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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRABALHO DO BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC
PROCESSO N°: 0010050-20.2018.512.0001
Autor: PEDRO LEMOS
Réu: FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO E SANTA CATARINA
FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ..., com sede na rua.........., n°. ........., bairro........., com endereço eletrônico ................, neste ato representada pelo Sr. Marcos, brasileiro, estado civil, inscrito no CPF........, e no RG......, residente e domiciliado na rua......, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por sua procuradora, (procuração anexa) Dra. .............., com endereço profissional na rua ............., bairro........., cidade/estado, para com fundamento na lei, apresentarem a presente 
CONTESTAÇÃO 
À ação de trabalhista proposta pela PEDRO LEMOS, já qualificado, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
DOS FATOS
HORAS EXTRAS E REFLEXOS:
Na narrativa dos fatos da peça Inicial, o AUTOR pleiteia o recebimento de horas extras decorrentes da extrapolação da jornada máxima semanal de 44 (quarenta e quatro) horas e seus reflexos.
Mas ao contrário do que o Autor alega a empresa Fundação de Tecnologia de Santa Catarina, não tinha controle de jornada, o acesso ao sistema de informática não tinha finalidade de registrar o horário de inicio e termino do trabalho. A exigência de nome de usuário e senha para entrada no sistema tinha como objetivo único à segurança
Além disso, o Requente poderia iniciar e terminar o trabalho quando bem entendesse, a Requerida cobrava apenas a execução da tarefa que lhe foi destinada. 
GASTOS COM INTERNET 
O requerente também pleiteia reembolso da quantia de R$100,00 (cem reais) gasta mensalmente para custear a internet, que era sua ferramenta de trabalho sendo que foi o próprio Requerente que solicitou para laborar em sua residência, que por obvio nos dias de hoje é dotada de internet, haja vista a necessidade desta conexão para qualquer cidadão realizar suas tarefas cotidianas e para fins de lazer. 
AVISO PRÉVIO
O reclamante também deseja receber 3 dias de aviso prévio porém com relação ao aviso prévio, a Reclamada consultou a empresa de contabilidade que orientou ao Reclamante que deveria trabalhar todos os 33 (trinta e três dias). 
A contabilidade também informou a Reclamada que não há que se falar em pagamento de multo do art. 477, §8°, da CLT, visto que o pagamento das verbas rescisórias se deu no prazo legal da Reclamada, a entrega dos documentos ocorreu também no dia 09/03/2018. 
Embora não tenha recibo que demonstre esta entrega na referida data, assevera que testemunhas podem comprovar este fato. 
Para sustentar seu pleito, o reclamante alegou fatos que não correspondem à realidade e invocou direito que não lhe assistem, conforme se passa a demostrar a seguir.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Reclamante não tem o direito de receber os honorários advocatícios da Reclamada, visto que o advogado do Autor da presente demanda não é do sindicato da categoria e nem mesmo habilitado por ele. Sendo assim é totalmente incabível o Reclamante pleitear os honorários advocatícios. 
ASSSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
Pelo que se depreende da documentação juntada a inicial, o autor apenas declarou ser pobre nos termos da lei para auferir os benefícios da Assistência Judiciaria Gratuita. 
Mas na realidade não procede devido às condições financeiras no Reclamante, até mesmo pelo salario que ele recebia da própria Reclamada. 
DO DIREITO
HORAS EXTRAS E REFLEXOS
O artigo 62 da Consolidação das Leis Trabalhistas, diz que a empresa não tem obrigação de pagar horas extras para:
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
III - os empregados em regime de teletrabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994) 
Vejamos também o que diz a jurisprudência a respeito:
TELETRABALHO (HOME OFFICE - AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO E CONSEQUENTE CONTROLE DE JORNADA - INCIDÊNCIA DE EXCEÇÃO LEGAL. O sistema de trabalho conhecido como home office é juslaboralmente bem aceito e já está até regulamentado, por meio da Lei 12.551/11, que alterou o artigo 6º/CLT. O atual padrão normativo visa equiparar os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos. Nessa ordem de ideias, não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado à distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Demonstrada na vertente hipótese a ausência de fiscalização da jornada praticada, além de livremente organizadas pelo trabalhador as atividades externas realizadas, ou em sistema de home office praticadas, incide a exceção expressa no art. 62, inciso I, da CLT. Executado o labor fora do alcance de controle do empregador, não faz jus o obreiro às horas extras postuladas.
