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8.2 Massa reduzida Neste capítulo vamos estudar o movimento de dois corpos sujeitos a uma força dirigida ao longo da linha que os une (força central). Em princípio, necessitamos de seis coordenadas para especificar os vetores r1 e r2 que dão as posições das duas partículas. Em termos destas coordenadas, a energia mecânica do sistema pode ser escrita como 8 Movimento em um Campo de Força Central 1 2 21 1 1 1 2 2 1 22 2 ( )E m m U= + + −r r r r& & De forma alternativa, o sistema pode ser descrito pelo vetor posição do centro de massa, R, e pelo vetor r = r1 – r2 que dá a posição de uma partícula em relação à outra. 1m 2m r 2r 1r R CM • Não havendo força externa atuando sobre o sistema, o centro de massa move-se com veloci- dade constante. Assim, a posição do centro de massa é um referencial inercial, e portanto, é conveniente colocar a origem do sistema de coordenadas no centro de massa. Por definição, a posição do centro de massa é dada por 21 2211 mm mm + += rrR Fazer R = 0 é equivalente a fazer 02211 =+ rr mm Combinando esta equação com 21 rrr −= temos 2 1 1 2 1 2 1 2 m m m m m m = = −+ +r r r r Substituindo este resultado na expressão da energia mecânica, temos 21 2 ( )E Uμ= +r r& onde 21 21 mm mm +=μ é chamado massa reduzida do sistema. Por sua vez, o momento angular do sistema pode ser escrito como μ= ×L r r& Substituindo r1 e r2 em termos de r, obtemos 1 1 2 2 1 1 1 2 2 2m m= × + × = × + ×L r p r p r r r r& & 8.3 Teoremas de conservação De acordo com os resultados da seção anterior, o problema que vamos resolver passa a ser o de uma partícula de massa μ sujeita a um potencial central U(r). Como a força que atua sobre a partícula é dirigida para o centro de força, não há nenhum torque atuando sobre ela, ou seja, 0=×= FrN Assim, o vetor momento angular prL ×= é constante. Como os vetores r e p devem ser perpendiculares ao vetor L, que é constante em módulo direção e sentido, então a partícula move- se em um plano perpendicular a L. Neste caso, a energia mecânica pode ser escrita em coordenadas polares (no plano do movimento) como 2 2 21 2 ( ) ( ) (A)E r r U rμ θ= + +&& Neste sistema de coordenadas, a componente do momento angular perpendicular ao plano de movimento pode ser escrita como 2 (8.10)l r cteμ θ= =& onde µr2 é o momento de inércia da “partícula” de massa µ. O fato do momento angular se conservar nos leva a um resultado geométrico interessante que mostraremos a seguir. A figura abaixo mostra a trajetória da partícula e a área varrida pelo vetor r em um intervalo de tempo dt, dada por θdrdA 221= 2 θd )(tr )( dtt +r θrd origem • Dividindo por dt, obtemos (8.12) 2 2 2 12 2 1 ctelr dt dr dt dA ==== μθ θ & Portanto, a taxa com que a área é varrida é constante no tempo. Este resultado foi obtido empiricamente por Kepler em 1609 e é conhecido como segunda lei de Kepler ou lei das áreas para o movimento planetário. Deve-se notar, contudo, que a lei das áreas é uma conseqüência do fato de que a força é central e não é limitada a uma lei de força de inverso do quadrado da distância, como no caso do movimento planetário. Como não há força externa atuando sobre o sistema, o momento linear também é conservado. Entretanto, este fato não traz nenhuma conseqüên- cia nova, uma vez que adotamos a posição do centro de massa como origem, de forma que o momento linear do sistema é automaticamente nulo. Resta abordar a conservação da energia mecânica. Como não há nenhuma força dissipativa atuando sobre o sistema, a energia mecânica também é uma constante de movimento. Das Eqs. (A) e (8.10), podemos escrever (8.14) )( 2 2 2 2 2 1 cterU r lrE =++= μμ& 8.4 Equações de movimento A equação acima pode ser escrita como (8.15) )(2 22 2 r lUE dt drr μμ −−±==& ou ainda, ∫ −− ±= 22 2 )(2 )( r lUE drrt μμ Se pudermos resolver a integral, e conseguirmos inverter a função t(r), teremos r(t). A equação da trajetória, r(θ), pode