação aos sintomas, depende de sua relação com a apatia.
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Sentimentos
Labilidade afetiva: oscilações súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. Ocorrem em variados transtornos e até mesmo em psico-orgânicos.
Neotmia: Vivencia de sentimentos nunca experimentados, estranhos e bizarros.
Alterações psicopatológicas da Afetividade
Sentimentos
Medo: a princípio não é uma emoção patológica, mas reação afetiva universal, presente até mesmo nos animais. Desencadeado quando não se considera capaz de agir, fazer, impotente. Compreende: prudência, cautela, alarme, ansiedade, pânico, terror.
Fobias: medos determinados e desproporcional.
Sentimentos e contexto: precisam ser avaliados pois sentimentos normais em contextos específicos podem ser psicopatológicos, como ciúmes e inveja.
Vontade e Psicomotricidade
Vontade: dimensão complexa da vida mental e está relacionada aos instintos, afetos e intelecto, ao conjunto de valores, princípios, hábitos e normas socioculturais.
Instinto: Conjunto de respostas e comportamentos herdados que servem à adaptação do indivíduo e estão relacionados à sobrevivência.
Desejo: Anseio que busca sua satisfação. Não são necessidades que estão fixas na espécie, o desejo se relaciona à inclinação e à personalidade.
Vontade e Psicomotricidade
Ato Volitivo: implica em um processo que caracteriza a vontade humana.
Intenção
ou propósito: tendências básicas, inclinações.
Deliberação: ponderação consciente.
Decisão: demarca início da ação
Execução: envolve atos psicomotores simples e complexos na realização do que foi decidido.
Alterações Psicopatológicas da Vontade
Hipobulia/abulia: geralmente associada a apatia (afetividade), presente na diminuição ou abolição da atividade volitiva. Típica em transtornos depressivos.
Ataraxia: indiferença volitiva e afetiva. Buscada e desejada, afetivamente pelo indivíduo.
Alterações Psicopatológicas da Vontade
Atos Impulsivos e compulsivos: 
Impulsivos: são atos em que predominam ações psicomotoras automáticas, sem reflexão, ponderação. São instantâneos e explosivos.. 
Características: sem deliberação, egossintônico, relacionada a impulsos patológicos ou a incapacidade de tolerância à frustração.
Alterações Psicopatológicas da Vontade
Atos compulsivos: 
Compulsivos: são reconhecidos pelo indivíduo como indesejável e inadequado, e pela tentativa de contê-los.
Implica ação motora complexa.
Características: Desconforto subjetivo, egodistônico, há tentativa de resistir, mas o ato realizado leva ao alívio, e depois é novamente substituído pelo desconforto, associado à idéias obsessivas.
Alterações Psicopatológicas da Vontade
Alterações mais graves, encontradas em transtornos de personalidade e psicoses, incluindo esquizofrenias.
Agressivas e autodestrutivas:
Automutilação: autolesão , nos casos mais graves ocorrem nas psicoses.
Frangofilia: destruição de objetos do próprio sujeito.
Piromania: destruição pelo fogo.
Impulso suícida.
Alterações Psicopatológicas da Vontade
Compulsão 
Ingestão de substâncias: bebidas e alimentos
Comportamento sexual: fetichismo, exibicionismo, pedofilia, pederastia
Alterações da Psicomotricidade
A psicomotricidade é a expressão final do ato volitivo.
A agitação psicomotora é a alteração mais comum da psicomotricidade: Implica aceleração e exaltação de toda atividade motora, em geral secundária ao taquipsiquismo.
Lentificação psicomotora: inibição psicomotora, paciente sem resposta psicomotora.
Alterações da Psicomotricidade
Estupor: perda da atividade espontânea. Paciente acordado mas sem reação.
Catalepsia: exagerado tônus postural, pessoa é colocada em uma posição e permanece. Comum na esquizofrenia catatônica.
Cataplexia: perda abrupta do tônus muscular.
Esteriotipias motoras: repetição de ato motor complexo.
Maneirismos: Ação motora repetitiva e bizarra.
Tiques
Alterações de Marcha
Paciente Histérico: camptocormia, hemiplegia histérica, abasia e astasia.
Paciente esquizofrênico: bizarra, marcada por maneirismo.
Paciente deprimido: Lentificada e difícil, o que predomina na maioria dos pacientes com transtorno mental.
Pensamento:
Constituído de conceitos, juízo, raciocínio.
Não se refere ao processo do pensar (curso, forma e conteúdo).
Constituído a partir dos elementos sensoriais.
Conceitos: formados a partir das representações, exprimem caracteres gerais dos objetos e fenômenos.
Pensamento:
Juízo: exprimem a relação entre dois conceitos. Forma relação unívoca entre os objetos, formando proposições.
Raciocínio: modo especial de ligação entre os conceitos, representa seqüência de juízo, encadeamentos de conhecimentos, levando ao desenvolvimento do raciocínio e do próprio pensamento.
Alterações dos elementos constitutivos do pensamento.
Alterações dos conceitos: 
Desintegração dos conceitos (perda do seu significado)
Condensação dos conceitos (conceitos fundidos)
Alterações do juízo: Deficiente/prejudicado: juízo falso, decorrente de deficiência intelectual ou pobreza cognitiva.
Da realidade ou delírio: será visto adiante pela sua importância.
Alterações do raciocínio:
Alterações na forma de pensar: Concretude, Inibição, Lentificação, ausências, roubo do pensamento, pensamento dissociativo, desagregado.
Conteúdo do pensamento: é o que preenche a estrutura do processo de pensar. 
Podem ser conteúdos persecutórios, depreciativos, religiosos, sexuais, de poder, de ruína, hipocondríacos. 
Juízo de realidade: alterações relativa ao juízo
Decorre de um erro de apreciação, que não são corrigidos pelas experiências e dados da realidade.
Determinado por situações afetivas intensas e/ou dolorosas que impedem a análise objetiva e lógica do indivíduo.
Implica em um erro de ajuizar, construção de relações logicamente falsas, com ideias sobrevaloradas ou prevalentes.
Características do Delírio:
Convicção: Modificação do delírio é impossível pela experiência objetiva.
Conteúdo impossível
Dimensões do delírio: relações com as dimensões da vida.
Convicção (quanto maior mais patológico)
Extensão(áreas da vida afetadas)
Bizarrice (plausibilidade)
Desorganização (coerência)
Preocupação (paciente com suas idéias)
Resposta afetiva
Comportamento Desviante.
Outras Características do Delírio
Tipos de delírio:
Primário e Secundário
Estruturas do delírio: simples, complexos, não sistematizados e sistematizados.
Relação dos delírios e estado de humor: como o delírio afeta o sujeito.
Estado pré-delirante: trema, apofonia, fase apocalíptica, consolidação e resíduo.
Mecanismos formadores do delírio: interpretação, intuição, imaginação, afetividade, memória, consciência, sensoperceptiva.

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