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Método de SONS facilitadores VOZ: AVALIAÇÃO E TERAPIA Felipe Goulart - Luciana Pires Prof.ª Dr.ª Eda Franco Sons facilitadores Sons selecionados, facilitadores da emissão. Voz equilibrada Age direto na fonte glótica 2 “ Tais técnicas precisam ser corrigidas e monitoradas constantemente, a fim de evitar o comprometimento de sua eficácia e prejudicar a saúde vocal. 3 Técnica de Sons Nasais 4 ▧ Suavizar a emissão; ▧ É conhecida como a técnica de ressonância ou trabalho de colocação de “voz na máscara”. AUXILIAM: ▧ Deslocar o foco de ressonância inferior para superior, reduzindo a tensão da laringe e da faringe; ▧ Projetar a voz no espaço, quando coarticulados com vogais; ▧ Reduzir ressonância baixa e aumentar o componente oral da ressonância nasal. Técnica de Sons Nasais 5 6 ▧ Suaviza a emissão; ▧ Reduz o foco de ressonância laringofaríngea, o componente oral da ressonância nasal; ▧ Aumenta o tempo máximo de fonação sem esforço; ▧ Auxilia o monitoramento da voz; ▧ Dissipa a energia sonora no trato vocal, melhorando a produção da voz. Emitir o som “M” com a boca fechada, “N” ou “NH” contínuos, sustentados, modulados ou em escalas. ▧ Técnica universal; ▧ Laringe isométrica – fenda triangular médio-posterior; ▧ Nódulo vocal. OBJETIVOS INDICAÇÃO 7 VARIAÇÕES Técnica de Sons Nasais ▧ Produção concomitante de som nasal e estalo de língua: técnica do cavalo e do carro; ▧ Isolados ou associados à técnica mastigatória, vogais, escalas e glissandos, ou alternados com a técnica de vibração (m...brrr...m...brrr; ou, n...drrr, n...drrr...n); ▧ “Mini-mini-mini-mini...aaa”; “mananha- ménénhé...” associado a voz salmodiada. 8 ▧ É esperado coceira ou sensação de vibração nos lábios, nariz e face, não sendo considerado negativo. ▧ Se for incômodo maior como ardor, coceira ou abertura da tuba laringofaríngea, verificar a execução da técnica ou precedê-la por exercício da técnica do bocejo para reduzir os sintomas negativos. Técnica de Sons Fricativos 9 Técnica de Sons Fricativos ▧ Direcionamento de fluxo aéreo, aumentar o tempo máximo de fonação, melhorar o apoio respiratório, suavizar ataques vocais e, no caso dos fricativos sonoros, proporcionar uma coaptação glótica melhor e de maneira suave; ▧ Economia de ar; ▧ Exercício mais comum: passagem de sonoridade: 10 11 Emissão dos sons “S” ou “Z”, em passagem de sonoridade, ex.: “sss...“ > “zzz” OBJETIVOS ▧ Direcionar o fluxo aéreo para o ambiente; ▧ Suavizar o ataque vocal; ▧ Aumentar os tempos máximos de fonação sem esforço; ▧ Melhorar a coordenação pneumofonoarticulatória; ▧ Trabalhar apoio respiratório e controle de intensidade sem solicitar fonte glótica. INDICAÇÃO ▧ Pós-operatório imediato de lesões laríngeas; ▧ Aumentar tempo máximo de fonação; ▧ Padrão hipertenso de fonação; ▧ Ataques vocais bruscos persistentes; 12 VARIAÇÕES ▧ Projetar curtas emissões surdas “sss...” com diferentes níveis de pressão de ar; ▧ Emissão dos fricativos sonoros de forma concatenada “vzj vzj vjz”; ▧ Trabalho de passagem de sonoridade, com “fff...vvv...”, “sss...zzz...”, e “xxx...jjj...”, sem ou com associação de emissão de vogais no final: “fff...vvv...aaa...”