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PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL


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PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
 ·               Solidariedade  É o princípio securitário de maior importância, pois traduz o verdadeiro espírito da Previdência Social, a proteção coletiva, na qual as pequenas contribuições individuais geram recursos suficientes para a criação de um manto protetor sobre todos, viabilizando a concessão de prestações previdenciárias, decorrentes de eventos pré-estabelecidos. Também é uma forma de buscar a redução das desigualdades sociais. Há uma corrente de solidariedade  almejando a proteção social a todos.
 ·               Universalidade da Cobertura e do Atendimento – A universalidade da cobertura esta relacionada às pessoas, as necessidades dos atingidos, buscando cobrir todos os riscos sociais, sempre oferecer maior amplitude possível, ou seja, as situações de necessidade social deverão ser cobertas pelo sistema. Qualquer pessoa pode participar da proteção social do Estado. A universalidade do atendimento visa prestar a assistência do modo mais eficiente, procurando atender aos necessitados em todas as localidades possíveis, o sistema deverá ser acessível a todos que necessitem.
·               Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais.
        Uniformidade: os trabalhadores rurais e urbanos têm direito à proteção
        previdenciária contra os mesmos eventos.
Equivalência: não pode haver diferenciação no valor dos benefícios,    observado o princípio da eqüidade.
 ·               Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios
Nem todos os segurados serão atendidos por todos os benefícios, haja vista que as demandas sociais ultrapassam os recursos que são limitados ao custeio da Seguridade Social.
Seletividade: nem todos os segurados serão atendidos por todos os   benefícios (ex. salário-família).
Distributividade: o sistema visa à distribuição de renda conforme as  necessidades da população, diminuindo as desigualdades sociais.
 ·               Irredutibilidade do Valor dos Benefícios, de Forma a Preservar-lhe o Poder Aquisitivo Visa garantir a segurança jurídica dos benefícios em virtude das perdas monetárias. O benefício deve ter seu valor atualizado de acordo com a inflação do período. (Correção anual - INPC Lei 10.887/04)
     ·               Equidade na Forma de Participação do Custeio Este princípio implica num critério de justiça, pois a contribuição previdenciária será de acordo com a capacidade econômica do contribuinte, quem pode mais paga mais. Aqueles que estão em condições de igualdade contribuem de forma igual. A equidade busca tratar desigualmente os desiguais, procurando alcançar a justiça. Assim, algumas pessoas podem contribuir mais que outras e por isso as regras de custeio devem atender para  esta capacidade contributiva.
 ·               Diversidade da Base de Financiamento A base de financiamento da Seguridade Social deve ser o mais variada possível, de modo que as oscilações setoriais não venham a interferir na arrecadação de contribuições. Desta forma, a Seguridade Social não será financiada por apenas um grupo, mas por uma base ampla. Permite uma garantia do próprio sistema, pois quanto mais ampla a base, menor a probabilidade do sistema ficar vulnerável.
           ·               Caráter Democrático e Descentralizado da Administração, Mediante Gestão Quadripartite, com Participação nos Órgãos Colegiados:
a Trabalhadores;
a Empregadores;
a Aposentados;
a Governo.
Trata-se da participação da sociedade na gestão da Seguridade Social. Nada mais natural eu as pessoas diretamente interessadas na Seguridade participarem de sua administração. A participação da sociedade ocorrerá nos órgãos colegiados, onde haverá a representação dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do governo.
 ·               Pré- Existência do Custeio em Relação ao Benefício Sem receitas não pode haver despesas. Nenhum benefício da Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a devida fonte de custeio total. Este princípio visa o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema securitário. A criação do benefício ou mesmo a mera extensão de prestação já existente somente será feita com a previsão da receita necessária.
 
A CONTITUIÇÃO E A SEGURIDADE SOCIAL
 
 
Art. 6º   Inclui a previdência social entre os direitos sociais - Incisos XII  e XXIV do art. 7º
 
Þ     Menciona que o salário-família é um direito dos trabalhadores rurais e urbanos, pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
 
Þ     O inciso XXIV inclui a aposentadoria como um direito social.
 
Art. 10
 
Þ     Assegura a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
 
 Art. 22
 
Þ     Estabelece para a União a competência privativa para legislar sobre seguridade social.
 
Art. 24
 
Þ     Estabelece para a União, Estados e Distrito Federal competência concorrente para legislar sobre previdência social.
 
 Art. 109
 
Þ     Competência da Justiça Federal para processar e julgar ações relativas a Seguridade Social. Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
 
Art. 114 parágrafo 3º
 
Þ     Atribui competência à Justiça do Trabalho de executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II (contribuição do empregador ou empresa sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho e a contribuição do trabalhador), e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.
 
 Art. 149 parágrafo 1º
 
Þ     Autoriza os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituírem contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício desses, de sistemas de previdência e assistência social, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
 
 Art. 167 pelo inciso XI
 
Þ     Veda a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais do empregador, empresa e da entidade a ela equiparada, incidente sobre a folha de salários  e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício e da contribuição do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social.
 
