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Alegações finais por memorias

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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA/PR
Processo nº .........................
 Jorge, já qualificado nos autos do processo em epigrafe, através de seu Advogados regulamente constituído ; vem respeitosamente a Vossa Excelência, e no prazo legal apresentar:
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS.
Pelos fatos e razoes de direito a seguir expor:
I DOS FATOS
 Trata-se a hipótese de processo promovido em face do acusado, por suposta violação do art, 217-A (2x) n/f do art, 69 e 61, Incisos 11, alínea l, todos do CP de acordo com a lei 8072/90.
 A pretensão acusatória não merece prosperar consoantes as razões a seguir aduzidas.
II DOS FUNDAMENTOS
II.I ERRO DO TIPO
 Cuida-se a hipótese de inegável erro de tipo, que obrigatoriamente exclui o dolo.
 Inconteste que todas as provas até então produzidas não autuou o agente com consciência e vontade de praticar qualquer ato sexual com a menor de 14 anos. A própria vítima declarou que estava em um bar frequentado por adultos.
 Não destoa as declarações das testemunhas de defesa, informando que o comportamento e vestimenta da vítima era incompatível com uma menor de 14 anos e que qualquer pessoa acreditaria tratar-se de adolescentes maior que a referida idade.
 Por fim vale destacar que o acusado em suas declarações é firme no sentido de acreditar que jamais poderia saber a idade da vítima, uma vez que o local só pode ser frequentado por maiores de 18 anos.
 Conclui-se por tanto, e de forma no sentido de absoluta ausência de dolo do Réu sobre a idade da vítima.
II.IIDA EXISTENCIA DE CRIME ÚNICO.
Em eventual hipótese de condenação, não deve ser considerado o concurso de crime, devendo o agente responder por apenas um crime de Estupro de Vulnerável.
 Isto porque cuida de crime de ação múltiplo ou tipo penal misto alternativo. Em tais casos, havendo a prática de mais de uma conduta prevista no mesmo contesto fático deverá haver responsabilização por apenas um único crime.
II.III DO CRIME CONTINUADO.
 Na improvável hipótese de ser reconhecido o concurso de crimes, a espécie presente é o crime continuado.
 Inegávelmente estão previsto todos os requitos do art 71, CP. Cuida-se de crime de mesmo espécie, praticada na mesma circunstância de tempo, lugar e modo de execução.
 Portanto no caso de condenação pelas duas infrações a pena devera ser exasperada.
II.IV DO AFASTAMENTO DA EMBRIAGUES
 Não há qualquer prova que o Réu tenha ingerido álcool voluntariamente.
 Sejam provas orais ou presenciais nesse sentido pode-se ir mais além, sequer há prova de embriagues, muito menos que o Réu se embriagou com a finalidade de praticar o crime.
 Conclui-se que ser afastada a agravante referida no caso de improvável condenação.
II.V INCOSNTITUCIONALIDADE DO REGIME INICIALMENTE FECHADO.
 Por fim, em caso de condenação deve-se consignar a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicialmente fechado. O art, 2§ e 3§ da lei 8072/90, e inconstitucional em síntese por violar o principio da individualização da isonomia e dignidade humana.
 Havendo condenação do regime de cumprimento de pena deve ser fixado de acordo com o que determina art,33 2§,” alínea a, b, c” do CP.
III DO PEDIDO.
Antes de expor requer:
Absolvição do réu com base no art, 386,III do CPP, por ausência de tipicidade;Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, diante da condenação de forma subsidiária
Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único.
Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade.
Fixação do regime semiaberto para inicio de cumprimento de pena com base no art 33 §2º alínea “b”, do CP, diante da inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º da lei 8072/90.
 Pede Deferimento;
 Local data.
 Advogado OAB
Ementa Oficial: PENAL - ESTUPRO - ABSOLVIÇÃO -NECESSIDADE - DESCONHECIMENTO DA IDADE DA VÍTIMA - ERRO DE TIPO - ARTIGO 20 DO CÓDIGO PENAL - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Impõe-se a absolvição quando o apelante pratica a ação típica incorrendo em erro sobre circunstância elementar, o que afasta a tipicidade da conduta. 2. O error aetatis afasta o dolo e consequentemente a adequação típica da conduta. 3. Recurso provido.
(TJ-MG - APR: 10456060496985001 MG, Relator: Pedro Vergara, Data de Julgamento: 25/02/2014, Câmaras Criminais / 5ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 10/03/2014).

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