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Universidade Federal do Piauí – UFPI
Marcos Vinícius da Silva Sousa
As licenciaturas e as novas políticas educacionais 
para a formação docente – Texto 2
Os atuais modelos de formação docente no Brasil
O autor marca o início de sua investigação destacando a importância de discutir as atuais condições da formação docente. Destaca o modelo da racionalidade técnica como um modelo que tem sido usado para a formação docente e ele consisti em munir o professor com dois conjuntos de saberes (os das disciplinas cientificas e os das pedagógicas), no intuito de formar um profissional técnico, o qual aplicará seus conhecimentos nas situações práticas de aula. No entanto, esse modelo se mostra inadequado uma vez que o bom professor será aquele que domina conhecimentos específicos da área que vai ensinar.
Defende a integração dos conhecimentos específicos com os conhecimentos pedagógicos, além do maior contato do professor em formação com a realidade escolar. Apresenta um modelo que se inclina a esses aspectos denominado modelo da racionalidade prática. Esse modelo privilegia a construção de novos conhecimentos através da reflexão e criação. O professor, portanto, é o profissional flexível, capaz de criar sua própria pedagogia e de adapta-la, se necessário for.
	
As mudanças na educação básica e a formação docente
Comenta a noção de educação de básica trazida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Tal educação agora consisti na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Portanto, a ideia de construir conhecimentos significativos de forma cumulativa já não é a mais adequada. Tendo em vista que a aprendizagem consiste em um processo, busca-se construir os conhecimentos a partir das interações e vivências, onde os educandos buscam responder seus próprios questionamentos.
No entanto, essas mudanças ocorrem gradativamente. O autor afirma que hoje se mantém alguns retrocessos, como o do Ensino Médio e a Educação Infantil que continuam sendo facultativos para uma grande parte da população. Destaca também a diferenciação do perfil de professores que atende a cada uma dessas etapas do ensino, como um fator que cria uma fragmentação causando a descontinuidade no desenvolvimento das aprendizagens, nas práticas escolares e nas vivências dos alunos. Atenta para a questão da formação de professores mais sensíveis dessa continuidade no processo da educação básica.
Pesquisa: Imperativo ou aperitivo na formação profissional docente?
Coloca em foco a necessidade de uma integração entre a pesquisa, a formação inicial e a formação continuada. Essa articulação se mostra interessante uma vez que formar um professor investigador implica em formar um profissional que se porta como um investigador de sua própria ação docente. Aqui mostra-se outro beneficio dessa prática, já que, se portando como produtores do conhecimento, esses professores/pesquisadores podem transcender a função de mediadores.
Dessa forma, a integração da pesquisa no processo de formação docente desenvolve nestes profissionais postura de investigador e, que eles adotem essa postura no trabalho desenvolvido nas escolas e nas salas de aula. Essa preocupação se mostra relevante uma vez que implica mudanças significativas na educação e na formação de professores.
O locus da formação docente
Aponta as instituições responsáveis pela formação docente e com base nas atuais politicas públicas que, privilegiam a quantidade de instituições de ensino superior, questiona a qualidade na formação dos professores. Atenta para a qualidade questionável desses Institutos Superiores de Ensino que, salvo exceções, se detêm a replicar, muitas vezes de forma piorada, o modo de formação docente das universidades.