Artigo 195 – Financiamento da Seguridade Social
     A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo emvista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
Criação de Novas Fontes de Custeio
A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I da CF. Trata-se da competência residual da União para a instituição de novas contribuições. Significa que houver dificuldades na manutenção da Seguridade Social, fica possível a criação de novas fontes de custeio.
Garantias ao crédito
 A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. A comprovação da regularidade é feita através da CND, cabendo Receita Federal do Brasil a verificação da regularidade fiscal da empresa.
Vedação de Remissão ou Anistia acima dos Limites Permitidos
É vedada a concessão de remissão (perdão do crédito tributário, crédito foi constituído e depois perdoado) ou anistia(exclusão do crédito tributário, impede a formação do crédito) das contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários e das contribuições previdenciárias do trabalhador, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.  Essas contribuições tem o  produto de sua arrecadação destinado exclusivamente ao custeio de benefícios previdenciários concedidos pelo Regime Geral da Previdência Social.
 Equilíbrio Financeiro e Atuarial
Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Tal dispositivo evita a criação ou aumento de benefícios de forma irresponsável, aplicando tal mandamento para toda a Seguridade Social.
Anterioridade Nonagésimal
 As contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o princípio da anterioridade do exercício financeiro. Chamado vacatio legis das contribuições sociais, pois dá um tempo aos contribuintes para se adequarem financeiramente para o pagamento da contribuição. Este período de 90 dias é exclusivo das contribuições sociais.
Isenção
 São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Houve um equívoco terminológico, haja vista que não se trata de isenção e sim imunidade, por estar constitucionalmente prevista.
Alíquotas e Bases de Cálculo Diferenciadas
As contribuições sociais poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.  Aplicamos aqui o princípio da equidade, na busca da justiça no custeio da Seguridade Social. Tal dispositivo tem o intuito de adequar à cobrança as diversas realidades existentes no meio econômico brasileiro.
Princípio da Não Cumulatividade
A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições da Seguridade Social incidentes sobre a receita ou o faturamento e das contribuições do Importador, serão não-cumulativas.
O princípio da não cumulatividade trata-se de uma técnica que visa reduzir a carga tributária nos tributos plurifásicos. Chama-se plurifásico, uma vez que o tributo pode incidir várias vezes sobre um mesmo produto ao longo das várias fases do processo econômico.
O Pequeno Produtor e Pescador Artesanal
O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. Tal dispositivo traz tratamento diferenciado ao pequeno produtor e pescador, os quais nem sempre tem condições de efetuar suas contribuições mensalmente, como os demais segurados.
Artigo 248
 
Þ     Estabelece que os benefícios pagos, a qualquer título, pelo INSS, e os não sujeitos ao limite máximo, fixado para os benefícios concedidos pelo RGPS não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Por exemplo, o salário-maternidade das empregadas.
 
Art. 250
 
Þ     Autoriza a União, com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios, em adição aos recursos de sua arrecadação do regime geral de previdência social, constituir fundo integrado por bens, direitos e ativo de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.
REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
Regime é a forma como se organiza um sistema previdenciário, indicando beneficiários, forma de aquisição de benefício, modo de contribuição.
O sistema previdenciário divide-se em dois regimes:
 PÚBLICO, que ramifica-se em Regime Geral de Previdência Social e Regime Próprio de Previdência Social.
 1.    RGPS- O Regime Geral de Previdência Social abrange a grande massa de trabalhadores, do setor privado, bem como os servidores públicos que não estejam vinculados a um regime próprio de previdência. O RGPS possui caráter contributivo e de filiação obrigatória.
A administração do RGPS é de competência do Ministério da Previdência Social e suas ações executadas pelo INSS.
O RGPS é o regime básico da Previdência Social, sendo de aplicação compulsória a todos aqueles que exerçam algum tipo de atividade remunerada, exceto se esta atividade já gera a filiação a algum regime próprio de previdência.
 2.    REGIME PRÓPRIO-  Estão abrangidos por este regime os servidores públicos civis e os militares. O regime próprio será instituído por lei do respectivo ente da Federação, desde que garantidos pelo menos aposentadoria e pensão por morte, conforme determinado no art. 40 da CF, bem como a Lei 9.717/98 e suas alterações.
 PRIVADO, divide-se em  Regime de Previdência Complementar Privado que  subdivide-se em Aberto e Fechado (EAPC/EFPC) e Regime de Previdência Complementar Público Fechado (EFPC).
 1.PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRIVADA- No art. 202 da CF que trata do regime de previdência privada, destaca-se:
O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado.
O regime de previdência privada é regulado por Lei Complementar (109/01).
As contribuições do empregador e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho e a remuneração dos participantes.
Os benefícios concedidos pelas entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho, mas integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
O sistema de Previdência privada é operado por entidades de previdência complementar.
A União, Estados, Distrito Federal e Municípios somente podem participar com recursos na entidade de previdência privada como patrocinador.
 ENTIDADES ABERTAS E FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR- As entidades abertas (EAPC) tem por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único acessíveis a qualquer pessoa física. Estas entidades são constituídas sob a forma de sociedade anônima e fiscalizadas pela SUSEP.
Por sua vez, as entidades fechadas (EFPC), são constituídas sob a forma de associação ou fundação, não podendo ter fins lucrativos, sendo fiscalizadas pela Secretária de Previdência Complementar.Elas são acessíveis aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas, aos associados, membros de pessoas jurídicas com caráter profissional, classista ou setorial e ainda para os servidores públicos da União, Estados, DF e Municípios.
Quando o plano de previdência complementar for implementado por empresa ou o Ente Federativo, estes recebem o nome de patrocinadores, já para o caso de associações, será instituidor.
  
