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2018.2 Endodontia I Paolla Barboza 
Introdução ao preparo químico-mecânico do sistema de canais radiculares 
Obs: A ideia dessa aula é passar uma técnica inicial que mais 
parece um roteiro, mas com o tempo amadurecemos essa 
técnica e conseguimos adaptá-la de acordo com cada dente. 
 
Objetivo biológico do tratamento endodôntico → prevenir e tratar a periodontite apical 
Mesmo em um dente vivo, quando conseguimos fazer o tratamento em tempo correto, evitamos a 
infecção endodôntica, a inflamação dos tecidos perirradiculares e o desenvolvimento da lesão. 
 
O preparo químico-mecânico serve tanto para dentes vivos como para dentes necrosados e corresponde 
à fase mais importante do tratamento endodôntico. 
 
No tratamento iremos retirar os microorganismos que infectam o canal radicular e as paredes. Junto ao 
preparo mecânico (lima, gattes), devemos nos atentar às soluções irrigadoras (que fazem a parte 
química). Assim, controlamos a infecção nessa etapa, no preparo químico-mecânico. 
 
Objetivos desse preparo: 
· Remover tecidos vitais e necrosados 
· Remover materiais obturadores ou outros (em casos de retratamento) 
· Preparar o sistema de canais radiculares (SCR) de maneira que facilite a desinfecção pelos 
irrigantes e medicamentos 
 
Essa fase de preparo é desafiadora pois passou do acesso, nós nao conseguimos enxergar o que 
estamos fazendo a partir daqui. Não podemos esquecer que posteriormente ao preparo, nós precisamos 
obturar. 
 
No preparo, nós agimos da seguinte forma: 
 
 
 
Aumenta o diâmetro, dá formato ao preparo e irriga para desinfectar. 
 
 
 
Nesse contexto, existem diversas técnicas: 
 
 
 
Essas técnicas podem ser coroa-ápice ou ápice-coroa, o que diz respeito à forma em que preparamos o 
canal. 
Na filosofia ápice-coroa, primeiro lavamos o forame apical e, a partir do forame, vamos preparando. 
Na filosofia coroa-ápice, começamos na entrada do canal (acesso na coroa) e vamos limpando até o 
ápice. 
 
Obs: A nossa técnica é a do pré-alargamento. 
 
Qual o nome da técnica usada na endo I? 
Resp: Técnica do pré-alargamento 
Qual a filosofia dessa técnica? 
Resp: Coroa-ápice 
 
Por que temos esses dois tipos de abordagem? 
Porque temos diferenças importantes com o amadurecimento do estudo e evolução ao longo da história. 
 
 
 
Na técnica ápice-coroa, trabalhávamos com o instrumento preso, pois inicialmente a lima fina é a que 
consegue entrar no canal. E, com isso, o instrumento pode desviar o canal. 
Se eu começava do ápice pra coroa, usava instrumentos mais finos, mais frágeis, facilmente 
deformáveis. 
 
Quando trabalhamos com a filosofia coroa-ápice, diminuimos a chance de entortar a lima forçando o 
instrumento dentro do canal. Eliminamos mais interferências que na outra filosofia, trabalho na parte 
apical de maneira mais passiva, com o instrumento entrando mais facil. Consigo uma odontometria mais 
precisa, faço com que as soluções irrigadoras penetrem melhor no canal. Preparo apical mais rápido e 
eficaz pois já liberei a porção médio-cervical da raiz. 
Se a lima está presa no canal e eu giro, raspando o canal, tenho mais chance de fraturar. 
Quando raspo o canal, ele produz dentina. Quanto mais abaixo, mais chance tenho dessa dentina 
(contaminada) ir para os tecidos perirradiculares e destruí-los. 
Então, por essas questões citadas, a maioria dos endodontistas atualmente usam essa filosofia, onde eu 
preparo inicialmente uma parte do canal (terço médio-cervical) para depois preparar a parte apical. 
 