ser obtida através da transformação θθ θ θ d dr dt d d dr dt drr && === Usando este resultado, a Eq. (8.15) pode ser reescrita como 2 2 2 2 2 ( )l dr lE U r d rμ θ μ μ= ± − − ou (8.17) ) 2 (2 )/()( 2 2 2∫ −− ±= r lUE drrlr μμ θ A equação acima dá a solução formal, mas o cálculo da integral só é possível para algumas leis especiais de força. Em particular, se a força for proporcional a alguma potência de r, F ∝ rn, existem soluções simples (excetuando-se aquelas em termos de funções elípticas) somente para n = 1, –2 e –3. O caso n = 1 corresponde ao oscilador harmônico (discutido no Cap. 3) e o caso n = –2 corresponde à lei do inverso do quadrado da distância (incluindo a Lei da Gravitação e a Lei de Coulomb) que vamos discutir nas próximas seções. Outra forma de se obter a equação da trajetória, r(θ), é aplicando a segunda lei de Newton. Usado o resultado do apêndice para a aceleração em coordenadas polares e o fato de que a força só tem componente radial, podemos escrever 2 ( ) (8.18)r r F rμ μ θ− =&&& Podemos obter uma equação diferencial envolven- do r e θ transformando as derivadas de r em rela- ção a t em derivadas em relação a θ. Derivando a Eq. (B), temos 2 (B) l drr r dμ θ=& ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡= ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡= θμθμθμθθ θ θμθθμ d dr r l d d r l d dr r l d d dt d d dr r l d d d dr r l dt dr 222 22 & && Definindo 1 1 u r r u = ⇒ = Da Eq. (8.10), temos podemos escrever θθθ d du ud du du dr d dr 2 1−== de forma que 2 2 2 2 2 2 2 2 1lu d lu du l u d ur d u d dμ θ μ θ μ θ ⎡ ⎤⎛ ⎞= − = −⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ && Por outro lado, de (8.10), podemos escrever 2 2 2 3 2 3 2 l lr u r θ μ μ= =& Substituindo as duas últimas equações em (8.18), temos (8.20) 1222 2 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−=+ u F ul u d ud μ θ Em termos de r, (8.21) )(11 222 2 rFr lrrd d μ θ −=+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Exemplo 8.1 --------------------------------------------- Obtenha a lei de força para um campo de força central que permite a uma partícula mover-se em uma órbita espiral logarítmica, dada por r = keαθ, onde k e α são constantes. Solução. Podemos usar (8.21) para calcular F(r). k e k e d d rd d αθαθ α θθ −− −=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ 1 rk e rd d 22 2 2 1 αα θ αθ ==⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − De (8.21), temos )1(1)( 23 22 2 2 +−=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +−= αμ α μ r l rrr lrF Portanto, a força é atrativa e inversamente propor- cional ao cubo da distância (n = –3). -------------------------------------------------------------- Exemplo 8. 2 -------------------------------------------- Determine r(t) e θ(t) para o problema do exemplo 8.1. Solução. De (8.10), temos 2 2 2 d l l dt r k e αθ θθ μ μ= = = & dt k lde 2 2 μθ αθ = ou Integrando, 12 2 2 Ct k le += μα αθ Multiplicando por 2α e fazendo C = 2αC1, temos 2 2 2 Ct k le += μ ααθ ou ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ += Ct k lt 2 2ln 2 1)( μ α αθ 2( )r t ke k eαθ αθ= = -------------------------------------------------------------- Exemplo 8.3 --------------------------------------------- Qual é a energia mecânica nos dois exemplos anteriores? Solução. A energia pode ser calculada de (8.14) e para isto precisamos calcular U(r) e A energia potencial é dada por .r& 2 22 3 22 2 )1()1()( r l r drlFdrrU μ ααμ +−=++=−= ∫∫ onde fizemos U = 0 no infinito, de maneira que a constante de integração é zero. Por sua vez, de (8.26) 2 /( ) 2 / l lr t rlt k C α μ α μα μ= =+& Substituindo as duas últimas expressões em (8.14) temos 0 2 )1( 2 2 22 2 22 2 1 =+−+⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛= r l r l r lE μ α μμ αμ -------------------------------------------------------------- Assim, A trajetória para lei de força de inverso do cubo da distância é uma uma espiral logarítmica somente se E = 0. Veja o problema 8.10. 