2.PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR NO SETOR PÚBLICO – Os entes políticos poderão instituir regime de previdência complementar para seus respectivos servidores. Este sistema de previdência será prestado por entidade fechada. Neste caso, os entes poderão fixar limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS
 
O Regime de Previdência Complementar   é regulamentado pelas Leis Complementares 108 e 109 de 2001.
 
	REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
	REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
 
	 
a  Trabalhadores do setor privado
a  Obrigatório, nacional, público
a  Sistema de repartição simples,
a  Contribuição definida: teto máximo
a  Admite Fundo de Previdência Complementar.
a  Administrado pelo MPAS e executado pelo INSS
 
 
	 
aObrigatório, público, níveis federal, estadual e municipal;
a  Contribuição definida: teto máximo
a    Sistema de repartição simples,
a Admite Fundo de Previdência Complementar.
a Administrado pelos   respectivos governos.
 
 
 
 
Desta forma, a Previdência Social compreende :
- Regime Geral de Previdência;
- Regimes Próprios de Previdência dos servidores públicos civis e Regimes Próprios de Previdência do Militares.
 
LEGISLAÇÃO BÁSICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
Regime Geral de Previdência Social -RGPS
 
Þ     Constituição Federal - art. 201;
Þ     Lei 8.212/91 – Organização da Seguridade Social e seu custeio;
Þ     Lei 8.213/91 – Plano de benefícios do RGPS;
Þ     Decreto 3.048/99 (regulamenta as Leis 8.212/91 e 8.213/91).
 
Regime Próprio de Previdência Social
Þ    
	Aberto - EAPC
Fechado - EFPC
Constituição Federal art. 40;
Þ     Lei 9717/98
Þ     Legislações Específicas, ex: Lei 8.112/90
 
Regime Complementar de Previdência Privado
·         Constituição Federal - art. 202 e LC 108 e 109/2001;
 