Obs: Não trabalhamos com o canal seco, apenas na obturação. Antes disso precisamos do canal 
ÚMIDO. 
 
Uma informação importante pra disciplina é: NÃO CRIAMOS CANAL, ELE EXISTE. O tratamento 
endodôntico segue o canal já existente. 
Então, precisamos olhar na radiografia onde o canal tem curva, qual o trajeto o canal faz. 
 
 
 Por isso não podemos usar apenas 
uma lima, o preparo ficaria paralelo. 
Devemos ir alterando o tamanho da 
lima conforme preparamos para dar o 
formato cônico. 
 
 
Não aumentar o diâmetro, tentar 
manter o diâmetro do forame. Limpar 
o forame, não deixar dentina 
acumular pois impacta o forame, 
causando deslocamento ao forçar a 
instrumentação. 
 
Etapas do preparo químico-mecânico: 
· Preparo dos 2/3 cervical e médio 
· Preparo apical 
 
 
 
 
 
Preparo cervical e médio 
 
 Todas as paredes: 
vestibular, mesial, distal, lingual… 
 Preciso 
respeitar o forame 
 
Como achar os comprimentos? 
A zona crítica apical tem de 3 a 4 mm, então medimos o dente na radiografia e tiramos 5mm 
(comprimento convencional) para trabalharmos apenas nos terços médio e cervical. 
 
Novamente, por que fazer esse preparo antes do apical? 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Dica: Sempre trabalhar na parede que dá nome ao canal. No pré-molar superior birradiculado, no canal 
vestibular, trabalhar na parede vestibular. No canal palatino, trabalhar na parede palatina. Isso é 
importante pois usamos broca dentro do canal, não é apenas lima. Então, com a broca, vamos sempre 
trabalhar na parede contrária à furca. 
 
Nossa instrumentação deve dar espaço para a lima entrar com o mínimo de curva possível. Por isso 
devemos eliminar essas interferências (“ombros”) no pré-alargamento. 
 
Então, é importante observar áreas de risco e segurança, fazendo um preparo anti-curvatura, além de 
preservar a estrutura dentinária, evitando erros de procedimento. 
 
 
Preparo apical 
 
O terço apical favorece a manutenção da infecção endodôntica, mesmo após a completa limpeza e 
modelagem, microorganismos permaneceram nas reentrâncias anatômicas apicais. É a zona crítica 
apical. 
 
Na entrada do canal 
Sempre preparar em parede oposta pois na 
furca tem menos quantidade de dentina, se 
cortarmos ali, temos mais chance de rasgar * 
 
 
 
Devemos estabelecer o comprimento de trabalho, que é o limite apical de instrumentação. 
Quanto mais próximo eu chegar do ápice, mais limpo vai ficar o canal. Se formos até o limite CDC 
(cemento/dentina/canal), estaremos encostando no ligamento periodontal, podendo agredir o tecido, 
causando respostas inflamatórias. Para isso, devemos trabalhar 1mm aquém do limite apical 
radiográfico. 
A referência para saber se estou no comprimento certo é sempre a radiografia, não conseguimos fazer 
isso no tato. Então, tiro a radiografia, meço o comprimento total e tiro 1mm para obter o comprimento de 
trabalho (CT). 
 
 
 
Com a manobra de patência, evitamos os seguintes erros endodônticos: 
· Entupimento do forame (ocorre por deposição de debris. Começo a forçar para desentupir e 
desvio o canal) 
· Desvio do canal (se continuo forçando a instrumentação, formo um degrau) 
· Degrau e ZIP (se continuar forçando, perfura o ápice) 
· Degrau e perfuração apical 
· Perfuração lateral (quando usamos instrumentos largos demais em um canal fino ou brocas na 
parede errada) 
 
 
 
 
Manobra endodôntica onde vamos com 
uma lima fina (10mm, 15mm, no máximo, 
dependendo do diâmetro do canal) e 
penetramos completamente para explorar 
o canal, deslocar debris, verificar se está 
livre e levar solução irrigadora para a 
parte apical.

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