(TRT-3 - RO: 00727201301803001 0000727-42.2013.5.03.0018, Relator: Convocado Vitor Salino de Moura Eca, Quarta Turma, Data de Publicação: 21/09/2015)
E mais, a Constituição Federal em seu artigo 7° inciso XIII:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
A alegação de que o reclamante faz jus às horas extras não procedem, porque ele não era controlado por telefone celular, e tinha a liberdade de iniciar e terminar suas atividades sem passar pelo estabelecimento da reclamada. 
Isto posto, resta claro que o reclamante enquadra-se na exceção prevista no art. 62, III, da CLT, ou seja, na exceção do direito ao recebimento de horas extras,.
CUSTOS COM INTERNET
Não há o que se falar em custos com a internet para o trabalho que o Reclamado exercia já que ele antes de iniciar o trabalho para a Reclamada ele já tinha internet em sua reincidência, além de não consta no contrato que a empresa Ré iria arcar com os gastos da internet. 
Vejamos o julgado sobre caso semelhante:
(TRT-2 10014666920165020713 SP, Relator: PAULO JOSE RIBEIRO MOTA, 13ª Turma - Cadeira 3, Data de Publicação: 08/08/2017)
Ou seja, é totalmente incabível a Reclamada custear esses gastos, visto que já era de utilização do Reclamante. 
DO AVISO PRÉVIO
Conforme provas que junta em anexo, o aviso prévio foi regularmente pago sem qualquer apontamento. 
Razão pela qual deve ser indeferido o presente pleito:
RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL TRABALHADO. LIMITAÇÃO DO PERÍODO DE TRABALHO AOS PRIMEIROS TRINTA DIAS. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL . Não consta da CLT ou da Lei 12.506/2011 previsão específica que imponha limitação de 30 dias ao aviso préviotrabalhado e de indenização do período excedente a que tenha direito o empregado. Logo, em face da dispensa sem justa causa, a reclamada pode indenizar o período de aviso-prévio ou concedê-lo para que seja cumprido pelo empregado de forma trabalhada, sendo o direito efetivamente respeitado de ambas as formas. Precedentes. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido.
(TST - RR: 9872520135040008, Relator: Delaíde Miranda Arantes, Data de Julgamento: 17/10/2017, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 27/10/2017)
A Carta Magna também versa sobre, vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Razão pela qual, totalmente improcedente os pedidos versados na inicial. Visto que o tempo mínimo de aviso prévio deve ser de trinta dias e no presente caso foi trinta e três, ou seja, ainda dentro das conformidades da lei. 
VERBAS RECISÓRIAS - MULTA PREVISTA NO ART. 477, §8°, DA CLT
O reclamante foi comunicado da sua dispensa no dia 31/01/2018, tendo trabalhado durante o aviso prévio até o dia 02/03/2018 e o devido pagamento das verba rescisórias foi feito em 09/03/2018.
Portanto, a multa prevista no artigo 477, parágrafo 8° da CLT somente se aplica quando as parcelas constantes do instrumento de rescisão são pagas fora do prazo estabelecido. Assim, incabível a sua incidência, pois, o Reclamante recebeu as verbas dentro do prazo ao seu pedido de demissão, conforme recibos anexados e assinados pela própria Reclamante, razão pela qual, fica devidamente impugnado o presente pleito.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
A Lei 13.467/17 que instituiu a Reforma Trabalhista, ao alterar o Art. 790, trouxe critérios mais objetivos à concessão da Gratuidade de Justiça:
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo
Ou seja, o beneficio da justiça gratuita somente será concedido quando evidenciado que o salário é igual ou menor a 40% do limite máximo dos benefícios do RGPS (o que em 2017 é o valor de R$2.212,52), ou diante da demonstração de insuficiência de recursos para pagamento das custas do processo.