	Fechado - EFPC
Regime Complementar de Previdência Público            
·         Constituição Federal art 40, §§ 14, 15, 16 (EC 41/2003)
REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS
l  O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
l  Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos.
l  Os benefícios com renda mensal superior a um salário mínimo serão pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês subseqüente ao de sua competência, observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento.
l  Os benefícios com renda mensal no valor de até um salário mínimo serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útil que anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês subseqüente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.        
l  O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária a sua concessão.
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
     Salário-de-contribuição é um termo utilizado na legislação previdenciária sendo definido para cada tipo de segurado. É a base de cálculo das contribuições previdenciárias e também do salário-de-benefício.
  Salário-de-contribuição para o segurado empregado e o trabalhador avulso   é  a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinado a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato, ou ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
 Quando da admissão ou demissão o salário-de-contribuição do empregado ou do trabalhador avulso será proporcional ao número de dias trabalhados. Portanto, poderá ter valor menor que um salário mínimo.
 O limite mínimo e máximo do salário-de-contribuição para esses segurados é igual a:
  Limite mínimo:  Piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, o salário mínimo (mensal, diário ou horário)
Limite máximo: Teto máximo
Salário-de-contribuição do empregado doméstico  é a remuneração registrada na carteira profissional e/ou na carteira de trabalho e previdência social.
 Quando da admissão, demissão ou afastamento  o salário-de-contribuição do empregado doméstico será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados, podendo ser menor que um salário mínimo.
  Limite mínimo e máximo para o empregado doméstico: Idem aos demais empregados
 Salário-de-contribuição do contribuinte individual    é a remuneração  auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, observado o limite mínimo e máximo.
 Limite mínimo e o máximo para o contribuinte individual:
Limite mínimo: salário Mínimo 
Limite màximo: teto máximo
* O mesmo limite se aplica os contribuintes facultativos.
O Decreto 3.048/99 define o salário de contribuição:
Art. 214. Entende-se por salário-de-contribuição:
        I - para o empregado e o trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
        II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observados os limites mínimo e máximo previstos nos §§ 3º e 5º;
        III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites a que se referem os §§ 3º e 5º;
        IV - para o dirigente sindical na qualidade de empregado: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas; e
        V - para o dirigente sindical na qualidade de trabalhador avulso: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical.
        VI - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observados os limites a que se referem os §§ 3º e 5º; 
        § 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, o salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados, observadas as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
        § 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição.
        § 3º O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde:
        I - para os segurados contribuinte individual e facultativo, ao salário mínimo; e 
        II - para os segurados empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo,tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. 
        § 4º A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal integra o salário-de-contribuição.
        § 5º O valor do limite máximo do salário-de-contribuição será publicado mediante portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social, sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios.
        § 6º A gratificação natalina - décimo terceiro salário - integra o salário-de-contribuição, exceto para o cálculo do salário-de-benefício, sendo devida a contribuição quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisão do contrato de trabalho.
        § 7º A contribuição de que trata o § 6º incidirá sobre o valor bruto da gratificação, sem compensação dos adiantamentos pagos, mediante aplicação, em separado, da tabela de que trata o art. 198 e observadas as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
        § 8º O valor das diárias para viagens, quando excedente a cinqüenta por cento da remuneração mensal do empregado, integra o salário-de-contribuição pelo seu valor total.
        § 9º Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente:
        I - os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, ressalvado o disposto no § 2º;
        II - a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;
        III - a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976;
        IV - as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        V - as importâncias recebidas a título de:
        a) indenização compensatória de quarenta por cento do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
        b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
        c) indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        d) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato, conforme disposto no art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973;
        e) incentivo à demissão;
        f) (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de 2009)
        g) indenização por dispensa sem justa causa no período de trinta dias que antecede a correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
        h) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        i) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        l) licença-prêmio indenizada; e
        m) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei;
        VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
        VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a cinqüenta por cento da remuneração mensal do empregado;
        IX - a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 1977;
        X - a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;
        XI - o abono do Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público;
        XII - os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
        XIII - a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
        XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
        XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou com ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;
        XVII - o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
        XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando devidamente comprovadas; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        XIX - o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo;
        XX -  (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        XXI - os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; e