2( ) 2 / (8.26)r t lt k Cα μ= + ou 8.6 Energia centrífuga e potencial efetivo Na equação (8.17) aparece a expressão 2 2 2 r lUE μ−− Evidentemente, o último termo tem dimensão de energia e pode ser escrito como 2 2 2 2 1 2 2c lU r r μ θμ= = & Se interpretarmos este termo como uma energia potencial, a força associada será dada por 2 3 2 θμμ &rr l r UF cc ==∂ ∂−= Esta quantidade é chamada força centrífuga, embora não seja propriamente uma força. Por sua vez, Uc é chamado potencial centrífugo. Sendo assim, podemos definir um potencial efetivo 2 2 2 )()( r lrUrV μ+= que combina o potencial real U(r) com um termo de energia associado ao momento angular. Este potencial nos permite ver o problema como se fosse unidimensional (apenas a coordenada r se faz presente). Assim, a equação (8.14) pode se escrita como 2)( r krF −= que inclui as forças gravitacional e eletrostática. A energia potencial associada é dada por r kdrrFrU ∫ −=−= )()( de forma que o potencial efetivo é 2 2 2 )( r l r krV μ+−= cterVrE =+= )(221 &μ A figura a seguir mostra o potencial efetivo, V(r), e seus componentes, U(r) e Uc(r). Como é sempre positivo, a partícula só pode estar nas regiões onde E ≥ V(r). )(rV 2 2 2 r l μ r k− 1E 2E 3E 1r 2r 4r3r r Se E for maior que o valor mínimo do potencial efetivo e menor que zero, como E2 no gráfico, o movimento da partícula é limitado à região r2 ≤ r ≤ r4. Neste caso, a trajetória é uma elipse. Se E for igual ao valor mínimo do potencial efetivo, como E3 no gráfico (E3 = –μk2/2l2), o movimento da partícula é restrito a um único valor de r (r3 = l2/µk), e portanto, o movimento é circular. 2 2 1 r&μ 8.7 O movimento planetário A equação da trajetória em um problema de força central pode ser obtida integrando (8.17). Para o caso de uma lei de força de inverso do quadrado da distância, podemos escrever (considerando o sinal +, por simplicidade) Um caso especial de muito interesse é a lei de força de inverso do quadrado da distância ∫ −+ = 222 2 122 )/1()( rrl k l E drrr μμθ Fazendo 2 1 r drdu r u −=⇒= temos, ∫ ++− −= 22 2 22 )( l Eu l ku dur μμθ Usando o resultado ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − + − −=++ −∫ acb bau acbuau du 4 2sen1 2 1 2 Se E ≥ 0, como E1 no gráfico, o movimento da partícula é ilimitado. Ela vem do infinito, é refletida no ponto r1 e volta de novo para o infinito. Conforme veremos na próxima seção, a trajetória é uma parábola (E = 0) ou uma hipérbole (E > 0). podemos escrever C l E l k l k r + ⎟⎟ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎝ ⎛ + +− = − 2 2 2 21 8)2( 22 sen μμ μ θ ou 2 2 2 11 sen( ) 21 l k rC El k μθ μ − − = + Definindo, (8.40) 21 e 2 22 k El k l μεμα +=≡ temos, 1 sen( ) rC α θ ε − − = Neste momento é conveniente fazer C = π/2, de tal maneira que sen(θ – C) = – cos θ e (8.41) cos1 θεα += r Note que o valor mínimo de r ocorre para θ = 0 (cosθ máximo) de maneira que escolher C = π/2 significa medir o ângulo a partir da posição onde r assume o seu valor mínimo (a posição onde a partícula passa mais perto do centro de força). Note também que escolher o sinal – em (8.17) seria equivalente a trocar θ por –θ, o que levaria à mesma solução. As curvas definidas por (8.41) são seções cônicas com foco na origem: circunferência, elipse, parábola ou hipérbole, dependendo do valor da quantidade ε, chamada excentricidade. Se ε = 0 (E = – μk2/2l2), temos r = α para qualquer valor de θ, e portanto a curva é uma circunferência de raio α com centro na origem. Veja que este valor de E é igual ao valor mínimo da energia potencial efetiva (E3 na figura da página anterior). Se ε = 1 (E = 0, como E1 na figura da página anterior), podemos escrever cosθα rr += Em coordenadas cartesianas 2 2 (C)x x yα − = + Elevando ao quadrado de ambos os lados e simplificando, podemos escrever α α 22 2yx −= que é a equação de uma parábola com vértice em x = α/2 e foco na origem. Se ε ≠ 0 e ε ≠ 