. Técnica de Sons Fricativos 13 ▧ A emissão continuada pode dar leve tontura por oxigenação excessiva; ▧ Se a produção fonoarticulatória for distorcida, melhor usar outra técnica, do que produzir tensão adicional. Técnica de Sons Vibrantes 14 Técnica de Sons Vibrantes ▧ Facilitação de uma emissão suave e equilibrada em ressonância; ▧ Habilidade de emissão, produção mais estável e com componente harmônico mais rico; ▧ Favorece o fechamento glótico, otimizando a produção vocal; 15 16 Vibração de língua Vibração de lábios /rrr.../ ou /trrr.../ /brrr.../ Nível laríngeo: intensa vibração reflexa de todo o esqueleto cartilaginoso. Musculatura intrínseca e extrínseca da laringe. Efeito laríngeo e auditivo semelhante ao de vibração de língua, porém trabalha mais com a musculatura extrínseca da laringe. 17 Emissão sonora com vibração contínua da língua (rrr...), (trrr...) ou de lábios (brrr...). OBJETIVOS ▧ Mobilizar a mucosa; ▧ Equilibrar a coordenação pneumofonoarticulatória; ▧ Reduzir o esforço fonatório; ▧ Aquecimento vocal. APLICAÇÃO ▧ Técnica universal; ▧ Laringites agudas, gripe ou resfriados; ▧ Nódulo vocal, Edema de Reinke, Cicatrizes na mucosa e Sulco Vocal 18 Técnica de Sons Vibrantes VARIAÇÕES ▧ Técnica de vibração com passagem de sonoridade: alternância de “brrrr....” ou “trrrr...” surdo e sonoro, para treinamento de controle laríngeo e suavização do ataque vocal; ▧ Exercícios de alternância de técnica de vibração e sons nasais: “brrr...m...brrr...m...” ou “trr...n...trr...n...”, o que favorece um emissão solta e com ressonância anterior. 19 ▧ Vibração de língua inconstante geralmente se regulariza com o treinamento continuado; ▧ Se as vibrações forem com esforço, haverá sensações desagradáveis ou piora de voz após o exercício; ▧ Caso o paciente não consiga vibrar a língua e nem os lábios: realizar a vibração posterior sonorizada, de véu palatino e úvula, ou seja, gargarejo sonoro com um pequeno gole de água. Técnica de Sons Plosivos 20 Técnica de Sons Plosivos ▧ Plosivos surdos e sonoros; ▧ Surdo: sem vibração de mucosa -> ajuste pré-sonorizado: aproximação das PPVV na linha média que pode ser usado para reforço do controle glótico; ▧ Sonoro: Estimular a vibração da mucosa. Reforça a cavidade oral como ressonador e pode reduzir a nasalidade. 21 22 Emissão repetida de “p”, “t” ou “k”. APLICAÇÃO OBJETIVOS ▧ Favorecer a coaptação das pregas vocais; ▧ Reforçar ressonância oral; ▧ Clareza de emissão; ▧ Estabilizar a emissão; ▧ Estimular vibração mucosa: plosivo sonoro. ▧ PKS; ▧ Disfonias hipocinéticas; ▧ Pós-laringectomias parciais; ▧ Paralisia uni de prega vocal; ▧ Voz profissional: precisão articulatória. 23 ▧ Variações: emissões com variação de ritmo e intensidade e mudança postural de cabeça; ▧ Evitar a realização desse exercício com o excesso de força, inflando-se as bochechas. Técnica de Som Basal 24 Técnica de Som Basal ▧ Apresenta frequências mais graves de toda a tessitura vocal. É caracterizado pela percepção da vibração glótica e dos pulmões durante a emissão; ▧ O som basal objetiva a desativação do ajuste motor habitual, proporcionando uma adaptação miofuncional saudável. 25 26 Emissão contínua em registro pulsátil, na expiração ou inspiração. OBJETIVOS ▧ Contrai efetivamente os músculos Tireoaritenóideos; ▧ Relaxar os músculos CT; ▧ Relaxar os cricoaritenoideos posteriores; ▧ Mobilizar e relaxar a mucosa; ▧ Favorecer melhor coaptação glótica; ▧ Promover fonação confortável após exercício; ▧ Favorecer decréscimo da frequência fundamental; ▧ Aumentar o componente oral da ressonância. 