        XXII - o valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho, conforme previsto no § 8º do art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.
        XXIII - o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas; 
        XXIV - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança; e 
        XXV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9o e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho.   
        § 10. As parcelas referidas no parágrafo anterior, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, integram o salário-de-contribuição para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais cabíveis.
        § 11. Para a identificação dos ganhos habituais recebidos sob a forma de utilidades, deverão ser observados:
        I - os valores reais das utilidades recebidas; ouII - os valores resultantes da aplicação dos percentuais estabelecidos em lei em função do salário mínimo, aplicados sobre a remuneração paga caso não haja determinação dos valores de que trata o inciso I.
        § 12. O valor pago à empregada gestante, inclusive à doméstica, em função do disposto na alínea "b" do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, integra o salário-de-contribuição, excluídos os casos de conversão em indenização previstos nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho.
        § 13. Para efeito de verificação do limite de que tratam o § 8º e o inciso VIII do § 9º, não será computado, no cálculo da remuneração, o valor das diárias.
        § 14. A incidência da contribuição sobre a remuneração das férias ocorrerá no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da legislação trabalhista.
        § 15. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 32.
        § 16.  Não se considera remuneração direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. 
I – DA PREVISÃO DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL CONTIDA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A Constituição Federal, em seu art. 201, § 4º, assegura “o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei”. Determina, ainda, o texto constitucional, em seu art. 201, § 2º, que “nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo”. Tendo em vista, portanto, os princípios constitucionais, pode-se dizer que o menor valor de benefício pago pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS é o salário mínimo e que todos os benefícios devem ser reajustados periodicamente para preservar seu valor real. 
Quanto ao salário mínimo, a Carta Constitucional, em seu art. 7º, inciso IV, determina que seja “fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. 
Verifica-se, portanto, que o texto constituiconal veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, salvo nas hipóteses expressamente explicitadas na própria Constituição Federal, como, por exemplo, no caso do piso previdenciário e no pagamento do Benefício de Prestação Continuada aos idosos e pessoas com deficiência que não possuem recursos para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 
Além disso, ao dispor sobre o reajuste do salário mínimo, determina que seja preservado o seu poder aquisitivo, norma que se diferencia do reajuste previsto para os benefícios previdenciários, que tem por objetivo preservar o valor real, isto é, o valor nominal descontado o efeito da variação de preços registrada em determinado período. 
 Importante mencionar, ainda, que com o objetivo de recuperar o valor real das aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social, corroído pelo elevado patamar inflacionário registrado até 1994, o art. 58 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, previu regra de recomposição baseada no número de salários mínimos que esses benefícios correspondiam na data de sua concessão, nos seguintes moldes: “Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdência social na data da promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na data de sua concessão, obedecendo-se a esse critério de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios referidos no artigo seguinte”. 
A vinculação de todos os benefícios previdenciários à variação do salário mínimo prevaleceu até a regulamentação da matéria relativa à Previdência Social, na forma determinada pela própria Constituição Federal. 
II – DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS SOBRE O REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
Conforme mencionado anteriormente, até a implantação do plano de custeio e de benefícios, a Constituição Federal determinou, como regra transitória, que todos os benefícios previdenciários, inclusive aqueles de valor superior ao piso previdenciário, dever-seiam manter atrelados à variação do salário mínimo. 
A partir da regulamentação da matéria, o reajuste dos benefícios seria definido com base em índice de preços fixado em lei. As Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, que dispõem, respectivamente, sobre o Plano de Custeio da Seguridade Social e o Plano de Benefícios da Previdência Social, regulamentaram as disposições constitucionais relativas à Previdência Social. Assim sendo, a partir da edição dessas Leis, em julho de 1991, os benefícios de valor superior ao piso foram desvinculados da variação do salário mínimo. 
A Lei nº 8.213, de 1991, em sua redação original, determinva, em seu art. 41, que os benefícios seriam reajustados na mesma data-base do salário mínimo, tomando-se como referência para a preservação de seus valores reais a variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, nos doze meses anteriores. Essa norma, no entanto, não permaneceu inalterada por muito tempo. Como relata ALMEIDA, em seu texto Previdência Social: 
Evolução das Receitas e Despesas, de agosto de 2013, foram inúmeras as alterações relativas ao índice de reajuste dos benefícios previdenciários, conforme a seguir transcrito: 
Em seguida, a Lei nº 8.542, de 23 de dezembro de 1992, que dispôs sobre a política nacional de salários, substituiu o INPC pelo Índice para Reajuste do Salário Mínimo – IRSM e, posteriormente, com o advento do Plano Real e com base nas 5 disposições da Lei nº 8.880, de 28 de maio de 1994, os benefícios foram convertidos em Unidade Real de Valor – URV, passando a ser reajustados anualmente pela variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor em Real – IPC-r, nos doze meses anteriores ao mês de maio de cada ano. 
De 1995 a 1997, todos os benefícios que estiveram em manutenção pelo período de doze meses anteriores às datas-base foram reajustados em percentuais iguais ou maiores que os concedidos ao salário mínimo. A Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, determinou reajuste, em maio de 1995, para os benefícios previdenciários, em percentual idêntico ao concedido ao salário mínimo, o que lhes assegurou um acréscimo de 42,86%, superando, portanto, a variação acumulada do IPC-r, no período de julho de 1994 a abril de 1995, a qual correspondeu a 29,54%. Com a edição da Medida Provisória nº 1.053, de 30 de junho de 1995, o INPC voltou a ser adotado como índice de atualização dos valores dos benefícios da previdência social. 
No entanto, tal índice não foi utilizado, nesse ano, na data-base dos benefícios, porque a referida Medida foi editada posteriormente ao reajuste e, antes de ser aplicado no ano seguinte, outra Medida Provisória, de nº 1.415, de 29 de abril de 1996, o substituiu em favor do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI. 
Essa última Medida, além disso, dissociou, a partir de 1997, a database dos benefícios daquela relativa ao salário mínimo, transferindo-a para o mês de junho de cada ano. No reajuste de maio de 1996, apesar de haver previsão legal quanto ao índice a ser adotado, os benefícios tiveram aumento superior ao do IGP-DI, sendo elevados em 15%, enquanto a variaçãoacumulada desse índice ficou em 11,26%. Aliás, o percentual concedido aos benefícios superou até o aumento que havia sido dado ao salário mínimo, que foi de 12%.
 Em junho de 1997, obedecendo ao disposto na Medida Provisória nº 1.572, de 28 de maio, os benefícios experimentaram um acréscimo de 7,76%, sem expressar qualquer vinculação ao comportamento dos índices de inflação tradicionalmente adotados para fins de seu reajustamento. De fato, esse acréscimo ficou aquém da variação acumulada, no período de maio a abril, do IGP-DI, que foi de 9,63% e também do INPC, que foi de 8,20%. 
O salário mínimo, por sua vez, obteve reajuste menor ainda, tendo sido elevado em 7,14%. Nos anos seguintes, nos meses de junho de 1998 e de junho de 1999, e com base, respectivamente, na Medida Provisória nº 1.663, de 1998, e na Medida Provisória nº 1.824, de 1999, os percentuais de reajustamento dos benefícios foram de 4,81% e de 4,61%. Cumpre registrar que, nesses dois anos, o salário mínimo foi aumentado em percentuais maiores que os dos benefícios, alcançando 8,33%, em 1998, e 4,62%, em 1999. 6 Em 2000, a Medida Provisória nº 2.022-17 determinou que os benefícios fossem reajustados, a partir de 1º de junho, em 5,81%. Antes disso, o salário mínimo e os valores do piso de benefícios já tinham sido elevados, em 1º de maio, em 11,03%. 
No ano seguinte, a Medida Provisória nº 2.129-9, de 2001, promoveu alteração no art. 41 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e determinou que os benefícios deveriam ser atualizados com base em regras estabelecidas no regulamento, ou seja, conferiu ao Poder Executivo liberdade para dispor sobre a matéria, devendo ser preservados os seus valores reais e a periodicidade anual. Assim sendo, o Decreto nº 3.826, de 2001, fixou em 7,66% o percentual de acréscimo, concedido em 1º de junho de 2001, para os benefícios em manutenção. 
O salário mínimo e os benefícios a ele atrelados já tinham tido, em 1º de abril, aumento bem mais significativo, isto é, de 19,21%. A partir de 2002, nos Decretos que trouxeram os percentuais de reajuste, adotou-se como referência a variação acumulada do INPC. 
Assim sendo, o Decreto nº 4.249, de 2002, fixou um percentual de 9,20%, que foi aplicado a partir de 1º de junho sobre os valores dos benefícios. Já o piso de benefícios teve aumento junto com o salário mínimo, em 1º de abril, com base no percentual de 11,11%. No ano seguinte, o Decreto nº 4.709, de 2003, estabeleceu que os benefícios fossem reajustados em 19,71%, percentual este bastante próximo do aumento concedido ao salário mínimo e, por decorrência, ao piso dos benefícios, que foi de 20,00%. A partir do ano de 2004, a data-base para fins de reajuste dos benefícios voltou a corresponder ao mesmo mês de alteração do salário mínimo, ou seja, 1º de maio. 
O Decreto nº 5.061, de 2004, fixou o percentual de reajuste para os benefícios de 4,53%, enquanto o salário mínimo subiu 8,33%. E em 2005, com base no Decreto nº 5.443, os benefícios foram elevados em 6,36% enquanto o salário mínimo aumentou 15,38%. De 2006 em diante, as regras relativas ao reajuste voltaram a ser definidas em lei (e não mais por Decreto do Poder Executivo). Passaram, então, a prevalecer as disposições da Lei nº 11.430, de 26 dezembro, que acrescentou à Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, art. 41-A, determinando que os reajustes dos benefícios seguiriam a mesma data-base do salário mínimo e seriam baseados na variação anual acumulada do INPC. 
Tendo como referência a nova norma legal, os benefícios acompanharam a variação do mencionado índice, sendo elevados em: 5,01% (1º de abril de 2006); 3,30% (1º de abril de 2007) e 5% (1º de março de 2008). Enquanto isso, o salário mínimo, bem como os benefícios a ele indexados, foram elevados em 16,67% (1º de abril de 2006); 8,57% (1º de abril de 2007) e 9,21% (1º de março de 2008). Por força da Medida Provisória nº 456, de 30 de janeiro de 2009, que reajustou o salário mínimo, a partir de 1º de fevereiro do mesmo ano, os valores dos benefícios também tiveram que ser majorados. O piso seguiu automaticamente o 7 comportamento do salário mínimo, sendo reajustado em 12,05%. Os demais benefícios de valores acima deste, conforme o Decreto nº 6.765, de 10 de fevereiro de 2009, foram elevados em 5,92%, variação idêntica à acumulada pelo INPC no período de abril de 2008 a janeiro de 2009. Em 2010, com base na Medida Provisória nº 475, de 23 de dezembro de 2009, convertida na Lei nº 12.254, de 15 de junho de 2010, os benefícios acima do piso tiveram um ganho real de 4,13%. 
Foram reajustados em 7,72% enquanto o INPC acumulou uma variação de 3,45% no mesmo período. Essa mesma Lei reafirmou que, com vistas à preservação do valor real dos benefícios, voltava a vigorar o disposto no art. 41-A da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991. Para os benefícios vinculados ao piso, a Lei nº 12.382, de 25 de fevereiro de 2011, estabeleceu que o INPC seria o índice que asseguraria o poder aquisitivo do salário mínimo, o qual seria acrescido de ganhos calculados com base no crescimento do PIB, conforme o seguinte: “Art. 2º ... § 4º A título de aumento real, serão aplicados os seguintes percentuais: 
I - em 2012, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto - PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2010;
 II - em 2013, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2011; 
III - em 2014, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2012; e 
IV - em 2015, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2013. ...” Nos anos de 2011 a 2013, o reajustamento dos benefícios acima do piso seguiu a prática de acompanhar a variação acumulada do INPC. 
Tiveram, portanto, em 1º de janeiro de cada ano, aumentos de 6,47%, 6,08% e 6,20%, respectivamente. Pode-se verificar, portanto, que de 1991 até 2014, os benefícios do RGPS foram reajustados por INPC; IRSM; IPC-r e IGP-DI. Ademais, por um breve período de tempo, o percentual de reajuste foi fixado por decreto presidencial, sem correspondência com a variação de um índice de preços específico. 
Atualmente, está em vigor o disposto no art. 41-A da Lei nº 8.213, de 1991, incluído pela Lei nº 11.430, de 2006, que assim dispõe: 
“O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE". 8 Já para o salário mínimo, e por consequência, para o piso previdenciário, está em vigor, até dezembro de 2014, o reajuste previsto na Lei nº 12.382, de 2011, que determina que esse parâmetro será reajustado com base na variação acumulada do INPC acrescida de ganhos reais calculados com base no crescimento do PIB.
Fonte: VINCULAÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS AO SALÁRIO MÍNIMO: O CUSTO DA RECOMPOSIÇÃO DOS BENEFÍCIOS Cláudia Deud Consultora Legislativa da Área XXI Previdência e Assistência Social - 2015
BENEFICIÁRIOS – RGPS
 1.Segurados - 
a. obrigatórios - empregado, doméstico, avulso, contribuinte individual e trabalhador avulso.
b. facultativos
2.Dependentes
Os beneficiários do RGPS, são as pesso
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
I – EMPREGADO - aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empregador, em caráter não eventual, com subordinação e mediante remuneração.
 