1, podemos escrever cos θεα rr += ou 22 yxx +=−εα Elevando ao quadrado e simplificando, obtemos 1 11 1 2 2 2 2 2 2 2 = − − ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− ε α ε α ε αε y x Se ε > 1 (E > 0, como E1 na figura da página anterior), temos ε2 – 1 > 0, de forma que podemos escrever ( ) 12 2 2 2 =−− d y c cx ε onde 1 e 1 22 −=−= ε α ε α dc que é a equação de uma hipérbole com centro em x = εc. Se 0 < ε < 1 (– μk2/2l2 < E < 0, como E2 na figura da página anterior), ε2 – 1 < 0, de forma que podemos escrever ( ) 12 2 2 2 =++ b y a ax ε onde (8.42) 1 e 1 22 ε α ε α −=−= ba que é a equação de uma elipse com eixo maior a, eixo menor b, centro em x = – εa e foco na origem. x y θr 2 α α Este é um caso muito interessante porque as órbitas para o movimento planetário são elipses. Note que quanto maior ε, maior a razão a/b, de forma que temos uma elipse mais alongada. Os valores máximo e mínimo de r são dados por (veja a fig. acima e a eq. 8.41) x y a b • aε • foco centro θ r 1 )1(min ε αε +=−= ar As posições onde a partícula encontra-se mais próxima e mais afastada do centro de força (rmin e rmax) são chamadas pericentro e apocentro, res- pectivamente. Quando se faz referência a movi- mento em torno da Terra os nomes usados são perigeu e apogeu e quando se trata de movimento em torno do Sol, periélio e afélio. Das equações (8.40) e (8.42), podemos obter os eixos maior e menor da elipse em termos da energia e do momento angular. Assim, (lembre-se que E < 0). pericentroapocentro• • ε αε −=+= 1)1( max ar E lb E ka μ2 e 2 −=−= É interessante observar que o eixo maior depende somente da energia, enquanto o eixo menor depende também do momento angular. Para obter o período do movimento elíptico, reescrevemos (8.12) como dA l dt μ2= Uma vez que a àrea da elipse é varrida em um período, temos l AdA l dt o μτμτ 2 2 ∫∫ =⇒= Como a área da elipse é πab, E l E k ll ab μ μπμπτ 2 ) 2 (22 −−== 32E k μπτ −= O período depende somente da energia (não depende do momento angular). De (8.42), podemos escrever ab α= de forma que o período pode ser escrito como 23 21 21 23 2/12 2321 222 a k a k l l a l μπμ μπαμπτ =⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛== Elevando ao quadrado, temos 3 2 2 4 a k μπτ = O quadrado do período é proporcional ao cubo do eixo maior da elipse. Este resultado é conhecido como Terceira Lei de Kepler. As três leis que regem os movimentos dos planetas foram elaboradas por Kepler com base em medidas realizadas por Tycho Brahe e pelo próprio Kepler e podem ser resumidas como: I. Os planetasmovem-se em órbitas elípticas em torno do Sol com o Sol em um dos focos da elipse. II. A área varrida por unidade de tempo, por um vetor que vai do Sol ao planeta, é constante no tempo. III. O quadrado do período do movimento de um planeta é proporcional ao cubo do eixo maior de sua órbita. A Primeira e a Segunda Leis foram publicadas em 1609 e a Terceira em 1619. É importante chamar a atenção para o fato de que a Terceira Lei não é exata, uma vez que μ e k dependem da massa do planeta. Contudo, se consi- derarmos que msol >> mplaneta, podemos escrever planeta planetasol planetasol m mm mm ≈+=μ Por outro lado, planetasolmGmk = de forma que que independe da massa do planeta. 3 2 2 4 a Gmsol πτ ≈ Apêndice. Velocidade e aceleração em coordenadas polares A figura abaixo mostra o deslocamento de uma partícula no plano em coordenadas polares. O vetor deslocamento é dado por ˆˆd drr rdθθ= +r A velocidade é dada por x y ˆdrr ˆrdθθ dr ˆˆd dr dr r dt dt dt θ θ= = +rv ˆˆrr rθθ= +v && ou Para calcular a aceleração devemos derivar a expressão acima, mas para isso devemos derivar também os vetores que não são fixos no espaço. A figura a seguir mostra como podemos expressar em termos de , estes sim, vetores fixos. ˆˆ e r θ ˆˆ e r θ ˆ ˆ e i j x y θ θ rˆ r θˆ jˆ iˆ ˆ ˆˆ cos senr i jθ θ= + ˆ ˆ ˆsen cosi jθ θ θ= − + Derivando, obtemos ˆ ˆˆ ˆsen cosdr i j dt θ θ θ θ θθ= − + =& & & ˆ ˆ ˆ ˆcos send i j r dt θ θ θ θ θ θ= − − = −& & & Agora podemos calcular a aceleração como 2 ˆˆ ˆ ˆˆ ˆ ˆ ˆˆ ˆ d dr drr r r r r dt dt dt rr r r r r r θθθ θθ θ θθ θθ θθ θ = = + + + + = + + + − va & && &&& & & & & && &&& & & 2 ˆˆ( ) (2 )r r r r rθ θ θ θ= − + +a & & &&&& & ou 1. Imagine que a massa do Sol decrescesse repentinamente à metade do seu valor. Como seria a órbita da Terra a partir deste momento? A Terra escaparia do sistema solar? Suponha que a órbita (atual) da Terra seja circular. Problemas 2. Faça um cálculo explícito da média temporal (em um período completo) da energia potencial de uma partícula movendo-se em uma órbita elíptica em um campo de força central com lei de força de inverso do quadrado da distância. Expresse o resultado em termos da constante de força e do semi-eixo maior da elipse. Faça um cálculo semelhante para a energia cinética. Compare os resultados e verifique o teorema do virial. τ. A seguir, elas são paradas repentinamente em suas órbitas, de tal maneira que se moverão uma na direção da outra. Mostre que elas colidirão após um tempo 4. Investigue o movimento de uma partícula repelida por uma força central dada por F(r) = kr. Mostre que as órbitas devem ser hipérboles. 5. Um satélite de comunicação descreve uma órbita circular em torno da Terra com raio R e velocidade orbital υ. Um foguete atinge o satélite acidental- mente dando a ele, além da sua velocidade orbital, uma velocidade radial, para fora, igual a υ. Calcule as razões entre os novos e os velhos valores da energia e do momento angular. Descreva o movimento subsequente do satélite e esboce os gráficos de U(r), T(r), V(r) e E(r) após o choque com o foguete. 3. Duas partículas movem-se sob influência de suas forças gravitacionais mútuas descrevendo órbitas circulares, uma em torno da outra, com um período . 24τ 6. Uma partícula move-se sob influência de uma força central dada por F(r) = – k/rn. Se a órbita da partícula for circular e passar pelo centro de força, mostre que n = 5. 7. Considere um cometa movendo-se em órbita parabólica no plano da órbita da Terra. A distância de máxima aproximação do cometa em relação ao Sol é βR, onde R é o raio da órbita da Terra, suposta circular, e β < 1. Mostre que o tempo que o cometa permanece dentro da órbita da Terra é dado, em anos, por π ββ 3 )21( )1(2 +⋅− Se a distância de máxima aproximação do cometa em relação ao Sol for 0.387R (igual à distância do periélio de Mercúrio), quantos dias ele permane- cerá dentro da órbita da Terra? 9. Uma partícula move-se em órbita elíptica em um campo de força central com lei de inverso do quadrado da distância. Se a razão entre as velocidades angulares máxima e mínima for n, mostre que a excentricidade da órbita é dada por 1 1 + −= n nε 10. Use a Primeira e a Segunda Leis de Kepler para mostrar que a força gravitacional deve ser central e que a dependência radial deve ser 1/r2. 11. Discuta o movimento de uma partícula movendo-se em um campo de força central atrativo descrito por F(r) = – k/r3. Desenhe as possíveis órbitas. 12. Um satélite da Terra move-se em uma órbita elíptica com um período τ, excentricidade ε e eixo maior a. Mostre que a velocidade radial máxima do satélite é 21 2 ετ επ − a 13. Um satélite da Terra tem um perigeu de 300 km e um apogeu de 3500 km acima da superfície da Terra. Determine o quão longe da superfície está o satélite quando ele: (a) tiver girado 90° ao redor da Terra a partir do perigeu; (b) tiver percorrido metade da distância entre o perigeu e o apogeu. 14. Um satélite da Terra tem velocidade de 28.070 km/h quando está em seu perigeu de 220km acima da superfície da Terra. Obtenha a distância do apogeu, a velocidade no apogeu e o período de revolução. 8. Obtenha a lei de força para um campo central que permite a uma partícula se mover em uma órbita espiral dada por r = kθ2, onde k é uma constante.
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