27 Emissão contínua em registro pulsátil, na expiração ou inspiração. APLICAÇÃO ▧ Nódulo vocal; ▧ Disfonia por tensão muscular – isometria laríngea; ▧ Fenda triangular médio-posterior; ▧ Muda vocal incompleta; ▧ Falsete de conversão; ▧ Fonação desconfortável; ▧ Monitoramento do equilíbrio faríngeo; ▧ Hipernasalidade. 28 Técnica de Som Basal ▧ Emissões com “a” sustentado, com a sílaba “lá” ou com as sílabas com consoantes oclusivas sonoras, repetidas vezes; ▧ Emissão em registro basal, com passagem lenta de uma vogal a outra, em eco, como em “i...ê...é...”, “ó...ô...u...”,em articulação precisa e aberta; ▧ Emissões em escala tipo glissando. VARIAÇÕES 29 ▧ O som basal quando emitido com tensão excessiva apresentará frequência mais aguda e tensa, e deve ser corrigido. ▧ Na impossibilidade de produzir este som trabalhe o bocejo e exercícios cervicais, após tente novamente. Perceba se o som não é apenas crepitante, pois os basais são excepcionalmente graves. Técnica de Som Hiperagudo 30 Técnica do Som Hiperagudo ▧ Produção vocal em falsete: registro mais elevado; ▧ Relaxamento do TA, responsável pelo modal, e contração do CT; ▧ Laringe faz o movimento de báscula, aumentando o comprimento das PPVV, chamado alongamento paradoxal. 31 Técnica do Som Hiperagudo ▧ A emissão do hiperagudo varia de acordo com a facilidade do paciente, geralmente é utilizado as técnicas de sons nasais; ▧ Pode ser emitida a vogal “I” ou sequências de “mimimi” várias vezes. Se houver dificuldade solicita-se que ele sopre entre os lábios e em seguida emita um hiperagudo. 32 33 Emissão contínua em falsete. OBJETIVOS ▧ Relaxar o músculo TA; ▧ Contrair o CT; ▧ Equilibrar a emissão no registro modal; ▧ Fendas fusiformes; ▧ Nódulo residual; ▧ Aumento da resistência vocal. INDICAÇÃO ▧ Disfonia vestibular; ▧ Constrição mediana do vestíbulo; ▧ Paralisia unilateral de PV; ▧ Edema de Reinke; ▧ Disfonias de natureza hipercinética (tensão muscular). 34 Técnica do Som Hiperagudo ▧ Associar o sopro à emissão deste som para facilitar a desativação dos Tas, chamado de técnica do sopro e som agudo, devendo-se iniciar pelo sopro e depois sonorizar a emissão; ▧ Associar com fonação inspiratória; ▧ Associar o som ou sequência nasal, em eco, por exemplo, “mini-mini-mini...”; ▧ Embora estes sons exijam maior trabalho muscular, não deverá ocorrer tensão da musculatura paralaríngea. VARIAÇÕES 35 ▧ Embora haja um trabalho muscular elevado, não deve haver tensão desta musculatura; ▧ Frequência dicrótica durante o exercício, deverá ser ajustado a QV do paciente, modificando o tom e a intensidade até que estabilize; ▧ Se não conseguir o registro em falsete poderá iniciar em registro de cabeça, onde os músculos CT agem sobre o TA, passando para a emissão de um registro mais elevado; ▧ Quando usar o glissando, mesmo que seja o N ou NH, não deverá haver fluxo de ar bucal. REFERÊNCIAS ▧ BEHLAU, Mara. Voz: O livro do especialista. Vol. 2. São Paulo: Revinter, 2005; ▧ BEHLAU M; PONTES P. Avaliação e tratamento das disfonias. São Paulo: Lovise; 1995. 36 PERGUNTAS? 37 FONOAUDIOLOGIA ULBRA OBRIGADO!
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