 Características do Segurado Empregado
 
·         Pessoa física;
·         Prestação de serviço de natureza não eventual (atividade normal da empresa);
·         Subordinação (jurídica);
·         Receber salário.
 
São enquadrados como segurados empregados:
        a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusivecomo diretor empregado;
        b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria;
        c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;
        d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno;
        e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
        f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social;
         g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local;
        h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008;
        i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
        j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social;
        l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal;
        m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público;
        n) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
        o) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;
        p) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
        q) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano;
 
II - TRABALHADOR AVULSO - sindicalizado ou não, aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do órgão gestor de mão-de-obra (OGMO); Assim, o trabalhador avulso pode ser :
Trabalhador avulso não portuário é aquele que presta serviços de carga e descarga de mercadorias de qualquer natureza, realiza a Movimentação de mercadorias em geral.
De acordo com a Lei nº 12.023/09, as atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades.
Trabalhador avulso portuário é aquele que presta serviços de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações na área dos portos organizados e de instalações portuárias de uso privativo, com intermediação obrigatória do OGMO.
São considerados trabalhadores avulsos portuários:
a)
a  Capatazia: movimentação de mercadorias quando efetuados por aparelhamento portuário (fora do navio);
a  Estiva: movimentação de mercadorias quando efetuados com equipamentos de bordo (dentro do navio);
a  Bloco: limpeza e conservação de embarcações.
 
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
 
 
III - EMPREGADO DOMÉSTICO - aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou à família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos;
Características do Segurado Empregado Doméstico
 
a  Serviço contínuo à pessoa ou família;
a  Âmbito residencial;
a  Serviço de natureza não lucrativa.
 
 
IV - CONTRIBUINTE INDIVIDUAL - Filia-se obrigatoriamente ao RGPS, na qualidade de contribuinte individual:
a)    pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
b) pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
 c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
 d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
 e) o titular de firma individual urbana ou rural;
 f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima;
g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;
 h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural;
 i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
 j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
 l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
 m)  o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição,presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e
 n) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria;
Característica do Segurado Contribuinte Individual 
a Não possui vínculo empregatício.
V - SEGURADO ESPECIAL - é a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; 
 b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e  
Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
        I - não utilize embarcação
       II - utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro;
        III - na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta.
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. 
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.
Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
 Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou trabalhador, em épocas de safra, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho. 
EX: O segurado especial poderá contratar dois trabalhadores por 60 dias ou 3 trabalhadores 40 dias.
  Não descaracteriza a condição de segurado especial: 
 I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; 
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; 
 III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; 
 IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do da Lei 8.212/91; e 
VI – a associação em cooperativa agropecuária. 
Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: 
 I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; 
II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar; 
 III – exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil; 
 IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;
V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais; 
 VI – parceria ou meação outorgada;
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e 
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. 
 O segurado especial fica excluído dessa categoria: 
 I – a contar do primeiro dia do mês em que: 
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas para ser segurado especial, ou exceder o limite estabelecido de 50% para fins de outorga, meação ou comodato de área rural;
b) se enquadrar em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado as situações já citadas anteriormente;
c) se tornar segurado obrigatório de outro regime previdenciário; 
II – a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de:
a) utilização de trabalhadores;
b) dias em atividade remunerada ;
c) dias de hospedagem. 
 
Art. 5º
VI -SEGURADO FACULTATIVO - o maior de dezesseis anos que, por ato volitivo, filie-se ao RGPS, mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada vinculada a qualquer regime de Previdência Social, podendo filiar-se nesta qualidade, entre outros:
 I - a dona-de-casa 
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante; 
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório do RGPS;
VI - o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 1990, quando não remunerado e desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII - o bolsista ou o estagiário que presta serviços à empresa de acordo com a Lei nº 11788/08; 
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral à pesquisa ou a curso de especialização, de pós-graduação, de mestrado ou de doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de Previdência Social; 
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; 
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional.
OBS  - O aposentado por qualquer regime de previdência que voltar a exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS é segurado obrigatório em relação a essa atividade. 
 O aposentado por qualquer regime de previdência que voltar a exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS é segurado obrigatório em relação a essa atividade Art. 6º
 
Características do Segurado Facultativo
a  Idade mínima de 16 anos;
a  Não exerça atividade de filiação obrigatória.
 