No presente caso, não há qualquer prova dos requisitos acima elencados, e bem pelo contrário, há inúmeras evidências de que o Reclamante tem condições de pagar as custas, como por exemplo o salario que ele recebia na empresa que ele trabalhava
Portanto, deve ser revogada a concessão da gratuidade de justiça, conforme precedentes sobre o tema:
GRATUIDADE DA JUSTIÇA - Necessidade de comprovação de insuficiência de recursos - Não demonstração - Precedentes do STF e STJ Recurso desprovido. (TJ-SP 21850862020178260000 SP 2185086-20.2017.8.26.0000, Relator: Alcides Leopoldo e Silva Júnior, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação 18/01/2018)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA A declaração de insuficiência prevista no §3° do art. 99 do CPC/2015 implica presunção relativa, motivo pelo qual o pedido de gratuidade da justiça pode ser indeferido, sobretudo se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão (art. 9°, §20 , do CPC/2015 ). No caso concreto, a conclusão é no sentido de que a parte-agravante possui condições financeiras de suportar as despesas processuais e os honorários advocatícios. Beneficio indeferido. Decisão mantida. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento N° 70076454719, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator Marco Antonio Angelo, Julgado em 22/01/2018).
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RECLAMATÓRIA TRABALHISTA IMPOSTO DE RENDA. RETENÇÃO HOMOLOGADA NA JUSTIÇA DO TRABALHO. COISA JULGADA. GRATUIDADE DA JUSTIÇA. REVOGAÇÃO. POSSIBILIDADE. PARTE QUE AUFERE RENDIMENTOS INCOMPATÍVEIS COM A BENESSE. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO. (Apelação Cível N° 70075196634, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator Marilene Bonzanini, Julgado em 26/10/2017). 
Ao disciplinar sobre o tema, grandes doutrinadores sobre o esclarecem:
“Havendo dúvidas fundadas, não bastará a simples declaração, devendo a parte comprovar sua necessidade (STJ, 3ª Turma. AgRg no AREsp 602.943/SP, rel. Min Moura Ribeiro, DJe 04.02.15). Já compreendeu o Superior Tribunal de Justiça que "Por um lado, à luz da norma fundamental a reger a gratuidade de justiça e do 5°, caput, da Lei n. 1.060/1950 - não revogado pelo CPC/2015 -, tem o juiz o poder-dever de indeferir, de oficio, o pedido, caso tenha fundada razão e propicie previamente à parte demonstrar sua incapacidade econômico-financeira de fazer frente às custas e/ou despesas processuais. Por outro lado, é dever do magistrado, na direção do processo, prevenir o abuso de direito e garantir às partes igualdade de tratamento" (STJ, 4ª Turma. RESp 1.584.130/RS, rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 07.06.2016,DJe17.08.2016)."(MARINONI Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 99)
Ademais, insta registrar a vida abastada conduzida pelo Autor conforme que faz em anexo, devendo ser revista à concessão do benefício da AJG. 
Assim dispõe o artigo 790 da CLT:
 Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho
  § 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.
  § 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título
§ 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
§ 4o  O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo
Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica
 II – o Ministério Público do Trabalho	
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Vejamos o que diz o artigo 14 da Lei nº 5.584 de 26 de Junho de 1970:
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.
§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar,sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.
Portanto não preenchido os requisitos da legislação apontada e como não foi demonstrada a real necessidade de assistência judiciaria gratuidade por não comprovar efetivamente a dificuldade econômica, pretende-se que r. juízo entenda que a Reclamada arque com os respectivos honorários advocatícios.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:
O deferimento da impugnação a Justiça Gratuita concedida, com a condenação do Reclamante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2° do CPC;
Que julgue improcedente o pedido de horas extras com reflexos;
Que julgue improcedente o pedido da multa 477,§8° da CLT;
Que julgue improcedente o pedido de aviso prévio;
Que julgue improcedente o pedido de assistência judiciária gratuita;
Que julgue improcedente o pedido de honorários advocatícios, mas caso vossa excelência tenha entendimento diverso, que também seja a parte Reclamante condenada a pagar honorários advocatícios no termos dos Art. 791-A e 790-B da CLT.
Requerimento final:
A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a depoimento pessoal e oitiva de testemunhas.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e Data
Nome do Advogado
OAB n° XXX.XXX
ANEXOS:
Procuração
Contrato social
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