Observações:
Þ     Quem possui regime próprio de previdência social pode ser segurado facultativo Somente na hipótese de afastamento sem vencimento e desdeque não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
              
Þ     A  filiação do segurado facultativo gera efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o caso de recolhimento trimestral.
 
Þ     ). O segurado facultativo pode recolher as contribuições em atraso após a inscrição, somente quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado (até 6 meses após a cessação dos recolhimentos
 
DOS DEPENDENTES
 
Art.16.
            São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 
 
1ª Classe
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
 
2ª Classe
II - os pais; ou
 
3ª Classe
III - o irmão não emancipado,  de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;  
 
(Até 02/01/16 a deficiência intelectual ou mental devia ser declarada judicialmente, porém a partir de 03/01/16, a Lei 13.146/15 começa ser aplicada e exclui a obrigatoriedade da declaração judicial).
 
Importante:
Þ      Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.
Þ      No Caso de várias pessoas com qualidade de dependente adota-se o seguinte critério para fins de concessão do benefício:
a  Mais de um dependente de uma mesma classe, o benefício será rateado em partes iguais;
a  Dependentes de classes diferentes (ex. cônjuge e pais), receberá o benefício o pertencente a classe anterior. Portanto, um benefício não poderá ser pago, ao mesmo tempo, para dependentes de classes diferentes.
Þ     A existência de dependente de qualquer das classes anterior exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
Þ      A dependência econômica do cônjuge, companheira, companheiro e  filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Þ      Para comprovação da dependência econômica devem ser apresentados, no mínimo, três documentos, tais como:
Þ     Certidão de casamento religioso;
Þ     Certidão de nascimento;
Þ     Declaração de imposto de renda;
Þ     Prova de mesmo domicílio;
Þ     Conta bancária conjunta;
Þ     Outros.
 
            Equiparam-se aos filhos, nas condições do item I, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. 
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação de termo de tutela. 
 
ENEFICIÁRIOS – RGPS
 
Os beneficiários do RGPS, são as pessoas físicas que farão jus ao recebimento das prestações previdenciárias, atendidas as exigências estabelecidas em lei. São eles, os segurados e dependentes.
 
 
 
 
 
 
BENEFICIÁRIOS DO RGPS
 
	
	
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
 
I – EMPREGADO - aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empregador, em caráter não eventual, com subordinação e mediante remuneração.
 
Þ     Características do Segurado Empregado
 
·         Pessoa física;
·         Prestação de serviço de natureza não eventual (atividade normal da empresa);
·         Subordinação (jurídica);
·         Receber salário.
 
São enquadrados como segurados empregados:
        a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
        b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria;
        c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;
        d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno;
        e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
        f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social;
         g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local;
        h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008;
        i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
        j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social;
        l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal;
        m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público;
        n) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
        o) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;
        p) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
        q) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano;
 
II - TRABALHADOR AVULSO - sindicalizado ou não, aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do órgão gestor de mão-de-obra (OGMO); Assim,o trabalhador avulso pode ser :
Trabalhador avulso não portuário é aquele que presta serviços de carga e descarga de mercadorias de qualquer natureza, realiza a Movimentação de mercadorias em geral.
De acordo com a Lei nº 12.023/09, as atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades.
Trabalhador avulso portuário é aquele que presta serviços de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações na área dos portos organizados e de instalações portuárias de uso privativo, com intermediação obrigatória do OGMO.
São considerados trabalhadores avulsos portuários:
a)
a  Capatazia: movimentação de mercadorias quando efetuados por aparelhamento portuário (fora do navio);
a  Estiva: movimentação de mercadorias quando efetuados com equipamentos de bordo (dentro do navio);
a  Bloco: limpeza e conservação de embarcações.
 
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
 
 
III - EMPREGADO DOMÉSTICO - aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou à família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos;
Características do Segurado Empregado Doméstico
 
a  Serviço contínuo à pessoa ou família;
a  Âmbito residencial;
a  Serviço de natureza não lucrativa.
 
 
IV - CONTRIBUINTE INDIVIDUAL - Filia-se obrigatoriamente ao RGPS, na qualidade de contribuinte individual:
a)    pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
b) pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
 c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
 d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
 e) o titular de firma individual urbana ou rural;
 f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima;
g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;
 h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural;
 i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
 j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
 l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
 m)  o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e
 n) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria;
Característica do Segurado Contribuinte Individual 
a Não possui vínculo empregatício.
V - SEGURADO ESPECIAL - é a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; 
 b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e  
Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
        I - não utilize embarcação
       II - utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro;
        III - na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta.
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. 
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.
Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
 Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou trabalhador, em épocas de safra, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho. 
EX: O segurado especial poderá contratar dois trabalhadores por 60 dias ou 3 trabalhadores 40 dias.
  Não descaracteriza a condição de segurado especial: 
 I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; 
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; 
 III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; 
 IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do da Lei 8.212/91; e 
VI – a associação em cooperativa agropecuária.